Moradores do São Domingos e São Miguel protestam contra descaso
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Moradores dos bairros São Miguel e São Domingos, na zona norte de Ilhéus, fizeram um novo protesto no centro da cidade, nesta quarta-feira (26), para pedir providências em relação aos estragos causados pelo avanço da maré. Os moradores já tinham feito protestos na quinta-feira (20) e na sexta-feira (21).

Os manifestantes fizeram uma passeata pelas principais ruas do centro de Ilhéus e ficaram em frente à Câmara de Vereadores. “Só pedra não vai aguentar, é paliativo e nós não estamos atrás de paliativos. Queremos que eles [prefeitura] tomem as providências”, relatou Saionara Maria Santos, presidente da Associação de Moradores do São Miguel.

Desde de julho, o problema da força da maré aumentou, destruindo casas e cabanas de praias. O trecho mais atingido tem 4 quilômetros e fica entre os bairros São Domingos e São Miguel. Algumas medidas preventivas, como colocar pedras em alguns pontos, têm sido feitas por moradores e prefeitura, mas não são suficiente.

Na última sexta-feira (21), a prefeitura decretou situação de emergência por conta da erosão costeira e montou um comitê para preparar ações de contenção do avanço da maré. Os moradores disseram que, essa semana, a prefeitura prometeu 20 caçambas de pedra para cada bairro.

Na manhã desta quarta, foi realizada uma sessão de rotina na Câmara de Vereadores. Os moradores não foram autorizados a entrar para evitar aglomeração, mas pediram apoio dos vereadores.

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou um procedimento administrativo para levantar a situação dos licenciamentos ambientais da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), responsável pelo porto de Ilhéus.

Um estudo feito em 2007, pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo município, aponta que a construção do porto é responsável pelo avanço da maré, causando impactos social, econômico e ambiental em São Miguel e São Domingos.

Por meio de nota, a Companhia das Docas da Bahia (Codeba) esclareceu que existe uma ação civil pública de 2010 sobre o caso, que ainda aguarda a conclusão. No processo, não há estudo que comprove a influência da construção do porto e a responsabilidade da Codeba, e aguarda um estudo técnico da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Do G1.

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