Câmara aprova novas regras para seguro obrigatório || Foto Jóedson Alves/ABr
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A Câmara dos Deputados aprovou projeto que reformata o seguro obrigatório de veículos terrestres, mantendo com a Caixa a gestão do fundo para pagar as indenizações. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 233/23, do Poder Executivo, será enviado agora ao Senado.

O texto foi aprovado na forma de um substitutivo do relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que retoma o pagamento de despesas médicas de vítimas de acidentes com veículos; e direciona entre 35% e 40% do valor arrecadado com o prêmio do seguro pago pelos proprietários de veículos aos municípios e estados onde houver serviço municipal ou metropolitano de transporte público coletivo.

Desde 2021, a Caixa opera de forma emergencial o seguro obrigatório após a dissolução do consórcio de seguradoras privadas que administrava o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos (Dpvat), mas os recursos até então arrecadados foram suficientes para pagar os pedidos até novembro do ano passado.

Com a nova regulamentação, será possível voltar a cobrar o seguro obrigatório. Os prêmios serão administrados pela Caixa em um novo fundo do agora denominado Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (Spvat).

PAGAMENTOS SUSPENSOS

Devido aos pagamentos suspensos do Dpvat por falta de dinheiro, os novos prêmios poderão ser temporariamente cobrados em valor maior para quitar os sinistros ocorridos até a vigência do Spvat.

Os valores para equacionar o déficit do Dpvat serão destinados ao pagamento de indenizações, inclusive decorrentes de ações judiciais posteriormente ajuizadas, para provisionamento técnico e para liquidar sinistros e quitar taxas de administração desse seguro.

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Lula passa comando da Caixa para o Centrão de Lira || Foto Marcello Camargo/ABr
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva trocará o comando da Caixa Econômica Federal. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (25), pelo Palácio do Planalto, após reunião de Lula com a presidenta do banco, Rita Serrano. O economista Carlos Antônio Vieira Fernandes assumirá o cargo.

De acordo com a nota da Secretaria de Comunicação, o presidente agradeceu o trabalho e dedicação de Rita nesses meses à frente da Caixa. Em sua gestão, foram inauguradas 74 salas de atendimento para prefeitos em todo o país, cumprindo um compromisso de campanha de Lula, de criar espaços de diálogo com os gestores locais.

“Serrano cumpriu na sua gestão uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio”, diz a nota.

“O governo federal nomeará o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência do banco, dando continuidade ao trabalho da Caixa Econômica Federal na oferta de crédito na nossa economia e na execução de políticas públicas em diversas áreas sociais, culturais e esportivas”, acrescentou.

INDICAÇÃO DO CENTRÃO

O nome de Ferreira é ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e a troca acontece em meio ao movimento do governo de ampliar sua base de apoio no Congresso Nacional. Nesse mesmo sentido, no mês passado, os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumiram os ministérios do Esporte e dos Portos e Aeroportos, respectivamente.

Fernandes é servidor de carreira da Caixa e presidiu o Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa. O economista também teve cargos no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Comissão do Senado aprova projeto que prorroga desoneração || Foto Lula Marques/ABr
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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (24), em caráter de urgência, o Projeto de Lei (PL) 334/23, que prorroga por quatro anos a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia. 

No texto aprovado, o relator Angelo Coronel (PSD-BA) rejeitou as alterações feitas pela Câmara dos Deputados – estratégia adotada para evitar o pedido de vista apresentado pelo líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA).

A proposta reduz a alíquota da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento de 20% para 8% em cerca de 3 mil municípios do país. Na versão alterada pela Câmara, a desoneração da folha substituiria a contribuição previdenciária patronal, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.

Inicialmente, o relator havia optado por acatar as mudanças promovidas pela Câmara. No entanto, após pedido de vista do líder do governo, o relator voltou atrás e resolveu apresentar o texto original, do Senado.

A estratégia foi adotada porque, pelo regimento interno, só seria possível pedido de vista caso o relator apresentasse o texto com as alterações feitas pela outra casa.

