Tempo de leitura: 2 minutos

É sábado à noite. Escrevo enquanto escuto um especialista explicar no Jornal Nacional, da Rede Globo, que é preciso viver um dia de cada vez para evitar o estresse e a ansiedade. Respiro fundo, mas confio na seriedade e serenidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Fui uma das pessoas que, ao ficar em casa voluntariamente, chamei o meu movimento de quarentena, até entender que não é isto o que estou vivendo. Estou isolada socialmente, em minha própria residência, respeitando uma medida preventiva dos Governos, na tentativa de amenizar a disseminação do COVID-19, conhecido popularmente como coronavírus.

Tenho um coração dividido, neste momento: de um lado, a tentativa de não acompanhar todas as notícias e me distanciar de sentimentos como medo e ansiedade. Do outro, uma curiosidade absurda para tentar entender o que está acontecendo de fato, e porque a Itália divulgou, há algumas horas, a morte de 793 pessoas em um único dia, inclusive ultrapassando o número de vítimas da China, onde tudo começou.

Uma das palavras que mais tenho escutado, há alguns dais, é Lombardia, região mais populosa da Itália cuja capital é Milão. A tão sonhada por tantos brasileiros! Tão sonhada quanto o Rio de Janeiro e São Paulo. Impossível não fazer a associação. Impossível não lembrar que as primeiras mortes pela infecção estão acontecendo por lá. Impossível não pensar que o COVID-19 está pontuando nas regiões da classe média e alta, e que se chegar a um barraquinho sequer de uma daquelas tantas favelas do Rio, ou na gigantesca população que mora nas ruas de São Paulo, o Brasil não terá a menor condição de contabilizar ou conter. Lamentavelmente.

É sábado à noite. Escrevo enquanto escuto um especialista explicar no Jornal Nacional, da Rede Globo, que é preciso viver um dia de cada vez para evitar o estresse e a ansiedade. Não sabemos quanto tempo tudo isso irá durar. Respiro fundo, mas confio na seriedade e serenidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O nosso presidente, Bolsonaro, chama a pandemia de gripe e desfaz das ações enérgicas dos Governadores dos Estados Brasileiros. Desconfiam que ele esteja negando a própria infecção. Desconfio que muitos ainda negam sua insanidade…

Manuela Berbert é publicitária.

2 respostas

  1. Olha, achei contraditório vc confiar no ministro Mandeta e desconfiar das ações do Presidente em desfazer o que o governador do Rio fez! Tal atitude foi tomada para garantir o abastecimento de tudo que tem relacão direta e indireta no combate ao vírus! E foi orientada pelo Ministro da economia, Guedes; Ministro de infraestrutura e transporte, Tarcísio Freitas; bem como o que a senha confia Ministro da Saúde, Mandeta!

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *