Tempo de leitura: 2 minutos
Itabuna continua perigosa para adolescentes
Itabuna continua perigosa para adolescentes

O Índice de Homicídios na Adolescência 2014 (IHA) divulgado nesta quarta-feira (11), em Brasília, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), indica que Itabuna é o segundo município brasileiro mais perigoso para os adolescentes dentre aqueles acima de 200 mil habitantes.  Quando incluídas as localidades  com mais de 100 mil moradores, Itabuna fica atrás de municípios como Eunápolis e Lauro de Freitas.

A pesquisa aponta que, em 2014,  o índice de letalidade para adolescentes no município de Itabuna foi de 11,88 para cada mil pessoas na faixa etária de 12 a 18 anos.  O estudo mostra que a quantidade de mortes esperadas para esta faixa etária saltou de 24 em 2013 para 37 no ano seguinte, conforme gráficos aos quais o PIMENTA teve acesso.

No Índice de Homicídios na Adolescência, Itabuna ficou atrás apenas de Serra, no Espírito Santo.  O município da região da Grande Vitória registrou IHA de 12,71 em 2014, com 90 mortes esperadas de adolescentes.

OUTROS BAIANOS

Na Bahia, além de Itabuna, estão entre os municípios mais perigosos para adolescentes, Camaçari, na 4ª colocação (10,64 de IHA),  Vitória da Conquista na 11ª posição (8,12), Feira de Santana, que figura na 18ª posição (6,92); seguido de Salvador (19ª), que teve índice estimado de 6,87 homicídios para cada mil adolescentes.

O levantamento analisa os homicídios de adolescentes de 12 a 18 anos em 300 municípios com mais de 100 mil habitantes. O IHA é calculado para cada grupo de mil pessoas entre 12 e 18 anos. A partir da análise das informações de 2014, os pesquisadores concluíram que 3,65 adolescentes correm o risco de ser  assassinados antes de completar o 19 anos.

No relatório, os pesquisadores afirmam que, se as condições que prevaleciam em 2014 não mudarem, entre 2015 e 2021, cerca de 43 mil adolescentes poderão ser morto nesses 300 municípios brasileiros analisados.

O Índice de Homicídios na Adolescência é elaborado em parceria entre o Unicef, o Ministério dos Direitos Humanos (MDH), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj).