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Número de acidentes voltou a crescer na Bahia em 2018, aponta MPT

A taxa de acidentes no trabalho na Bahia voltou a crescer em 2018 depois de um período de dez anos em queda. No ano passado, ocorreram 17.481 casos, número 7% maior do que o registrado em 2017, quando foram comunicados 16.332 acidentes. O maior índice foi apurado em 2009, quando ocorreram 26.483 acidentes. Desde então, os números vinham em queda, interrompida em 2018.

Esses dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, plataforma online do Ministério Público do Trabalho (MPT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A plataforma digital está disponível para consulta no endereço smartlabbr.org. Nela, estão reunidos dados oficial de diversos órgãos públicos desde 2002 até o ano passado. Os números são totalizados ano a ano.

A maior parte dos acidentes na Bahia ocorrem na capital baiana (34%), seguida pelos municípios de Feira de Santana e Camaçari com 7% e 5% respectivamente. O estado está na oitava posição em número de ocorrências. Enquanto no Brasil, aconteceram 2.022 mortes no trabalho em 2018, na Bahia 94 casos foram registrados. Dados do INSS apontam a ocorrência de 11 mortes por acidentes de trabalho somente no primeiro trimestre deste ano.

O levantamento aponta que em todo o país, a cada grupo de dez mil trabalhadores, 102 sofreram algum tipo de acidente e seis morreram em decorrência da atividade profissional. A maior parte dos acidentes ocorre por falhas no cumprimento de normas de saúde e segurança do trabalho, que norteiam as medidas preventivas que devem ser adotadas em cada tipo de atividade produtiva, baseadas em estudos técnicos.

Os setores onde mais ocorrem acidentes são o hospitalar, construção de edifícios, transporte rodoviário de carga e atividade de correio. A Bahia apresenta um índice de 2,1 mil lesões como corte, laceração, ferida entre outras. Os agentes químicos, máquinas e equipamentos são os maiores causadores dessas lesões que atingem principalmente partes do corpo como dedo, pé, mão e joelho.

As ocupações em que há mais acidentes são as de técnico de enfermagem, com 4.640 casos; seguido por servente de obras, 3.697; e motorista de caminhão, apresentando um número de 2.536. Em relação ao gênero, homens sofrem mais acidentes do que mulheres. Na faixa dos 30 aos 34 anos, que é a mais atingida por acidentes, os homens possuem uma taxa mais de duas vezes maior do que elas, com 12 mil de vítimas do sexo masculino e cinco mil do feminino.

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