Alisson Mendonça fala sobre possível saída da 13ª Ciretran || Reprodução/WhatsApp
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As acomodações dos ativos políticos no sul da Bahia devem retirar o ex-vereador Alisson Mendonça do comando da 13ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), braço do Detran em Ilhéus. A saída é iminente, segundo apuração do PIMENTA.

Questionado a respeito, o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus respondeu com humor resignado. “Não se briga com o Diário Oficial”, escreveu ao site, em mensagem de texto, pontuando a frase com emojis de gargalhada.

Alisson foi indicado ao cargo pelo deputado estadual e líder do Governo Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa, Rosemberg Pinto (PT). Com o resultado das eleições 2022, em que a primeira-dama de Ilhéus, Soane Galvão (PSB), elegeu-se deputada estadual com a maior votação no município, caberia à deputada indicar o substituto numa eventual exoneração do ex-vereador.

Segundo a mesma lógica, por ter sido o deputado da base eleito com maior votação em Itabuna, Rosemberg se ocuparia da indicação para a 5ª Ciretran, hoje coordenada por Gilson Nascimento.

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Mudanças no comando das Ciretrans de Itabuna e de Ilhéus. O policial militar e articulista político Gilson Nascimento volta ao comando da 5ª Ciretran, em Itabuna, e o ex-vereador Alisson Mendonça foi nomeado para a coordenação da 13ª Ciretran, em Ilhéus.

As nomeações estão publicadas na edição deste final de semana do Diário Oficial do Estado. Alisson Mendonça e Gilson Nascimento são indicações do líder do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), principal representante das regiões sul e sudoeste na Alba.

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Marão não contava conversa e, com a mesma disposição que organizava e participava das caminhadas de Serra e Souto, não dispensava os “arrastões” de Dilma e Wagner que tinha a participação de Ângela Sousa.

 

Walmir Rosário

Campanha política de 2010 para eleger presidente, senadores, deputados federais e estaduais e governador. Em Ilhéus, a base aliada de Dilma Rousseff e Jaques Wagner transbordava de adesões, mas como política é uma arte que requer muita astúcia, algumas lideranças, para garantir prestígio, seja qual for o resultado das urnas, dão uma no cravo e outra na ferradura.

Bastante precavida, a deputada estadual ngela Sousa formou dobradinha com alguns deputados federais – alternando as cidades –, sendo que em Ilhéus o acordo foi fechado com o deputado federal Geraldo Simões e, apesar do seu partido pertencer à coligação que tinha como candidato a governador Geddel Vieira Lima, fez campanha para Dilma e Jaques Wagner.

Já o vice-prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, filiado ao PSDB, “armou seu barraco” na campanha de José Serra e Paulo Souto, pulando a cerca – por motivo justo – quando se tratava dos votos que teria que dar à mãe, Ângela Sousa, e a Geraldo Simões, além dos candidatos a senadores Lídice da Mata e Walter Pinheiro. Tudo era permitido legalmente, embora não recomendado pela ética.

Mesmo com os candidatos diferenciados, o vice-prefeito Marão não contava conversa e, com a mesma disposição que organizava e participava das caminhadas de Serra e Souto, não dispensava os “arrastões” de Dilma e Wagner que tinha a participação de Ângela Sousa. Para ele, o principal era mostrar serviço e ficar bem com todas as coligações, num sinal de esperteza eleitoral.

Médico dos mais conhecidos e conceituados, Mário Alexandre, pela disposição que sempre apresentava, entusiasmava tanto os participantes das caminhadas quanto os moradores ou transeuntes, tratando todos pelos nomes. Pródigo nos abraços, perguntava pela família e pedia o voto para a coligação de sua mãe, a deputada Ângela Sousa, e depois para os candidatos da coligação tucana.

E com essa profusão de coligações, em que adversários políticos e coligados se misturam, o barco navegou bem durante toda a campanha eleitoral, fazendo com que todos se juntassem na hora de trabalhar a população de determinado bairro. Uma turma descobria a tendência eleitoral dos moradores de determinadas casas, que eram visitadas primeiro pelos cabos eleitorais ligados aos candidatos daquela família.

E foi uma tática que deu certo. Na reta final da campanha, numa dessas caminhadas realizada no bairro do Pontal, tudo corria tranquilamente e a adesão dos moradores era praticamente total, para delírio das lideranças. Foi aí, então, que aconteceu um fato inesperado, digno da esperteza política e que mereceria uma rigorosa apuração dos fatos praticados por uma das coligações.

Numa das turmas, o vereador petista licenciado e secretário da Indústria, Comércio e Planejamento Municipal, Alisson Mendonça, após ter se refrescado do sol quente com alguns goles de cerveja, sente vontade de ir ao banheiro e, passando em frente à casa de um amigo, pede licença para satisfazer suas necessidades fisiológicas. Ao sair, se depara com uma paisagem totalmente diferente da que deixou. Todas as propagandas da coligação petista, coladas anteriormente estavam cobertas pelos cartazes dos candidatos da coligação PSDB-DEM.

Atônito, Alisson, que tinha ficado pra trás, ligou ao celular para um “companheiro” que ia à frente comandando a colagem das propagandas da coligação petista para se inteirar da rápida mudança ocorrida:

– Nosso pessoal não está fazendo a “colagem”? – perguntou.

– Você está gozando de minha cara, claro que sim, qual é o problema – retrucou.

Foi aí que a turma que ia à frente parou de caminhar e Alisson, que ia atrás, se encontraram e presenciaram a turma da campanha de José Serra e Paulo Souto, coordenados por Mário Alexandre, colando os cartazes de sua coligação, justamente em cima dos cartazes da coligação petista. Se entreolharam encabulados como sinal de que estariam se entendendo bem e nada mais foi dito, apenas os sorrisos amarelos.

A partir do dia seguinte, não mais foi visto o vice-prefeito Marão na caminhada da coligação petista. Os cuidados foram redobrados, com uma turma à frente colando os cartazes e uma turma tomando conta da retaguarda.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Alisson deixa Governo Marão atirando no prefeito

O ex-vereador Alisson Mendonça acaba de anunciar a saída do Governo Marão, onde ocupa o cargo de secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável. Criticou duramente o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre (Marão), e disse que deixa o governo

“Estou me desligando do Governo Marão. O governo não elegeu suas prioridades. Mário não tem demonstrado capacidade de unidade da sua equipe”, afirmou. “A cidade vem sofrendo com isso. E eu não quero ficar participando do governo atrás de uma boquinha. Não preciso disso, sou advogado, agricultor”, completou.

Alisson disse deixar o governo decepcionado com Marão, mas torcendo para que “tudo dê certo”. O ex-vereador se adianta à reforma administrativa que será apresentada pelo prefeito às 16h, na Câmara de Vereadores.

Além dele, outros secretários serão exonerados. Do núcleo duro, permaneceria apenas Bento Lima, da Administração, mas com menos poder. A ideia é manter apenas 10 secretarias e exonerar cerca de 50 comissionados, de acordo com fonte.

Abaixo, o vídeo da despedida, com o título “Adeus Marão”.

https://www.facebook.com/1692145838/posts/10205665876681506/

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Nazal diz que casamento político com Marão acabou e vê governo “degringolar”

José Nazal Pacheco Soub, 62 anos, era, até o dia 30 de abril, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Ilhéus. Pediu exoneração ao final da tarde daquela segunda-feira, véspera do 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Passou a ser, a partir dali, apenas vice-prefeito. Ou, como diz, “figura decorativa”.
O casamento político com o prefeito Mário Alexandre (Marão) acabaria dois dias depois. O prefeito tentou dissuadi-lo. Ouviu de Nazal uma espécie de “Ou Bento ou eu”. Bento Lima vem a ser o secretário de Administração de Ilhéus. Mandachuva do governo, como define Nazal. Marão não topou abrir mão de Bento.
Nazal faz críticas e autocríticas. Para ele, o Governo Marão está degringolando (palavras dele) e a hora é da “cidade acordar” e a gestão ter pessoas comprometidas com Ilhéus. Aponta desvios éticos e afrontas ao erário.
O vice-prefeito acredita que Marão governa sem compartilhar poder. E, mais que isso, sem comparecer ao próprio gabinete. Pior, diz que o prefeito passou mais de 8 meses sem reunir o secretariado. Também não acredita que o governo melhore. Diz ter batido de frente com mandachuvas do governo – secretários Bento Lima, Alisson Mendonça e Alcides Kruschewsky.
Membro da Rede, o vice-prefeito fez autocrítica: enxerga-se como intransigente com várias coisas. Na tarde da última quinta-feira (17), Nazal concedeu a seguinte entrevista ao blog:
PIMENTA – Começando do começo, como é que surge a aliança com Marão?
JOSÉ NAZAL PACHECO SOUB – Lançamos pré-candidatura para discutir os problemas de Ilhéus. Para mim, era muito mais importante governar do que ganhar. Ficamos em um grupo menor. Terminou não dando certo, mas tivemos uma relação boa [em uma aliança inicial de 7 legendas]. Na última semana para convenções, Mário ficou sozinho. De 7 partidos daquele grupo, ficaram 5. Depois, um. Rachou tudo. Foi quando houve proposta de [Emílio] Gusmão e Hélio Ricardo: Por que não junta com Nazal? Aí, marcamos uma conversa, no dia 30 de julho, 10 da manhã. Conversamos. Lá, eu disse: se a gente fechar um acordo, a minha proposta é só uma. É Ilhéus, é por Ilhéus. Não sabíamos se iríamos ganhar ou não. Dia 31, convenção do PSD, sentamos novamente. No outro dia, ele vira pra mim e diz: Essa noite eu dormi. Os acordos que eu tentei fazer, todo mundo trabalhou na faixa de 50%, dividindo loteando o governo.
PIMENTA – E contigo?
NAZAL – Eu disse: minha proposta é por Ilhéus. Agora, tem uma condição. Se sair da linha, eu grito. Ganhamos a eleição sem dívida política nenhuma. Eram cinco partidos. Um grande e os nanicos: O PSD, PTdoB, PTB, PSL e a Rede.
PIMENTA – Você impôs condições, Marão aceitou. Pelo que aconteceu no governo, você se sentiu usado?
NAZAL – Não me senti, pois não me subjuguei. Não concordei, um abraço. Muitos dizem você foi importante para a eleição de Mário. Talvez não tenha essa dimensão. Eu era pré-candidato, tinha 2%, sem estrutura e densidade eleitoral. Mas algo mudou quando tornei-me vice. Mas não me senti usado. A discussão, o discurso eram um. Mas, eepois, a prática… Mas o meu permaneceu o mesmo. O que eu não aceitava, eu dizia. Coisa que não aceitei, eu sempre bati de frente.
PIMENTA – Com o prefeito?
NAZAL – Com Mário e com algumas pessoas do governo que são mandachuvas: Bento Lima (secretário de Administração), Alisson Mendonça (Governo, e agora na Seplandes) e Alcides Kruschewsky (Comunicação). Com Alcides, menos, para não ser injusto. Com Alisson, forte… Eu não entrei para disputar o poder, mas para compartilhá-lo. Essa é a diferença. Eu dizia com Alisson: ‘o meu compromisso é muito maior que o seu. Você é secretário. Eu sou secretário e vice-prefeito’. Eu botei meu nome. Meu nome estava na tela [da urna]. O de Mário foi para a tela, o meu foi para tela. Eu não queria ser um vice decorativo como agora vou ficar.

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Tem pessoas que chegaram no governo, não conhecem nada, fazem um bocado de porcaria, não botam a cara na tela…

PIMENTA – E qual é o sentimento?
NAZAL – Poderia ter contribuído até mais, mas ele [o prefeito] não quis. A Marão, eu disse: você toma decisões que eu não concordo. Como você quer que eu concorde, se eu não fui, sequer, ouvido? Tem pessoas que chegaram no governo, não conhecem nada, fazem um bocado de porcaria, não botam a cara na tela…
PIMENTA – Que tipo de porcaria?
NAZAL – Tem várias coisas. [O prefeito] pegou um cara de Maraú para a Odontologia que fez horrores na área. Eu concordo, tem que botar o pessoal para trabalhar, mas você não tem o direito de dar grito, assediar. Eu disse, Mário, você não trata ninguém mal, eu não trato ninguém mal. Aí vem um cara de fora, em nome da gente, para tratar os funcionários mal? Não dá. Não sou xenófobo. Pode ser de fora, mas tem que ter compromisso com Ilhéus.
PIMENTA – Após o pedido de exoneração, o prefeito não tentou mantê-lo na Seplandes?
NAZAL – Eu disse ao prefeito… A condição para eu ficar, é você tirar Bento e um bocado de gente. Ele: então me dê nomes. Ele não tiraria.
PIMENTA – A decisão foi apenas de sair só da secretaria ou o casamento, realmente, acabou?
NAZAL – Para mim, acabou. Mário é uma pessoa que eu gosto, não há nada de pessoal, não sou de ofensas, de xingar. Agora, quando quebra a confiança, quando quebra a proposta… Eu estou vendo o governo degringolar. Eu ando na rua, eu vou para a padaria, feira, ando de chinelo na rua, ando de calção, vou para fila de banco pagar minhas contas… Eu não mudei minha forma de viver. E espero não mudar. O poder é tão efêmero. Eu não fiz campanha e nos elegemos para pensar, imediatamente, em reeleição. Para mim, reeleição é consequência, tem que acontecer de forma natural. Meu compromisso é com Ilhéus, em primeiro lugar. Então, para mim, acabou.

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Mário está governando só com Bento. Disse isso a ele. Eu não fiz campanha para uma pessoa governar sozinha.

PIMENTA – Você falou em quebra de confiança. O que minou essa confiança?
NAZAL – Sempre fiz críticas aos governos dos quais participei. Eu me afastei politicamente de Jabes em julho de 2006. Eu disse, Jabes você errou quando governou sozinho com Isac Albagli, John Ribeiro, com núcleo fechado, que acha que não erra, que acha que é infalível. Isso é ruim. Depois, veio Newton Lima e governou discutindo tudo. Tudo era na mesa. Foi reeleito com mais de 60% dos votos válidos de Ilhéus, algo que não irá se repetir por muitos anos. E aí, Jabes voltou para o governo [em 2013] e repete-se situação que você fecha o governo para decidir com poucos. Aí vem Mário e está governando só com Bento. Disse isso a ele. Eu não fiz campanha para uma pessoa governar sozinha. Fiz campanha para governar discutindo dentro do governo e com o povo. Então, não vou recuar no meu modo de pensar. Agora, a decisão foi minha por um único motivo. Eu levei 75 dias para Mário me receber esse ano.
PIMENTA – Quantas reuniões como secretário?
NAZAL – Apenas duas em todo o governo. É uma crítica que eu tenho com Mário. Por exemplo: ele não tem rotina para despachar. Todo governo deve ter. Se ele está te atendendo, chega outro secretário e entra na conversa. Então, não pode ser assim. Não é que seja sigilo, segredo, mas tem coisas que exigem foco. Eu fiz uma crítica a ele, de frente. Você não está indo ao gabinete, que está às moscas. Eu vou lá todo dia.
PIMENTA – Nem vai à rua?
NAZAL – Ele despacha em casa. Está errado.
PIMENTA – O que distancia o prefeito do próprio gabinete?
NAZAL – Decisão pessoal dele. Eu não tenho dificuldade de dizer não. Se posso dar um sim, será um prazer imenso. Se não, será com dor forte, mas terei que dizer não posso. Governar é tomar decisões. E não ter decisão é pior que protelar. Eu disse a ele: Jabes entrava pelos fundos, mas ia ao gabinete, mas você nem isso.
PIMENTA – Dá para administrar uma cidade como Ilhéus, assim, desta forma?
NAZAL – Não dá. Diversas vezes, e abertamente, propus fazer o seguinte: nós dois vamos entrar em um carro, ir a posto de saúde, escola, unidade administrativa para ver como as coisas estão acontecendo. Vamos chegar em uma escola na hora da merenda para ver como está a merenda. Vamos chegar em um posto às cinco horas da tarde, para ver se tem alguém lá, que o horário é até as 18h. Não tem ninguém em nenhum posto. A gente perdeu, agora, do meu ponto de vista, o apoio que estava tendo do governo do estado na área da Saúde.
PIMENTA – Por quê?
NAZAL – As coisas não estão acontecendo. Não vamos ter mais o apoio que estávamos tendo do Estado e que, inclusive, causou ciúmes em políticos do passado. Tínhamos um apoio muito forte, mas hoje está meio frio.

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Meu amigo, tá faltando copinho para fazer exame de tuberculose. Copinho que custa centavos.

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PIMENTA – Esse novo comportamento do estado se dá por causa do prefeito ou de quem comanda a Pasta?
NAZAL – O prefeito é quem governa, mas vem também da pasta. Algumas coisas melhoraram. É inegável. O atendimento na pediatria… Mas não está ainda bom. Eu não concordo com governo que vive de releases. Tem que viver com ações concretas. Hoje (quinta), de manhã, recebi solicitação que não vou poder ajudar. Meu amigo, tá faltando copinho para fazer exame de tuberculose. Copinho que custa centavos. Cheguei no Ilhéus II, e uma senhora me disse que comprou fita – R$ 5,80 – para o posto de saúde marcar a consulta dela. Tenho que ficar com vergonha. A Prefeitura de Uruçuca está com 4 escolas dentro de Ilhéus. E Uruçuca construiu uma escola dentro de Ilhéus, em Banco Central, ano passado. Eu reclamei, reclamei e nada foi feito. Reclamei até ontem (15), meia-noite. Pode ser que tenha sido feito hoje. Construída.. Isso é improbidade administrativa. Na revisão do limite, a pessoa pode dizer que quer ser de Uruçuca. Ninguém toma providência. Não é a defesa intransigente, mas a gente tem que tomar conta do nosso chão.
PIMENTA – O governo tem tempo para mudar, melhorar?
NAZAL – Todo mundo, na hora que quer mudar, muda. Mas tem que querer. Se não houver vontade… Eu acho difícil acontecer [mudança]. Eu vi pesquisa com recortes pontuais. Disse na cara, não acredito. Pesquisa eu acredito vendo-a completa, quem fez… Pode ser Ibope, Datafolha… Vendo pedacinho, não acredito. A pesquisa verdadeira é a do dia a dia. Vai na feira, pergunte. Vai…
PIMENTA – O prefeito sempre foi visto como acessível, afável. O que provocou essa mudança, esse distanciamento do gabinete?
NAZAL – Não vejo ninguém melhor que Mário para fazer esse corpo-a-corpo, mas ele está deixando a desejar. Tem coisas que não justificam. O atendimento ao público… Infelizmente, a maioria vai fazer pedido pessoal, mas há quem peça coletivamente, de forma plural. Então, tem que ter atenção. Vou dar exemplo. Inema, no interior, ele não tinha ninguém na campanha. Eu abri conversa e o grupo nos deu votação expressiva. O grupo não foi atendido em nada. Eram pedidos coletivos. Foram atendidos por mim, Alcides, Alisson. Mas ele, nada.
PIMENTA – O governo reage da melhor forma às críticas de opositores?
NAZAL – Sabe a história do avestruz, do enterrar a cabeça pra não ver… Eu não sou o prefeito. Prefeito é Mário. A minha rede social quem responde sou eu. Se acho que é pertinente a reclamação, dou a devida resposta. Ontem, fiz uma observação ao governador [Rui Costa]. Fui ver uma reclamação quanto à obra de esgoto na zona sul. De fato, está uma porcaria. Mostrei ao governador e avisei à Embasa. Ele respondeu meia hora depois, dizendo que tomaria providência. É um problema sério. São R$ 52 milhões investidos, uma grande obra. Ilhéus vai chegar a 92% de esgoto tratado.
PIMENTA – E na sua Pasta, o Planejamento? 
NAZAL – Briguei no governo e não consegui dar conta do Plano Municipal de Saneamento Básico. Nós precisamos fazer. Se não fosse prorrogado o prazo para 2019, ficaríamos sem receber dinheiro nenhum, nem de emenda nem de nada, por falta do plano. Ninguém no governo dá importância. Fizemos um convênio com a UFSB, e espero que continue, de levantamento arbóreo, isso é importante para a população viver, ar mais limpo, respirar melhor, fizemos um trabalho para a Bacia do Iguape, que é um problema grave d´água. Espero que deem continuidade. Uma série de coisa que a gente encaminhou, mas paciência.
PIMENTA – Sua secretaria foi boicotada?
NAZAL – A dificuldade que tínhamos era com pessoal. Por meio de parceria com o Ministério Público, conseguimos fazer algum tipo de capacitação. Agora mesmo foi curso de poda de árvore, por uma semana… Temos condições péssimas de trabalho, de estrutura. Tínhamos uma pessoa para fazer todo o licenciamento ambiental de Ilhéus. Ficamos um ano com só uma pessoa. É, humanamente, impossível dar conta com uma só pessoa. Claro que não dá conta. Aí foram chamados mais 4, mas somente no final do ano passado.

