Luciano disputa o Oscar da produção de cacau || Foto Divulgação
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O cacauicultor Luciano Ramos de Lima, de Ilhéus, no sul da Bahia, é um dos três brasileiros na disputa pelo título do Cacau of Excellence. O vencedor será conhecido em 8 de fevereiro, em Amsterdã, na Holanda. Miriam Aparecida Federrici e Robson Brogni, do Pará, são os outros dois brasileiros que concorrem ao título de melhor cacau do mundo.

Luciano tem grandes chances de vencer, pois sua amêndoa, classificada como varietal BN 34 (considerada uma boa variedade para a produção de chocolate), já foi reconhecida como a segunda melhor do Brasil, na 4ª edição do Concurso Nacional de Qualidade de Cacau, em 2022. Esse prêmio lhe abriu as portas para a competição internacional. Ele é o único representante da Bahia, o estado que é sinônimo de cacau no Brasil.

O baiano cultiva o fruto na Fazenda São Sebastião, seguindo os padrões de excelência que fazem de Ilhéus um polo de produção de cacau de alta qualidade. “Estou muito feliz em participar da competição Cacao of Excellence, pois é o reconhecimento de todo o meu trabalho e dedicação ao cacau. É uma honra representar a Bahia e Ilhéus, a cidade que me ensinou a amar o fruto de ouro. Espero trazer o título de melhor cacau do mundo para o Brasil, e mostrar ao mundo a qualidade e a paixão do nosso fruto”, destaca o cacauicultor.

EXCELÊNCIA

O Cacau de Excelência é um prêmio internacional que reconhece os produtores de cacau de alta qualidade. Para participar, os produtores enviam suas amostras de amêndoas para serem avaliadas por um comitê técnico e um júri de especialistas em cacau e chocolate.

Amêndoas de cacau produzido na Fazenda São Sebastião, de Luciano Ramos de Lima

As amostras são processadas em licor e em chocolate amargo, seguindo uma receita padrão, e analisadas sensorialmente às cegas. As 50 melhores amostras são selecionadas para a final. O objetivo do prêmio é valorizar a diversidade e a qualidade do cacau, e educar os consumidores sobre a origem e o sabor do chocolate.

INOVAÇÃO

Lançado em dezembro de 2023, o Plano Inova Cacau 2030, uma estratégia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da CocoaAction Brasil, iniciativa da Fundação Mundial do Cacau (WCF), com articulação da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri).

O Plano traça metas estratégicas que visam não apenas aumentar a eficiência produtiva da cacauicultura brasileira, mas também aumentar a renda dos produtores. Com a ambição de superar a marca de 400 mil toneladas de amêndoas ao ano até 2030, o plano prioriza a promoção do uso sustentável dos recursos naturais nas regiões produtoras, utilizando tecnologias eficientes e de baixo impacto ambiental.

O secretário estadual da Agricultura, Wallison Tum, enfatizou a importância dos projetos para o setor: “Estamos comprometidos em contribuir para a produção de cacau de forma sustentável e inovadora, garantindo a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico. Os planos lançados aqui hoje representam passos significativos para o futuro da agricultura na Bahia”.

Luiz Ferreira defende programa de recuperação da cacauicultura no sul da Bahia
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“A cacauicultora sul-baiana passa por maus momentos, mas ainda pode ser importante ao país e sobretudo à Natureza”.

Luiz Ferreira da Silva 

A Natureza proporcionou ao homem dos trópicos úmidos uma árvore frutífera, o cacaueiro, que pudesse ser utilizada sem causar danos ao seu ambiente florestal.

Ao facultar um produto nobre – o chocolate –, adicionou características fisiológicas inerentes ao complexo do seu habitat, quente, chuvoso e rico em espécies consortes e fauna agregada.

Teria que ser uma planta que reciclasse com eficiência, mantendo a capa orgânica do solo, fator importante para alimentar as raízes finas, que têm a função de arejar o solo, agregar as partículas e evitar a perda de nutrientes. Enfim, manter a vida do solo.

E para tanto, sob a mata, recebendo pouca luz, forma um “túnel folear”, com as copas se encontrando, evitando que a luz solar danifique o solo. A luz é para as folhas fazerem a sua “química carboidrática” de transformação – fotossíntese, para os puritanos.

A Natureza ainda deu uma colher de chá. Aumentou a sua “plasticidade fisiológica” – conviver em ambiente mais arejado, a exemplo de uma mata raleada – no limite que ainda mantém o cacaueiro na sua missão fitogeográfica de equilibrar o uso com a conservação.

Neste contexto interativo, o cacaueiro usufrui da fauna, notadamente dos insetos polinizadores, alimentados por frutas em decomposição, oriundos do andar de cima, as árvores tropicais.

A Natureza é sábia. Por um lado, criou o cacaueiro com o fenômeno da incompatibilidade sexuada, que se manifesta quando o pólen de uma flor em uma planta não consegue fecundar os óvulos das flores da mesma planta (autoincompatibilidade) ou de outras plantas (inter incompatibilidade). E até o cacaueiro “macho” ocorre, com raridade nas plantações, com floração e não produtores de frutos.

Pelo outro, resolveu a questão no próprio meio. Criou as mosquinhas chamadas “forcipomyas”, e não havendo polinização adequada, a lavoura não produz satisfatoriamente.

Por essa razão, alertou ao Homem sobre a importância delas, incumbindo-lhe de cuidar de seus criadouros, os seus locais naturais, a exemplo das bromélias.

Chegou o cacaueiro no Sul da Bahia. Uma floresta tal e qual a da sua origem, a Mata Atlântica. Encontrou aí condições favoráveis de clima, solo, topografia e rede hídrica, razões da sua expansão, chegando a ocupar 600 mil hectares, com a equivalência de uma fonte de divisas de quase 1 bilhão de dólares em determinado ano.

Os pioneiros souberam mesclar a lavoura com a floresta, sem macular o meio ambiente, satisfazendo com a produção auferida, com elevada liquidez, mantendo preservado o ecossistema e proporcionando um epicentro gerador de riquezas com o produto cacau, cujos reflexos se irradiaram pelas áreas circunvizinhas, criando uma estrutura de bens e de serviços que permitiu, com outras atividades agrícolas e congêneres, distribuir benefícios para todas as comunidades, o que infelizmente não foram aproveitados na magnitude dos bônus.

Sessenta anos atrás, um cacauicultor com pouco esforço, com seus 100 hectares de cacau, sem usar maquinaria e tudo no lombo do burro, gastando pouco, em sua área cabrocada, mesmo com uma produtividade não tão expressiva, colhia 4 mil arrobas, que o tornava um homem de classe média alta. Com maior presença e bom solo, muitos chegavam a 6 mil arrobas, tornando-se ricos.

Nessas circunstâncias, uma lavoura nota 10. Produtiva e conservacionista.

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Um grupo formado por 35 especialistas, consultores, técnicos e representantes da cadeia cacaueira do Brasil vai se reunir em Ilhéus, de 5 a 7 de abril, para uma missão técnica coordenada pelo CocoaAction Brasil. Iniciativa da Fundação Mundial do Cacau (WCF), a ação busca fomentar a sustentabilidade da cadeia, em parceria com o Projeto Renova Cacau. Na agenda, estão previstas palestras, reuniões e visitas a fazendas de cacau para acompanhar os resultados da renovação de lavouras.

Iniciado em 2014, o Projeto Renova Cacau é realizado pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) em conjunto com a empresa Mondelēz International, o Centro de Inovação do Cacau (CIC) e produtores. A iniciativa instalou, no sul da Bahia, 32 áreas experimentais em lavouras com cacaueiros antigos e pouco produtivos para buscar provar que é possível renovar lavouras e torná-las economicamente rentáveis.

