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SBP quer alerta para produtos com excesso de gorduras e açúcar

Para facilitar a escolha dos consumidores por produtos saudáveis e que não tragam prejuízos a sua saúde, especialmente a das crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) pediu a criação de um selo de advertência na parte da frente das embalagens dos itens.

A ideia foi defendida na última reunião da Gerência-Geral de Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tem o objetivo de alertar quando houver excesso de açúcar, sódio, gorduras totais e saturadas, além de adoçante e gordura trans em qualquer quantidade nos produtos industrializados, principalmente aos destinados às crianças.

Pela proposta da SBP, alimentos que recebessem o selo de advertência estariam ainda proibidos de fazer qualquer tipo de comunicação direcionada a crianças, incluindo o uso de mascotes. “A SBP está empenhada nessa discussão, para que o consumidor tenha uma visão mais clara sobre o produto que está consumindo”, explica a presidente do Departamento Científico de Nutrologia da SBP, médica Virgínia Weffort.

A médica explica que o objetivo é prevenir doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, arteriosclerose, entre outras. “Por isso, é fundamental listar os nutrientes disponíveis naquele produto, bem como suas características, quantidade, composição, garantia, prazo de validade e origem”.

ENCONTRO

No encontro da Gerência-Geral de Alimentos da Anvisa, realizado na última semana na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília (DF), a médica Fernanda Luisa Ceragiolli Oliveira, membro do Departamento Científico de Nutrologia da SBP, advertiu sobre a importância da notificação de edulcorantes e a quantidade de açúcares de adição presentes.

Para ela, não deveriam existir alegações nutricionais do tipo “rico em fibras” e “zero gordura trans”, que podem levar os consumidores a acreditarem que o consumo deste tipo de produto não envolve riscos à saúde.

Além da SBP, participaram da reunião representantes do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor; da Aliança de Controle do Tabagismo; Põe no Rótulo; do Conselho Nacional de Nutricionistas; da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar.

O encontro contou ainda com a participação de membros do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo; do Fundo das Nações Unidas para a Infância; da Organização Pan-americana de Saúde; da Universidade Federal de Minas Gerais; e da Sociedade Brasileira de Hipertensão.

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