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A prefeitura de Itabuna começa a enfrentar dificuldades para comprar produtos ou contratar serviços. No comércio, a fama do prefeito Capitão Azevedo (DEM) é a de mau-pagador. Não são poucos os relatos de empresários e prestadores de serviço que cortaram relações comerciais com o município.

Muitos lamentam que o prefeito autoriza o pagamento, mas, “pelas costas” desautoriza. Existem casos de credores que aguardam há dez meses para receber. E nada.

Na praça, há até apelido para o prefeito: Caloteman.

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Em tempos de campeonato baiano a todo vapor, com o futebol pautando as discussões, vale a comparação: em relação ao secretário da Saúde, Antônio Vieira, o prefeito Capitão Azevdo está parecendo aquele treinador que, para fazer seu atacante render mais, bota o reserva imediato para aquecer no fundo do gol adversário. Assim, tenta ‘acordar’ o titular.

O que tem de gente sendo convidada pelo prefeito para assumir a pasta de Vieira não está no gibi. E, a todas as sondagens, seguem ‘vazamentos de informações’, que só podem ter como objetivo fazer com que o camisa 9 da deng… digo, da Saúde, dê mais sangue.

Em tempo: a última consulta que se tem notícia foi ao diretor administrativo-financeiro da Santa Casa, André Wermann. Mas essa é notícia de ontem. Hoje a lista, que já foi liderada por Edson Dantas e Antônio Mangabeira, pode já ter ganhado novo nome.

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Gilson pode ir para a Emasa.
Gilson pode ir para a Emasa…

O governo do prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, pode estar na iminência de enfrentar sua pior crise. Dois dos principais colaboradores do gestor, inclusive um que sempre foi tido como o seu braço direito, demonstram alto grau de insatisfação e já manifestaram o desejo de entregar os cargos.

A vontade de deixar o governo já foi declarada reservadamente pelo secretário da Administração, sargento Gilson Nascimento. Ele estaria irritado por conta das dificuldades criadas pelo secretário da Fazenda, Carlos Burgos, ao andamento das ações da prefeitura.

Segundo apurou o Pimenta, existe a possibilidade de que Nascimento não se afaste totalmente de Azevedo, muito por conta da velha amizade existente entre os dois. Uma saída que está sendo considerada é a de nomeá-lo para a presidência da Emasa, onde substituiria Alfredo Melo. O fato é que o secretário pretende ir para um lugar no qual esteja livre da influência de Burgos.

Gustavo.
… e Gustavo quer pular fora.

Outro nome de peso que estaria praticamente decidido a pedir o boné é o titular da Educação, Gustavo Lisboa. Ele reagiu à tentativa do secretário da Fazenda de emplacar um programa na Educação, que resultaria em um desembolso mensal de R$ 400 mil. Lisboa já avisou: caso o prefeito autorize o convênio, ele sai  do governo imediatamente.

Como Azevedo dificilmente nega um pedido do secretário da Fazenda, ninguém duvida de que Lisboa – o melhor nome da equipe – acabe mesmo tomando o rumo de casa. O clima no Centro Administrativo Firmino Alves é tenso e em todos os cantos o que se diz é que, por lá, quem menos manda é o Capitão.

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José Nilton Silva Leal, filho do prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo Leal, o Capitão Azevedo, está nesse momento em observação no Hospital Regional de Ilhéus. Ele sofreu um grave acidente hoje à tarde, na rodovia Ilhéus-Itabuna (BR-415), próximo à Uesc.

Testemunhas dizem que o carro em que ele estava se partiu em dois, tal a violência do choque, o que impossibilitou, à primeira vista, a identificação do veículo. O carro em que estavam o filho do prefeito de Itabuna e um carona colidiu com um Ford Focus, dirigido por Gustavo Santos, que é funcionário da prefeitura.

José Nilton sofreu forte pancada no tórax e escoriações pelo corpo, mas escapou do que poderia ter sido uma grande tragédia. O carona foi arremessado em um matagal.

O carona precisou passar por vários procedimentos de emergência, mas também conseguiu sobreviver e passa bem. O atendimento às vítimas foi prestado por equipes do Samu 192 de Ilhéus. Suspeita-se que o acidente tenha sido provocado por uma combinação perigosa: imprudência e bebida alcoólica. José Nilton estava na Vila Cachoeira, em Ilhéus, a cerca de três quilômetros da Uesc.