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Tem empresas grandes que estão enganchadas porque têm passivo ambiental pesado e pedem para dar jeitinho.

PIMENTA – Havia queixa quanto à concessão das licenças ambientais.
NAZAL – Fomos duros na concessão de licenciamento, construção em áreas de proteção, construção irregular. No dia que se dava uma notificação, havia dez pedidos políticos para dar um jeitinho. Tem um prédio que estava sendo construído na zona sul e foi embargado porque estava sem licença, alvará, sem nada. Ainda veio pedido para ter paciência com um negócio desse… Tem empresas grandes que estão enganchadas porque têm passivo ambiental pesado e pedem para dar jeitinho.
PIMENTA – O governo ficou aquém do pensado?
NAZAL – Muito. Por exemplo, transparência de todos os atos. É uma obrigação legal. Mas temos que fazer mais que a obrigação. O que é isso? É contratar bem, saber se o serviço está sendo bem feito. Deficiência no serviço de transporte escolar, na merenda, na atenção básica de saúde… Agora, como vice-prefeito, vou ter condição de enxergar mais…
PIMENTA – A secretaria conseguiu desempenhar o papel, de planejar, discutir a cidade?
NAZAL – Conseguiu. Tem vários projetos prontos. Nunca é um trabalho sozinho. A gente teve discussão muito forte sobre a mobilidade urbana, resultando em projeto que se for implantado terá grande impacto. Temos projeto para fazer escola na área social do Clube do Pontal… Está bacana. O Clube tem projeto de doar terreno para o município, mas nunca consegui apresentá-lo ao prefeito. Temos a mudança do projeto de transporte coletivo, de diametral para radial, com o usuário podendo usar ônibus por 2 horas pagando só uma passagem. O transporte público é deficiente em Ilhéus. Por isso, temos o avanço do transporte clandestino. Precisamos discutir a questão da água. O prefeito perdeu uma ligação da cidade de Sobral, Ceará. Vinham propor implantar em Ilhéus um sistema de educação que é modelo no Brasil e no mundo. Sabe onde está sendo implantado? Em Vitória da Conquista. O prefeito Herzem está entusiasmado, encantado.
PIMENTA – E qual seria o custo?
NAZAL – O operacional, o normal. Ele [Marão] nem ouviu, não houve interesse. Falei com a secretária… Então, essas coisas… A cidade precisa acordar. Incomodou tanto eu me separar, politicamente, do governo que tá saindo um bocado de meme dizendo Nazal, Mário e a deputada. Tem culpa. Mas eu sei de onde está partindo… Nesta semana, fizeram uma reunião grande para entrar nessa linha do desgaste de Mário.

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Quem governar diferente, está governando certo. Agora, eu não fiz campanha em 2016, andei por Ilhéus, para fazer um governo como está sendo feito.

 
PIMENTA – Sinaliza preocupação com 2020. Você será candidato a prefeito?
NAZAL – Em 2006, eu dizia que seria candidato a prefeito de Ilhéus não para ganhar, mas para puxar temas, discutir Ilhéus, que queria ser diferente. Fui secretário de Uruçuca no Governo de Fernanda Silva [2013-2016]. Na primeira reunião em dezembro de 2012, no Barravento, ela queria ouvir cada um. Eu não tinha tanta intimidade. Disse, prefeita eu só tenho uma sugestão para a senhora. Faça diferente. E ela, como é que governa diferente? Respondi: governe certo. Quem governar diferente, está governando certo. Agora, eu não fiz campanha em 2016, andei por Ilhéus, para fazer um governo como está sendo feito.
PIMENTA – E como está sendo feito?
NAZAL – Principalmente com o erário. Fui contra fazer o carnaval desde o primeiro ano. Adoro carnaval, mas só faz festa quem tem dinheiro sobrando. Um milhão e duzentos que gastou no carnaval consertava quantos postos de saúde, quantas escolas? A Escola de Tibina tem mais de cinco anos que está sem teto. Fui à secretária [de Educação] Eliane Oliveira. E ela respondeu que foi a primeira que pediu para consertar. E mostrou: aqui a prova. Quem mudou a prioridade? Não sei, mas foi a primeira escola. Tem oito meses que não fazia reunião de secretário. Fez na terça (15). Como governa dessa forma? Que unidade tem esse governo? Até para discutir, até para brigar… Um não sabe o que o outro está fazendo… O plano de iluminação da Soares Lopes quem fez foi a Administração. A Secretaria de Serviços Urbanos, na época era Jorge Cunha, não sabia de nada. Alcides levantou uma questão, e tinha razão. O projeto da Avenida era um e o da ponte, feito pelo Estado, era outro. Não se comunicou. Ontem, o pessoal da obra da Ponte me pediu que enviasse a referência do poste [de iluminação pública] para planejar igual. Coloquei em contato com Hermano Fahning para fazer.
PIMENTA – O projeto é bom?
NAZAL – É bom. Vou dar exemplo… Marão estava viajando e eu entrei em contato com o governador para falar do projeto. Governador, queremos fazer um estacionamento aqui. Ele respondeu, façam um projeto bonito… Até agora, não foi levado ao governador. Não é um projeto caro. Fiz pedido ao prefeito na minha carta. Aquelas pedras da construção da ponte serão retiradas, está no contrato. devem ser jogadas em área licenciada ambientalmente. A licença indica que se jogue na Sapetinga, no São Miguel e São Domingos. No São Domingos, o SIT (Governo do Estado) está fazendo a licença. Na Sapetinga e no São Miguel, a prefeitura terá que fazer. Ninguém fez. Será que vão querer fazer de qualquer jeito? Tem que ter responsabilidade. Civil, inclusive. A gente não tem em Ilhéus uma cascalheira licenciada. Como é que se faz manutenção de estradadas? Ilhéus não se tem uma sequer. O governo não discute. Acha que é besteira isso? Quem está no campo, sofre. O lavrador, o agricultor, quem precisa usar o ônibus. Em Uruçuca, teve aquele acidente com morte da estudante. Em Ilhéus, tem veículos rodando naquelas condições. Mas como dá manutenção se não tem cascalheira licenciada?
PIMENTA – Começamos falando do casamento… Em casamento, ambos têm responsabilidade, se na união ou na separação. Que autocrítica você faz?
NAZAL – Faço todo dia, todo dia, todo dia. A minha talvez seja a de ser intransigente com algumas coisas, com as coisas que têm de ser feitas da forma certa. Há coisas que você possa achar um caminho. Mas sou intransigente com o interesse público estar acima do privado.
PIMENTA – O privado se sobrepõe ao público com grande incidência em Ilhéus?
NAZAL – Em todo governo. A pessoa chega com o projeto, tudo bacana. Aí o sujeito chega e a gente pergunta das desvantagens. Ah, não tem. Como? Só tem vantagem? Mas é preciso ter coragem para enfrentar isso.

