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Os preços da indústria brasileira subiram 5,22% em fevereiro em relação a janeiro, a maior alta da série histórica do Índice de Preços ao Produtor (IPP), iniciada em 2014. O desempenho do índice em é o segundo recorde consecutivo, após a revisão de 3,36% para 3,55% do resultado de janeiro. Com isso, o IPP acumula altas recordes de 8,95%, no ano, e de 28,58% nos últimos 12 meses.

Divulgado nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado reflete, principalmente, a elevação de preços das indústrias extrativas (27,91%), de refino de petróleo e produtos de álcool (12,12%), de outros produtos químicos (9,69%) e de metalurgia (8,35%).

Esse é o décimo nono aumento consecutivo na comparação mês a mês do indicador – desde agosto de 2019. O índice mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 23 apresentaram variações positivas.

O técnico da pesquisa do IBGE, Felipe Figueiredo Câmara, explica que a depreciação cambial é um dos fatores importantes atingindo 25% no acumulado de 12 meses. Com isso, há um efeito sobre toda a cadeia produtiva porque afeta os insumos importados. Ao mesmo tempo, há um cenário de comércio exterior em que os preços das commodities minerais – óleo bruto de petróleo e minério de ferro –, cotados em moeda estrangeira, também estão subindo.

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