Alterado às 19h34min

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Almoço político no Restaurante Popular: Fábio Lima, Carlos Burgos, Azevedo, Roberto Brito; Sargento Pinehiro e Fernando Vita; ao fundo duas funcionárias se alegram com os comensais

Essa não caiu no vestibular da Uesc, mas o leitor tem cinco chances de acertar. Olhando a foto acima, é possível afirmar que:

a) A cara feia de Burgos é porque ele acredita que, mesmo sendo a R$ 2,00 cada refeição, a conta do restaurante vai sobrar pra ele;

b) Azevedo sorri tanto, sozinho, porque descobriu como levar todos da mesa para ‘gongá’, incluindo o ‘pilhoso’ Fábio Lima;

c) A alegria das funcionárias ao fundo é porque têm a ilusão de que, por terem caprichado no prato do prefeito e de outras ‘otoridades’, receberão aquele sonhado aumento;

d) Roberto Brito tá de cabeça baixa porque fechou os olhos para a comida ou porque está triste ao descobrir que o apoio que era seu, apenas seu, foi repartido “para todos que ajudarem Itabuna”; e

e) Todas as alternativas anteriores

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burgos2Até o mais  ingênuo eleitor que acreditou na capacidade do Capitão Azevedo de governar Itabuna vai aos poucos descobrindo que o escolhido não manda nada vezes nada em seu governo. E a cada dia, surgem mais novidades a reforçar essa certeza.

Senão vejamos.

Há algumas semanas, o Ministério Público determinou, em cumprimento à Súmula 13 do Supremo Tribunal Federal, que o nepotismo fosse eliminado (ou pelo menos reduzido) na Prefeitura de Itabuna. A medida teve como única consequência a exoneração do diretor de Tributos, Otaviano Burgos, que se beneficiava da feliz coincidência de ter as figuras do chefe e do pai fundidas em uma mesma criatura: o secretário da Fazenda, Carlos Burgos.

Otaviano foi punido? Vai pensando…

No breu das tocas, bem às escondidas, os incansáveis (e insaciáveis) Burgos estruturam projeto de lei que criará a Agência Municipal de Serviços Públicos, responsável, entre outras coisas, pelo lucrativo setor de limpeza pública.

E quem será o titular desta nova e polpuda sinecura? Lógico, o filho do “prefeito de fato” que, em vez de castigo, será na verdade contemplado com um belo prêmio. Afinal, não basta ser pai, tem que saber apertar a teta até a vaca não aguentar.

Resta saber se a Câmara vai aprovar o presente.

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César reclama de calote.
César reclama de calote.

Choradeira do ex-vereador César Brandão (PPS). Segundo ele, a prefeitura de Itabuna deixou de repassar cerca de R$ 30 mil ao Albergue Bezerra de Menezes em 2009.

A instituição filantrópica atende a 83 pacientes, vítimas de doenças sexualmente transmissíveis e aids, tuberculose, câncer e hanseníase.

César é diretor do albergue e afirma que a instituição pôde quitar apenas metade do 13º salário dos 19 funcionários, devido ao calote.

A folha mensal, segundo ele, é superior a R$ 9 mil.

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Com quem será que Azevedo vai casar... (Foto Pimenta).
Com quem será que Azevedo vai casar… (Foto Pimenta).

Outubro está bem ali. E aumenta ainda mais a agonia do prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo (DEM).

É que o homem prometeu apoio a tanta gente candidata a governador, deputado federal e deputado estadual, e está chegando a hora da onça beber água.

A lista de namorados é longa. Começa com Jaques Wagner, Geddel Vieira Lima, Paulo Souto, Luiz Argôlo, Roberto Brito, Félix Mendonça Jr., Paulo Magalhães, ACM Neto, Fábio Lima, Gilberto Santana, Augusto Castro e termina em Renato Costa…

Não se engane, leitor-eleitor. Se a corrida pelo apoio do ‘hômi’ é grande, imagine o desespero de Azevedo com essa proximidade das eleições de 2010…

Qual será a saída do “Don Juan” político? Afinal, depois de tanto namorar com um e com outro, Azevedo terá que definir com quem vai casar nestas eleições de 2010.

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Marco Wense

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A relação entre a Câmara de Vereadores e o prefeito, aí simbolizando os poderes Legislativo e Executivo, tem que ser assentada no respeito mútuo, na harmonia e imprescindível independência.