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O prefeito deu declaração de que a usina vai funcionar [essa semana]. Se funcionar, vai ser de forma irregular.

 
PIMENTA – Falando ainda das causas do rompimento, os atritos com secretários pesaram na decisão?
NAZAL –Atrito teve, mas não a ponto de criar trauma. O mais melindroso foi a coragem que a gente teve de fechar a usina, estando a usina irregular. Como é que nós, como governantes, exigimos que esteja correto e libera a usina? Município tem que fazer correto. Não é favor fazer o correto. Agora, para resolver o problema da usina, a gente escolheu algumas áreas. Mas a decisão de Bento, do prefeito, foi desapropriar a área onde a usina está, sem observar o valor venal da área, que é alto. O prefeito deu declaração de que a usina vai funcionar [essa semana]. Se funcionar, vai ser de forma irregular. E eu não sei se a empresa já devolveu todos os equipamentos, porque havia equipamento do município sendo usado em Itacaré. Até seis meses atrás, estava lá.
PIMENTA – Você se arrepende da aliança com Marão?
NAZAL – Não. Valeu a pena. Não é a posição pessoal de ser vice-prefeito. Isso é passageiro. Passa tão rápido. Vou me dedicar agora a um trabalho em função do Censo de 2020. Vou trabalhar sozinho. Depois, apresento. Até ao prefeito. É pelo município, por Ilhéus. Marina me disse uma coisa, meu filho, você fez um contrato com o povo. Eu vou me dedicar. Onde sou chamado e onde for chamado, eu vou.
PIMENTA – Já é o plano para 2020?
NAZAL – Pode até ser, mas eu sempre fui. Eu atendo telefone sem olhar quem está ligando. Devolvo todas as ligações que fazem para mim. Eu não sei se estarei vivo amanhã. Não sei se chego em casa hoje. Eu gostaria de ver o governo mudar, mesmo não estando nas decisões, mas pelo bem da cidade.
PIMENTA – Com as mexidas feitas na equipe, dá para mudar?
NAZAL – Só o tempo para dizer. Sem se reunir, sem interação entre as pastas, saber o que o outro está fazendo, ajudar o outro, não tem mudança.
PIMENTA – Dá para a equipe jogar bem com o técnico a distância?
NAZAL – Não. Mário tem que ter rotina de prefeito, não lê um processo para despachar. Tem coisas que você tem que saber, entender o que está fazendo. Tem coisas que a gente precisa não apenas conhecer, tem que saber daquela coisa lá. Agora, repito, tem que ter compromisso com a cidade. Eu moro na mesma casa há 62 anos. Não pretendo sair. Quero olhar para as pessoas. Está faltando amar as pessoas verdadeiramente. Trabalhei com vários prefeitos. Não encontrei um top. Tem que pensar no coletivo. Não gostou, mas quantos mil gostaram? É fazer o que tem que ser feito, mas não com interesse em ser reeleito. Ele dizia eu vou ser o prefeito top. Prefeito, não foi top.

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Bento e Alisson pressionariam Marão contra a Rede Sustentabilidade

O prefeito Mário Alexandre (Marão) está sendo pressionado para tomar os cargos ocupados pela Rede Sustentabilidade, partido do vice-prefeito José Nazal. Os secretários Alisson Mendonça (Relações Institucionais) e Bento Lima (Administração) são apontados como os líderes da ação contra o partido aliado.
Os principais cargos ocupados pela Rede são o de secretário de Planejamento e Sustentabilidade e o de superintendente de Meio Ambiente, ocupados, respectivamente, por Nazal e Emílio Gusmão.
A pressão já era grande no ano passado e ganhou corpo de ontem para hoje (3), quando a Rede Sustentabilidade emitiu nota pública com críticas ao reajuste de mais de 12% da passagem de ônibus em Ilhéus. A tarifa saltou de R$ 3,10 para R$ 3,40. Na nota, a Rede Sustentabilidade reafirma apoio a Marão, mas informa não ter sido consultado sobre o aumento.

