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A Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar da Bahia (APPMBA) emitiu nota em que critica o “desfecho fatídico” da operação que resultou na morte do soldado Wesley Soares de Góes, ontem (28), no Farol da Barra, Salvador. A nota diz que o policial estava “em claro surto psicótico” e observam que, do outro lado, estavam policiais militares, razão pela qual se esperava um outro final para a ocorrência.

A entidade que reúne soldados e praças da PM baiana diz que o “grito” do soldado “foi a reação de um ser humano, policial militar, querendo ser ouvido e notado”. E questiona: “Quantos Wesleys temos na corporação passando por problemas psicológicos e o que causou essa reação no policial cumpridor das suas obrigações?”

A associação cobra que o estado invista, de forma intensa, no tratamento psicológico da tropa. “O policial não é robô para trabalhar sob forte pressão, seja dentro dos quartéis ou nas ruas, onde o enfrentamento à violência tem sido cada dia mais letal”.

Para a direção da APPM-BA, “as cobranças por números e estatísticas, sem a preocupação com o “ser humano policial militar”, tem provocado reações psicológicas sem precedentes”. A Associação cobra que o caso seja apurado de forma rigorosa. “Esperamos que o grito de Wesley não tenha sido em vão, esperamos também uma apuração rigorosa sobre esse episódio do ponto de vista de quem autorizou os disparos, uma vez que o momento era de negociação”. Clique em leia mais e confira a íntegra da nota da APPM-BA.

NOTA DE REPÚDIO

A Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar da Bahia (APPMBA) repudia veementemente o desfecho fatídico da operação no Farol da Barra, neste domingo (28), onde o policial militar, Wesley Soares de Góes, em claro surto psicótico, foi abatido sob o olhar inúmeras pessoas que esperavam um outro desfecho da ocorrência. Principalmente porque quem estava do outro lado fazendo a mediação também era policial militar.

O “grito” do SD PM Wesley foi a reação de um ser humano, policial militar, querendo ser ouvido e notado. O objetivo dele não era ferir ninguém e hoje a preocupação é: “Quantos Wesleys temos na corporação passando por problemas psicológicos e o que causou essa reação no policial cumpridor das suas obrigações?”

É necessário que o Estado invista de forma intensa no tratamento psicológico da tropa. O policial não é robô para trabalhar sob forte pressão, seja dentro dos quartéis ou nas ruas, onde o enfrentamento à violência tem sido cada dia mais letal.
As cobranças por números e estatísticas, sem a preocupação com o “ser humano policial militar”, tem provocado reações psicológicas sem precedentes.

Esperamos que o grito de Wesley não tenha sido em vão, esperamos também uma apuração rigorosa sobre esse episódio do ponto de vista de quem autorizou os disparos, uma vez que o momento era de negociação.

A APPMBA se solidariza com a família e os colegas que perdem um grande guerreiro.

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