Quando os poderes começam a desprezar os elementares ensinamentos de uma boa convivência democrática, enveredando-se para a política do toma-lá-dá-cá, acende-se o sinal vermelho.

No frigir dos ovos, como sempre acontece, termina o eleitor-cidadão-contribuinte pagando um alto preço pela irresponsabilidade e a insensatez dos senhores homens públicos.

O mínimo que se pede ao prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, e ao vereador Clóvis Loiola, presidente do Parlamento municipal, é a compreensão de que o diálogo, o bom senso e a civilidade são ingredientes indispensáveis no relacionamento entre os poderes.

Que o ano de 2010 ilumine a consciência e o juízo dos políticos. Que seja um ano de política e não de politicagem.

PESQUISA

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Uma pesquisa para deputado federal, na vizinha e irmã cidade de Ilhéus, realizada entre os dias 15 e 16 de dezembro de 2009, foi publicada pelo conceituado blog do Gusmão.

A surpresa ficou por conta de ACM Neto, que ficou na primeira colocação com 16,8%. “Para ele que não tem nenhum vínculo com a cidade, nenhum serviço prestado, realmente é uma surpresa”, diz o blog.

A votação de ACM Neto é a prova inconteste de que o carlismo está vivo. É uma forma de homenagear o ex-senador Antonio Carlos Magalhães através do voto. Não tem outra explicação.

Raimundo Veloso (PMDB) vem logo atrás com 14%. O ex-prefeito de Itabuna, Geraldo Simões (PT), é o terceiro colocado com 10,9%. Veloso e Simões são fortíssimos candidatos (reeleição).

O ex-presidente estadual do PT, Josias Gomes, aparece com apenas 0,6%. Uma lamentável surpresa, já que algumas lideranças do petismo de Ilhéus esperavam um resultado melhor, perto de cinco pontos percentuais.

ACM Neto na frente de Raimundo Veloso, como diz o ditado popular, é de “lascar o cano”. Raimundo Veloso é o mais legítimo e autêntico representante do povo de Ilhéus.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Um fenômeno ocorreu nessa sexta-feira, em Itabuna. Não pode ser classificado como milagre, porque já estava no script e era algo que os dois não viam a hora de realizar, mas bem que poderia ser considerado um prodígio de políticos.

Depois de um retaliar o outro, o outro rebater o um, eis que Loiola e Azevedo voltaram às boas. E, para demonstrar ‘que não guarda mágoas’, Azevedo re-autorizou a obra da discórdia no bairro Santa Inês, aquela que havia sido pedida por Loiola e foi suspensa assim que a Câmara decidiu não votar a reforma tributária do município, no dia 23 de dezembro.

O povo será beneficiado com a atitude dos dois, não resta dúvidas. Mas, pensando bem, será que esse detalhe passou pela cabeça da dupla que comanda os principais poderes do município?

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No apagar das luzes de 2009, o prefeito Capitão Azevedo (DEM) propôs votar, em regime de urgência, uma reforma do Código Tributário municipal. Um dos artigos jogava à estratosfera o ‘reajuste’ da Contribuição de Iluminação Pública (CIP), aquela taxinha que incide mensalmente sobre a conta de luz dos pobres mortais.

Um gozador de plantão disse que o aumento de 100% da CIP era para custear um projeto inovador de Azevedo, a “iluminação diurna”, como se vê na praça José Bastos, centro de Itabuna. Ô, zorra.

Sol a pino, céu azul e a "iluminação diurna" na praça José Bastos.
Sol a pino, céu azul e "iluminação diurna" na praça José Bastos.
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O vereador Raimundo Pólvora (PPS), um dos caçulas da Câmara, quem diria, já está mais do que articulado. Como quem não quer nada, já se garantiu como 1º secretário da mesa Diretora da Câmara a partir de 2011, deu um “rabo de arraia” na turma da prefeitura, na votação da reforma do Código Tributário, e peitou o prefeito quando foi ameaçado com a principal arma do Executivo para dobrar os vereadores: as indicações para cargos de confiança.

“Disse à secretária dele [Azevedo] que podia tirar os cargos, na hora que o prefeito quisesse”, orgulha-se. Nesse bate-papo com o Pimenta, Pólvora revela que não tem compromisso com nenhum candidato a deputado estadual – o que inclui, claro, seu correligionário e colega de vereança, Clóvis Loiola. “Não tenho compromisso com nenhum candidato. Estou esperando o partido me indicar um nome”. A seguir, a entrevista.