Os 17 setores beneficiados são os de calçados, call center, comunicação, confecção/vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação (TI), tecnologia de comunicação (TIC), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

A expectativa do legislador ao desonerar tais setores é a de que, com a medida, estes ampliem a contratação de pessoal.

IPEA

Um artigo publicado em setembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) alertou que os 17 setores beneficiados com a desoneração de contribuições previdenciárias da folha de pagamento não são os que mais empregam e não figuram entre os campeões de criação de trabalho com carteira assinada nos últimos 10 anos.

A política de desoneração foi criada em 2011 como forma de cobrar menos imposto de empresas de setores específicos, tidos como maiores empregadores. Em vez de pagar 20% de Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) relativo aos funcionários com carteira assinada, as empresas beneficiadas puderam optar pelo pagamento das contribuições sociais sobre a receita bruta com alíquotas de 1% a 4,5%. Informações d´Agência Brasil.

Indígenas fecham rodovia nas imediações de Olivença || Foto Redes Sociais
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Indígenas da etnia Tupinambá bloquearam a BA-001, na altura de Olivença, em Ilhéus, nesta terça-feira (30). Eles protestam contra o Projeto de Lei 490/2007, que encampa a tese do marco temporal para restringir e revisar a demarcação de terras indígenas em todo o País. O PL pode ser votado hoje pela Câmara dos Deputados, que já provou urgência para sua tramitação. Atos como o do litoral sul ilheense são realizados em outras cidades brasileiras.

O PL é relatado pelo deputado federal Arthur Maia (UB-BA), que é a favor da mudança que, se aprovada, restringirá a demarcação de terras indígenas àquelas ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, quando a Constituição Federal foi promulgada. Caso avance, a medida poderá suscitar questionamentos sobre a validade de demarcações homologadas após aquele ano.

A proposta é patrocinada pela Banca Ruralista, sob a batuta de seu membro mais ilustre, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Maia e Lira já afirmaram que o PL 490/2007 deve ser votado hoje, assim como a medida provisória por meio da qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reformulou a estrutura administrativa do Governo Federal, no início deste ano.

O relator do texto da MP é o deputado Isnaldo Bulhões, do MDB de Alagoas. Aliado do presidente da Câmara, uma das mudanças que ele tem em vista é a retirada da prerrogativa da demarcação de terras indígenas do Ministério dos Povos Indígenas, com a volta dessa atribuição ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Enquanto isso, perto do sítio histórico do Massacre do Cururupe, de 1559, quando indígenas foram encurralados e executados pelas tropas do então governador-geral da Bahia, Mem de Sá, quase cinco séculos depois, na linha de frente do bloqueio na rodovia, homens e mulheres tupinambá exibem uma faixa com mensagem ao Estado brasileiro: “nossa história não começa em 1988”.

Menezes: enfermeiros querem ver o piso pago a partir de maio || Foto Vinicius Loures/CD
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Na expectativa da assinatura, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do projeto de lei que assegura recursos para o piso salarial da enfermagem, representantes da categoria lotaram audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados sobre o assunto, nesta terça-feira (18).

Há a expectativa de que o presidente assine o PLN hoje. Na Câmara, os enfermeiros reivindicaram celeridade nas próximas etapas do processo. Primeiro, a aprovação do PLN e, em seguida, a edição da portaria do Ministério da Saúde sobre como o dinheiro vai chegar na conta dos profissionais de saúde, além da derrubada da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) impedindo a adoção do piso.

Aprovado em agosto de 2022, o piso da categoria é de R$ 4.750 por mês. A Lei nº 14.434/2022 também estabeleceu remuneração mínima de técnicos de Enfermagem, que passarão a receber R$ 3.325,00 (70% do piso da Enfermagem), e de auxiliares e parteiras, que terão piso de R$ 2.375,00 (50%).

CAMINHO LEGISLATIVO

O representante do Conselho Federal de Enfermagem, Daniel Menezes, explicou o caminho que ainda precisa ser percorrido a partir da assinatura da proposta pelo presidente da República.

