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Jogo duro, aquele. Ninguém queria se arriscar e a marcação era feita homem a homem. Jogo pra “pirão”, narravam Orlando Cardoso e Geraldo Santos. Era uma partida para ficar nos anais da Desportiva.

Walmir Rosário 

Quem não conheceu a tabelinha Pelé e Coutinho no auge do time do Santos Futebol Clube? Claro que todos os desportistas daquela época (décadas de 1950/60). Mas eu garanto que se não fosse o poder da mídia paulista e carioca, com suas emissoras de rádios potentes e com poderes de dominação cultural, essa dupla seria fichinha se comparada a que jogava pelo Botafogo de Rodrigo: Pedrinha e Mundeco.

Nada se comparava a essa espécie de irmãos siameses do futebol do bairro Conceição, em Itabuna, que fazia vibrar os torcedores do Botafogo, além dos gritos estridentes de Rodrigo, que ecoavam no campo da Desportiva a cada jogada da dupla. Essa tabelinha era tão importante para o time, que Rodrigo – após o último treino de apronto – tomava todas as precauções com a saúde dos dois atletas.

Na verdade, Rodrigo tratava Pedrinha e Mundeco com o desvelo de um pai – principalmente antes dos jogos –, dando orientações e conselhos. Como um psicólogo, tentava mergulhar numa análise do subconsciente de cada um deles, auscultando-os sobre as dores da alma e outros problemas que os afligiam cotidianamente.

Esses problemas nada mais eram do que as incursões que os dois faziam, na calada da noite, pelo jardim da Estação Ferroviária (hoje praça José Bastos) à “caça das gatas” (chamadas maldosamente de graxeiras, por serem empregadas domésticas). Para dar coragem de enfrentá-las, ambos não dispensavam umas doses de “verdinhas”, tomadas nos botecos da cabeceira da ponte velha.

Era aí que morava o perigo, e disso bem sabia o experiente Rodrigo Antônio dos Santos, que tinha a mesma habilidade ao cuidar de tipos frios e impressões de sua gráfica, como das escapadas noturnas de seus atletas. Afinal, nem por sonho poderia entrar para o jogo do Campeonato Amador da cidade, justamente contra o Flamengo, desfalcado dos seus meio campistas. Pedrinha e Mundeco eram os maestros que regiam a orquestra botafoguense.

E o receio de Rodrigo não era infundado. Véspera do jogo, nada de Mundeco comparecer ao treino das cinco da manhã, no campo da Desportiva. Mais tarde, após algumas diligências, o todo-poderosos presidente do Botafogo era informado da notícia que menos queria ouvir: Mundeco estava acamado com uma forte gripe contraída nas noites de sereno embaixo dos pés de fícus do jardim da Estação.

Domingo, após lamentar a terrível baixa, o time do Botafogo se dirige à Desportiva para enfrentar seu mais ferrenho adversário, o Flamengo, que acabara de contratar quatro novos jogadores e prometia se vingar da última derrota sofrida pelo rival da “Abissínia”, como chamavam pejorativamente o bairro Conceição.

Jogo duro, aquele. Ninguém queria se arriscar e a marcação era feita homem a homem. Jogo pra “pirão”, narravam Orlando Cardoso e Geraldo Santos. Era uma partida para ficar nos anais da Desportiva.

Aos quarenta e quatro minutos do segundo tempo, Pedrinha, que até então não tinha acertado uma – era impossível jogar sem seu parceiro de tantos anos –, descobre o centroavante Danielzão na grande área e lança a bola. O centroavante matou a redonda no peito e, na hora de mandar a bomba, recebeu uma tesoura voadora do zagueiro flamenguista. Pênalti! Apitou o árbitro. Finalmente a pátria alvinegra estaria salva.

Silêncio total na velha Desportiva. De longe, Rodrigo grita:

– É sua, Pedrinha, bata esse pênalti – autorizou.

Bola na marca do pênalti. Todas as duas torcidas na expectativa e o árbitro finalmente trila o apito. Pedrinha se encaminha para a bola e chuta. Todos acompanham a trajetória da bola e, pasmem, ela faz uma curva parabólica ao contrário e se encaminha para o morrinho onde hoje está localizada a Igreja de Santa Maria Goretti.

