Inscrições do concurso da Codeba estão abertas até o dia 11 de setembro
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A Companhia Docas da Bahia ( Codeba) está com inscrições abertas para concurso público que visa o preenchimento de 26 vagas, mais cadastro de reserva em cargos de níveis médio e superior. Os salários variam de R$ 2.133,89 a R$ 10,2 mil, além de R$ 1.334,95 de auxílio alimentação.

As inscrições, que variam de R$ 70 a R$ 90 (a depender da escolaridade exigida) podem ser feitas até o dia 21 de agosto no site do Instituto AOCP. As provas objetiva e discursiva estão previstas o dia 19 de novembro, em Salvador.

Para os cargos com exigência de nível superior, as vagas são para: administrador, advogado, analista de tecnologia da informação, contador e economista. Além de engenheiro civil, engenheiro eletricista, engenheiro mecânico, gestão ambiental, sanitarista, serviço social e engenheiro de segurança do trabalho.

Com a exigência mínima de ensino médio, as vagas são para apoio administrativo, controle portuário, fiscalização de segurança do trabalho e das operações técnico, manutenção de obras e técnico em meio ambiente. Acesse aqui o edital.  

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WALMIR~1Walmir Rosário | ciadanoticia@ciadanoticia.com.br

Daqui de Canavieiras, onde mantenho minha sossegada trincheira, antevejo um futuro incerto para os manguezais lavados pelos rios Pardo, Salsa e Patipe, que formam esse imenso delta, berçário dessa colossal fauna marinha.

A designer sul-coreana Jeongwon Ji deslumbra o mundo ao apresentar uma invenção inusitada: transformar caranguejos chineses em plásticos. Acredito piamente nas novas tecnologias, mas, aqui pra nós, tenho minhas dúvidas sobre a eficácia dessa transformação. Não entendo nada de química, e poucas são as informações que disponho para travar um debate sobre essa estranha invenção.
Mesmo assim, fosse o contrário, minhas dúvidas por certo seriam infundadas, haja vista parecer mais eficaz que transformemos produtos inorgânicos em orgânicos. Não é de agora que nos chegam aos ouvidos notícias alarmantes sobre a destruição do meio ambiente.
Essa invenção dá a entender que este é um caminho aberto para alargar essa possibilidade. Imagino eu, a corrida aos mangues para a captura desenfreada dos nossos caranguejos-uçás, guaiamuns, aratus e outros crustáceos nem tão abundantes em nossos manguezais.
Pelos meus cálculos, nossos novos catadores promoveriam o extermínio desses crustáceos num piscar de olhos, antes mesmo qualquer reação do Ibama, Instituto Chico Mendes ou qualquer outra organização não governamental recém-criada com a finalidade de coibir a caça desenfreada aos nossos saborosos artrópodes.
De logo, vou colocando minhas barbas de molho com receio das medidas governamentais que poderão ser tomadas para a criação da Caranguejobras, aparelhada por companheiros e coligados. Devido à importância do empreendimento, por certo também serão acomodadas algumas centenas de ambientalistas, de preferência caranguejólogos, dada a especialidade.
Daqui de Canavieiras, onde mantenho minha sossegada trincheira, antevejo um futuro incerto para os manguezais lavados pelos rios Pardo, Salsa e Patipe, que formam esse imenso delta, berçário dessa colossal fauna marinha.
Para minha tristeza, serei testemunha ocular do sumiço da gostosa “cabeça de robalo”, uma das iguarias mais famosas da gastronomia canavieirense. Se fosse só por isso, me contentaria, mas ainda não somos conhecedores dos terríveis efeitos causados pelas devastações provocadas com a captura desenfreada de tão gostoso crustáceo.
Brincadeiras à parte, como Deus ainda não me concedeu o dom de prever o futuro, não vislumbro qualquer possibilidade de vantagem nessa invenção, com todo o respeito que devemos aos orientais. De minha parte, guardo reservas até que minhas conjecturas se confirmem infundadas.
*Com receio de ser importunado pelo progresso desenfreado.
Walmir Rosário é jornalista e editor do Cia da Notícia.