“A gente precisa que ela seja aprovada na sessão do Congresso, então ela tem que passar na sessão da CMO (Comissão Mista de Orçamento). Existe um compromisso, como sempre teve até hoje, com as duas Casas, de dar celeridade para o tema do piso. A partir daí, votando, o presidente sanciona e a gente vai, junto ao STF, junto com toda essa articulação governamental, para que de fato a liminar caia e a legislação que nós aprovamos, a Lei 14.434, seja aplicada na prática, com os valores no contracheque da enfermagem brasileira”, afirmou Menezes. Com Agência Câmara.

Ônibus lotado, no desenho de Marina R. Machado, de 12 anos
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“Um milagroso projeto de lei pretende implantar a obrigatoriedade do cinto de segurança, mesmo nos ônibus que permitem passageiros em pé”.

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

O que deveria ser um tema sério é tratado como vulgaridade, futilidade, desrespeito à segurança e à dignidade humana. E o palco é a Câmara Federal, em Brasília. Pasmem, o projeto mistura alhos com bugalhos e tentaria dar segurança a uma parte dos milhares de passageiros de ônibus urbanos, relegando outra parte ao Deus dará, ao infortúnio que lhes cabe no latifúndio do injusto transporte público brasileiro.

Se por um lado, a lei diz que é obrigatório o uso de cintos de segurança em veículos, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, uma exceção foi colocada para salvar a legislação e diz: onde se é permitido viajar em pé, ou seja, nos malfadados ônibus urbanos, pode, está tudo liberado. E a questão segurança desce esgoto abaixo, num confronto à norma constitucional que declara igualdade entre os seres humanos em toda a nossa pátria.

E a justificativa é a mais estapafúrdia, explicando que se não for permitido passageiros em pé, o serviço seria caríssimo e impraticável, pois o número de veículos passaria para mais que o dobro. Pior, ainda, é que o motorista não poderia dar partida no veículo antes que o passageiro estivesse devidamente sentado. Também, o passageiro, ao pedir para descer no ponto, somente poderia sair do assento após a parada e a consequente retirada do cinto de segurança. Uma pérola, beira ao caos organizado.

Mas, agora, um milagroso projeto de lei pretende implantar a obrigatoriedade do cinto de segurança, mesmo nos ônibus que permitem passageiros em pé. Se lhes parece estranho, vejam a justificativa do parlamentar José Nelto (PP/GO), no Projeto de Lei 2515/2022, para alterar o Código de Trânsito Brasileiro, estabelecendo o cinto de segurança como equipamento obrigatório nos assentos preferenciais, de passageiros, do motorista e cobrador dos veículos de transporte coletivo.

A justificativa do deputado goiano é que, quando houver assentos disponíveis dentro desse meio de locomoção, é de suma importância que haja cinto de segurança, já os demais que não obtiverem uma cadeira dentro do transporte coletivo, finalizarão o percurso em pé, como já é de costume. Vale salientar que não há motivo para que o cobrador e o motorista não usem cinto de segurança, tendo em vista que tal medida assegurará um possível acidente de trabalho.

Em razão do já exposto, continua a justificativa: “tal medida beneficiará idosos que já não possuem tanto preparo e força física necessária para utilizar esse tipo de meio de locomoção, como também auxiliará mães e suas respectivas crianças que dependem desse tipo de transporte para se locomover”. Aos que costumeiramente utilizam o transporte público de passageiros, resta uma pergunta: o deputado já andou em um desses ônibus?

Acredito que não, do contrário não continuaria a justificativa com outras baboseiras, tais como a que se segue: “dessa forma, a presente proposição tem como finalidade instituir tal acessório de enorme e comprovada importância, sem nenhum prejuízo aos passageiros, levando em consideração que aqueles que não conseguirem se assentar, finalizarem a corrida em pé como já feito cotidianamente”. Melhor seria que o desconhecido parlamentar tivesse permanecido calado. Ganharíamos muito com o silêncio do deputado.