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O vereador Alisson Mendonça fez críticas à condução da área de desenvolvimento econômico de Ilhéus. O vereador reuniu fotografias de dezenas de lojas fechadas na Avenida Itabuna, uma das principais artérias comerciais do município sul-baiano. Sem fazer menção à crise econômica nacional, Alisson constata:

– A cidade “deprimiu”. São mais de 30 pontos comerciais na Avenida Itabuna.

Casas comerciais que fecharam nos últimos meses, segundo Alisson (Reprodução Facebook).
Casas comerciais que fecharam nos últimos meses, segundo Alisson (Reprodução Facebook).
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Alisson pede a cassação de Jabes.
Alisson pede a cassação de Jabes.

O vereador Alisson Mendonça (PT) encaminhou à mesa diretora da Câmara Municipal pedido de cassação do prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro (PP).
O governo teria cometido uma barbeiragem jurídica: o vice-prefeito Cacá Colchões sancionou o Orçamento 2014, quando estava na interinidade, e Jabes o executou sem que o legislativo analisasse os vetos, informa o site Ilheus24h.
Outro agravante é que, segundo o site Agravo, também de Ilhéus, o prefeito já executou pagamento de folha do funcionalismo e credores com o novo orçamento.
O caso de improbidade administrativa deverá ser votado pela casa, onde o prefeito possui ampla maioria. Dos 19 votos, ele teria, pelo menos, 12.

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Alisson deixa CEI do Transporte.
Alisson deixa CEI do Transporte.

Motivo de discórdia entre vereadores da oposição, o cargo de membro da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o Sistema de Transporte Público de Ilhéus, vai ser devolvido pelo vereador Alisson Mendonça.

Por telefone, ele reconheceu à reportagem do Jornal Bahia Online que se sente insatisfeito com a discordância pública do vereador Cosme Araújo sobre a sua indicação e disse que, neste final de semana, vai comunicar a sua decisão à base de oposição ao governo municipal, da qual é líder.

A indicação do nome de Alisson para a CEI terminou causando a saída do vereador Cosme Araújo do grupo e, hoje, ele se autodenomina da “bancada independente”.

Leia a íntegra no Jornal Bahia Online

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Alisson recomenda diálogo ao prefeito.
Alisson recomenda diálogo ao prefeito.

O vereador Alisson Mendonça (PT) disse hoje que o sentimento em Ilhéus é de final de gestão. “Eu nunca vi um sentimento desse num governo que se inicia”, justificou em entrevista ao programa O Tabuleiro (Conquista FM). Alisson criticou a falta de diálogo por parte do prefeito Jabes Ribeiro. “Início de mandato com prefeitura fechada, Reúne Ilhéus na porta e o servidor não é chamado para diálogo [mais de 30 dias após a greve]”.

Alisson também fez críticas a Jabes por querer culpar o funcionalismo pela crise. Segundo ele, o prefeito atribui à greve geral a falta de atendimento na saúde e o não funcionamento das escolas. “Isso não é verdade, é mentira. A saúde e a educação iam mal antes. Postos médicos fechados, sem remédio”, denunciou.

Ele também afirmou que existe escola na região da Lagoa Encantada que ainda não funcionou neste ano. “Estamos no mês oito e [a escola] nem abriu porta”.

Por fim, disse que o prefeito vai perder se quiser “medir forças” com o funcionalismo e movimentos sociais, como Reúne Ilhéus.

– Jabes já foi eleito por pequena parcela da população, governa mal e vai para queda de braço com esses movimentos? Vai perder. Claro que vai peder – disse, ponderando que nessa queda de braço quem perde é a população em geral, que está vivendo em cidade “suja, feia, esburacada”. E completou dizendo que torce para a cidade voltar à normalidade.

PREFEITO CUBANO PARA ILHÉUS

Antes, o vereador havia observado a disposição do prefeito em atribuir ao PT ações como a greve do funcionalismo ou a atuação do Reúne Ilhéus. Alisson ainda comentou a proposta de um ouvinte da emissora de trocar Jabes por um prefeito cubano.

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Os vereadores Lukas Paiva e Alisson Mendonça vem a público informar de que não são verdadeiras as notícias divulgadas pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Ilhéus afirmando que “os vereadores ilheenses entenderam os números apresentados pela Comissão Permanente de Negociação da Prefeitura sobre o índice de despesas com pessoal”. A atitude da Secretaria de Comunicação da Prefeitura é mais um reflexo do governo da mentira e das enganações, que se utiliza dos veículos de comunicação para tentar colocar a Câmara e o povo contra os servidores públicos municipais.

Os vereadores esclarecem que a reunião com segmentos da Prefeitura de Ilhéus e da Câmara Municipal realmente aconteceu, com o objetivo de se buscar uma solução, na tentativa de sensibilizar o governo para a necessidade de conceder a reposição salarial dos servidores. Ocorre que os números apresentados mais uma vez pelo governo municipal são contraditórios, confusos e irreais, numa tentativa clara de mascarar e manipular a verdade para não conceder assim a justa reposição salarial dos trabalhadores.