Ninguém entendeu nada, era impossível Pedrinha errar o gol, já que uma de suas marcas era chutar colocado. Poderia, no máximo, o goleiro pegar, mas errar daquele jeito, nunca. Recomeça o jogo e o árbitro apita final de partida. Um raquítico zero a zero que não interessava a nenhuma das duas equipes. Rodrigo entra em desespero e, no vestiário, entre lamentos e palavrões cobra explicações ao seu craque.

Passada a aflição, Pedrinha enfim, pode se explicar. Ao se encaminhar para a bola e bater o pênalti, ele ouve o sinal característico do seu parceiro Mundeco pedindo o passe, com aquela tossidela combinada. Aí então ele não contou conversa, passou a bola para o seu parceiro de tabelinhas. Para quem não conheceu a dupla, o que aconteceu foi o seguinte: como Mundeco estava gripado, foi assistir ao jogo do morro da igreja, seu local preferido. Ao vir descendo a ladeira, uma irritação na garganta o fez tossir. Aquele hã-hã característico foi o suficiente para que Pedrinha atendesse ao sinal combinado do seu parceiro.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado, além de editar o Blog Walmir Rosário.

Sport vence e rebaixa o Botafogo
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Jogando no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, na noite desta sexta-feira (5), o Botafogo perdeu de 1 a 0 para o Sport. Com isso, tornou-se o primeiro rebaixado para segunda divisão. A derrota deixou o Alvinegro carioca com 24 pontos, na lanterna da Série A do Campeonato Brasileiro de 2020.

Com a vitória, o Sport chegou aos 38 pontos e saltou para a 14ª colocação. O resultado do time pernambucano jogou o Bahia para zona de rebaixamento. Com um ponto a menos que o Vasco, o Tricolor baiano já não depende mais de si para escapar da segunda divisão.

Neste sábado (6), o Bahia recebe o Goiás pela 35ª rodada do Brasileirão, na Arena Fonte Nova, em Salvador. A partida será às 19h. Além de necessitar da vitória, o Tricolor ficará ligado no jogo entre Fortaleza x Vasco, que também brigam para escapar da segunda divisão. Os cariocas têm 38 pontos e os cearenses somam 37.

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De minha parte, acho que valeram as orações feitas, não tanto por ele, por estar abilolado, mas pelas gozações que por certo seriam a mim impostas pelos colegas de Beco e outros refúgios etílicos existentes Itabuna afora.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Dudu Rocha…quem diria… foi parar na Gávea. Torcedor apaixonado pelo Botafogo, cansado com as perdas de decisões, Dudu devolve a faixa de campeão e resolve torcer pelo inimigo. A notícia me deixou perplexo. Após ler e reler a missiva, sem acreditar no que via, resolvi levar ao conhecimento dos amigos esportistas, torcedores diversos, até onde chega o pensamento humano. Calma, eu explico:

Do amigo, parceiro de Alto Beco do Fuxico e torcedor do Fogão, como eu, Dudu Rocha, recebo a seguinte missiva:

“Amigo Walmir:

Cansei!!!

Do amigo e ex-Bota

Dudu Rocha

29.05.08

Ainda pasmo e sem entender nada, eu lia e relia o texto enviado e o novo endereço do remetente escrito no verso do envelope:

Rem: Dudu Rocha

Novo endereço: Gávea

Confesso que levei um terrível susto e somente consegui me recuperar de tamanho choque após umas três doses da mais legítima Rio de Engenho, pois a cachaça se apresenta como um remédio providencial para essas coisas, mormente quando o assunto mexe com o coração.

Nem eu nem qualquer vivente frequentador assíduo ou não do Alto (Médio ou Baixo) Beco do Fuxico conseguiria assimilar tal tresloucado gesto, tomado de uma hora para outra. Ninguém, de sã consciência, teria coragem de acreditar numa história como essa, ainda mais se tratando de um torcedor de quatro costados, filho da fina-flor da mais tradicional família Rocha, todos botafoguenses, batizados e crismados com a camisa da estrela solitária ao peito.

