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Hans Schaeppi: paixão pelo jornalismo e literatura || Foto Daniel Thame

O empresário Hans Schaeppi faleceu aos 90 anos de idade, às 4h desta quarta-feira (16), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Rafael, em Salvador. As causas da morte não foram informadas, mas o empresário enfrentava câncer de pele há vários anos.
Hans Schaeppi fundou, em outubro de 1985, a Chocolate Caseiro Ilhéus, fábrica que se tornou famosa mundialmente pela produção de chocolates de origem e que levavam nomes de personagens de romances do escritor grapiúna Jorge Amado. Era presença cativa em festivais de chocolate, como o ilheense.
Ele também era proprietário do Ilhéus Praia Hotel, inaugurado também na década de 80, e do Pontal Praia Hotel, ambos no município sul-baiano.
O corpo do empresário será enterrado no Cemitério Campo Santo, em Salvador, nesta quinta-feira (17), às 11 horas.
A morte de Hans Schaeppi foi lamentada pelos ilheenses. O presidente da Câmara de Dirigentes de Ilhéus (CDL Ilhéus), Clóvis Júnior, emitiu nota na qual confirmou que a homenagem do Troféu CDL deste ano.
Obra de Schaeppi lançada pela Via Literarum

DUAS PAIXÕES: LITERATURA E JORNALISMO
Hans nasceu em 1927, em Salvador, mas logo cedo foi levado para Ilhéus, no sul da Bahia. Formou-se em Engenharia Civil em 1951 pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Depois, tornou-se superintendente de Obras da Odebrecht e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado da Bahia (Sinduscon), além de diretor da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e diretor de Obras Públicas da Prefeitura de Salvador.
Uma das suas paixões era o jornalismo. Escreveu para jornais como A Tarde, Jornal da Bahia, Gazeta do Turismo e Agora, onde mantinha coluna semanal. Também era compositor (adorava MPB) e artista plástico.
No ano em que fundou a fábrica Chocolate Caseiros Ilhéus, recebeu o título de Cidadão Ilheense. Já em 2005, passou a ocupar a cadeira 3 da Academia de Letras de Ilhéus (ALI). Escreveu O velho Adolpho – A história de uma tocaia, pela Via Literarum. Em 2010, recebeu a Comenda do Mérito de São Jorge dos Ilhéus. Atualizado às 11h02min, com a colaboração do jornalista Daniel Thame.

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Cardozo diante da escultura Equilíbrio, restaturada em 2014 || Foto Eric Souza-Ficc/Arquivo

O artista plástico Paulo Cardozo faleceu ontem à tarde (11), no Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna, após sofrer traumatismo craniano. Ceplaqueano aposentado, casado e pai, além de diácono da Igreja Católica em Ilhéus, Cardozo tem entre suas obras mais famosas a escultura Equilíbrio. A obra em ferro tem o formato de colher, numa alusão ao ex-prefeito de Itabuna José Almeida Alcântara.
A homenagem com a escultura no Jardim do Ó foi prestada a Alcântara pelo também ex-prefeito Geraldo Simões, na década de 90. Ilheense de nascimento, Cardozo tem obras espalhadas em praças de municípios na Bahia e em outros estados. Sua arte também conquistou o continente europeu. Era um quadro de Cardozo que também compunha uma das mais agitadas redações da Bahia, a do Jornal A Região, na Praça Manuel Leal, Centro de Itabuna.
O corpo de Paulo Cardozo será velado no SAF, na Rua Juca Leão, em frente ao Grapiúna Tênis Clube, a partir do meio-dia desta sexta (12), e será enterrado amanhã, no Cemitério Campo Santo, em Itabuna. “Faleceu nosso diácono Paulo. Deus lhe dê o descanso eterno. Rezemos por sua esposa e filhos”, escreveu o bispo Dom Mauro Montagnolli, da Diocese de Ilhéus, onde o religioso atuava.

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A artista plástica Tomie Ohtake morreu hoje (12), aos 101 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internada na UTI. Ela foi hospitalizada no último dia 2 para tratar de uma pneumonia e, momentos antes de receber alta, na terça-feira (10), teve de ser levada às pressas para a UTI depois de sofrer uma broncoaspiração, que comprometeu as batidas do coração. Segundo a assessoria de imprensa da artista, ela morreu às 12h20.