O senhor, assim como vários outros vereadores, foi assediado pelo Executivo para garantir a votação do projeto de reforma do Código Tributário do município, no final de dezembro. Como foram essas conversas?

O prefeito esteve em minha casa, me pedindo para votar no projeto de reforma tributária. Não garanti a ele que faria isso. Ele queria que eu assinasse um documento me comprometendo a votar a favor do projeto. Analisei aquilo achei melhor não assinar.

O senhor se negou a assinar, mas chegou a afirmar que não ia votar?

Primeiro me neguei a assinar. Depois pensei no que aquele voto poderia representar para mim, diante da sociedade. Sabia que ia ser polêmico, porque a gente não teve tempo de estudar o projeto, e o que eu soube é que poderia prejudicar a população. Decidi que não iria dar um presente daqueles a Itabuna e não fui lá, no dia da votação.

O que o senhor temia, em relação aos seus eleitores e à sociedade?

Ah, não queria ser chamado de traidor, como o presidente [Loiola] está sendo. E outra, a Câmara é para ser respeitada. A gente sabe que em todos os outros municípios que reformaram seus códigos tributários, os vereadores receberam os projetos ainda em junho. Tiveram tempo de estudar direitinho. A gente aqui recebeu quase em dezembro, ainda chegou a contratar técnicos pra nos ajudar, mas não dava para aprovar a toque de caixa.

“Decidi que não iria dar um presente daqueles a Itabuna”

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O senhor disse que “a Câmara deve ser respeitada”. O presidente Loiola, na sua visão, tem condições de garantir esse respeito, essa independência do Executivo, ou é preciso que o grupo de oposição assegure isso?

Quem tem que garantir isso é o presidente. Ele foi eleito para isso. O grupo deve estar unido para dar algum suporte, ser uma voz de apoio às suas decisões nesse sentido. Mas é papel do presidente garantir que o Legislativo seja respeitado.

O senhor foi retaliado pelo governo, por não ter votado no projeto do Executivo?

Eu recebi, sim, uma ligação da secretária do prefeito, dizendo que meus cargos seriam desligados. Disse a ela: ‘faço questão que vocês demitam todos’. Não aceitei aquela ameaça. Depois recebi outra ligação dela, dizendo que não era bem assim que a coisa devia ser feita, essas coisas.

Quantos cargos o senhor indicou no município?

Tenho sete cargos, num valor de R$ 5.200 por mês. Se fossem demitidos, eu iria arcar com a minha responsabilidade. Fome eles não iriam passar.

É possível saber, hoje, quem é oposição e quem é situação na Câmara?

Aquele grupo dos sete andou tendo umas baixas, mas parece que está voltando. Se não sete, possivelmente seis. Mas, com certeza, mesmo, parece que só vamos  ter cinco. Porque com o presidente não dá pra contar. E você sabe que tem um dos que eram nossos que está todo dia no gabinete do prefeito… Esse já é dele [Azevedo]. Porque vereador em gabinete de prefeito quer cargo, e disso esse vereador gosta muito. Não existe conversa de prefeito com vereador, que não seja política, voto, compromisso.

“Vereador em gabinete de prefeito quer cargo”

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E quem é esse vereador?

Prefiro não dizer o nome.

Ok, vamos por outras vias: qual é o mapa da câmara hoje?

Temos eu, Roberto de Souza, Claudevane Leite, Wenceslau Júnior, Ricardo Bacelar. Soube que o Dr. Gérson está voltando ao grupo e tem Loiola, que a gente não pode confiar como sendo da oposição. Do outro lado tem Milton Gramacho, Milton Cerqueira, Ruy Machado, Didi do INSS, Rose Castro e Solon Pinheiro. [surpreso com seu ‘fora’]: Ah, meu Deus, já disse o nome do vereador. É Solon Pinheiro, você já sabia mesmo…

O que gosta de cargos e está todos os dias na sala do prefeito?

Sim.

Não se preocupe. A cidade já sabia. Uma pergunta simples: o senhor vota em Loiola para deputado, já que são os dois do mesmo partido?

Essa pergunta é muito complicada… muito complicada…

Vamos refazer: o senhor tem compromisso com algum candidato a deputado?

Não. Com nenhum. Disse ao meu partido, o PPS, que vou esperar eles me indicarem o candidato. O PPS é um partido muito sério, você sabe, e eles só vão permitir apoio a quem for da coligação. Mas eu fiz uma proposta ao partido: eles me indicam o nome, dou meu apoio para estadual, e eu escolho o meu federal. Estou aguardando uma resposta.

