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Leal: Assembleia traz presidente de comissão e relator para debater Reforma da Previdência
A Assembleia Legislativa da Bahia debate a Reforma da Previdência, nesta segunda (20), a partir das 9h30min. O presidente da comissão especial da Câmara Federal, deputado Marcelo Ramos(PR-AM), e o relator, deputado Samuel Moreira(PSDB-SP), confirmaram suas presenças nesta sessão especial convocada pela Mesa Diretora da Alba no exato momento em que o parlamento busca ampliar protagonismo frente à proposta encaminhado ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro.

Para o deputado Nelson Leal, “é indispensável a participação de todos os representantes dos brasileiros e da sociedade civil nessa grande discussão, determinante para que saíamos desse período de incerteza econômica e voltemos a crescer, gerar emprego e renda – mas, especialmente, porque a decisão que será tomada agora definirá o nosso futuro e o futuro de nossos filhos”.

O presidente da Assembleia Legislativa baiana diz que trazer até a Bahia os líderes da comissão especial que apresentará um projeto de reforma para votação no plenário da Câmaras “é uma ótima oportunidade para que a representação baiana no estado dê a sua opinião e conheça com maior profundidade esse tema tão vital”.

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Encontro de representantes das rádios comunitárias ocorreu em Ilhéus

A seção Bahia da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) promoveu na noite deste sábado (18), em Ilhéus, o I Encontro de Rádios Comunitárias da Região Sul. O evento reuniu representantes de cerca de 40 emissoras para debater temas como renovação de outorga, novas tecnologias, jornalismo regional, marco regulatório e legislação de rádios comunitárias.

Segundo o presidente da Abraço Bahia, Jairo Brito, “o evento é importante para orientar sobre as novas normas do Ministério das Comunicações, integrar as emissoras e fortalecer a comunicação regional”.

O secretario de Comunicação do Estado da Bahia, André Curvello, participou de uma transmissão ao vivo, via internet. Ele destacou o compromisso do Governo do Estado com a democratização do acesso à informação e à valorização da mídia regional, um importante canal de comunicação junto à comunidade baiana.

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Vários imóveis foram atingidos por tiros na chacina || Foto Cid Vaz/Rede Bahia

Seis pessoas, incluindo dois adolescentes, morreram baleadas em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, na noite de sábado (18). Segundo a delegada Quitéria Maria Neta, que registou o crime, quatro homens a bordo de um carro atiraram em Pablo Ferreira dos Santos, 15 anos, na Travessa Santo Antônio, por volta das 19h. Após balear o adolescente, o grupo seguiu com o veículo para a Rua Boca da Mata.

Ainda de acordo com a delegada, ao chegar no local, os homens dispararam contra tia e sobrinhos, Raimunda dos Santos, 35 anos, Raiane Santos, 12, e Guilherme da Silva, 19, que estavam na porta de casa. Na ação, Arthur Moreira, 23, e Rogério da Silva, 36 anos, que estavam no local, também foram baleados.

A delegada ainda informou que o Samu foi até o bairro e encaminhou as vítimas para o Hospital Menandro de Faria, na mesma cidade, mas elas não resistiram aos ferimentos.

Segundo a Polícia Militar (PM), agente policias fizeram rondas pela região, mas ninguém foi localizado. Até a manhã deste domingo (19), ninguém havia sido preso. Não há informações sobre motivação e autoria do crime. O caso é investigado pela 34ª Delegacia de Portão. Do G1-BA.

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Efson Lima || efsonlima@gmail.com

 

É significativo se pensar que o desafio das feiras literárias é não ser apenas meros eventos. É imperativo que dialoguem com escolas, instituições de ensino superior, profissionalizantes.

 

Nos últimos anos, mesmo o Brasil sendo um país de poucos leitores e o mercado editorial em crise como a registrada em 2018, as feiras, festivais e bienais de livros têm se avolumando e semeado uma esperança literária.  Os termos “feira”, “festival”, “bienal”, “salão” e “jornada” são algumas diferentes nomenclaturas que se espalham pelos territórios brasileiros e mundiais para designar esses momentos mágicos da literatura, da produção, da difusão do livro e da chama acesa da cultura.

As bienais internacionais do livro no Rio de Janeiro e em São Paulo são marcas deste fenômeno, que tem ultrapassado os anos, respectivamente, a do Rio será a 29º neste ano e a de São Paulo caminha para a 26ª edição em 2020.  Sendo a Bienal do Rio tida como o maior do gênero no país, surgindo em 1983.

Para termos uma dimensão desses eventos, acabou de acontecer o FliPoços (Festival Literário Internacional de Poços de Caldas) em Minas Gerais. Lá, o evento alcançou a 14ª edição neste ano.  O Festival superou as expectativas, mais de 90 mil pessoas compareceram. O balanço final de vendas apontou que os 80 expositores, juntos, venderam R$ 2,2 milhões e estiveram disponíveis mais de 100 mil títulos diferentes nos estandes da Feira.

A Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), talvez, na atualidade, a mais famosa das feiras e festivais literários no Brasil, já tem programação definida para sua 17ª edição. A Festa se tornou um lugar privilegiado para reviver grandes escritores, bem como possibilitar uma interação entre escritores e leitores. É também momento para possibilitar a vinda de grandes escritores internacionais.

