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TSE barra candidatura de Arruda (Foto Agência Brasil).
TSE barra candidatura de Arruda (Foto Agência Brasil).

A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, na madrugada de hoje (27), o registro de candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo do Distrito Federal. Por 6 a 1, os ministros decidiram manter decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito  Federal (TRE-DF) que negou o registro com base na Lei da Ficha Limpa, norma que impede a candidatura de condenados pela segunda instância da Justiça.
A sessão foi suspensa e depois retomada. Apesar da decisão, Arruda pode continuar a campanha normalmente e recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia 9 de julho, Arruda foi condenado por improbidade administrativa pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT). A condenação é referente à Operação Caixa de Pandora, que investigou o esquema de corrupção que ficou conhecido como Mensalão do DEM.
A maioria dos ministros concordou com o voto do relator do recurso, ministro Henrique Neves,  que votou pela rejeição da candidatura de Arruda devido à condenação em segunda instância. “O acórdão que confirmou a condenação foi publicado no dia 21 de julho. A partir desta data, a inelegibilidade deve ser contada.”, afirmou. O voto do relator foi seguido pelos ministros Admar Gonzaga, Luiz Fux, Laurita Vaz, João Otávio de Noronha e Dias Toffoli.
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Marco Wense

Antes do mensalão do DEM, que aconteceu lá em Brasília, a vaga de vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo tucano José Serra, obviamente do PSDB, era favas contadas para os democratas.

Depois que o único governador eleito pela legenda, José Arruda, se envolveu com o vergonhoso esquema de corrupção, sendo o principal protagonista da malandragem, o DEM ficou debilitado.

O presidente nacional do Partido Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), já deixou claro que só abre mão da indicação do vice se o governador de Minas, Aécio Neves, for o companheiro de Serra, formando assim a tão desejada chapa puro-sangue(PSDB-PSDB).

O DEM sabe que a presença de um democrata na chapa oposicionista é a tábua de salvação do partido, sua sobrevivência política. Do contrário, é a desmoralização de uma legenda criada para substituir o “saudoso” PFL.

A cúpula do DEM, que já ameaça o tucanato com candidatura própria ao Palácio do Planalto, não vai aceitar o desdém e o menosprezo de alguns setores do PSDB contrários a um democrata como vice de Serra.

O DEM, com toda razão, não quer ser o “patinho feio” da eleição de 2010, sob pena de desaparecer na sucessão municipal de 2012.

INGRATIDÃO

FHC é desprezado pela cúpula tucana.

O Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB do saudoso Mário Covas, não pode tratar FHC como se fosse uma figura sem nenhuma importância política.

A legenda, que tem como símbolo o exótico tucano, quer distância do ex-presidente da República. O tucanato, principalmente o da Avenida Paulista, não quer FHC nem pintado de ouro.

Fernando Henrique Cardoso tem história de luta na redemocratização do Brasil. Não pode ser tratado com desdém. O senador Arthur Virgílio tem razão quando diz que FHC merece respeito pela “figura que representa”.

A pior coisa no movediço e traiçoeiro processo político é a ingratidão.  O ex-presidente vai ficar de fora da lista de oradores no evento do lançamento da pré-candidatura de José Serra ao Palácio do Planalto.

Que coisa feia, hein! Pura crueldade ao modo tucano. O deputado federal Ciro Gomes, presidenciável do PSB, acerta quando diz que o PSDB é “cruel”.

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Por 9 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, ontem, manter na ‘jaula’ o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), ao negar-lhe habeas corpus. Só o ministro Dias Toffoli votou pela liberdade do “carequinha”.

Arruda é acusado de atrapalhar as investigações da polícia federal e da Justiça e tentar subornar testemunhas. Clique no leia mais, abaixo, e confira os argumentos dos ministros do STF para deixar o “Homem do Panetone” na cadeia.

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Arruda: de estrela política a detento vip.

O Democratas foi criado há menos de três anos e – tão novo – já enfrenta uma crise daquelas! O partido reservava ao governador distrital José Roberto Arruda o papel de estrela eleitoral da legenda. 2010, então… Mas não deu. Arruda caiu. E foi (está) preso.

O vice-governador do DF também era do Democratas. Paulo Octávio substituiu, interinamente, o Carequinha do Panetone. Não resistiu. Renunciou ao cargo nesta tarde de sexta-feira. Alegou que o momento exige condições excepcionais para governar e não teria encontrado estas forças para seguir em frente.

Quem assume o governo do Distrito Federal é um aliado de Arruda, o Wilson Lima (PR), presidente da Câmara Legislativa do DF. A manutenção de Octávio no poder ficou insustentável desde quando a Polícia Federal descobriu suposta participação do vice também no esquema de corrupção de Arruda, o homem do panetone.