Esclarecem os vereadores que o próprio governo já reconheceu os erros nas suas planilhas de receitas e despesas, mas insiste em apresentar dados mentirosos e irreais, daí a iniciativa da Câmara de Vereadores de solicitar as folhas de pagamentos dos cinco primeiros meses desse ano, para que os verdadeiros dados sobre as contas da Prefeitura sejam de conhecimento público, sem mais mentiras e enganações. Os vereadores Lukas Paiva e Alisson Mendonça explicam que diante das mentiras e das tentativas de manipulações das informações do governo municipal, fica claro que a atual administração de Ilhéus já não merece mais a credibilidade e o respeito do povo ilheense.

Por fim, os vereadores Lukas Paiva e Alisson Mendonça reafirmam que continuam acreditando nos números apresentados pelos sindicatos de todos os segmentos de trabalhadores, que em audiência pública com a sociedade civil organizada, contestaram cada um dos pontos apresentados pelo governo municipal. Foi um gesto de coragem, de responsabilidade e de competência demonstrado pelos sindicatos. Gesto de quem defende que a transparência deve ser um caminho a ser trilhado por todo gestor público e de quem luta para que a verdade possa sempre prevalecer.

Alisson Mendonça

Lukas Paiva

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Jabes: Ilhéus ingovernável (Foto Pimenta).
Jabes: Ilhéus ingovernável (Foto Pimenta).

Pouco mais de seis meses após a posse e assumir o quarto mandato como prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro (PP) se deu por vencido e anunciou a uma plateia de prefeitos, durante evento em Salvador, que não vai disputar reeleição.

“Ilhéus está ingovernável”, justificou-se segundo matéria do site O Tabuleiro, do jornalista Erivaldo Vila Nova. Jabes também fez severas críticas ao Congresso Nacional. Para ele, deputados e senadores teriam virado as costas aos problemas do país e agora está ouvindo as ruas por causa da série de manifestações pelo Brasil.

“GOVERNABILIDADE”

Nos meios políticos, o gesto de Jabes é mais interpretado como um pedido de socorro e que ele joga para tentar conseguir apoios. Desde a semana passada, o prefeito articula apoios até mesmo no PT, do qual foi adversário em outubro de 2012.

Não sem motivo, o gestor ilheense fez rasgados elogios ao deputado estadual e líder do PT na Assembleia Legislativa, Rosemberg Pinto, para depois concluir: “Rosemberg, Ilhéus precisa do seu apoio”. Foi durante a abertura do Festival Internacional do Chocolate e Cacau, na quarta (3).

Logo após a cerimônia, Jabes entabulou diálogo com Rosemberg. Sem cerimônia, elogiou o vereador Alisson Mendonça, antes ferrenho opositor. “Esse é inteligente”, disse a Rosemberg. “É minha cria”.

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O vereador Alisson Mendonça (PT) esteve na inspetoria regional do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em Itabuna, e encontrou várias “pérolas” da gestão de Jabes Ribeiro, da vizinha Ilhéus.
Um delas: Jabes contratou empresa de contabilidade pela “bagatela R$ 308.307,00”. A empresa é de Salvador.
Contrato sem licitação, pois!

Vereador anuncia descobertas em rede social.
Vereador anuncia descobertas em rede social.

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Os programas eleitorais de rádio em Ilhéus estão, digamos, interessantes. Após a Professora Carmelita (PT) exibir Cacá Colchões atacando Jabes Ribeiro (PP), o ex-prefeito e candidato decidiu dar a resposta. Recorreu a uma gravação feita na Câmara de Vereadores em que o vereador Alisson Mendonça diz que Carmé foi ungida como candidata do prefeito Newton Lima.

O diabo é que Newton é o tipo de político que todo aliado quer esconder. Por um motivo simples: a rejeição ao prefeito beira os 90%. O trecho com a gravação que foi ao ar no programa do pepista pode ser ouvido clicando aqui.

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Alexandre Simões não deve durar muito na Saúde

Depois da entrega da Secretaria de Governo de Ilhéus por Alisson Mendonça, o plano de grupo petista do qual ele faz parte já havia articulado a saída de mais dois secretários: Fernando Hughes, da Administração; e Alexandre Simões, da Saúde. Estes dois, porém, desistiram de renunciar, após a intervenção do deputado estadual Rosemberg Pinto (veja aqui).
Ocorre que, enquanto Hughes tem uma atuação elogiada no governo, Simões é um secretário-problema. O prefeito Newton Lima tem em sua mesa um documento assinado por 16 representantes de associações, pedindo a exoneração do titular da Saúde.
Quando soube que Simões entregaria o cargo, Newton Lima chegou a dar um suspiro de alívio, pois o ato evitaria que ele precisasse usar o poder da caneta. Abortado o desembarque, Newton terá que usá-lo, pois não esconde de ninguém sua irritação com a postura do secretário.
Alexandre Simões, jovem biomédico, é visto até como um gestor razoável. O maior problema dele teria a ver com a dificuldade de relacionamento. Por exemplo, os representantes das associações de moradores que solicitaram sua exoneração alegam que tentaram insistentemente falar com o secretário, mas ele não aceitou recebê-los.