Por sinal, o intercâmbio cultural não deve ser entendido como um problema, mas uma solução para o pensamento tacanho. É uma janela para o multiculturalismo que tem se apresentado como uma das facetas da contemporaneidade.  A FLIP neste ano homenageia o escritor Euclides da Cunha. Justiça seja feita, é oportunidade para reverenciar o livro Os Sertões, que, sem dúvida, é uma das obras primas da literatura em língua portuguesa.

Nesse cenário positivo de festivais literários, a Bahia se destaca, pois são realizados alguns eventos dessa natureza, como a Flica, FliPelô, o Flios e cada uma buscando se afirmar em um cenário de poucos recursos. É óbvio que sentimos falta da Bienal do Livro do Estado.  Mas, enquanto a Bienal não retorna, temos os eventos literários que pipocam nas praças, nas ruas, nos bares, nas cidades.

É neste cenário de feiras literárias que a Bahia celebra duas grandes ações: a Flica e a FliPelô. A primeira se aproximando de uma década, a segunda em processo de construção da terceira edição que acontecerá em agosto deste ano no Pelourinho, em Salvador. A área se transforma, os espaços destinados aos debates, palestras, lançamentos de livros são tomados pelo público. Agosto não é mais o mês do desgosto, pelo menos em Salvador, para a literatura, os escritores e leitores baianos.

A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) desde 2011 é realizada. Ela caminha para sua nona edição. Geralmente, acontece no mês de outubro. Foi assim que a cidade de Cachoeira, no Recôncavo, ganhou alguns minutos no Jornal Nacional, da Rede Globo, no ano passado. Inclusive, a Flica é hoje o principal evento da cidade. À margem do Rio Paraguaçu, com a ponte metálica (símbolo da Feira), com as subidas e descidas dos saveiros lutando para não desaparecer e com as bênçãos senhoras fervorosas Senhoras da Boa Morte, os moradores de Cachoeira têm recebido mais de 30 mil pessoas. Clique no Leia mais e leia a íntegra do artigo. Leia Mais

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Segundo estudo, mais de 70% dos casos ocorrem dentro de casa

Dados do Disque 100 mostram que, só no ano passado, foram registradas um total de 17.093 denúncias de violência sexual contra menores. A maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas há denúncias também de exploração sexual (3.675). Só nos primeiros meses deste ano, o governo federal registrou 4,7 mil novas denúncias. Os números mostram que mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas. Em mais de 70% dos registros, a violência foi cometida na casa do abusador ou da vítima.

“Há uma cultura dos maus-tratos no país, e a gente precisa implementar a cultura dos bons tratos às crianças e aos adolescentes, os bons tratos em família”, afirma Petrúcia de Melo Andrade, secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos. A secretária cita o Estatuto da Criança e do Adolescente para ressaltar a responsabilidade da família nos cuidados dos menores de idade, e pede maior envolvimento.

“É uma campanha que envolve a família. Quando a gente resgata o Artigo 227 [do Estatuto da Criança e do Adolescente], no topo do cuidado da criança e do adolescente, está primeiro a família, em segundo a sociedade em geral e, por último, o Estado. Então, esse é o momento dessa família trazer seus filhos e estar no cuidado com eles. Momento de confraternização e alegria e, ao mesmo tempo, trazer essas crianças para um reflexão de um crime que o Brasil não pode suportar”, acrescenta.

ENSINAR AS CRIANÇAS

Para Adriana Faria, subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes da Secretaria de Justiça do DF, as crianças, em boa parte dos casos, não têm noção do que é o abuso sexual. “Aquilo incomoda, ela geralmente sabe que aquilo é errado, mas não necessariamente que é um abuso sexual que precisa ser denunciado. A gente precisa criar mecanismos para que elas conheçam o próprio corpo, saibam proteger o próprio corpo e saibam identificar que tem algo de errado e como elas podem buscar ajuda, justamente porque muitas vezes acontece dentro de casa e não dá para procurar nem pai, nem mãe. Tem que saber procurador um professor na escola, ou um conselho tutelar”, explica.

A autônoma Daíza Vaz Cortella participou da corrida com a filha Elisa, de 5 anos. Ela também concorda que é preciso educar as próprias crianças para se prevenirem da violência, e os pais não podem ter vergonha de abordar a educação sexual com os próprios filhos.

“Nós, pais, temos sim que conversar com nossas crianças e explicar sobre os perigos, esclarecer sobre as partes íntimas, como identificar um abuso. Não podemos ter vergonha de educar as crianças com essa consciência”, diz.

Ao lado do filho Pedro, de 7 anos, Maria de Fátima Sampaio era só sorrisos e um pouco de cansaço após correr cerca de 250 metros empurrando a cadeira de rodas da criança, que tem paralisia cerebral. Para ela, crianças com deficiência são ainda vulneráveis a situações de abuso e violência sexual e, nesse sentido, a conscientização do núcleo familiar e a capacitação de profissionais da educação e conselhos tutelares é crucial para o enfrentamento do problema.

“As crianças especiais, muitas vezes, ficam mais vulneráveis porque não têm os mesmos mecanismos de defesa que outras. Por isso, o envolvimento da família, dos pais, da escola e Poder Público é fundamental”, afirma.