CAMAMU: POSSE DE NOVO PREFEITO SERÁ NA 3ª

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Jackson defende expulsão de Ioná.

Após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmar a cassação da prefeita Ioná Queiroz (PT), a Justiça em Camamu determinou para a próxima terça-feira, 7, às 9 horas, a diplomação de José Américo (PR), no fórum local. Américo assume depois que Ioná foi cassada por abuso de poder econômico e compra de votos na eleição de 2008. A posse ocorrerá em solenidade na Câmara de Vereadores, também prevista para o período da manhã.
Enquanto isso, a prefeita cassada tenta manter-se no cargo apresentando recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Ioná Queiroz sofreu um duro golpe nesta semana com o posicionamento de Jackson Cabral. Fundador do PT em Camamu, Cabral defende a imediata expulsão de Ioná do partido.
Cabral acusa a prefeita cassada de ter negligenciado as bandeiras históricas do partido, ter promovido nepotismo em altíssimo grau. A família da prefeita controla 70% do orçamento do município e ocupa os principais cargos na prefeitura.
O fundador do PT de Camamu também acusa Ioná por diversas irregularidades, como desvio de recursos para construção de hospital e do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), além de ter prejudicado o PT no segundo turno da eleição presidencial, quando Dilma Rousseff perdeu para o tucano José Serra no município.

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Jogadores comemoram gol do título (Foto Marcelo Theobald).

Um gol de Emerson, aos 16 minutos do segundo tempo, garantiu ao Fluminense o título do Brasileirão 2010, quebrando jejum de 26 anos.
O Flu bateu o Guarani por 1×0 e ergue e conquista o Brasileiro – ou equivalente – pela terceira vez (1970 e 1984 e 2010).
O time de Muricy Ramalho chegou ao título ao alcançar 71 pontos, dois a mais que o Cruzeiro e três à frente do Corinthians.

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O Vitória tinha tudo para levar a melhor neste domingo, 05, quando aconteceu a última rodada do Brasileirão 2010 e a última chance para o leão rubro-negro garantir sua permanência na série A. Jogou em casa, no Barradão, onde sempre foi um adversário temido, mas dessa vez não conseguiu se impor diante do Atlético Goianiense, que também fazia uma partida de “vida ou morte”.
O leão fraquejou e, apático, não conseguiu marcar. O confronto terminou em um magro 0 x 0, resultado que só poderia favorecer ao Atlético Goianiense.
Os atletas do Vitória definiram o resultado como uma tragédia. Nas arquibancadas do Barradão, lágrimas dos milhares de torcedores da equipe baiana, enquanto uns 80 torcedores do Atlético, que compareceram ao estádio, faziam a festa…
Coisas do futebol!

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No DPT de Itabuna, familiares buscam informações sobre vítimas (Foto Pimenta).

A polícia confirmou até agora sete mortes no acidente ocorrido ao final da noite de ontem no quilômetro 412 da BR-101, no distrito de Itamarati, em Ibirapitanga. Um ônibus que transportava sacoleiros de Itabuna para Caruaru (PE) tentou fazer ultrapassagem e, para desviar de uma carreta, acabou caindo de uma ribanceira de 150 metros. Os corpos foram levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna, no sul da Bahia.
A polícia concluiu a identificação de mais três dos sete corpos trazidos para Itabuna. As três últimas vítimas identificadas Maria Damiana Costa da Silva, 49 anos, que residia no Pedro Jerônimo, Maria Raimunda Santos, 43 anos, residente no Fonseca, e Marlene Fernandes Ramos, 48 anos, que morava no São Lourenço, bairros de Itabuna.
As outras vítimas já identificadas anteriormente também são de Itabuna: Sônia Pereira Mendes, Ana Sirley Nazaré de Oliveira, do Santo Antônio, e o motorista reserva Jaime Nogueira de Jesus, conhecido como “Índio”. Uma sétima vítima, Everaldina Cruz de Jesus, era de Uruçuca.
Às 14h51min – O Departamento de Polícia Técnica de Valença informou ao PIMENTA que, ao contrário do noticiado, nenhum dos corpos de vítimas do acidente com sacoleiro foi encaminhado para lá.
Leia também:

ACIDENTE MATA PELO MENOS OITO SACOLEIROS NA BR-101
SEIS VÍTIMAS DE ACIDENTE ESTÃO NO DPT DE ITABUNA
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Do Bahia Notícias

Siméa e ex-deputado tiveram relacionamento de cinco anos, diz revista.