Nos últimos dois anos, o projeto vem apresentando excelentes rendimentos. Algumas áreas chegaram a alcançar produtividade acima de 3.000kg/ha para alguns clones no ano de 2020, enquanto a média da produtividade na Bahia é de 217 kg/ha. Segundo os coordenadores do projeto, muitos agricultores já estão replicando os métodos adotados no experimento para renovar suas lavouras.

“Nesses dias de imersão no Renova Cacau, esperamos que o grupo técnico consiga perceber e sentir os resultados do projeto, que são bastante favoráveis. A opinião desses especialistas é muito importante para nós, pois tratam-se de técnicos que conhecem a fundo o cacau e podem nos ajudar nas discussões científicas. Por último, a missão também abre a possibilidade de ampliar o projeto aqui mesmo e para outras partes do Brasil”, destaca o agrônomo e professor Dário Ahnert, coordenador geral do Projeto Renova Cacau.

Além das visitas às fazendas do projeto, a missão também reunirá especialistas e consultores em cacau para fortalecer o recém-criado GTEC do Cacau. “Assim como o Grupo Técnico do Café, estamos consolidando o GTEC do cacau para promover estudos, trocas de experiências, discussões técnicas e o consequente desenvolvimento da cacauicultura no país”, explica Eduardo Sampaio, consultor do CocoaAction. Atualizado às 14h.

Bahia se consolida na produção de cacau
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Em 2021, a Bahia bateu um recorde histórico na produção de cacau, com a entrega de 140.928 toneladas de amêndoas. O aumento foi de 39,72% em relação ao ano anterior, quando foram produzidas 100.864 toneladas, quantidade que já colocava o estado como o maior produtor de cacau do Brasil. As informações são da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC).

Para o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado, João Carlos Oliveira, o aumento na produção de cacau é motivo ser comemorado. “Ainda mais nesse momento, em que estamos reorganizando toda a cadeia produtiva do fruto na Bahia, agregando valor ao produto e incentivando a criação de fábricas de chocolate no estado. Na região do sul da Bahia já existem mais de 100 marcas de chocolate de origem e o que estamos vivendo é um novo e poderoso ciclo do cacau em nosso estado”, comentou.

Os números da AIPC mostram que a Bahia entregou, em 2021, 71,30% do total de amêndoas recebidas pelas indústrias produtoras.  O Pará, segundo colocado, entregou, no ano passado, 25,21% do total da amêndoa processada, apresentando uma produção total de 49.821 toneladas. Enquanto de 2020 para 2021, a produção baiana de cacau cresceu 39,72%, a do Pará decresceu 24,67% (foram 66.133 toneladas em 2020).

A cadeia produtiva do cacau vive um momento de incremento na Bahia. Além da ótima performance de produção e do agigantamento do número de marcas de chocolate no estado, existe também um reconhecimento internacional à qualidade dessa amêndoa.

MEDALHA DE OURO EM EVENTO INTERNACIONAL

No último mês de dezembro, as amêndoas de cacau da Bahia foram destaque no Cocoa Of Excellence – COEX2021. O produtor João Tavares, do município de Uruçuca, recebeu a Medalha de Ouro no concurso realizado em Paris, na França. E a produtora Angélica Maria Tavares, também de Uruçuca, ganhou a Medalha de Prata no evento internacional, considerado o mais importante no mundo para o setor.

Um mês antes, em novembro, durante a III Edição do Concurso Nacional do Cacau, a produtora Cláudia Calmon de Sá, de Itabuna, havia levado o primeiro lugar na categoria Varietal; o segundo lugar também ficou na Bahia, premiando a produção da Fazenda Vale do Juliana Fruticultura, localizada no município de Igrapiúna.

“Nosso crescimento é bem alicerçado, pois não se dá apenas nos números de produção, mas, também, na excelência de nossas amêndoas. Somam-se a isso os avanços no manejo técnico da produção no sistema Cabruca, a expansão do plantio do cacau em áreas não tradicionais, como a região Oeste da Bahia, e ainda a agregação de valor ao produto, a partir da produção de chocolate de origem. Tudo isso contribuiu para que a Bahia, no tangente ao setor do cacau, atingisse um outro patamar, um patamar mais elevado”, explicou o secretário João Carlos.