Na tentativa de me refazer do susto, imediatamente liguei para amigos mais chegados, para repartir esse momento de infortúnio. Precisava saber se tudo não passava de um sonho, de um profundo pesadelo. De início, liguei para José Senna, flamenguista empedernido, capaz de abandonar qualquer farra nos bares da moda em Copacabana para assistir a uma partida do seu Flamengo no Maracanã.

Não precisa contar que a primeira reação de Sena foi achar que eu estava com febre, delirando, e disse na em cima da bucha:

– Ora, Rosário, está de porre, que cachaça brava foi essa que você tomou. Se não for cana, ficou maluco – gritou ao celular.

Mais calmo, após as devidas explicações sobre o bilhete e a faixa a mim entregue, passou à ofensiva:

– Bom, diga a ele que em princípio nós aceitamos, mas é preciso passar pelo conselho, já que ele era useiro e vezeiro em ridicularizar nosso time. Vou conversar com a diretoria lá no Rio, depois veremos. Mas pode ter certeza que a decisão será dada em alto estilo, numa assembleia extraordinária da Confraria do Alto Beco do Fuxico – prometeu.

Não satisfeito, liguei, desta vez para um vascaíno, o Paulo Fernando Nunes da Cruz (Polenga), que dentre os feitos futebolísticos traz assinalado em seu currículo o mérito de ter levado o polêmico Eurico Miranda no Alto Beco do Fuxico, quando era presidente do clube de São Januário. No Beco, mais exatamente no bar de Parente [Alcides Rodrigues Roma], provou três doses de Angélica, devidamente curada, e para arrematar ainda participou de cerca de 18 garrafas de Brahma bem gelada.

Mas voltando ao assunto, que é o que interessa, Polenga ficou injuriado com a proposta de Dudu Rocha de se transferir de mala e cuia para o Flamengo, um time com as cores vermelho e preto.

– Quem já viu isso, seu Walmir, se pelo fosse para o Vasco, que é branco e preto como o Botafogo, ainda vai lá! Isso é uma heresia. Desde que Dudu deixou Itabuna para ir morar em Ilhéus que estou desconfiando que ele não está batendo bem da cabeça –, diagnosticou Polenga, com ar proeminentemente professoral.

De lá pra cá, mais não se teve notícia de Dudu Rocha, que deixou de vir a Itabuna, pra saudade dos colegas do Beco. Tampouco José Senna deu resposta de sua reunião com o tal Conselho do Flamengo, no Rio de Janeiro, ficando o dito pelo não dito. O que é certo é que nenhuma assembleia extraordinária da Confraria do Alto Beco do Fuxico foi convocada.

Como não tive coragem de apresentar a proposta de Polenga a Dudu Rocha, também não sei se ele teve coragem de cometer o tão tresloucado gesto, desprezando General Severiano e o Engenhão, para se bandear para as acanhadas acomodações da Gávea, infestada de urubus.

Acredito que quem não deve estar em paz é o velho Dunga, seu pai, que nunca pensou ter alguém em sua família capaz de cometer tamanho sacrilégio. De minha parte, acho que valeram as orações feitas, não tanto por ele, por estar abilolado, mas pelas gozações que por certo seriam a mim impostas pelos colegas de Beco e outros refúgios etílicos existentes Itabuna afora.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Bahia vence o Botafogo em Salvador|| Foto Jhony Pinho/AGIF
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Com um pênalti convertido por Rodriguinho, aos 53 minutos da etapa final, o Bahia venceu o Botafogo por 1 a 0, na noite deste domingo (8), na Arena Fonte Nova, em Salvador. Com o resultado, o Tricolor chega ao 14º lugar do Campeonato Brasileiro, com 22 pontos. Já time Carioca caiu para a 17ª posição e está na zona de rebaixamento da competição, com 20.

Uma partida bem estudada nos primeiros 20 minutos, com equilíbrio na posse de bola e poucas finalizações para ambos os lados. Depois, o Bahia se soltou e chegou em chute de Elias aos 24, que passou por cima do gol. O Botafogo respondeu logo na sequência com Bruno Nazário, que recebeu de Matheus Babi na entrada da área, ajeitou e mandou rente à trave, levando muito perigo ao time da casa.

O Tricolor voltou ao ataque aos 37, em cabeceio de Lucas Fonseca para o chão, como recomenda o manual. A bola tinha endereço, mas Saulo foi buscar no cantinho.

