Bebeto Galvão fala de experiências políticas e sucessão de 2022
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O sul da Bahia vive a perspectiva de ter um senador da República pela primeira vez em 2023, caso Jaques Wagner vença a disputa ao governo do Estado em 2022 e, assim, abra espaço para o seu primeiro suplente na câmara alta.

Bebeto Galvão, ex-deputado federal e hoje vice-prefeito de Ilhéus, tem essa perspectiva de poder, mas evita falar dela. Afirma que torce pela manutenção de um projeto vitorioso no estado desde 2006, quando o PT engatou sequência de quatro vitórias em primeiro turno na corrida ao Palácio de Ondina, com Wagner, depois reeleito, e Rui Costa, já no segundo mandato. 

Na entrevista a seguir, Bebeto prefere falar de projetos e também como tem sido a experiência como vice-prefeito de Ilhéus. “Eu e [o prefeito] Mário [Alexandre, Marão] fizemos acordo de duas lideranças da cidade superando o velho maniqueísmo de ou ele ou eu e nos juntamos para Ilhéus dar um passo à frente”, afirma. Também fala de conversas iniciais que podem levar o PT – ou parte dele – para a base do Governo Marão. Confira os principais trechos.

BLOG PIMENTA – Como o sr. avalia esses quatro primeiros meses de governo como vice-prefeito?

Bebeto Galvão – É um desafio enorme. Tenho experiência de parlamentar, como vereador e deputado federal, e a capacidade de ajudar nossos municípios, a partir de Brasília, apresentando emendas, trabalhando pelo fortalecimento de nossas instituições regionais. Agora, na Prefeitura, estamos no front direto com a população, vivenciando o seu cotidiano, as suas demandas de infraestrutura, de saúde e tendo essa capacidade de ajudar a minha cidade articulando com o que construí em Brasília, ajudando com bons investimentos na minha cidade.

Com a reforma administrativa, o senhor deverá ocupar secretaria?

Eu e [o prefeito] Mário [Alexandre, Marão] fizemos acordo de duas lideranças da cidade superando o velho maniqueísmo de ou ele ou eu e nos juntamos para Ilhéus dar um passo à frente. E isso está ocorrendo. Basta verificar os investimentos na área privada, em Ilhéus, na região Sul, o Porto Sul, Ferrovia Oeste-Leste, que acaba de ser leiloada, os investimentos públicos e privados. E esses investimentos privados geram em nossa cidade um aquecimento da nossa economia e temos investimentos diretos do município em obras.

O que há em números que sinalizam essa retomada?

Fechamos 2020 com números positivos e, agora, Ilhéus vive momento extraordinário que ajudará nos investimentos em nossa região. Agora, a construção da BA vai ajudar na integração de Ilhéus e Itabuna. Na minha opinião, devemos pensar. Sentar, discutir essa região como aglomeração urbana para que, na escala de demandas, tenhamos melhores e bons serviços.

Ainda sobre a reforma, será momento para atrair novos partidos para a base governista?

Nós queremos fazer, da cidade, uma gestão com todos. E os partidos são a expressão organizativa dos polos de poder.

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Nós temos diálogo, ainda muito inicial, e vamos seguir nesse processo de conversa, porque conversa e caldo de galinha fazem bem a todos nós.

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Uma das discussões é sobre a ida ou não do PT. O partido terá espaço no governo?

Nós temos diálogo, ainda muito inicial, e vamos seguir nesse processo de conversa, porque conversa e caldo de galinha fazem bem a todos nós.

Qual papel o senhor vai jogar em 2022, nas eleições?

Quem faz política está sempre aberto a discussão. O meu partido vai discutir nossa nominata [relação de nomes] para deputado federal e deputado estadual e as condições para 2022. É aguardar essa decisão.

Qual o cenário para 2022 na eleição ao governo estadual?

Esse ciclo de mudanças, conquistas e desenvolvimento continuará com [a eleição] do nosso [Jaques] Wagner e de todos da aliança que podem levá-lo à Governadoria novamente. Mantido o nosso grupo – e será mantido, porque temos responsabilidade com a Bahia, nós vamos disputar uma eleição bem situados.

O senhor está em posição confortável como primeiro suplente do senador Jaques Wagner. Isso faz aumentar a torcida, no plano estadual, com essa perspectiva de o senhor assumir o mandato no Senado?

[Risos] Faz aumentar a torcida para que a Bahia continue na trilha do desenvolvimento. Não é uma questão pessoal, mas de projeto. Nós temos um líder importante, que oxigenou a política da Bahia, abriu tudo isso. Parte das obras que estão sendo realizadas em nossa região vem do planejamento dos governos dele [2007 a 2014]. Portanto, vamos trabalhar para manter o nosso grupo unido, com Wagner governador. A consequência, em função da lei, é que, se ele ganhar a eleição, eu assumo [o mandato de senador da República].

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