Pelo exposto no absurdo projeto, realmente, o parlamentar não tem ou teve, bem como seus assessores, a menor intimidade com um ônibus urbano, notadamente nos horários de maior movimento. Nunca pegou uma fila num ponto ou terminal, jamais viu passageiros viajando pendurados nas portas (abertas, por sinal), muito menos o que acontece quando o motorista aplica um freio de arrumação.

Nem por sonho sabe, ou por ouvir dizer, que os assentos preferenciais foram selecionados nos ônibus para o uso dos mais espertos, dos que chegam mais cedo e se abancam sem qualquer respeito ao que diz a lei, e muito menos aos idosos, gestantes e outros que deveriam ser beneficiados. Mesmo que reclamem, por direito, seus lugares, os infratores não dão a mínima, pois fingem sono profundo, embora não seja o dos justos.

Não creio que o minúsculo e inexpressivo projeto consiga chegar ao plenário, mas será incluído no currículo do inusitado parlamentar e divulgado pela imprensa e campanhas políticas, como prova de seu suado trabalho. Já os que sacolejam diariamente nos ônibus terão melhor sorte, pois se já estão excluídos sem o projeto de lei do deputado José Nelto, continuarão sem causar nenhuma dó ou piedade aos nossos ilustres parlamentares.

Pegando uma carona nesse inexpressivo projeto, relato aqui o acontecido comigo dias recuados, ao embarcar num ônibus da Rota em Feira de Santana com destino a Senhor do Bonfim. Para comprar a passagem, tive que apresentar uma série de documentos e cartão de crédito. No embarque, só faltaram me exigir a certidão de batismo e de óbito, mas, enfim viajei.

Tratamento igual não foi dado aos que paravam o ônibus no meio da rodovia e embarcavam apenas pagando, em reais, moeda nacional, sem as outras exigências a mim cobradas. Lotação esgotada nas poltronas, os viajantes em pé não era alertados pelo motorista – ao contrário de nós – pela falta de uso do cinto de segurança e ainda se recostavam em nossos assentos, alguns sentando-se nos braços das poltronas.

Faltavam educação e fiscalização. E ninguém, sequer, cobrou a segurança. Fineza quem conhecer o deputado José Nelto, autor de diversos projetos, aconselhá-lo a desistir desse infrutífera empreitada. Quem sabe, mudar o foco para que o brasileiro possa ter um transporte digno pode até ter sido uma boa intenção, seria uma proposição relevante, o que não é o caso em questão.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Lira é reeleito presidente da Câmara dos Deputados || Foto Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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Com 464 votos, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi reconduzido para mais um mandato no biênio 2023-2024. Os deputados elegeram ainda os demais membros da Mesa Diretora: 1º e 2º vices, 1º a 4º secretários e quatro suplências.

Lira foi apoiado por um único bloco parlamentar reunindo 20 partidos, incluindo duas federações. Ele obteve a maior votação absoluta de um candidato à Presidência da Câmara, considerados os registros dos últimos 50 anos.

Na disputa pela Presidência da Câmara, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), lançado pela Federação Psol-Rede, obteve 21 votos; e o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) conseguiu 19 votos. Houve 5 votos em branco.

Rodrigo Pacheco comandará Senado por mais dois anos
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi reeleito, por 49 votos a 32, nesta quarta-feira (1º), logo após a cerimônia de posse dos 27 colegas empossados hoje. Pacheco derrotou o senador Rogério Marinho (PL-RN), que tinha apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O presidente reeleito assegurou votos de partidos que apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Neste momento, a Câmara dos Deputados se prepara para a eleição da Mesa Diretora do biênio 2023-2024. O presidente Arthur Lira (PP-AL), que tenta permanecer no cargo, é franco favorito e deve receber votação expressiva. A candidatura adversária é do deputado federal Chico Alencar, do PSOL do Rio de Janeiro. Confira a transmissão da TV Câmara.

