Laboratório instalou mais três termocicladores, aparelhos usados na identificação do coronavírus em amostras coletadas
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Com a instalação de três novos termocicladores, que são equipamentos utilizados para detectar o Sars-CoV-2 (Covid-19) utilizando a técnica de biologia molecular do tipo RT-PCR, o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) dobrou a velocidade de análise, informa a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A unidade realizou mais de 950 mil exames do tipo RT-PCR desde o início da pandemia e deve chegar a 1 milhão nos próximos 15 dias.

Apesar do incremento, como a pandemia está fora de controle, a demanda por testes cresce diariamente. Isso faz com que pacientes do estado tenham que esperar até dez dias pelo resultado do exame.

REFERÊNCIA NACIONAL

De acordo com o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, nos últimos anos o Governo do Estado investiu R$ 20 milhões no Lacen, que “agora é referência nacional em testes do tipo RT-PCR e sequenciamento genético de amostras da Bahia e de outros cinco estados (Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte)”.

A diretora geral do Lacen-BA, Arabela Leal, explica que outros equipamentos chegarão em breve. “Estamos em processo de aquisição de mais três extratores e dois pipetadores robotizados que vão ampliar ainda mais a nossa capacidade de realizar RT-PCR, bem como outro equipamento de sequenciamento genético”, ressalta.

O sequenciamento genético de amostras da Covid-19 pelo Lacen-BA é fundamental para conhecer as rotas de transmissão do vírus, a diversidade e pode auxiliar o desenvolvimento de vacinas e medicamentos para o tratamento da doença.

O secretário da Saúde da Bahia explica que o sequenciamento é a leitura do genoma (DNA ou RNA) de um organismo. “Saber como o Sars-CoV-2 (Covid-19) se comporta em nível genômico auxilia o desenvolvimento de vacinas e drogas eficientes, sobretudo, ao considerar as mutações identificadas. Traçando um paralelo com outros tipos de vírus, não é incomum pacientes desenvolverem “resistência” ao medicamento e isso ocorre não porque o paciente ficou resistente, mas sim o vírus”, ressalta Vilas-Boas.

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