Descentralizado e com investimentos, Lacen-BA realiza mais de 1 milhão de testes || Foto Leonardo Rattes
Tempo de leitura: 2 minutos

O Laboratório Central e Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) já realizou mais de 1 milhão de testes RT-PCR para diagnóstico do coronavírus (Covid-19) desde o registro do primeiro caso da doença no estado, em 6 de março do ano passado. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o Lacen investiu R$ 20 milhões em obras e equipamentos para atender a demanda gerada pela pandemia da covid-19, inclusive tornando o laboratório o maior do país em capacidade de realização de exames.

A diretora-geral do Lacen-BA, Arabela Leal, detalha que foram comprados extratores, pipetadores, amplificadores, termocicladores, insumos, além de um sequenciador, equipamento que realiza o sequenciamento genético do coronavírus. Além disso, foi realizada a contratação de pessoal para ampliação do serviço e, desse modo, a unidade passou a funcionar 24 horas, 7 dias por semana.

“O Lacen-BA mudou toda a sua logística de trabalho. Tivemos que nos adaptar completamente às novas rotinas e temos feito isso diariamente, já que estamos trabalhando por demanda espontânea. É interessante observar como comparativo que, no ano de 2019 inteiro, realizamos um total de 27 mil exames de biologia molecular, somando todos os agravos, como vírus respiratórios e arboviroses”, acrescenta a diretora-geral da unidade.

SEQUENCIAMENTO E NOVAS LINHAGENS

Durante o período de 18 de setembro até 30 de março de 2021, o Lacen-BA realizou o sequenciamento de 175 genomas completos do SARS-CoV-2 (coronavírus), identificando a circulação de 13 linhagens diferentes de coronavírus. A unidade tornou-se referência nacional para fazer o sequenciamento genético de amostras da Bahia e de outros cinco estados (Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte).

Em janeiro de 2021, foram também detectadas no estado as novas variantes do SARS-CoV-2, recentemente identificadas no Brasil, sendo elas a variante P.1 e P.2 isoladas pela primeira vez no Norte (Manaus, Amazonas) e no Sudeste do país (Rio de Janeiro).

Já em fevereiro deste ano, também foi detectada a linhagem peruana C.14, marcando a introdução da mesma através de um viajante por meio de um navio, e a linhagem B.1.1.7 ou variante do Reino Unido ou britânica, detectada no Reino Unido pela primeira vez no início de dezembro de 2020.

Descoberto mais uma variante de Covid-19
Tempo de leitura: < 1 minuto

O Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz (Lacen) identificou mais uma cepa do novo  coronavírus. Trata-se da linhagem peruana C.14, que foi introduzida no estado a partir de um viajante que chegou em Salvador de navio, em fevereiro, segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

Desde que começou a realizar o sequenciamento genético do vírus Sars Cov 2, responsável pela infecção pandêmica que já causou mais de 11 mil mortes na Bahia, o Lacen já identificou 13 diferentes linhagens do vírus em cerca de um ano, provavelmente vinculadas a múltiplos eventos de importações ocorridas simultaneamente e que justificam o alto número de infecções registradas no estado.

Os estudos indicam que o número de linhagens circulantes mudou com o tempo desde a identificação da linhagem B.1.1.162, a primeira confirmada por testes de sequenciamento genético em fevereiro de 2020, marcando a introdução primária de casos importados da Europa.

OUTRAS VARIANTES DA COVID-19

Em janeiro 2021 foram também detectadas no estado as novas variantes do SARS-CoV2 recentemente identificadas no Brasil, sendo elas a variante P.1 e P.2 isoladas pela primeira vez no norte e no sudeste do país.

“Os estudos foram realizados em genomas completos do Sars Cov 2 de 112 amostras de diversas regiões geográficas da Bahia, provenientes de indivíduos com sintomas clínicos característicos, como dificuldade de respirar, muito cansaço, SRAG e pneumonia”, explica a diretora do Lacen, Arabela Leal.

Arabela reforça o que os epidemiologistas e infectologistas já vêm alertando em todo o mundo: a mobilidade humana representa um fator crucial para a dispersão do SARS-CoV-2 e das novas variantes. “Enquanto não houver vacina para todos, distanciamento social e medida de restrições ainda continuam sendo essenciais para a minimização da circulação deste patógeno no Brasil”, conclui.