Tomie era considerada a dama das artes plásticas brasileiras pela carreira consagrada, construída ao longo dos últimos 50 anos. Informações do Instituto Tomie Ohtake destacam que a fama conquistada pela artista desde a década de 60 nunca modificou o desafio a que se propunha: o eterno reinventar.

Nascida na cidade de Kioto, no Japão, em 1913, Tomie chegou ao Brasil em 1936, mas só começou a pintar aos 40 anos. Além da pintura e da gravura, a artista fazia esculturas em grandes dimensões para espaços públicos como a Bienal Internacional de São Paulo.

De acordo com o instituto Tomie Ohtake, 27 obras públicas de autoria da artista fazem parte da paisagem urbana de algumas cidades brasileiras. Em São Paulo, por exemplo, estão quatro painéis da Estação Consolação do Metrô de São Paulo, uma escultura em concreto armado na Avenida 23 de Maio e uma pintura em parede cega no centro, na Ladeira da Memória.

As obras de Tomie estiveram presentes em cinco edições da Bienal Internacional de São Paulo e renderam à artista um total de 28 prêmios. Em 2013, diversas exposições foram programadas em comemoração aos 100 anos de Tomie.

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Panorâmica da área de acesso aos expositores do festival (Foto Pimenta).

A IV edição do Festival Internacional do Chocolate da Bahia, em Ilhéus, atraiu mais de 20 mil pessoas em quatro dias de evento aberto ao público e gerou contratos importantes para a cadeia produtiva, dentre eles a construção de duas fábricas de chocolate no sul da Bahia.

Uma das unidades industriais que serão instaladas em Ilhéus é a Chor. Os equipamentos já chegaram e a fábrica terá características turísticas. Ela será construída com tecnologia e estrutura que permitirá acompanhar de perto os passos de produção do chocolate.

Lessa: bons negócios.

– É um negócio sensacional do ponto de vista turístico – afirma o promotor do Festival do Chocolate, o publicitário Marco Lessa, da agência M21 e da MVU Eventos. Outra fábrica terá investimento de R$ 3,2 milhões, captados no BNDES por uma cooperativa de produtores.

O publicitário está contente com os resultados alcançados pelo evento. O festival começou em 2009 com a participação de 13 expositores e saltou para 50 neste ano. A participação da indústria chocolateira também deu grande salto. Saiu de 3 para 14, entre as grandes do setor e as de fabrico artesanal.

Houve aumento do número de participantes e palestrantes internacionais no ano em que a Bahia se torna o primeiro destino latino-americano a atrair o Salão do Chocolate, evento que começa amanhã, em Salvador.

Jornais e revistas especializados fizeram cobertura da festival ilheense, destaca Marco Lessa,que cita o The New York Times e a revista portuguesa Volta ao Mundo, além dos brasileiros portal Uol e jornais Estadão, Zero Hora (RS) e Jornal do Comércio (PE).

O festival deste ano abriu espaço para uma combinação da magia do chocolate com as diversas formas de expressão artística (exposições de artes plásticas e fotográfica). Os shows musicais ganharam novo espaço, a Arena Showcolate.

“Neste ano, nós conseguimos ocupar toda a extensão do centro de convenções com a arena”, diz Marco Lessa ao PIMENTA. Vanessa da Mata, O Teatro Mágico, Tiê, Mametto e Ê Crioula! passaram por lá. “A arena terá uma configuração diferente em 2013”.

Festival atraiu mais de 20 mil pessoas ao centro de convenções (Foto Pimenta).

CONCURSO DE AMÊNDOAS

Um dos destaques do festival reúne cacauicultores. É o concurso de amêndoas de cacau. O produtor Pedro Magalhães foi o campeão, José Carlos Assis ficou com o vice e João Tavares obteve a terceira colocação dentre 16 finalistas. A seleção – rigorosa – é feita pela Ceplac.

Um dos méritos do festival é justamente estimular novos costumes na cadeia produtiva do cacau. É da amêndoa de cacau de qualidade que se produz o melhor chocolate, daqueles que estiveram em exposição, degustação e à venda nos diversos estandes do evento que teve parceiros como Governo da Bahia e Prefeitura de Ilhéus e apoio do PIMENTA.