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Helicoverpa causa prejuízos de aproximadamente R$ 1 bilhão no oeste baiano.
Helicoverpa causa prejuízos de aproximadamente R$ 1 bilhão no oeste baiano.

Uma espécie de lagarta está destruindo plantações de soja e algodão no oeste baiano e em quatro estados brasileiros. O ataque da lagarta Helicoverpa armigera, segundo o secretário estadual de Agricultura (Seagri), Eduardo Salles, é suspeito. A desconfiança das autoridades é de que a praga que já resulta em prejuízos de R$ 1 bilhão tenha sido introduzida nas lavouras baianas numa ação bioterrorista.
Por meio de sua assessoria, Salles disse que a suspeita de ação criminosa está sendo investigada pela Polícia Federal e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O caso foi discutido por autoridades, em Barreiras, neste fim de semana.
Além do municípios de Barreiras, São Desidério, Luís EduardoMagalhães, Baianópolis, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Correntina, Jaborandi e Cocos, na Bahia, a praga já se dissemina por plantações de soja e algodão nos estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná e Piauí.
Na reunião deste final de semana, produtores e autoridades sanitárias trataram de definir ações e regras para aplicar um produto, o Benzoato de Amamectina, inicialmente, em 10 propriedades atingidas na região.

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Timóteo em foto da Veja: bioterrorista e padrasto de Bruno.

O único réu-confesso da suposta disseminação criminosa da vassoura-de-bruxa no sul da Bahia, Luiz Franco Timóteo, voltou a ocupar espaço na mídia estadual e nacional. E por um motivo que nunca gostaria em sua vida. O administrador de empresas é casado com Sandra Cássia de Souza, mãe do goleiro Bruno, ex-atleta do Flamengo e acusado de mandar matar a ex-amante Eliza Samudio.
Hoje, Franco Timóteo apareceu em sites e redes de tevê ao lado de Luceli Alves de Souza, mãe de Sandra e avó de Bruno.
Com Sandra, Timóteo teve P., de 11 anos, e L.A., de 13, irmãos de Bruno. Os dois meninos são alvos de xingamentos e discriminação na cidade de Alcobaça, onde vivem.
O administrador de empresas disse que pretende enviar os meninos para a Suécia, para que vivam com uma tia médica no país europeu. Timóteo afirma que viu Bruno uma vez na vida, quando ele e a mãe se reconciliaram. Foi durante uma visita ao Rio de Janeiro, em julho do mês passado.

VASSOURA-DE-BRUXA

Franco Timóteo teve 15 minutos de fama em junho de 2006, quando apareceu na revista Veja confessando que ele e um grupo de petistas sul-baianos teriam introduzido o fungo da vassoura-de-bruxa no sul da Bahia, na segunda metade da década de 80.
A vassoura-de-bruxa dizimou plantações de cacau na região e afundou a economia sul-baiana. À época da confissão do “bioterrorista”, ele diz que os parceiros da atitude criminosa seriam os petistas Geraldo Simões (hoje deputado federal), Everaldo Anunciação (secretário de organização do PT baiano), Jonas Nascimento, Wellington Duarte e Eliezer Correia.
O caso foi investigado pela Polícia Federal e os acusados por Timóteo foram considerados inocentes por inexistência de provas. O inquérito correu na PF em Ilhéus e foi arquivado. Réu-confesso, Timóteo não chegou a ser preso.
A denúncia foi considerada uma arquitetação com fins políticos-eleitorais. A “bomba” da ação bioterrorista foi detonada a poucos meses da eleição de 2006. O principal alvo da denúncia, Geraldo Simões, acabou eleito deputado federal com 88.796 votos naquele ano.
Timóteo sumiu de cena após a polícia constatar vários furos na história e a omissão de nomes de pessoas na versão 2006 em relação ao que registrou em cartório no início da década de 90 passada. Mais de 20 anos depois, a região ainda sofre os efeitos da vassoura.