GOL ANULADO PELO VAR

O Bahia chegou a abrir o placar aos 43: Fessin recebeu de Nino Paraíba e chutou na zaga. Na sobra, ele cabeceou e o goleiro acabou colaborando. No entanto, a arbitragem revisou o lance e anulou a jogada por falta de Nino Paraíba na construção do lance.

Na segunda etapa, o Bahia começou tentando empurrar o Botafogo no campo de defesa e teve uma boa quantidade de finalizações, mas levou pouco perigo. As duas equipes também reclamaram de pênaltis, mas a arbitragem mandou seguir.

Gilberto teve boa chance aos 35 minutos, mas a bola passou à esquerda do goleiro. O jogo se encaminhava para um 0 a 0 morno, mas o Tricolor baiano teve um pênalti a seu favor marcado aos 49 do segundo tempo: o centroavante do Bahia tentou chutar e a bola desviou no braço de Marcelo Benevenuto. Na cobrança, Rodriguinho tirou de Saulo e sacramentou a vitória.

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Para evitar as derrotas frequentes, apesar de ter formado uma grande equipe, contrataram um décimo terceiro jogador, de apelido estranho: VAR, o tal árbitro assistente de vídeo, que constantemente livra o time das derrotas.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Por mais que eu goste de alguns amigos flamenguistas, não posso me furtar de lembrar as grandes goleadas aplicadas pelo Botafogo no Flamengo, que jamais serão apagadas da história do futebol. Em 10 de setembro de 1944 – prestes a completar 75 anos, portanto – o clássico disputado pelo Campeonato Carioca, em General Severiano, não acabou. Isso porque os jogadores do Flamengo, ao tomarem o quinto gol sentaram em campo.

Peço perdão pela lembrança aos meus amigos José Senna, Tolentino, Batista, dentre outros, mas não podemos deixar fato como esse apenas nos arquivos de jornais da época, pois não sou baú para guardar segredo. E olha que já vencemos o Flamengo por placares mais elásticos, como no Campeonato Carioca 1927, quando o Botafogo atropelou o Flamengo pelo placar de 9 a 2, na Fase única do certame.

Outros botafoguenses não abrem mão da partida em que o Botafogo venceu com facilidade o Flamengo por 5 a 0, no estádio General Severiano, na Fase 1º Turno do Campeonato Carioca 1924. Outro jogo famoso foi aquela goleada por 6 X 0, em 15 de novembro de 1972, em que os flamenguistas do famoso Canal 100 jogaram fora o filme com vergonha de tamanha derrota.

Mas o lendário Jogo do Senta, que hoje tem poucas testemunhas, embora esteja registrado nos anais da história, como já disse, deixou os flamenguistas acabrunhados, pois após o time sofrer o quinto gol, do atacante alvinegro Geninho (depois técnico), os jogadores do Flamengo se sentaram em campo. E a desculpa ridícula do protesto teria sido a marcação do quinto gol.

Como acontece até os dias atuais, os jogadores do Flamengo reclamam de tudo e de todos, e naquele fatídico dia 10 de setembro de 1944 não foi diferente e partiram pra cima do árbitro tentando intimidá-lo a anular o tento. Como o árbitro Aristide “Mossoró” Figueira sustentou o apito e os flamenguistas se sentaram em campo, apesar dos protestos do seu treinador, Flávio Costa. Há quem afirme que a ordem teria partido dos dirigentes flamenguistas.

Enquanto os jogadores rubro-negros protagonizavam a ridícula cena, os torcedores do Bota provocaram os atletas flamenguistas, gritando: “Senta para não apanhar de mais”. Nesta partida, o segundo tempo terminou aos 31 minutos, quando o juiz decidiu encerrar o jogo por atitude antidesportiva. Os dirigentes do Flamengo recorreram ao Tribunal de Penas da Federação Carioca, mas o resultado do campo (5 a 2) foi mantido.

E esse tipo de comportamento antidesportivo é prática useira e vezeira no Flamengo, que perde em campo e não se conforma, buscando a pretensa vitória nos tribunais, o que nem sempre acontece. Recentemente, recorreu até o Supremo Tribunal Federal (STF) por um título de campeão brasileiro, com mais uma derrota no tapetão, após sucessivas decisões em várias instâncias.