A Justiça determinou a exumação do corpo do ex-deputado Luis Eduardo Magalhães, morto de ataque do coração em 1998, quando contava 43 anos. De acordo com a Revista Veja, o motivo para determinar o desenterro é um processo de reconhecimento de paternidade de um rapaz de 16 anos, supostamente fruto da relação extraconjugal de Luis Eduardo com Siméa Maria de Castro Antun.
Os dois teriam se conhecido em 1989, durante uma convenção do antigo PFL, em Brasília. Siméa, uma loira estonteante (na época), era conhecida na capital federal por ser garota propaganda de uma rede de lojas de imóveis, e foi contratada para trabalhar como recepcionista no gabinete do parlamentar. Logo em seguida, ela passou a morar no apê funcional de Luis Eduardo – a quem chamava de Luigi –, e só saiu de lá cinco anos mais tarde, quando engravidou. Siméa contou à Justiça que o deputado chegou a sugerir que ela fizesse aborto.
O relacionamento então acabou, mas a mulher continuou recebendo ajuda financeira do ex-caso. Com sua morte precoce, o pai dele, ACM, passou a bancá-la. Entretanto, o “Cabeça Branca” também veio a falecer, em 2007, e Siméa não teve mais a quem recorrer na família Magalhães. Resolveu então acionar o clã na Justiça, após um acerto verbal com os herdeiros

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O Departamento de Polícia Técnica de Itabuna já recebeu os corpos de seis vítimas do acidente com o ônibus da empresa Transporte Central do Brasil, ocorrido no final da noite de ontem, na BR-101, proximidades do distrito de Itamarati.
Dos seis corpos que chegaram ao DPT, quatro já foram identificados. Três são de pessoas que residiam em Itabuna: Sônia Pereira Mendes, do bairro Nova Ferradas, Ana Sirley Nazaré de Oliveira, do Santo Antônio, e o motorista Jaime Nogueira de Jesus, também do bairro Santo Antônio. A outra vítima já identificada é Everaldina Cruz de Jesus, que morava em Uruçuca.
Outros passageiros do ônibus envolvido no acidente estão internados no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna, e nos hospitais de Gandu e Ubaitaba. A informação é de que foram oito mortes e quase 40 feridos.

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Walmir Rosário | ciadanoticia@ciadanoticia.com.br
O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, causa enormes prejuízos à imagem da cidade ao se posicionar ora apoiando o candidato à presidência da Câmara, Ruy Machado, ora o esquema do atual presidente Clóvis Loiola. Além de achincalhar o Poder Legislativo, o prefeito cria uma competição canibalista entre seus secretários, que passam a apoiar candidatos diferentes para a presidência da Câmara.
Essa prática, aliás, não é coisa nova e foi vista largamente durante a última campanha política, quando Azevedo apoiou, ou mandou apoiar, dezenas de candidatos a deputado (federal e estadual). Resultado, não proporcionou uma votação expressiva a nenhum deles, nivelando-se por baixo como um cabo eleitoral sem qualquer expressão.
Na própria Prefeitura, as opiniões eram muito divergentes – tanto na campanha política de 3 de outubro como na disputa pela Mesa da Câmara. Tanto naquela época como agora, o único secretário que demonstrou maturidade política foi o da Administração, Gilson Nascimento. Deu a maior votação – entre os secretários – ao seu candidato, nesse caso ao deputado federal Luiz Argôlo, enquanto os outros foram considerados inexpressivos.
Pois bem, a história se repetiu agora para a eleição da Mesa Diretora. Desde o início de negociações, o preferido de Gilson sempre foi o vereador Milton Cerqueira, porém o secretário costurou acordos, recuando quando necessário, galvanizando apoios na oposição, enfim, formando a chapa vitoriosa sob a liderança de Ruy Machado.
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Um grupo de sacoleiros que viajava neste sábado, 04, de Itabuna-BA para Caruaru-PE, teve a viagem interrompida por uma tragédia. Às 23 horas, na altura do distrito de Itamarati, município de Ibirapitanga, o ônibus da empresa Transporte Central do Brasil, que era utilizado pelos comerciantes, quase bate em uma carreta que invadiu a contramão.
Para se desviar do outro veículo, o motorista do ônibus, identificado como Jaime, saiu da pista e acabou caindo em uma ribanceira de aproximadamente 150 metros. O motorista e sete passageiras morreram no local e cerca de 40 pessoas ficaram feridas, segundo a reportagem do site Radar Notícias.
Os feridos foram levados para hospitais em Gandu e Ubaitaba, além do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna. Segundo o PIMENTA apurou, o número de mortos já pode chegar a 15.
Mais informações em instantes.

