Associação agroecológica de Ilhéus é primeira marca coletiva do sul da Bahia || Fotomontagem
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Um estudo científico feito pelo advogado Mateus Santiago para o mestrado em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), resultou na criação da primeira marca coletiva do sul da Bahia, a AMAREA. O registro da associação foi deferido e reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Marca Coletiva é um signo distintivo que indica aos consumidores que determinado produto ou serviço é originário de membros de uma determinada coletividade (associação, cooperativa, sindicato etc.).

A primeira marca coletiva do sul da Bahia pertence à Associação dos Produtores e Agricultores Rurais do Rio do Engenho e Adjacências (AMAREA), instalada no município de Ilhéus. Os produtos ofertados são baseados na agricultura familiar e no respeito ao meio ambiente por meio do manejo agroflorestal. Dentre os cuidados com a preservação ambiental, está a utilização de materiais recicláveis, folhas e fibras naturais nas embalagens dos produtos.

Produtos da agricultura familiar são a base da Amarea, de Ilhéus

A marca expressa em seu logotipo os valores da associação de agricultores, representando a sustentabilidade ao aliar a produção com a preservação do bioma mata atlântica, e a valorização do patrimônio histórico e cultural presente na região do Rio do Engenho.

FORTALECER CADEIA PRODUTIVA

Produtos da agricultura familiar ganham embalagem especial da Amarea

O advogado Mateus Santiago diz que a AMAREA, enquanto associação, tem pautado seus esforços para amadurecer cada vez mais o associativismo, fortalecendo a organização produtiva e social, zelando pela melhoria da infraestrutura da região, para facilitar o escoamento da produção e a acessibilidade para a população local e para os visitantes que percorrem a trilha do Rio de Engenho através do turismo rural.

A marca coletiva, explica Mateus, vai agregar mais valor aos produtos, organizar e fortalecer a cadeia produtiva em que está inserida, potencializará ainda o trabalho em grupo dos produtores, trazendo mais maturidade de gestão do signo distintivo. Tudo isso, reforça, com o objetivo de conquistar novos mercados e fidelizar o público consumidor que valoriza a produção sustentável de alimentos saudáveis. A associação pode ser conhecida também pelo site www.amarea.com.br.

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A associação é o espelho dos seus membros. A sua força está diretamente ligada ao desejo e a vontade dos seus atores em torná-la Municipalista, Democrática, Inovadora, Forte e Desejada.

Luciano Veiga 

Aos 36 anos de existência, a Associação dos Municípios da Região Cacaueira (Amurc) permanece forte, inovadora e desejada. Manter uma instituição viva, antenada com o seu entorno, tendo como bússola a sua missão, fortalecer o municipalismo, tornando-o forte, democrático e inovador, contribuindo, assim, para a eficiência, eficácia, efetividade e excelência da gestão pública municipal, com a visão de se tornar uma associação desejada, capaz de atender e antecipar demandas, e promover a integração associativista dos municípios, com base nos seus valores – pessoas; sustentabilidade; ética; respeito; comprometimento; transparência e inovação.

Nos últimos anos a Amurc, vem construindo uma rede de parcerias importantes, com destaque ao desenvolvimento do Programa de Apoio Institucional às Prefeituras – Agir Mais, com gestão compartilhada com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), que conta com 11 fóruns de Secretários/as municipais, coordenadores e representantes da sociedade civil. O referido programa já capacitou centenas de profissionais, desenvolveu projetos, parcerias e captou recursos para atendimento às diversas demandas e desafios da gestão pública.

Em parceria com instituições de ensino superior privado, vem proporcionando descontos na mensalidade, com mais de 6 mil estudantes beneficiados dos municípios associados.

Durante a pandemia, vem realizando ações conjuntas com os gestores municipais, em sintonia com as Secretarias de Saúde dos Municípios, Estado e Ministério da Saúde, bem como envolvendo instituições em permanente debate na busca de melhores práticas de enfrentamento ao Covid-19. Recentemente assinou Termo de Cooperação Técnica com a Uesc, ampliando em dez mil a testagem PCR, buscando ampliar o monitoramento do contágio nos municípios.

A construção e consolidação do associativismo são contínuas. Os municípios como ente federado do mosaico federativo brasileiro não pode está numa condição de ilha/isolamento, mas deverá buscar sempre compor com os seus pares, através do associativismo como braço político de debate e do consórcio como braço de execução das políticas públicas.

O maior desafio, que sejas de uma associação ou consórcio, é o de se tornar uma instituição desejada. As instituições têm como principal base da sua força ou fragilidade o mesmo elemento, que são os seus associados ou consorciados. Estes quando fortes, imbuídos do espírito coletivo, formarão instituições fortes, mas quando forem individualistas, as instituições se fragilizam. A nossa região vem reiteradamente elegendo gestores melhores e com o pensamento de ser e agir coletivamente, tornando as suas instituições cada vez mais fortes, inovadoras e desejadas.

As lutas regionais como a Região Metropolitana do Sul da Bahia, a ampliação e estruturação da Rede de Saúde, com incorporação dos equipamentos e planejamento estratégico regional, incorporando a saúde como ponto relevante na formação da RM Sul da Bahia, a reestruturação dos potenciais econômicos, com a criação de novos polos industriais, serviços e logístico, o fortalecimento das economias do campo e do turismo, trabalhar o cavalete modal (porto, aeroporto, rodovias e ferrovia leste-oeste), ZPE (Zona de Processamento de Exportação), dentre tantas outras bandeiras, que gerarão o desenvolvimento sustentável dos nossos municípios, são temas trabalhados pela Amurc junto aos seus associados e a comunidade regional.

Fortalecer as parcerias com o Governo Federal e Estadual, as organizações municipalistas, Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e União dos Municípios da Bahia (UPB), as universidades públicas (UFSB-Uesc) e privadas com os Institutos de Ensino, agentes de fomento, fundações, sociedade civil, são as bases garantidora para atendimento aos desafios e demandas municipalista.

A Associação destaca-se como instrumento de integração política e administrativa, capaz de utilizar do escopo uno do município, a escala necessária para atendimento às suas demandas individuais e coletivas. Entretanto, não pode existir sem a participação do seu associado. A associação é o espelho dos seus membros. A sua força está diretamente ligada ao desejo e a vontade dos seus atores em torná-la Municipalista, Democrática, Inovadora, Forte e Desejada.

Luciano Veiga é diretor da Amurc, advogado, administrador e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc) e Gestão do Desenvolvimento Territorial ((Ufba).