E essa pendenga vem rolando desde 1987, quando em mais uma lambança, o Flamengo se recusou a jogar contra o Sport pernambucano. Na ocasião, o Flamengo venceu a Copa União, mas a CBF mandou jogar a semifinal com Inter (segundo colocado), Sport e Guarani (que venceram o Módulo Amarelo). Flamengo e Inter se negaram a disputar os duelos. Assim, o Sport venceu o Guarani e acabou sendo considerado campeão.

E as proezas do Flamengo continuam tão em voga, que se escondem depois do resultado adverso e da perda dos campeonatos, o famoso cheirinho, como costumam “gozar” os adversários. Para evitar as derrotas frequentes, apesar de ter formado uma grande equipe, contrataram um décimo terceiro jogador, de apelido estranho: VAR, o tal árbitro assistente de vídeo, que constantemente livra o time das derrotas.

Mas voltando aos 5 X 2 de 10 de setembro de 1944, esse jogo foi relatado pelo jornalista Paulo Cézar Guimarães no livro “Jogo do Senta: a verdadeira origem do chororô”. O lançamento, como era de se esperar, foi realizado na sede do Botafogo, em General Severiano. Nada melhor para marcar o polêmico jogo e resgatar detalhes daquela partida. Mais uma vez, peço desculpas aos flamenguistas, mas só pela lembrança.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Bahia bate o Coritiba, em Pituaçu, e agora espera o Bragantino || Foto Felipe Oliveira EC Bahia
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O Bahia estreou com o pé direito no Brasileirão 2020 ao derrotar o Coritiba, por 1 a 0, nesta quarta-feira (12), no Estádio de Pituaçu, em Salvador. Numa cavadinha em cobrança de pênalti, o Tricolor deu números finais ao placar ainda no primeiro tempo, com Rodriguinho.

A equipe volta a campo, no próximo domingo (16), para enfrentar o Red Bull Bragantino, novamente no Estádio de Pituaçu. A equipe de Bragança Paulista empatou nos dois primeiros jogos pelo Brasileirão. No domingo, 1 a 1 contra o Santos. Hoje, repetiu o placar, desta vez contra o Botafogo (RJ).

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Caso seja bafejado pela sorte, ou quem sabe, a técnica, defendendo sua retaguarda, é aplaudido efusivamente pelos torcedores de sua equipe e xingado pela torcida adversária. Se não foi feliz na sua intervenção, “a casa cai” e imediatamente ganha, no mínimo, a alcunha de frangueiro

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Não sei como surgiu a homenagem aos goleiros, comemorada em todo o mundo no dia 26 de abril. Goleiro é uma das posições que não admitem falha, pois no futebol é o gol quem “manda” e quem marca mais ganha o jogo, o turno, o campeonato. Goleiros bons já tivemos à mancheia, embora os milhões de comentaristas brasileiros sempre disseram que eles não sabiam sair das quatro linhas como os europeus.

Na seleção canarinho sempre foi motivo de amor e ódio. Que o diga o goleiro da Copa de 50, Barbosa, que tomou os dois gols do “Maracanaço”, marcado para sempre e morreu com esse desgosto. Dizem até que o lugar do goleiro – embaixo dos três paus – é tão amaldiçoado que não nasce grama. As diferenças entre o goleiro e os atacantes são abissais e ninguém enfarta caso um atacante perca um gol, mas morre se o goleiro toma.

Marcadas as diferenças, alguns goleiros sabem se impor e conseguem fazer história nos times por que passam – com raríssimas exceções – e na Seleção Brasileira, outros não conseguem essa proeza. Guarda-redes, goalkeeper, arqueiro ou simplesmente goleiro é aquele que consegue fazer voos sensacionais para tirar, com a ponta dos dedos, a bola da direção do gol, se jogar nos pés do atacante, calcular o lado certo da batida da falta ou do pênalti.

Caso seja bafejado pela sorte, ou quem sabe, a técnica, defendendo sua retaguarda, é aplaudido efusivamente pelos torcedores de sua equipe e xingado pela torcida adversária. Se não foi feliz na sua intervenção, “a casa cai” e imediatamente ganha, no mínimo, a alcunha de frangueiro e perde a admiração da torcida e a confiança do treinador e dos cartolas do clube, mesmo sendo o petardo disparado pelo adversário indefensável.