EMPREGOS

O setor do cacau responde por mais de 4 mil empregos diretos e indiretos, sendo um dos elos de uma cadeia de mais de 250 mil pessoas, na qual estão incluídos desde produtores rurais até trabalhadores das indústrias de chocolate. Estima-se que esse setor represente cerca de R$ 23 bilhões anuais de valor gerado ao país.

A produção de cacau no Brasil está concentrada nos estados da Bahia, Pará, Espírito Santo e Rondônia. Dados da AIPC mostram que cerca de 93 mil produtores rurais se dedicam ao cacau em terras brasileiras, sendo a maior parte pequenos proprietários que praticam a agricultura familiar em áreas entre 5 e 10 hectares.

Associação agroecológica de Ilhéus é primeira marca coletiva do sul da Bahia || Fotomontagem
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Um estudo científico feito pelo advogado Mateus Santiago para o mestrado em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), resultou na criação da primeira marca coletiva do sul da Bahia, a AMAREA. O registro da associação foi deferido e reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Marca Coletiva é um signo distintivo que indica aos consumidores que determinado produto ou serviço é originário de membros de uma determinada coletividade (associação, cooperativa, sindicato etc.).

A primeira marca coletiva do sul da Bahia pertence à Associação dos Produtores e Agricultores Rurais do Rio do Engenho e Adjacências (AMAREA), instalada no município de Ilhéus. Os produtos ofertados são baseados na agricultura familiar e no respeito ao meio ambiente por meio do manejo agroflorestal. Dentre os cuidados com a preservação ambiental, está a utilização de materiais recicláveis, folhas e fibras naturais nas embalagens dos produtos.

Produtos da agricultura familiar são a base da Amarea, de Ilhéus

A marca expressa em seu logotipo os valores da associação de agricultores, representando a sustentabilidade ao aliar a produção com a preservação do bioma mata atlântica, e a valorização do patrimônio histórico e cultural presente na região do Rio do Engenho.

FORTALECER CADEIA PRODUTIVA

Produtos da agricultura familiar ganham embalagem especial da Amarea

O advogado Mateus Santiago diz que a AMAREA, enquanto associação, tem pautado seus esforços para amadurecer cada vez mais o associativismo, fortalecendo a organização produtiva e social, zelando pela melhoria da infraestrutura da região, para facilitar o escoamento da produção e a acessibilidade para a população local e para os visitantes que percorrem a trilha do Rio de Engenho através do turismo rural.

A marca coletiva, explica Mateus, vai agregar mais valor aos produtos, organizar e fortalecer a cadeia produtiva em que está inserida, potencializará ainda o trabalho em grupo dos produtores, trazendo mais maturidade de gestão do signo distintivo. Tudo isso, reforça, com o objetivo de conquistar novos mercados e fidelizar o público consumidor que valoriza a produção sustentável de alimentos saudáveis. A associação pode ser conhecida também pelo site www.amarea.com.br.

Agricultores de Itacaré serão beneficiados com árvores frutíferas
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O Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Itacaré, distribuirá 11 mil mudas de árvores frutíferas para 100 agricultores familiares. A Secretaria Municipal Agricultura e Pesca está elaborando o cronograma de distribuição para os produtores cadastrados no Sistema de Solicitação de Mudas e Sementes (SSMS).

A ação faz parte do Projeto de Distribuição de Mudas Frutíferas e Essências Florestais para a Agricultura Familiar, uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Superintendência de Agricultura Familiar (SUAF) e Superintendência de Assistência Técnica e Extensão Rural (BAHIATER), em parceria com a Prefeitura de Itacaré.

As árvores frutíferas serão distribuídas nos próximos dias

O coordenador de Mudas e Bioenergias da SDR, Alan Jones Pinho, e o diretor de Agregação de Valores e Acesso a Mercados, Leonardo Lino, destacaram a importância do projeto, que tem como principal objetivo o fortalecimento da agricultura familiar e a geração de emprego e renda no campo.

