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A empresa norte-americana Ocean 26 Inc, que negociou a venda de 600 respiradores com o Governo da Bahia no início da pandemia do coronavírus, devolveu o dinheiro pago pelos equipamentos, após acordo judicial celebrado e homologado pelo Tribunal Distrital dos Estados Unidos do Distrito Central da Califórnia. Os recursos já estão em caixa e poderão ser utilizados para compra de novos investimentos na área da saúde.

A compra foi formalizada em março de 2020, e a entrega dos respiradores deveria ter sido realizada em abril daquele mesmo ano. Como ocorria em todo o mundo, o governo baiano antecipou parte do valor do pagamento, cerca de U$ 8,4 milhões, mas os equipamentos nunca foram entregues, fato que motivou a ação judicial contra a empresa perante a justiça americana.

De acordo com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a decisão judicial favorável à Bahia não impedirá a continuação de outras medidas a serem adotadas de responsabilização. Por decisão da justiça dos Estados Unidos, está vedada a divulgação pública integral do acordo, gravado por cláusula de confidencialidade estabelecida pela lei americana, apenas excetuada pelas informações obrigatórias a prestar aos órgãos de controle, como o TCE.

OUTRAS COMPRAS

Em 2020, o Governo do Estado já havia conquistado a primeira vitória contra as três empresas que não cumpriram os contratos celebrados durante o enfrentamento da Covid-19. Em junho daquele ano, a empresa Pulsar devolveu ao Consórcio Nordeste o valor de US$ 7,9 milhões, referentes à aquisição de 750 respiradores.

A Pulsar não conseguiu cumprir o prazo de entrega dos equipamentos, e o governador Rui Costa, que presidia o consórcio à época, solicitou a imediata devolução dos recursos investidos.

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Solla: ação judicial contra prefeito de Salvador(Foto Pimenta).
Solla: ação contra ACM Neto (Foto Pimenta).

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) definiu o relator da ação em que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), é acusado de injúria e difamação pelos membros da bancada baiana do PT na Câmara Federal. O processo terá o desembargador Júlio Cezar Lemos Travessa como relator.

O que motivou a denúncia foram as declarações do prefeito em entrevista a um programa de rádio em que acusou petistas indiscriminadamente de terem enriquecido e se beneficiado com dinheiro de corrupção.

“Não dá para aceitar calado qualquer ilação neste sentido. Desafio que se compare a evolução patrimonial dos membros do PT com os do PFL-DEM nos últimos 30 anos, e veremos quem de fato enriqueceu”, disse Solla.

São autores da ação os deputados federais Jorge Solla, Moema Gramacho, Afonso Florence, Luiz Caetano, Waldenor Pereira e Valmir Assunção, além da vereadora Vânia Galvão, de Salvador.

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Unidade itabunense da FTC sofre nova ação judicial.

A FTC Itabuna sofreu nova penhora de bens nesta segunda-feira (20) em ação movida por um ex-aluno. Reubis Almeida Silva matriculou-se na instituição, pagou mensalidades antecipadamente, mas acabou desistindo do curso. Porém, a faculdade se negou a devolver o dinheiro. Hoje, com a presença do oficial de justiça, a faculdade prometeu devolver o valor, integralmente, até as 16h desta segunda.
Reubis ingressou com ação no Juizado Especial em 2009. A decisão saiu em 2013, quando a Justiça autorizou, em dezembro, a penhora de R$ 7.554,76 em bens da faculdade. Os bens foram retirados por um oficial de justiça e pelo ex-aluno, acompanhado do advogado Matheus Santiago.
Segundo afirmou Matheus Santiago ao PIMENTA,  a Justiça havia ordenado à FTC que devolvesse os valores. Como não houve o ressarcimento ao cliente, restou a penhora de equipamentos de informática e projetores multimídia até o valor total da causa. A faculdade ainda poderá quitar a dívida, pagando em espécie, até as 16h.
Na ação, o juiz George Alves Assis disse causar perplexidade que a FTC Itabuna não possua qualquer veículo ou “não faça movimentações bancárias” e “não possua qualquer quantia em suas contas, nem de seus sócios”.
Atualizado às 14h35min

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Prédio onde funciona campus da FTC em Itabuna deverá ser devolvido ao município.
Prédio onde funciona campus da FTC em Itabuna deverá ser devolvido ao município.

A Faculdade de Ciências e Tecnologia (FTC) sofreu derrota nesta quarta (18) no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em ação movida pela Prefeitura de Itabuna. O tribunal concedeu 90 dias para que a faculdade desocupe o prédio da Praça José Bastos, região central de Itabuna.

A Prefeitura cobra dívida de, aproximadamente, R$ 8,5 milhões da faculdade e atualização dos valores pagos pelo aluguel do prédio onde funcionava o centro administrativo, além da devolução do imóvel. A dívida milionária se refere a aluguéis e pagamento de impostos.

Até agosto deste ano, a dívida referente a aluguel somava R$ 213.189,68, além de R$ 8,3 milhões em impostos. Após perder em primeira instância, a faculdade entrou com agravo de instrumento no TJ. O recurso foi negado, conforme fonte oficial.

Ainda na ação judicial, a Procuradoria-Geral do Município alega valores irrisórios pagos pela FTC a título de aluguel, algo em torno de R$ 12 mil mês por um prédio de seis andares em região valorizada do município. A procuradoria cita que este valor deveria ser de, pelo menos, R$ 130 mil.

De acordo com fonte ouvida pelo PIMENTA, a Procuradoria-Geral, após decisão de hoje do TJ-BA, deve entrar com ação de reintegração de posse ainda em janeiro. Não é descartada a possibilidade de acordo, já que a FTC passou a ter novo dono neste segundo semestre, a Associação Educativa do Brasil (Soebras), que adquiriu 51% do controle acionário da entidade mantenedora da faculdade baiana e entrou em processo de regularização de dívidas.

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Renan caiu por se opor a negociação suspeita.
Renan teria caído por se opor a negociação suspeita.

A revelação é feita pelo Cia da Notícia: não foram os problemas na atenção básica que resultaram na queda do médico Renan Araújo do comando da Secretaria de Saúde de Itabuna.

Segundo a publicação, o desgaste de Renan no Governo Vane começou quando ele se opôs a pagar uma suposta dívida de R$ 4 milhões da Prefeitura de Itabuna com a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.

Renan, informa o Cia da Notícia, “descartou a possibilidade de realizar o acordo” por entender que o seu pagamento era temerário. “Uma semana após a conversa, o secretário foi exonerado pelo prefeito durante uma entrevista à imprensa”, anota a publicação.

Dentro do governo, vem sendo dito que tanto o prefeito Claudevane Leite como o vice-prefeito Wenceslau Júnior são favoráveis ao pagamento, daí a exoneração de Renan.

Uma ação judicial perdura desde a gestão do ex-prefeito Fernando Gomes, em 2008. O prefeito foi orientado a não pagar a dívida. A razão principal: a ação movida pela Santa Casa era frágil, pois não apresentava documentos de prova como a prestação dos serviços, a origem dos procedimentos e quais os pacientes beneficiados.

O sucessor, Capitão Azevedo, também foi pelo mesmo caminho. Será que o prefeito Claudevane Leite vai pagar? E o novo secretário, Plínio Adry, terá também essa intenção? E o vice-prefeito Wenceslau Júnior, seria mesmo favorável a pagar uma dívida da qual, conforme a denúncia, não se tem comprovação?

Em tempo: o novo titular da Saúde, Plínio Adry, toma posse amanhã, às 17h, em solenidade na sede da secretaria, na Rua Barão do Rio Branco, no Alto Mirante.

A propósito, o ex-secretário deverá prestar consultoria para a Prefeitura de Itabuna. O entendimento é que Renan seria muito útil ao município nas áreas de maior complexidade e na captação de recursos com atração de procedimentos de maior remuneração na saúde.