Comércio deve adotar medidas para garantir segurança na reabertura || Foto Darío Neto/ASN-BA
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O Sebrae anunciou a criação de série de protocolos de biossegurança para diversos segmentos da atividade econômica, principalmente lojas de rua e de shoppings. Um dos setores com maior representatividade no país, o varejo tradicional reúne mais de 2,5 milhões de pequenos negócios e respondia, antes da crise, por mais de 4 milhões de pessoas empregadas.

O protocolo elaborado pelo Sebrae para esse segmento é baseado nas orientações de instituições oficiais nacionais e internacionais, tais como a Organização Mundial da Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), Ministério da Economia, Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

A primeira orientação para todos os lojistas é observar os decretos estaduais e municipais, que irão estabelecer as normas gerais e específicas de funcionamento para cada tipo de estabelecimento comercial. Dadas as dimensões territoriais brasileiras e a disparidade existente no sistema de saúde, muitas vezes entre municípios do próprio estado, é fundamental o respeito às orientações das autoridades locais de saúde.

“O que o empresário precisa considerar, nesse momento de retomada, é atender a todos os requisitos dos protocolos estabelecidos pelos órgãos competentes que atuam sobre o território e o segmento que a empresa participa. Essa responsabilidade de fazer a entrega na sua totalidade é que vai dar a condição legal para que possa funcionar com toda a segurança e responsabilidade”, afirma o gerente do Sebrae em Salvador, Rogério Teixeira.

O gerente complementa ainda que os empreendedores não devem deixar de fazer promoções e criar ofertas para atrair a atenção do consumidos, mas que é preciso cuidado no atendimento. “Não deve deixar de cumprir o protocolo, mas também não deve abrir mão da segurança sanitária dos clientes e colaboradores. É possível agendar o atendimento presencial ou fazer isso de maneira remota”, completa.

PRINCIPAIS CUIDADOS

Com a reabertura de lojas em geral, o primeiro cenário a ser observado é o ambiente de trabalho dos colaboradores. Uso de máscaras e disponibilização de álcool em gel faz parte da rotina neste momento, e é compulsório a todas as lojas. Para além disso, algumas modificações são sugeridas a fim de restringir ao máximo a possibilidade de contágio. É importante criar na empresa uma área de chegada para os profissionais com álcool em gel para higienização das mãos e medidas para higienização das solas do sapato, como um borrifador com álcool 70% ou tapete com desinfetante.

Oriente as pessoas a levarem a menor quantidade possível de objetos pessoais nas bolsas, que devem ser higienizadas e guardadas em local específico. Mesas, superfícies e objetos de trabalho também devem ser higienizados com desinfetante de hora em hora. Quanto mais arejado o local de trabalho, melhor.

Planeje um espaço separado para recepção de mercadorias, estoques e outros insumos. Denomine esse espaço de “área suja”. Este ambiente deve ser limpo numa frequência maior e pelo menos duas vezes ao dia. Imediatamente após a chegada de mercadorias, insumos ou mesmo recepção de fornecedores, proceda à limpeza e desinfecção de mercadorias.

Nos caixas de pagamento e balcões onde há contato com o público, instale telas de proteção de vidro ou acrílico, para que sejam higienizadas de hora em hora. Compre um termômetro digital e destine a um dos colaboradores a tarefa de verificar a temperatura de clientes, fornecedores e outros colaboradores que entrarem na loja.

O foco seguinte do lojista deve ser a preocupação em criar uma rede de apoio aos colaboradores para que eles possam ter acesso às informações sobre a doença e assim, tornarem-se parte envolvida com a proteção de si mesmos, do restante da equipe e do público. Isso pode ser feito por meio compartilhamento de informações nos grupos de Whatsapp, distribuição de cartilhas informativas, intranet, ou qualquer meio de comunicação disponibilizado pela empresa. Oriente sobre medidas de higiene básicas, como: lavar as mãos, evitar contato físico com colegas, não coçar os olhos, bocas e mucosas e realizar o atendimento ao cliente mantendo uma distância maior.

Reforce a limpeza de pontos de grande contato como corrimãos, banheiros, maçanetas, terminais de pagamento, elevadores, mesas, cadeiras, entre outros. Além disso, é importante designar uma pessoa da loja para verificar se as regras estão sendo seguidas, essa pessoa deve ser trocada periodicamente.

Em relação aos clientes, reduza em pelo menos 70% a capacidade de receber pessoas na loja para evitar aglomeração. Estimule o agendamento para atendimento aos clientes fixos com hora marcada. Organize uma área de chegada para clientes, disponibilizando álcool em gel para higienização das mãos e sinalize, com placas informativas, que seu estabelecimento comercial segue normas de higiene e segurança.

Na hora do pagamento, faça marcações no chão para que os clientes respeitem as normas de distanciamento de pelo menos 1,5 metros. As maquininhas de cartão devem ser envolvidas em papel filme e higienizadas com álcool em gel na frente do cliente. Evite transações em dinheiro. O protocolo com as informações completas pode ser obtido neste link.

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