O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, destacou a importância da distribuição das mudas, que servirão para incrementar a produção dos pequenos agricultores familiares, garantindo mais fonte de renda e uma melhor qualidade de vida no campo. As novas mudas fazem parte do trabalho de diversificação agrícola e dos projetos de incentivo à agricultura familiar que vem sendo desenvolvido no município.

O secretário municipal de Agricultura e Pesca, Luís Fabiano Santana, adiantou que novas parcerias serão firmadas com o objetivo de garantir cada vez mais o desenvolvimento das atividades da agricultura familiar. “Essas parcerias são importantes, pois estamos criando novas alternativas de cultivo e diversificação, levando essas mudas para os agricultores, melhorando cada vez mais a produção”, finalizou o secretário.

Félix Júnior e economistas criticam pressão dos bancos por elevação da taxa de juros || Foto Divulgação
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Projeto apresentado nesta quinta-feira (7) na Câmara Federal pelo deputado Félix Mendonça Júnior (PDT) altera a Lei 10.833, de 2003, para reduzir a zero a contribuição do PIS/PASEP e do Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a receita bruta na venda de cacau de categoria superior e de suas respectivas preparações. A medida, segundo o parlamentar, busca ajudar os produtores neste momento de retomada da economia.

De acordo com o texto, a isenção caberá à categoria superior classificada como de “alto padrão de qualidade” na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi). Para tanto, o benefício será concedido ao produtor que receber do órgão ambiental federal competente o Selo Verde Cacau, mediante solicitação do cacauicultor. O selo é fruto de um outro projeto recentemente aprovado no Senado, também de autoria de Félix, e que, por ter sido modificado, voltou a tramitar na Câmara.

Para o pedetista, a medida vai recolocar o Brasil como o maior produtor de cacau no ranking mundial. “Diversas são as razões para que um país que já foi o maior produtor e exportador global desse produto hoje amargue a sétima colocação no ranking mundial de produtores de cacau, estando atrás de Costa do Marfim, Gana, Indonésia, Nigéria, Equador e Camarões. Temos adotando iniciativas para mudar isso”, ressaltou.

Bahia registra saldo de empregos pelo nono mês consecutivo || Foto Paula Froes
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A Bahia criou 7.604 postos de trabalho com carteira assinada em junho. Com o resultado, consolidou-se a liderança na região Nordeste no acumulado do primeiro semestre deste ano com saldo positivo de 70,1 mil postos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho.

Classificando os setores de atividade econômica em cinco grandes grupos, quatro apresentaram saldos positivos em junho de 2021: Serviços (+4.094 postos), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+2.652 postos), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+582 postos) e Indústria geral (+394 postos).

CONSTRUÇÃO CIVIL EM QUEDA

Em contrapartida, a Construção (-118 postos) registrou saldo negativo. No grupamento que mais gerou vagas, o de Serviços, destacaram-se as áreas de Atividades Administrativas e Serviços Complementares com a criação de 1.039 postos e Saúde Humana e Serviços Sociais com a geração de 828 posições celetistas.

No acumulado dos seis primeiros meses do ano, a Bahia (+70.150 postos) seguiu a tendência apresentada pela região nordestina (+172.616 postos) e pelo país (+1.536.717 postos). O estado, que tem a maior força de trabalho da região (6,5 milhões de pessoas – IBGE, PNADC – 2021.1), também ocupou a primeira posição no Nordeste, seguido pelo Ceará (+33.256 postos).

No Brasil, o estado baiano está no sétimo lugar, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. A capital do estado apresentou saldo positivo em junho (+2.158 postos) e no acumulado do ano (+16.763 postos).

Distribuição de mudas beneficia agricultores familiares de Itacaré
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Agricultores familiares de Itacaré foram beneficiados com a distribuição, pela Secretaria Municipal de Agricultura, de 10 mil mudas de cacau estaqueado. A distribuição, feita pela Prefeitura, integra parceria firmada pelo município com Governo do Estado, via Superintendência da Agricultura Familiar e Biofábrica da Bahia. Segundo o município, o objetivo é fortalecer a agricultura familiar e a geração de emprego e renda no campo.

A ação beneficia, segundo a Secretaria de Agricultura de Itacaré, cerca de 200 agricultores familiares do município cadastrados. O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, falou da importância da distribuição das mudas, que servirão para incrementar ainda a produção dos pequenos agricultores familiares, garantindo mais fonte de renda e uma melhor qualidade de vida no campo. As novas mudas, segundo o prefeito, fazem parte do trabalho de incentivo à agricultura familiar que vem sendo desenvolvido em todo o município.

O secretário de Agricultura e Pesca, Luís Fabiano Santana, adiantou que a Seagripesca criou um viveiro com 96 metros quadrados na sede da Secretaria, no distrito de Taboquinhas, para recepcionar mudas de cacau e diversas outras culturas e depois fazer as entregas aos agricultores familiares. “É importante essa parceria com a Biofábrica e a SDR, pois estamos criando novas alternativas de cultivo e diversificação, levando essas mudas para os agricultores, melhorando cada vez mais a produção”, complementou o secretário.

Bahia registra saldo de empregos formais em outubro
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A Bahia gerou, em agosto, 9.420 postos de trabalho com carteira assinada, resultado que decorre da diferença entre 43.764 admissões e 34.344 demissões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, divulgados nesta quarta-feira (30).

O secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro, destacou este foi o melhor resultado do ano para a Bahia. “Ainda que num contexto sanitário mundial atípico, da pandemia do coronavírus, o resultado é alentador diante dos desafios do mercado de trabalho”.

O resultado ficou acima do verificado no mesmo mês do ano anterior, quando 3.392 postos de trabalho foram criados, sem as declarações fora do prazo. O resultado é, também, superior ao registrado no mês imediatamente anterior, quando 3.182 postos celetistas foram gerados. Veja em leia mais os setores com saldo de emprego.

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Não sobreviveremos sem a devida atenção ao universo rural. Se queremos (e precisamos) consumir, é preciso estar atento a quem planta. Ou colheremos, todos, dias ainda mais difíceis.

Lanns Almeida

Fui Secretário de Agricultura em Itabuna, de 2013 a 2016. Diziam-me, na época, que não existia ruralidade na cidade. Ruralidade, como se sabe, é “qualidade do que é campestre, agrícola. O conjunto de características e valores do mundo rural”. Fui e vou de encontro a essa opinião, afinal apenas em cacau Itabuna produz R$ 7,4 milhões anuais na comercialização de amêndoas, dinheiro que aquece vendas, mercados, lojas, bares e o comércio em geral.

Nossa Itabuna, cidade onde nasci, moro, construí amigos e a minha família, tem uma área de 401 km quadrados. Muito ignoram uma ruralidade diversa e rica em produtos e em pessoas trabalhadoras, que geram riquezas com o dia a dia no trato da roça, plantando e colhendo desde a produção de coentro e cebolinha até a produção de borracha e as famosas amêndoas de cacau. E eu sou um apaixonado por este universo.

Um dos nossos maiores feitos, quando secretário de agricultura, foi executar o maior Programa de Aquisição de Alimentos – PAA do Brasil (recorde até hoje), atendendo, diretamente, 300 agricultoras e agricultores, investindo R$ 1,4 milhão por ano na nossa ruralidade. Mas, o que me indigna e causa até constrangimento é saber que ainda temos distritos entregues ao acaso, com estradas e acessos a eles ainda praticamente inexistentes. A saúde daquelas pessoas (e isso inclui saúde bucal) tem um quadro caótico.

Somos o todo, Senhores! Não sobreviveremos sem a devida atenção ao universo rural. Se queremos (e precisamos) consumir, é preciso estar atento a quem planta. Ou colheremos, todos, dias ainda mais difíceis.

Lanns Almeida é engenheiro agrícola.

