Governador não se conforma com decisão da agência contra uso da Sputnik no país
Tempo de leitura: 2 minutos

O governador Rui Costa (PT) saiu em defesa da vacina Sputnik V, cuja autorização de uso no Brasil foi negada, na última segunda-feira (26), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O petista disse hoje (30) que, caso fosse autorizado, usaria o imunizante russo contra a Covid-19 para proteger a população baiana, inclusive sua família, além dele mesmo.

A Anvisa, que tem um quadro técnico reconhecido internacionalmente por sua competência, segue parâmetros de controle de qualidade usados por agências europeias e a Food and Drug Administration (FDA), sua equivalente nos Estados Unidos da América (EUA).

Rui questionou, de forma irônica, se a agência brasileira também vai seguir os critérios da FDA na avaliação de agrotóxicos liberados no país. Segundo ele, 80% dos defensivos agrícolas aprovados pela agência no país foram proibidos ou banidos dos EUA.  “Então, que tal aprovar os padrões do DFA para o uso de defensivos agrícolas também?”, perguntou o governador da Bahia.

Também lembrou que a Sputnik V foi aplicada em mais de 20 milhões de pessoas em diversos países do mundo, a exemplo de Argentina e México.

CHECAGEM DE PASSAGEIROS EM AEROPORTOS

No início da pandemia no Brasil, no primeiro trimestre de 2020, a Anvisa foi à Justiça para impedir que estados e municípios pudessem checar a saúde dos passageiros em trânsito nos aeroportos do país. Nesta sexta, Rui disse que não compreende, até hoje, quais foram os padrões científicos de que a agência se valeu para mobilizar o Poder Judiciário contra as medidas. “Me pareceu à época um parâmetro muito mais de defesa da corporação que um padrão técnico”, disse.

ASTRAZENECA

O governador avalia como acerto da Anvisa a decisão de não suspender o uso da Aztrazeneca, como muitos países europeus fizeram, pelo risco de tromboses. “Concordo com a agência que os benefícios nesse caso são muito maiores que os riscos”.

TRANSPARÊNCIA E PROATIVIDADE

Questionado sobre a falta de transparência a respeito da fabricação da vacina, Rui cobrou maior proatividade da Anvisa, como buscar informações com os países que já usam o imunizante. “Desde cedo aprendi um ditado: quem quer fazer arruma um jeito, quem não quer, arruma desculpa”.

Segundo Rui, a Anvisa só avaliou a vacina russa por causa da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). “Se não fosse isso, até hoje não teríamos uma opinião pública da agência sobre a vacina”.

O Estado da Bahia fechou acordo com o Fundo Soberano Russo para garantir a compra de 9,7 milhões de doses da vacina Sputnik V.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *