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A vida refletida é a mais nova obra do cronista Antônio Lopes

A Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Editus) acaba de entregar ao mercado consumidor o novo livro do cronista Antônio Lopes, A vida refletida. O livro reúne 58 pequenos relatos do dia a dia, nos quais o autor, seguindo a fórmula clássica da crônica literária, não deixa faltar humor e ironia – ferramentas essenciais à crítica social –, mas não se descuida do lirismo, componente que contribui para aproximar o gênero crônica do gênero poesia em prosa.

– Ao finalizar A vida refletida, cumprimos, neste tempo tão difícil, mais uma etapa do nosso objetivo como editora pública, que é a propagação das diversas formas de manifestação literária, seja a produção acadêmica, propriamente dita, seja, como neste caso específico, a literatura de ficção”, diz Rita Argollo, diretora da Editus.

Para o empresário e escritor Joaci Góes, “o pensamento de Leon Tolstoi, segundo o qual para conquistar o mundo precisamos, antes, conquistar nossa aldeia, também está presente no acendrado amor que Antônio Lopes dedica, em prosa e verso, a Buerarema, pequena cidade ao sul da Bahia, na região cacaueira”.

Destacando a capacidade que tem o autor de transformar as “miudezas” da aldeia natal em boa literatura, salienta Joaci, na apresentação do novo livro de Lopes: “Provavelmente, se Antônio Lopes tivesse produzido sua surpreendente obra em Paris, Londres, Roma ou New York, não faltasse quem dissesse que só a partir de domicílios tão cosmopolitas seria possível produzir literatura de conteúdo e forma tão marcadamente universais”.

“CRUEL COINCIDÊNCIA”

A vida refletida é o segundo título do mesmo autor publicado este ano. Em fevereiro, ele lançou, pela Editora A5/Itabuna (à venda em www.a5editora.com.br), a antologia A bela assustada.

“Esta ´inflação´ de livros e a crise sanitária que vivemos é só uma cruel coincidência, nada têm em comum”, brinca Lopes, para quem “a obra definitiva sobre o grande mal que está matando os brasileiros já foi feita por Aleilton Fonseca, com o poema-livro A terra em pandemia (Mondrongo/2020”).

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Antônio Lopes traz seleção pessoal de textos em A bela assustada

A bela assustada, uma seleção pessoal de textos de Antônio Lopes, está sendo posta no mercado de livros pela editora itabunense A5, a partir deste mês. Com 260 páginas, a seleção recupera trabalhos publicados pelo cronista bueraremense em jornais e livros, e acrescenta vários textos inéditos.

Na apresentação, a professora Evelina Hoisel, titular de Teoria da Literatura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ex-diretora do Instituto de Letras da UFBA e coordenadora da Pós-Graduação do Programa de Letras e Linguagem (PPGLL), ex-presidente da Associação Brasileira de Literatura Brasileira (Abralic) e da Academia de Letras da Bahia, destaca:

São muitas as estratégias escriturais do cronista Antônio Lopes,
intérprete voraz de obras literárias e artísticas. Impressiona a argúcia
com que ele articula a matéria vivida em relatos engenhosamente
construídos, recorrendo ao diálogo com um variado repertório de
escritores, de artistas, de obras literárias, cinematográficas e musicais.

Para Marcel Santos, diretor da A5, “editar Antônio Lopes, justamente num livro-síntese de sua obra, é coisa que extrapola o campo dos negócios e se confunde com o prazer. Fico muito feliz por ele ter dado essa prova de confiança ao nos escolher para publicar sua antologia pessoal”. Segundo Marcel, com A bela assustada a A5 encampa um  projeto editorial ousado, imaginado por Lopes e executado por Ulisses Góes, projeto que, além do conteúdo literário, surpreende pela forma como foi concebido e executado, numa homenagem ao escritor argentino (nascido na Bélgica) Julio Cortázar, mas sem perder de vista uma plêiade de comunicadores regionais, pessoas a quem o autor respeitosamente lembra e saúda.

Bem humorado, Lopes diz supor que, “às vésperas dos 80 anos e, estatisticamente, de dar o suspiro derradeiro”, este será seu trabalho final, marco do limite da criação, uma espécie de despedida. A bela assustada seria, visto desse curioso ângulo proposto pelo autor, uma espécie de canto de cisne, o aprontar das malas a que se referiu o poeta famoso.

“Velho, desempregado, um tantinho preguiçoso e acometido por mazelas próprias da idade, decidi me despedir em grande estilo: pela lei das probabilidades, após esse lançamento, ocorrerá, ainda sem data e horário marcados, meu dilúvio pessoal. Enquanto seu lobo não vem, é louvar a vida (ou que dela resta), apesar da aspereza destes tempos”, resume o cronista. O livro está à venda no site www.a5editora.com.br – contato@a5editora.com.br.