Governo aumenta recursos para o Plano Safra 2020-2021
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Governo federal lançou, nesta quarta-feira (17), em Brasília, o Plano Safra 2020-2021, com R$ 236,3 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional, um aumento de R$ 13,5 bilhões em relação ao plano anterior. Os financiamentos poderão ser contratados de 1º de julho de 2020 a 30 de junho de 2021.

Do total, R$ 179,38 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização (5,9% acima do valor da safra passada) e R$ 56,92 bilhões serão para investimentos em infraestrutura (aumento de 6,6%). Todos esses recursos vão garantir a continuidade da produção no campo e o abastecimento de alimentos no país durante e após a pandemia do novo Coronavírus.

PEQUENOS E MÉDIOS PRODUTORES

Os pequenos produtores rurais terão R$ 33 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,75% e 4% ao ano, para custeio e comercialização.

Para os médios produtores rurais, serão destinados R$ 33,1 bilhões, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), com taxas de juros de 5% ao ano (custeio e comercialização). Para os grandes produtores, a taxa de juros será de 6% ao ano.

A subvenção ao Prêmio do Seguro Rural teve um acréscimo de 30% no valor, chegando a R$ 1,3 bilhão, o maior montante desde a criação do seguro rural. O valor deve possibilitar a contratação de 298 mil apólices, num montante segurado da ordem de R$ 52 bilhões e cobertura de 21 milhões de hectares.

Para incentivar a construção de armazéns nas propriedades, serão destinados R$ 2,2 bilhões. Para o financiamento de armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas nas propriedades, a taxa de juros é de 5% ao ano.

Jackson Moreira assume direção da Biofábrica
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O administrador de empresas Jackson Moreira vai dirigir o Instituto Biofábrica da Bahia. Ele foi escolhido pelo Conselho Deliberativo, por unanimidade, e vai substituir o engenheiro agrônomo Lanns Almeida. A Biofábrica é responsável pela fabricação e distribuição, em escala industrial, de mudas clonadas de cacau, mandioca, banana, cítricos entre outros.

Jackson Moreira, servidor aposentado da Ceplac, diz que assume o órgão com a expectativa de ajudar os demais atores a impulsionar a agricultura na Bahia, especialmente a familiar e a agricultura de subsistência, pensando na reconstrução da economia rural no pós-pandemia do coronavírus.

“Quero ajudar a fortalecer as relações políticas e institucionais da Biofábrica, a fim de melhorar a captação de recursos para fomentar uma expansão da produção, visando não apenas números, mas garantindo uma vida melhor para as famílias do campo e das cidades, pensando no pós-pandemia”.

Jackson afirma que o presidente do Conselho Deliberativo, Deraldo Alves Carlos foi extremamente simpático, assim como todo os membros, que aproveitaram para garantir apoio à nova direção, especialmente as secretarias da Agricultura, do Desenvolvimento Econômico e a de Desenvolvimento Rural, bem como a Ceplac, Embrapa, Uesc e UFSB, dentre outras instituições.Leia Mais

Brasil registra crescimento de área agrícola
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A área agrícola do Brasil cresceu 3,3% entre 2016 e 2018, como aponta o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra, divulgado nesta quinta-feira  (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Desde o início da série histórica da pesquisa, em 2000, a área agrícola cresceu 44,8%, chegando a 664.784 km² em 2018, o equivalente a 7,6% do território nacional, considerando a parte terrestre e marítima do país.

Entre 2000 e 2012, cerca de 20% das novas áreas agrícolas vieram da conversão de pastagem com manejo, mas, a partir de 2012, esse número subiu para 53%.  “De todas as mudanças de cobertura e uso que aconteceram em 2016, 2018,16% delas foram conversão de pasto com manejo para área agrícola”, destaca o gerente de Recursos Naturais do IBGE, Fernando Peres, explicando que o tipo de pastagem é caracterizado pela limpeza, adubação, aplicação de herbicidas e plantio.