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O artigo escrito pelo jornalista Elio Gaspari,, e publicado neste domingo n’O Globo, esclarece bastante porque a diplomacia brasileira tem enfrentado severo bombardeio da grande imprensa e da direitona conservadora.
Os americanos, cujos interesses têm no Brasil ferrenhos e engajados defensores, vêm há muito tempo procurando minar a supremacia do Itamaraty nas negociações internacionais. Aos olhos dos “donos do mundo”, os diplomatas tupiniquins agem com excessiva independência.
Clique aqui para ler o artigo.

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ESCREVER NÃO É TRABALHO, É PASSATEMPO

Ousarme Citoaian

Milton Rosário, integrante de qualquer lista, por menor que seja, dos melhores jornalistas de sua geração (além de ser gente de excepcional qualidade), me contou esta. Certa vez, o pai do poeta Telmo Padilha (foto) virou-se para o autor de Girassol do espanto e, olho no olho, o chamou à terra: “Meu filho, deixe esse negócio de escrever e arranje um trabalho decente, pois literatura não dá camisa a ninguém”. Telmo persistiu e obteve reconhecimento nacional, o que não invalida a lição de que intelectual, para ganhar uma camisa nova, precisa suar (e muito!) a antiga. Não temos tabela de preços nem sindicato como proteção – e escrever, diz o senso comum, não é trabalho, é passatempo.

JORNALISTA É QUEM VIVE DO JORNALISMO

Aqui, uma questão semântica. Para a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) –  que anda pelas redações ameaçando prender e arrebentar quem por lá se encontre que não seja diplomado – é jornalista profissional quem tem o curso superior específico (aos demais, considerados no exercício ilegal da profissão, cadeia). Já o conceito “clássico” é diferente: jornalista é quem atende aos dois requisitos de 1) trabalhar regularmente na atividade e 2) ser remunerado por esse trabalho. Com ou sem diploma, é profissional o indivíduo que exerce o jornalismo periodicamente e é pago para fazê-lo. Fora dessa fórmula simples e clara, não há salvação, pouco importa o que pense a Fenaj.

“GANHARÁS O PÃO COM O SUOR DO TEXTO”

A região tem muitos (e bons) jornalistas não diplomados, e me arrisco a citar apenas um, na tentativa de síntese do que quero dizer. Refiro-me a Eduardo Anunciação (foto), um “bicho de jornal”, com mais tempo de redação do que urubu de vôo (às vezes penso que ele, por essa escrita em linhas tortas próprias dos deuses, teria nascido num ambiente de jornal – e, para completar a quimera, bebeu tinta de impressão, em vez de leite materno). Nunca foi balconista de loja, não trabalhou em banco, não sabe botar meia-sola em sapato, não é pedreiro nem médico. É jornalista. Daqueles que lutam com as palavras todos os dias, mal rompe a manhã – e pagam o supermercado com o suor do seu texto.

JORNALISMO DO DIFUSO E DO IMPALPÁVEL

O Sul da Bahia é terreno fértil para  colunistas de todos os jaezes, com amplo espectro de textos dirigidos a leitores interessados em confetes, serpentinas, lantejoulas, plumas, paetês ou temas difusos e impalpáveis. Temo-los também de amenidades, política, economia e do que mais lhes der na telha e for suportado pela “democracia” dos donos de veículos. Esse banquete de vaidades e tolices (exemplo típíco na foto) nada de bom acrescenta ao pensamento regional, mas é incentivado pelos jornais: são colunas e artigos que nada custam para aspergir ideias de segunda mão, enquanto tomam espaço dos profissionais. Jornalistas como Eduardo correm perigo: se escaparem da Fenaj, serão desempregados pelos diletantes.

PARA O BEM OU PARA O MAL, EIS O HÍFEN

Não há dúvida: a maior armadilha de nossa ortografia é o hífen. A depender do caso, ele é bem-vindo e bem-visto. É o hífen é do bem, digamos. Mas quando surge sem ser “convidado”, causa mal-estar e mau humor, deixa o leitor mal-humorado, faz o texto mal-amado, sugere que quem o escreve é mal-educado (mal-afortunado, em termos de língua culta). Aí, é o hífen do mal. Às vezes, ele é bendito, bem-visto, benquisto, benfeitor e bem-querido; noutras, é malnascido, malcuidado, malcriado, mal-ajambrado, mal-afamado, malvisto e, portanto, contra-indicado. É o contra-exemplo da boa construção.

GOVERNO MUDA GRAMÁTICA PORTUGUESA

O governo estadual houve por bem abolir, por sua inteira conta e risco, o hífen de “Bem-Vindos”. A CLMH (Comunidade dos Linguistas Mal-Humorados) há de dizer que isto não tem importância, pois todos os leitores vão entender que a placa indica a gentileza e a cortesia com que a autoridade recebe quem visita a Direc de Ilhéus. Mas peço licença para manifestar meu estranhamento com mais este descaso oficial com a língua portuguesa. Afinal, se nem num local feito por e para professores as regras gramaticais são obedecidas, onde mais vamos obedecê-las?

O VEÍCULO DÁ SUA OPINIÃO NO EDITORIAL

Era o fim do ano, numa redação de jornal. O redator-chefe vira-se para o editorialista e lhe encomenda, para o dia seguinte, um editorial sobre Jesus Cristo. “Contra ou a favor?” – pergunta candidamente o articulista… A história é conhecida por todo jornalista, ou quem trabalhou numa redação – seja como estagiário, servindo cafezinho ou dobrando jornal. Ela pretende ilustrar que o editorial não é a opinião de quem o escreve, mas a do veículo que o publica. Teoricamente, o autor de editoriais é alguém com isenção bastante para, como na historieta acima, escrever contra ou favor de Jesus, com a mesma desenvoltura.

CAVALO COM CHIFRES E COBRA COM ASAS

Se o prezado leitor (ou a prezada leitora!) concluiu que não se assina editorial, parabéns. Não se assina porque, se assinado, vira artigo “comum”, a espelhar a opinião do signatário, não mais do veículo. Editorial “assinado” se define com uma palavra de nossa língua culta pouco utilizada por nós, mas corriqueira em Portugal: contrafação – que vem a ser fraude, disfarce, fingimento, imitação, falsificação, e por aí vai. Editorial “assinado” é tudo isso (e mais alguma coisa), mas editorial não é. Será, mudando da língua erudita lusitana para a popular brasileira, um cavalo com chifres. Ou uma cobra com asas.

ROBERTO MARINHO E O EDITORIAL ASSINADO

Há tempos, o Jornal Nacional costumava, numa noite sim e na outra idem, antecipar o que O Globo publicaria no dia seguinte, como “o editorial do jornalista Roberto Marinho” – na foto, à direita do general Figueiredo. No afã de agradar ao chefe (ou, quem sabe, por ordem do mesmo), violentavam-se as regras e se desserviam as novas gerações de redatores. Essa contrafação (!) durou até quando apareceu no JN alguém com juízo e pôs cobro  à farsa – ou Doutor Roberto se cansou da brincadeira. O fato é que este morreu e, para nosso alívio, resolveu, em definitivo, o problema. “Editorial do jornalista Roberto Marinho”: nunca mais.

A LEI DE MURPHY EM VISITA ÀS REDAÇÕES

Morre o homem, ficam-lhe os defeitos. Em pleno 2010, há veículos por aí que identificam seus editoriais com a palavra “Editorial” no alto da página (o que é uma informação supérflua, ociosa, mas aceita por alguns grandes veículos) e ainda os assinam, numa prova irretocável de que não sabem o que fazem. Mas, como diz o muito citado Murphy (creio que esta é a Lei nº 81, do seu elenco de 100), “nada está tão ruim que não possa ficar pior”: pois acaba de surgir entre nós o editorial com foto. Isso mesmo: editorial assinado e com foto de quem o assina. Aí, pego meu boné e caio fora, pois a discussão já adentrou a órbita da insensatez .
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NOEL E A FÁBRICA QUE NÃO ERA DE TECIDOS

A imortal Três Apitos foi composta em 1933 para uma das paixões de Noel Rosa, Josefina (a Fina), que ele julgava trabalhar numa fábrica de tecidos (a Confiança) mas que, na verdade, era empregada numa pequena fábrica de botões.  Esse engano o levou a criar a famosa rima de pano/piano.  Ao descobrir o equívoco, ele manteve os versos. Coisa de poeta: sacrificou a verdade, em benefício da rima: “Mas você não sabe/ Que enquanto você faz pano/ Faço junto do piano/ Esses versos pra você”. E aqui há outra pequena fraude, pois Noel nunca foi pianista. Vejam o contraste desses dois operários em construção: a moça tece pano, ele tece poesia.

A POESIA RESISTINDO À INDUSTRIALIZAÇÃO

Aliás, contraste é o que não falta nesta bela canção de Noel (foto). O mundo, com seu pragmatismo, parece conspirar contra o amor e outras cardiopatias, da mesma forma que a fábrica, símbolo do progresso, contrapõe-se ao piano – que o poeta usa para dirigir-se à amada. Três apitos mostra o mundos dividido em dois: de um lado, o artista e sua carga de sensibilidade, claramente à margem da sociedade de consumo; do outro, o capitalismo, o progresso industrial, a busca do lucro. “Quando o apito da fábrica de tecidos/ Vem ferir os meus ouvidos/ Eu me lembro de você”. O chamado ao trabalho é, para o poeta, a invocação para o amor.

APESAR DOS ERROS, UM MOMENTO MÁGICO

Noel Rosa foi listado aqui entre pessoas e efemérides que completavam, ao lado de Itabuna, um século em 2010. De repente, vejo que mais um ano se passou, sem nenhuma homenagem ao Poeta da Vila – logo eu, que tenho predileção pela sua arte, e até, se posso ser imodesto, razoável conhecimento de sua lavoura. Caso esta coluna se mantenha, vamos postar ainda uns dois vídeos sobre este grande nome da cultura brasileira. Hoje, um grande momento da MPB, reunindo Elizeth Cardoso e Jacob do Bandolim. Mesmo com a grande intérprete, ao vivo, errando a letra de forma deplorável, penso que vale a pena ouvir.

(O.C.)

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Debora Rodrigues esperou 48 anos – a vida inteira – pela sexta-feira passada, quando “finalmente” se submeteu a uma cirurgia de transgenitalização, conhecida como mudança de sexo. Nascida menino, ela cresceu sem saber qual banheiro frequentar. Debora saiu de Itambé, em Pernambuco, aos 17 anos, e não voltou mais.
Sem nunca ter sido aceita pela família – “meu pai me mandava dormir fora de casa, com os cachorros” -, se mudou para o Rio. Há cinco anos, uma amiga mostrou um recorte de jornal com a notícia de que no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, era possível fazer a operação.
– Eu tinha esperança e ao mesmo tempo não tinha – conta Debora, que, na véspera da cirurgia, dizia que não se lembrava mais da longa espera: – Toda a humilhação e o sofrimento vão ficar para trás. Nunca mais vou ter dúvidas de em qual banheiro devo ir, vou ter vida nova.
No Brasil, a cada 12 dias, em média, um transexual encontra a mesma sensação de alívio. Desde agosto de 2008, a portaria 1.707, do Ministério da Saúde, autoriza o Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar o procedimento.
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A atitude surpreendente e corajosa do diretório do PT, contrariando o prefeiturável Geraldo Simões, deixou muito gente sobressaltada

Marco Wense
Nesse lamaçal que toma conta da Câmara de Vereadores de Itabuna, sem precedente na história do Legislativo tupiniquim, o diretório do Partido dos Trabalhadores fez o que deveria ser feito.
O PT cuidou da sua imagem. O partido, defendendo candidatura própria à presidência da Casa, com o vereador Claudevane Leite, se livrou de qualquer responsabilidade diante da sujeira do processo eleitoral.
A legenda, presidida pela professora Miralva Moitinho, não pode ser acusada de ter sido conivente com o que pode acontecer em decorrência desse imbróglio protagonizado pelos “representantes do povo”.
O deputado Geraldo Simões caminhou em sentido contrário ao PT. Além de desconsiderar a decisão dos companheiros, aconselhou Claudevane a apoiar Ruy Machado, que terminou sendo “eleito”.
O ex-prefeito de Itabuna, para justificar sua posição, usa o forte argumento de que uma candidatura própria poderia contribuir para a vitória de Milton Gramacho, líder do prefeito Azevedo (DEM).
Fugindo de uma provável derrota, com a eleição de um azevista para o comando do Legislativo, Geraldo Simões, também de olho em um pedido de impeachment do chefe do Executivo, optou pelo apoio ao amigo Ruy Machado (PRP).
A atitude surpreendente e corajosa do diretório do PT, contrariando o prefeiturável Geraldo Simões, deixou muito gente sobressaltada. Sem entender “bulufa” nenhuma.
PS – Geraldo Simões é o Lula de Miralva. O PT está sob sua rigorosa batuta. Os adversários do ex-prefeito, incluindo aí muitos petistas, costumam dizer que Geraldo é o “coroné” do PT de Itabuna.
TRÊS REFEIÇÕES
O vereador Ruy Machado, sem dúvida um espertíssimo articulador político, do tipo que consegue dar nó em pingo de éter, tomava café da manhã com o prefeito Azevedo (DEM), almoçava com Fernando Gomes (PMDB) e jantava com Geraldo Simões (PT).
Agora, depois da eleição para a presidência da Câmara Municipal, com o apoio entusiasmado de Geraldo Simões, o Capitão e o ex-alcaide não querem mais saber do tititi de Ruy, já que o edil está afinadíssimo com o petista.
Sobrou para Geraldo Simões, que vai ter que “bancar” as três refeições de Ruy Machado (PRP).
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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De olhar agudo e faro apuradíssimo, o procurador e blogueiro Israel Nunes investigou as doações de campanha recebidas pela deputada estadual Ângela Sousa. E constatou que a parlamentar obteve recursos de empresas que fornecem produtos à Secretaria da Assistência Social de Ilhéus
Como se sabe, a Secretaria é da cota da deputada no goveno ilheense e até pouco tempo a pasta estava sob o comando do contabilista Augusto Macedo, homem da mais estrita confiança de Ângela Sousa. Recentemente, ele foi afastado do cargo, sob acusação de desvio de recursos.
Em seu blog, o procurador divulga os nomes das empresas e também das pessoas físicas que figuram como doadores da campanha da deputada. Entre os beneméritos, um dos que despontam é o próprio Macedo.
Confira.

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Juiz acusa governo baiano de omissão com a segurança em Buerarema

O repórter Fábio Roberto, do PIMENTA, entrevistou neste sábado, 04, o juiz da Comarca de Buerarema, Antônio Hygino. Ele falou sobre a crise de segurança enfrentada por aquela cidade, situada a 18 quilômetros de Itabuna.
A entrevista se deu após o registro de dois homicídios, que podem ter relação com a liberação em massa dos presos que ocupavam a cadeia pública de Buerarema. A carceragem foi interditada pelo juiz, que deu provimento a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público contra o Governo da Bahia.
Hygino não poupa críticas ao governo, sustentando que este se omitiu quando chamado a resolver a situação da cadeia pública. O magistrado também voltou a afirmar que não tomou isoladamente a decisão de liberar os presos.
Clique abaixo para ouvir:

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Adab liberou carne que, segundo MP, deveria ser incinerada (Foto Costa Filho).

O promotor Yuri Lopes negou que o Ministério Público seja “tolerante” às condições precárias de abate e transporte de carne em Itabuna, alegação ontem usada por uma veterinária da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), para liberar 2,2 mil quilos de carne apreendidos pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE). “A polícia está de parabéns. A carne deveria ser incinerada e de modo algum destinada ao consumo”, afirmou ao PIMENTA.
A promotoria move ação civil pública requerendo a interdição do matadouro local. A Justiça determinou nova perícia para verificar a situação sanitária do referido matadouro. A perícia deve ser feita pela Adab.
O promotor afirmou que custa a acreditar que a Adab tenha liberado a carne sob alegação de tolerância por parte do MP.
Yuri Lopes explicou que a fiscalização do transporte intermunicipal de carne é de competência da agência de defesa agropecuária, enquanto a vigilância sanitária local é responsável pela fiscalização da venda da carne no município.
– Ambas devem ser realizadas independentemente de qualquer solicitação do Ministério Público. Até porque estas instituições existem para atender esta finalidade e, por isso, ambas possuem fiscais – observa.
Lopes diz ser um “equívoco” atribuir ao Ministério Público a tarefa de fiscalizar o transporte e venda de carne. “Na verdade, a atuação do MP ocorre justamente porque os órgãos de vigilância sanitária não cumprem sua tarefa primordial”.