Sul da Bahia vive promessa de duplicação da Ilhéus-Itabuna há 40 anos || Foto Pimenta
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O Governo da Bahia e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) iniciaram processo de desapropriações de imóveis ao longo das margens da Rodovia Ilhéus-Itabuna (BR-415). As aferições de áreas e benfeitorias na margem esquerda do curso do Rio Cachoeira começaram há cerca de dez dias e foram intensificadas nesta semana.

Daqui a pouco, às 10h, em Itabuna, o governador Rui Costa deverá anunciar os próximos passos para que sejam iniciadas as obras de duplicação da rodovia. Ontem, em Ilhéus, o mandatário baiano evitou responder a pergunta sobre a duplicação no trecho que liga os dois maiores municípios do sul do Estado.

– Da BR eu dou notícia amanhã, é a surpresa de amanhã. Cada surpresa um dia, senão amanhã vocês não vão me encontrar – disse ele em resposta ao repórter Thiago Dias, do PIMENTA.

PROMETIDA HÁ MAIS DE 40 ANOS

A duplicação do trecho da BR-415 é obra prometida há algumas décadas. Desde o primeiro projeto, tendo à frente o engenheiro Saulo Pontes, da Superintendência de Infraestrutura de Transporte da Bahia, lá se vão, pelo menos, 40 anos, passando por governos do velho e falecido ACM, Paulo Souto, César Borges, Wagner e, agora, Rui Costa.

Inicialmente, a duplicação ocorreria na mesma margem do Cachoeira. Devido aos custos com desapropriações, optou-se por construir novas pistas na margem direita do curso do rio. Saindo do papel, o trecho terá extensão de quase 18 quilômetros e as pistas serão interligadas por quatro pontes.

Ontem, o suspense do governador e a presença de técnicos dos governos federal e estadual em imóveis ao longo da rodovia aumentaram a expectativa de que Rui Costa anuncie, finalmente, o início das obras. A última autorização para a duplicação foi assinada por ele mesmo. Era 9 de outubro de 2017, quando várias autoridades estiveram em Itabuna em um palanque armado na Avenida Juracy Magalhães, saída de Itabuna para Ilhéus, quando houve até show musical. Era um dia ensolarado e festivo. Rui, empolgado pela receptividade, disse que o governo baiano financiaria a obra se a União não liberasse o recurso de R$ 105 milhões.

SUPERAR A DESCRENÇA

Caberá a Rui, nesta sexta (7), finalmente superar a descrença quanto à execução e finalização da obra. E, caso comece, o prazo para a sua conclusão, conforme o projeto último que circulou nos gabinetes de Salvador e Brasília, é de 22 meses.

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