Neste domingo (26), Dia do Goleiro, fiz questão de homenagear o arqueiro Manga, que sabia se colocar em frente da trave como ninguém. No Botafogo foi Campeão Carioca em 1961, 1962, 1967 e 1968, Taça Brasil de 1968, Rio-São Paulo de 1962, 1964, 1966. Já que falei de estatística, pelo Botafogo jogou 442 partidas e sofreu 394 gols. Também jogou 12 partidas pela Seleção Brasileira.

Manga em ação defendendo o Botafogo (RJ)

Pelo Botafogo passaram grandes goleiros, com os quais me identifiquei bastante, mas Manga sempre foi especial pela sua presença e firmeza na pequena área e impunha respeito ao abrir “as asas” e deixar o atacante perdido, sem saber o que fazer. Melhor, ainda, quando o próximo jogo era contra o Flamengo e ele não perdia a esportiva ao dizer que tinha recebido o “bicho” pela vitória antes mesmo do jogo.

Já Maurício Duarte, ex-jogador profissional de grandes equipes brasileiras (Botafogo, inclusive), radialista, comentarista de futebol, amigo de excelente caráter, homenageou o goleiro Laércio, do Itabuna. E a homenagem foi prestada em tempo certo a uma pessoa que não mais se encontra entre nós e fez história no Itabuna Esporte Clube e em Itabuna, chegando a ser o xodó da torcida pelas grandes atuações dentro e fora do campo.

Itabuna sempre foi pródiga em bons goleiros desde os tempos do futebol amador – Fluminense, Flamengo, Grêmio, Janízaros, Bahia, Itabuna, Corinthians e Botafogo, este com um fato inusitado: o goleiro Danielzão mais tarde trocou de posição e passou a jogar como centroavante. Esses mesmos goleiros dos clubes defenderam com mãos de ferro a Seleção de Itabuna, vencedora do Intermunicipal por oito anos seguidos: Octacampeã.

Desfilaram em baixo dos três paus da seleção itabunense os goleiros Carlito, Asclepíades, Ivanildo, Plínio, Luiz Carlos, Betinho, dentre outros, que escreveram seus nomes da história do futebol itabunense. Goleiros que defendiam bolas impossíveis e se atiravam nelas como um esfomeado em busca de um prato de comida, para não deixar de citar a rica e bela gíria futebolística, além dos altamente técnicos.

É uma justa homenagem a um profissional – antes amador – que destoa dos colegas de equipe desde pequeno, por ser raro os que têm o sonho de ser goleiro e lutam para isso nos babas e escolinhas de futebol. Não raro, os goleiros são descobertos por serem aqueles que não têm talento para jogar na zaga, meio do campo e ataque e são escalados nos babas como goleiro, posição pouco disputada nos campinhos.

Por isso e tudo isso, minhas homenagens aos goleiros do Brasil e do mundo. Vai que é sua, Tafarel!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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O Colo-Colo é lanterna da série B do Baiano|| Foto Pablo Brandão

A partida entre Colo Colo e Teixeira de Freitas pela série B do Campeonato Baiano foi antecipada de domingo (8) para sábado (7). A mudança na data do confronto foi feita pela Federação Bahiana de Futebol, que atendeu a um pedido da diretoria da equipe de Ilhéus.  Com a alteração,  o jogo do tigre não terá a concorrência de decisões de campeonatos estaduais, principalmente das partidas entre Vitória x Bahia, Vasco x Botafogo e Palmeiras x Corinthians, que serão às 16 horas de domingo.
A partida do Colo Colo contra o Teixeira de Freitas será às 15 horas de sábado, no estádio Mário Pessoa. O time de Ilhéus é o lanterna da série B do Baiano, com apenas um ponto em quatro partidas. Por causa dos resultados ruins, o técnico Ferreira foi demitido no último domingo. Enquanto o Colo Colo está em crise, o Teixeira de Freitas é segundo colocado, com três pontos a menos que o Conquista, o líder isolado da competição.

