A claudicação intermitente – ato de mancar – é muito comum entre as pessoas que sofrem com a Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP). Em geral, as crises ocorrem durante a prática de exercícios físicos. O paciente sente uma dor parecida com a cãibra, o que acaba gerando grande incômodo na execução dos movimentos.
A DAOP é uma obstrução das artérias da perna, que dificulta a passagem sanguínea, da forma correta, pelo membro. Isso impede que o corpo envie oxigênio para os músculos e pode causar, além da dor, gangrena e úlceras nos locais afetados.
O angiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Bruno Naves, explica que a DAOP nada mais é o que a falta de circulação na perna. “O fator mais importante para que isso aconteça chama-se tabagismo, que vai deteriorando os vasos arteriais. Associado ao cigarro tem a vida sedentária, o colesterol alto, o stress, isso tudo vai deteriorando a parede da artéria, e essa parede vai acumulando gordura e dificultando a chegada de sangue”.
Naves explica que a manifestação maior aparece ao andar. “Para andar o músculo precisa de sangue, de nutrição e oxigênio, com a doença não chega da forma adequada e o corpo sinaliza com dor: a pessoa anda, dói, ela para e melhora, anda de novo, dói, para e melhora. A gente chama isso de claudicação intermitente. Essa dor é uma sinalização que está faltando circulação no músculo, aí a pessoa não consegue andar”.