A hipertensão arterial pode levar à morte
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Quatorze por nove. Dois números e um alerta que podem indicar hipertensão arterial. Mais conhecida como “pressão alta”, a doença crônica atinge mais de 38 milhões de pessoas no Brasil. É também um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de outras doenças, como cardiovasculares e renais.

O diagnóstico deve ser baseado em duas aferições de pressão arterial por consulta em pelo menos duas idas ao médico. É uma condição de muitos fatores que geralmente não está associada a sintomas, mas sim pela elevação contínua da pressão.

Indivíduos considerados hipertensos apresentam pressão igual ou maior que 14 por 9. Essa medição pode ser feita em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) do Brasil – o Sistema Único de Saúde (SUS) é referência no atendimento para pacientes com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como é o caso da hipertensão, conforme revelou a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019.

O SUS também oferece, de graça, tratamento, acompanhamento e medicamentos para controle da doença: em 2019, foram mais de 28 milhões de consultas na Atenção Primária e registradas 52 mil internações relacionadas à hipertensão.

ALIMENTAÇÃO

Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. Por isso, a mudança de hábitos cotidianos é o melhor remédio. Um deles passa pela alimentação, como reduzir a quantidade de sal nos alimentos e consumir diariamente frutas, legumes e hortaliças, eliminando do cardápio alimentos chamados de ultraprocessados, como embutidos, por exemplo. Não fumar e beber com moderação são outras iniciativas.

O número de óbitos por hipertensão arterial vem crescendo a cada ano no Brasil. Em 2015, foram registradas 47.288 mortes. Em 2019, o número saltou para 53.022, segundo o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. De acordo com o Vigitel Brasil 2019, a frequência de diagnóstico médico de hipertensão foi de 24,5% entre as 27 capitais brasileiras. A doença é mais prevalente em mulheres (27,3%) do que em homens (21,2%).

Divulgada em novembro do ano passado, a PNS 2019, feita pelo Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, mostrou que 24% dos indivíduos alegaram diagnóstico de hipertensão em 2019, sendo essa a mais frequente entre as doenças crônicas. Desses, 72,2% afirmaram ter recebido assistência médica para hipertensão há menos de um ano no país e 66,4% tinham realizado sua última consulta no SUS. Os postos de saúde foram as unidades mais citadas (46,6%) pelos pacientes na procura por consultas.

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Funcionários passam por atualização no Costa do Cacau || Foto Divulgação

Funcionários do Hospital Costa do Cacau, em Ilhéus, participaram de uma palestra sobre alimentação saudável e prevenção à saúde, nesta quinta (9), proferida por Tarcila Lima. A palestra é parte do ciclo de atualização do corpo funcional do HRCC e, de acordo com a direção do hospital, tem reflexos positivos na assistência aos usuários do SUS.

Conferencista, Tarcila Lima destacou que, para manter ou iniciar uma rotina com hábitos saudáveis, é preciso esforço, porque consumir comidas gordurosas e rápidas é muito mais prático, porém com danos à saúde.

Tarcila orienta a ter um foco. “Deixar de lado aqueles hábitos nada saudáveis, como beber refrigerantes, comer balas, doces, chocolates e frituras, dentre outras refeições e alimentos gordurosos, é essencial. Além da quantidade equilibrada de carboidratos, proteínas e lipídios, o organismo precisa também das vitaminas e minerais”, destacou.

AVALIAÇÃO

A gerente de enfermagem do Costa do Cacau, Solange Carvalho, participou da capacitação e elogiou a direção do HRCC. “Tivemos momentos interessantes onde recebemos várias orientações e essas ações mostram o cuidado e a atenção que a direção tem conosco. A atual empresa tem um olhar voltado para os usuários do SUS e seus funcionários”, garante a enfermeira.Leia Mais

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Yara Aquino e Mariana Tokarnia | Agência Brasil

Clique e conheça os dez passos da alimentação saudável (Arte EBC).
Clique para ampliar e conhecer os dez passos da alimentação saudável (Arte EBC).

Com 51% da população acima de 18 anos com excesso de peso, de acordo com a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, atividades simples como caminhar, dançar, andar de bicicleta e desempenhar atividades domésticas surgem como alternativas para os que querem recuperar ou manter a forma física e não podem gastar com academia. Essas atividades físicas estão entre as recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a quem tem mais de 18 anos.

No dia a dia, deixar o carro em casa e ir a pé à padaria, passear com o cachorro e trocar o elevador pelas escadas também são atitudes simples que podem contribuir para que as pessoas não deixem de se movimentar, como explica a presidenta do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal, Cristina Calegaro.

“Quanto mais a pessoa se movimenta, mais ela quer se movimentar. Em vez de pedir ao filho para pegar um copo de água, levante-se, sugere. “Antes, não tínhamos controle remoto na TV e era preciso levantar para mudar de canal. O avanço tecnológico também contribuiu para diminuir a necessidade de movimento. Com pequenas mudanças de rotina, as pessoas vão se movimentando e sentindo necessidade de mais movimento”, diz Cristina.

A OMS recomenda a prática de 30 minutos de atividade física em cinco ou mais dias por semana. Esse tempo pode ser contabilizado de forma separada nas atividades do dia a dia, explica a professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília Kênia Mara Baiocchi. “A atividade física é qualquer movimento que você faça. É a caminhada, a escada para não pegar elevador. E esses 30 minutos não precisam ser juntos. Passear com o cachorro está valendo, cuidar da casa, do jardim”, diz.