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dt-chargeDaniel Thame | Blog do Thame

Na antológica abertura de Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez, Aureliano Buendia, diante do pelotão de fuzilamento, lembra o fascinante e distante dia em que o pai lhe apresentou o gelo, maravilha da humanidade naquele rincão perdido nos confins da Colômbia.

A narrativa é antológica, sinalizando o que o mundo conheceria e admiraria como o realismo fantástico de Gabo.

Na já antológica noite de 23 de agosto de 2017, um colombiano menos famoso chamado Orlando Berrío nos reapresentou a algo que estava perdido nos desvãos da memória de um futebol que era jogo, mas também era poesia: a magia do improviso, do drible desconcertante que destrói um esquema mecânico, monótono e previsível.

Flamengo e Botafogo faziam um daqueles jogos modorrentos, típicos do futebol atual, em que o importante é se defender e se der, ou quando der, atacar. Meio de campo congestionado, goleiros sem serem incomodados e o indefectível cheiro de 0x0.

E eis que no ex-Templo do Futebol, hoje mais um exemplo do tributo ao deus corrupção, o Maracanã foi apresentado ao gelo.

Como se Garrincha, numa dessas molecagens do destino, resolvesse reencarnar por um átimo de segundo no estádio onde foi rei e menino travesso, e trazer um pouco de luz naquela escuridão de futebol.

O drible de Berrío!
O drible de Berrío!
E, noutra trapaça do destino, reencarnar no time errado, botafoguense que foi, e ainda por cima num colombiano com pinta de milongueiro e estampa de dançarino de tango. Ou de cumbia. Ou seria de samba? Orlando Berrío.

Berrío estava pronto para ser substituído e recebeu uma bola na lateral. Lance comum.

Ninguém no Maracanã esperava nada da jogada e o próprio Berrío poderia ter se livrado na bola e saído de um jogo do qual ninguém se lembraria daqui a uma semana.

Mas Berrío (Garrincha?) produziu o lance a ser lembrado daqui a Cem Anos (de Solidão). Um drible tão desconcertante quando indescritível, que resultou no passe perfeito para o gol da vitória.

Filho, eis o Gelo!

Maravilhem-se todos, pois esse é um daqueles raros momentos que vão para a eternidade.

O divino, o imponderável, o fantástico, o genial, a irreverência gerados num pedacinho de gramado transformando em latifúndio.

Meninos eu vi, dirão daqui pra frente os que estiveram no Maracanã. E os que não estiveram, testemunhas multiplicadas aos milhões. Macondo é o universo.

Aproveitemos o gelo.

Congela, eterniza a imagem.

O resto, o gol, a vitória, a classificação do flamengo para a decisão da Copa do Brasil contra o Cruzeiro são meros detalhes.

Eterno é Berrío, numa obra de arte que Gabo assinaria.

Maracanã, Macondo.

Na magia de um drible esse mundo de merda ainda pode ser uma alegre Bola de Futebol.

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Foto Felipe Oliveira/EC Bahia
Foto Felipe Oliveira/EC Bahia

O Bahia enfiou 3 a 0 no Vasco, neste domingo (20), na Fonte Nova, em Salvador, apoiado na velocidade do artilheiro Mendoza, que fez dois gols. A agilidade do jogador tricolor fez a torcida apelidá-lo, rapidamente, de “Bolt”, numa referência à lenda do atletismo mundial, o jamaicano Usain Bolt, o maior velocista de todos os tempos.  

Com a vitória de hoje, o Bahia chega aos 26 pontos, passando à 12ª colocação no Brasileirão 2017, enquanto o cruzmaltino cai uma posição, para 16º, com 25. Na próxima rodada, o Vasco pega o Flu, no Rio, sábado (26), às 16h. Já o Bahia, encara o Botafogo, na Fonte Nova, às 16h do domingo (27). 

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A vitória diante do Criciúma, ontem (20), aumentou as chances de o Bahia subir para a elite do futebol nacional, de acordo com cálculos de matemáticos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Hoje, a probabilidade do Esquadrão subir para a Série A 2016 é de 65,3%.

O Vitória, com 56 pontos – dois a mais que o Bahia, tem 92,3% de chances de retornar à elite. Situação melhor só a do Botafogo, líder da competição com 59 pontos. A probabilidade da Estrela Solitária subir foi cravada em 99,04% pelos matemáticos.