Segundo o pesquisador do IBGE, a conversão de pastagem com manejo para área agrícola é um método habitual entre os produtores brasileiros. “Temos observado que a dinâmica de ocupação, tanto em áreas florestais como de cerrado, segue uma sequência. Primeiro vem a retirada da vegetação nativa, seguida da instalação de pastagens e, depois de alguns anos, a implantação de áreas agrícolas”, explica.

A expansão agrícola, no entanto, apresentou um ritmo mais lento que o observado em levantamentos anteriores. O maior crescimento das áreas agrícolas foi verificado entre 2012 e 2014, quando subiu 7%, ao passo que o menor foi entre os anos de 2014 e 2016, com 3,1%.

PERDA DE VEGETAÇÃO

O estudo também mostra que, em 18 anos, o Brasil perdeu 7,6% de sua vegetação florestal. A área, que era de 4.017.505 km² em 2000, passou a ser de 3.712.058 km² em 2018, equivalente a 42,4% do território. Já a vegetação campestre, que corresponde às áreas de Cerrado, de Caatinga e dos Pampas, perdeu 10,1% de sua área nesse mesmo período.

O Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra é o único estudo de geociências do IBGE que tem uma série histórica desde 2000, o que permite a observação da evolução e dos padrões de ocupação do território brasileiro. Ele tem o objetivo de espacializar e quantificar a cobertura da terra, em períodos regulares, a partir do mapeamento sistemático.

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Senador Wagner conhece novas mudas produzidas pela Biofábrica Bahia
O senador e ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes, destacaram a presença da Biofábrica da Bahia com estande promocional da nova marca e novo nome lançados na 10ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, em Salvador. Senador e secretário conheceram, no evento, os lançamentos da Biofábrica, as mudas de palma forrageira e de cacau ortotrópicas.

Josias disse que a presença da Biofábrica na Feira em Salvador demonstra a vitalidade com que seus técnicos e a direção têm tratado o tema da maior relevância para a agricultura, a produção de mudas selecionadas, produzidas em laboratório, com todo rigor técnico. “Certeza de que com esses produtos nós estamos aumentando cada vez mais a produção agrícola de toda a Bahia. Sou um entusiasta do trabalho que hoje é praticado pela Biofábrica”, disse Josias Gomes.

Para Jaques Wagner, a Biofábrica da Bahia tem inovado. “Sou empolgado com a Biofábrica, sempre fui, Lanns sabe disso, no governo e mesmo fora do governo, sempre tentei ajudar. Achei que foi uma grande ideia comemorar os 20 anos da Biofábrica aqui na Feira Baiana da Agricultura Familiar, renovando o formato, a marca, mas mantendo a mesma energia e paixão que nós temos em ajudar o povo da agricultura em geral. Parabéns a Lanns e a toda a sua equipe. Espero que a gente consiga inovar cada vez mais”, afirmou Jaques Wagner.

O secretário Josias Gomes, ao lado de Lanns, destaca o vigor da Biofábrica
“Nós, da Biofábrica da Bahia, ficamos muito felizes com esse momento de novos desafios e metas, que escolhemos expor aqui na 10ª Feira Baiana da Agricultura Familiar, por toda sua importância e representatividade”, disse o diretor-presidente da Biofábrica, Lanns Almeida. “Temos muito trabalho pela frente para continuarmos produzindo mudas de excelência e fomentando o desenvolvimento rural na Bahia e no Brasil, com responsabilidade ambiental e social, envolvendo diversos setores da agricultura, desde a pesquisa e produção à extensão rural, num esforço conjunto em prol do nosso estado e do nosso país. Gratidão ao governo do estado, por meio do governador Rui Costa, à SDR, por meio do secretário Josias, ao senador Jaques Wagner e a todos que acreditam no potencial da Biofábica, que é de todos nós”.

A Biofábrica da Bahia, organização social sem fins lucrativos, possui parceria com o Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural. Por seu estande na Feira Baiana da Agricultura Familiar passaram milhares de pessoas de diversas regiões do Brasil durante os nove dias de evento, que terminou no domingo (1º). A Feira ocorre, anualmente, durante a Fenagro, no Parque de Exposições de Salvador.