Segundo presidente da Alba, veto a fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões é requisito para que Bolsonaro consiga manter o mínimo de coerência entre discurso e prática; filhos do presidente da República votaram a favor do "fundão"
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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD), defendeu hoje (19) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vete o fundo eleitoral, no valor de até R$ 5,7 bilhões, da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022. A proposta foi aprovada no Congresso.

Para o deputado estadual, se não vetar o “fundão”, o presidente da República vai fragilizar a própria retórica. “Ele tem que vetar, se quiser manter o mínimo de coerência do seu discurso original contra a corrupção e pela moralização das contas públicas. Sancionar é confirmar que a ‘mamata’ não só continuou como aumentou em seu governo”, disparou o chefe do Legislativo baiano.

Além dos partidos do chamado Centrão, que compõem a base do governo no Congresso, a aprovação do fundo eleitoral teve votos de deputados e senadores bolsonaristas, incluindo os filhos do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), além das deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF).

AUMENTO É ABERRAÇÃO, DIZ PRESIDENTE DA ALBA

O aumento do valor do fundo eleitoral em quase três vezes é uma aberração, avalia o presidente da Alba. “Vivemos uma pandemia terrível, com as pessoas fazendo fila para pegar osso, e o Congresso Nacional aumentando a bilionária verba eleitoral de R$ 1,7 bi para R$ 5,7 bilhões. Sou deputado, vou disputar eleições no ano que vem, mas isso é um escárnio contra a população, principalmente a mais pobre deste país”, disparou Menezes.

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