Os cálculos levam em conta fatores como pontuação e adversários. Quatro times sobem para a divisão de elite.

Chama a atenção que, dos 10 times com chances de subir para a Série A, cinco sejam do Nordeste, região que, atualmente, tem apenas o Sport Recife como representante na principal divisão do futebol nacional.

(Fonte UFMG)
(Arte A Tarde / futeFonte UFMG)
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O Vitória perdeu por 4 a 0 para o Flamengo, em Manaus, hoje (29), permaneceu na Zona de Rebaixamento e mais próximo da queda para a Série B do Brasileiro de Futebol. Com 38 pontos, o rubro-negro baiano está na 17ª colocação. Apesar da derrota, o time baiano ainda pode permanecer na Série A, a depender dos resultados da última rodada, quando o Vitória enfrentará o Santos, no Barradão.
Antes da sapecada do Flamengo, o Palmeiras perdeu para o Inter por 3 a 1, o que deixou o time paulista apenas um ponto acima dos demais que compõem a Zona de Rebaixamento. Enquanto o Verdão tem 39 pontos, o Vitória aparece com 38, o Bahia tem 34 e o Botafogo soma 33.
Bahia e Botafogo ainda têm dois jogos pela frente (entram em campo neste domingo).  O Tricolor de Aço terá o Grêmio pela frente nete domingo, na Fonte Nova, às 18h30min (horário local). O Botafogo pega o Santos, na Vila Belmiro, às 16h.

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O Bahia derrotou o Botafogo por 3 a 2, em pleno Maracanã, nesta quarta (17). Com o triunfo, o Esquadrão de Aço deixou a Zona de Rebaixamento, para a qual empurrou o time carioca. E, de quebra, deixou o Vitória segurando a lanterninha, mesmo após o rubro-negro vencer o Fluminense (veja aqui).
O jogador Emerson, do Botafogo, abriu o placar aos 30 minutos. O empate não tardou. Vacilo da defesa botafoguense ao tentar cortar cruzamento. A bola morreu no fundo da rede em toque de Dankler: 1 a 1.
O time carioca passou novamente à frente em cobrança de pênalti de Emerson, aos 42 minutos. O empate do Bahia veio em lance com Bianchucci, aos 28 minutos do segundo tempo, quando o Fogão já estava com dois jogadores a menos (Emerson Sheik e Ramirez foram expulsos).
A vitória nasceu em jogada pela esquerda. Branquinho recebeu na grande área e bateu no canto de Jeferson. Sem chance. 3 a 2.
Agora, o Bahia retorna para Salvador, onde, no domingo, enfrentará o arquirrival Vitória, na Fonte Nova. O Botafogo enfrentará o Criciúma, no sábado, no Heriberto Hülse. Confira os lances da partida em vídeo abaixo:

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O Vitória conseguiu arrancar empate diante do Botafogo, em Macaé (RJ). Bem na estreia do técnico Jorginho, 1 a 1, na casa do adversário. O resultado deixou o rubro-negro em situação difícil neste início de Brasileirão: com seis pontos, está em 15º lugar e bem próximo da Zona de Rebaixamento. O Botafogo, com cinco, está na “zona”.
O Vitória volta a jogar na próxima quarta-feira (28), contra o Goiás, às 21h, no Serra Dourada. O Botafogo enfrentará o Palmeiras, também na quarta, às 19h30min, fora de casa. Confira os gols da partida de hoje.

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Fla, de Hernane, derrota o Botafogo e conquista taça (Lancenet).
Fla, de Hernane, derrota o Botafogo e conquista taça (Lancenet).

O Flamengo acaba de conquistar a Taça Guanabara ao derrotar o Botafogo, por 2 a 0, e garantir a melhor campanha da fase de classificação para as semifinais do Campeonato Carioca.
Os gols foram marcados pelo baiano Gabriel, no primeiro tempo, e o lateral direito reserva Léo, no finalzinho do jogo, no Maracanã.
Com a melhor campanha da fase de classificação (33 pontos em 13 jogos), o Fla enfrentará o quarto colocado na próxima fase. O título da Taça Guanabara foi conquista por antecipação. O time ainda terá duas partidas nesta primeira fase.