E o escândalo afeta o DEM justamente em um ano em que eleitores vão às urnas para escolher de deputados estaduais e federais a senadores, governadores e presidente.

Qual será o impacto da atual crise no capital eleitoral do ‘menino’ DEM? Uma das lideranças do partido, o deputado Rodrigo Maia, tentou lamber as feridas: “o partido fica sem governo, mas com os seus princípios”. Enigmática. Quais seriam esses princípios?

Às vésperas das eleições de 2010 o DEM experimenta um tombo semelhante ao do seu “algoz”, o PT, que soube se refazer após as denúncias do Mensalão, apoiado na máquina central e na popularidade do governo Lula.

Diferenças existem. Os ‘vermelhos’ eram os detentores do poder central. E resistiram. O escândalo dos ‘demos’ é de impacto imprevisível. Nos subterrâneos da política, certeza é que Arruda irrigou os companheiros de partido em diversas campanhas.

Passado o afastamento do governador do DF, agora vem a parte mais dolorosa, pois a Câmara Legislativa analisará pedido de impeachment do ‘hômi’. A essa altura, o carequinha elogiado – e amigo – do governador José Serra (PSDB) e do presidente Lula (PT) talvez não tenha forças para manobrar e evitar a ‘espada’.

Dólar na cueca, dinheiro na meia… Depois do ‘roubolation’, vai começar o ‘rebolation’.

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Já se sabe que o governador Roberto Arruda (ex-DEM, agora sem partido), forniu os cofres do DEM país afora, com dinheiro de empresas fornecedoras do governo distrito federal, nas eleições de 2008. Foi assim com São Paulo, na campanha reeleitoral de Gilberto Kassab, por exemplo.

Acontece que todos que receberam recursos dizem que as transações foram limpas, o que Arruda e até os tais fornecedores – empresas, principalmente consrutoras, que receberam grandes obras do governo do Distrito Federal – fazem questão de deixar em dúvida.

O que os mangangões do DEM agora temem é que Arruda, preso na sede da Polícia Federal em Brasília, abra a boca sobre essas ‘ajudas’ eleitorais e outras coisinhas mais. Na Bahia, mesmo, tem gente pulando carnaval com uma certa dose de preocupação com as notícias que chegam de lá, do centro-oeste.

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O Pierrô Arruda passa carnaval no xilindró – charge: Clayton

O pedido de intervenção federal no governo de Brasília, feito pelo procurador-geral da república, Roberto Gurgel, encontra apoio até em lideranças do DEM, partido ao qual pertence o governador em exercício, Paulo Octávio.

A tática dos mangangões do DEM, a exemplo do senador Demóstenes Torres (GO), é afastar do ex-partido de Arruda qualquer possiblidade de contaminação pelo escândalo. Tarde demais.

A polícia federal já encontrou na sede oficial do governo do Distrito Federal documentos que ligam financeiramente Arruda ao DEM, através de recibos de doações de empreiteiras.

Os dirigentes democratas dizem que o dinheiro (apenas dois recibos registra mais de R$ 400 mil destinados à legenda) foi repassado de forma legal.

Só que, se assim fosse, os recibos deveriam estar na contabilidade das empresas e não no escritório de Arruda. Essa é a questão que mais intriga a Polícia Federal.

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O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não anunciou, oficialmente, a sua decisão sobre habeas corpus para o governador distrital, José Roberto Arruda (ex-DEM). Mas vazou. Marco Aurélio decidiu pela continuidade do carequinha democrata onde está: atrás das grades!

O governador está preso desde a tarde de ontem. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu favorável ao pedido de prisão preventiva de Arruda, apresentado pela Procuradoria-Geral da República. Os ministros do STJ decidiram de forma quase unânime, 12 votos a 2. Arruda é acusado de tentar subornar testemunhas e atrapalhar as investigações da Polícia Federal.

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Arruda chegou à sede da PF no fim da tarde

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), se entregou à Polícia Federal por volta das 17h45min, acatando decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decretou sua prisão.

Arruda é acusado de comandar um esquema de propina que chocou o país, após a revelação de imagens suas e de aliados políticos recebendo vultuosas quantias em dinheiro ilícito.

Seus advogados já impetraram pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), que será julgado pelo ministro Marco Aurélio de Mello.

Caso a decisão do ministro não saia a tempo (será que não sai?), o governador domirará na carceragem da Polícia Federal, em Brasília.

A decisão do STJ pegou a nação de surpresa, uma vez que é fato se não inédito, pelo menos muito raro no país, um governador ter prisão decretada durante exercício do mandato.