Pelo jeito, se o partido não disse quem é o estadual, nem eles estão com Loiola… Mas não vamos entrar nisso.

É, não vamos entrar. Mas fiz essa proposta, e estou aguardando.

Finalizando: o que aconteceu no dia da votação para criação da CEI da Saúde?

Quando eu estava no plenário, a matéria estava em discussão. Eu era favorável à criação. Recebi uma ligação de minha esposa e fui atender, achando que a discussão ainda ia demorar, que daria tempo eu voltar. Quando retornei já tinham votado. Mas faltou um voto também, que foi do Dr. Gérson. Agora temos que entrar no Ministério Público.

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Pólvora: Azevedo queria voto de papel passado
Pólvora: Azevedo queria voto de papel passado

Falando sobre o episódio da polêmica votação do projeto de reforma tributária de Itabuna, o vereador Raimundo Pólvora fez interessantes revelações ao Pimenta, em uma entrevista que será publicada ainda hoje.

Uma delas diz respeito à garantia que o prefeito Capitão Azevedo queria dele, de que compareceria à sessão e votaria no projeto do Executivo. Na falta de fios de bigode no rosto do parlamentar, o prefeito aceitou uma assinatura de documento, como garantia do compromisso.

“O prefeito veio à minha casa, pedindo que eu participasse da sessão e votasse pela aprovação do projeto. Queria que eu assinasse um documento, me comprometendo com a votação em seu projeto. Não aceitei, e fiz o certo”.

Outras dessa, ainda hoje, na entrevista com o vereador.

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Gerson: na mira do Capitão Azevedo (Foto Duda Lessa).
Gerson: na mira do Capitão Azevedo (Foto Duda Lessa).

A vereadora Rose Castro (PR) conhece bem a “tesoura” do prefeito Capitão Azevedo (DEM). Ao votar contra o governo, em setembro passado, perdeu todos os cargos na administração. De repente, se viu obrigada a “pedir perdão” e reconciliar-se. E só assim todas as suas indicações voltaram a ocupar os cargos de confiança na gestão do democrata.

No final do ano passado, os vereadores Clóvis Loiola e Raimundo Pólvora, ambos do PPS, tiveram posição dúbia, na avaliação do governo, durante a refrega do projeto de Reforma Tributária. Resultado: todos os ocupantes de cargos comissionados indicados pela dupla não receberam salário de dezembro. Dentre as vítimas da retaliação de Azevedo, a esposa de Loiola, uma amiga íntima, o filho e o Pastor Sandro.

Eis que, na lista dos vereadores retaliados, também passou a figurar o vereador Gerson Nascimento, também presidente do PV itabunense. Suas indicações não deverão receber o salário de janeiro, segundo informam fontes do centro Administrativo Firmino Alves. Gerson faltou à sessão fatal que votaria o projeto de reforma tributária.

Todas as indicações do verde ocupam cargos na estrutura da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), que, geralmente, paga os salários no dia 20 de cada mês. Como a reforma ficou para ser votada no dia 22 de dezembro, não houve tempo para a “tesoura” sobre os salários das indicações de Gerson. Mas 20 de janeiro está bem pertinho.

O prefeito espera que todos rezem na sua cartilha – e direitinho. Do contrário, adeus benesses.

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Otaviano Burgos.
Otaviano Burgos.

O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo (DEM), não realizou a reforma administrativa prometida para dezembro passado, mas teve que exonerar Otaviano Burgos do cargo de diretor do Departamento de Tributos.

Nada a ver com uma decisão político-administrativa. O prefeito foi obrigado a acionar a caneta, por determinação do Ministério Público Estadual, que está jogando duro contra o nepotismo na gestão de Azevedo.

A exoneração foi assinada pelo chefe do Executivo ainda ontem à noite. Otaviano caiu porque responde diretamente ao secretário de Fazenda, Carlos Burgos. O sobrenome já indica parentesco, nepotismo. Trata-se do pai do exonerado.

Na prefeitura, ainda há a advogada Juliana Burgos, que comanda a Procuradoria-Geral do Município. Ela é filha do secretário e irmã de Otaviano. Mas Juliana, por decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, fica. Pelo menos, até segunda ordem. Leia mais sobre a exoneração no blog Políticos do Sul da Bahia.