Pesquisadora baiana cria plástico biodegradável e antimicrobiano || Foto Divulgação
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A pesquisadora Luana Dias, mestranda na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), desenvolveu uma alternativa sustentável que pode substituir a composição padrão de embalagens e outros derivados plásticos. A novidade se trata de filmes polímeros biodegradáveis e antimicrobianos.

“Vários tipos de polímeros já são avaliados para o desenvolvimento das embalagens, entretanto, na maioria das vezes utilizam-se os polímeros derivados do petróleo, devido as características dos alimentos, que podem conter água, nutrientes (carboidratos, proteínas, lipídeos, etc), além do armazenamento ao longo da cadeia produtiva”, explicou a pesquisadora Luana.

Ela destaca que na tentativa de minimizar o descarte desordenado de plásticos no meio ambiente e ao mesmo tempo propor uma alternativa sustentável, foram utilizados polímeros biodegradáveis, cujas bases são capazes de estabelecer contato com alimentos sem oferecer riscos à saúde dos consumidores, pois boa parte desses polímeros são naturais e fazem parte da alimentação humana.

“Os materiais que eu utilizei para desenvolver este novo tipo de plástico, com orientação da professora Cristiane Patrícia, podem ser exemplificados com amido, quitosana, gelatina e álcool polivinílico. Além de não serem agressivos ao meio ambiente, os materiais são misturados para gerar embalagens resistentes”, destaca Luana. Estes compostos unidos promovem qualidades que são essenciais, tais como a permeabilidade ao vapor d’água, ao oxigênio e a baixa ou alta resistência mecânica, o que não acontece quando os materiais são utilizados individualmente.

Se for introduzido como matéria-prima para embalagens, o novo tipo de plástico busca também promover a segurança do alimento, visto que estabelece um controle microbiológico devido a incorporação de uma enzima que elimina micróbios causadores de doenças ao consumidor. “Com este estudo, aliamos a ideia de um polímero biodegradável com a tecnologia inovadora das embalagens ativas para que sejam aplicados em alimentos”, destacou a mestranda. O projeto ainda está em fase de testes em bancada de laboratório para avaliar sua efetividade, como o tempo de vida útil em prateleiras de mercado, toxicidade, etc.

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