Plenário da Câmara aprova intervenção na segurança no Distrito Federal || Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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A Câmara dos Deputados confirmou em Plenário, nesta segunda-feira (9), a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, como resposta aos atos de terrorismo ocorridos em Brasília, no domingo (9).

A votação foi simbólica. O texto segue agora para o Senado Federal na forma do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 1/23, que deverá ser votado pelos senadores nesta terça-feira (10). Relator da proposta, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) afirmou que se trata de medida “amarga”, mas “necessária e proporcional” em face dos fatos tão graves ocorridos. O objetivo é recuperar o controle da ordem pública no Distrito Federal.

O parlamentar ressaltou que as forças de segurança pública do Distrito Federal se mostraram incapazes de impedir, de coibir e de reprimir os ataques conduzidos por pessoas com intenção de depor o governo democraticamente eleito.

ARTHUR LIRA

Para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ataque de vandalismo às instituições, sobretudo à Câmara, é inaceitável.

A intervenção é limitada à área de segurança pública do Distrito Federal no período entre 8 e 31 de janeiro de 2023, com o objetivo de encerrar o “grave comprometimento da ordem pública no Distrito Federal marcado por atos de violência e invasão de prédios públicos”. O governo federal será responsável por todas as atividades com relação direta ou indireta com a segurança pública.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, foi nomeado interventor e terá o controle operacional de todos os órgãos distritais de segurança pública no período. Capelli ficará subordinado ao presidente da República e poderá requisitar recursos financeiros, tecnológicos, estruturais e humanos do Distrito Federal e de órgãos, civis e militares, da administração pública federal para atingir os objetivos da intervenção.

Até o momento, mais de 1 mil manifestantes foram detidos para esclarecimentos e mais de 300 foram presos em flagrante. Após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foi desmontado o acampamento de bolsonaristas existente no quartel-general do Exército, em Brasília, desde a vitória eleitoral do presidente Lula. Também foi afastado, por 90 dias, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

PEC 14/2022 vai à votação na CCJ da Câmara dos Deputados || Foto Agência Câmara
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A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 14/2022, que reduz a contribuição previdenciária de prefeituras, está na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados e deve ir à votação na próxima semana.

Atualmente, a alíquota patronal paga pelos municípios ao Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) é de 22,5%. A União dos Municípios da Bahia (UPB) é uma das instituições municipalistas mobilizadas em defesa da PEC e sugere que o percentual da contribuição seja reduzido para 10%.

O principal argumento a favor da PEC, segundo a UPB, é o fato de que os municípios prestam serviços essenciais e de utilidade pública, mas pagam contribuição maior do que setores privados da economia. A alíquota do agronegócio, por exemplo, é de 20%, enquanto segmentos filantrópicos são isentos.

PEC da transição foi entregado para votação no Senado || Foto Roque de Sá/Agência Senado
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O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, entregou, na noite desta quarta-feira (16), ao relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a minuta do texto da PEC da Transição. Alckmin também se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e apresentou as sugestões do governo de transição.

Pelo texto, os gastos com o Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, estarão fora permanentemente da regra do teto de gastos. A PEC também prevê que 40% das receitas extraordinárias sejam aplicadas em investimentos. Assim, esses recursos também estariam fora do teto de gastos. Atualmente, toda receita extra deve ser usada para abater a dívida pública porque as despesas têm um limite fixo.

Alckmin afirmou que a proposta não significa um “cheque em branco” para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, tudo está sendo feito no sentido de fortalecer o Legislativo. “Não há nenhum cheque em branco, mas não se pode colocar na Constituição Federal nenhum detalhamento. Esse detalhamento está na LOA [Lei Orçamentária Anual]”, declarou.

FARMÁCIA POPULAR SEM DINHEIRO

Marcelo Castro disse que a PEC da Transição permitirá resgatar as condições de investimento do País. “O que estamos fazendo é tomar uma medida de salvação nacional. Se não aprovarmos essa PEC, e isso não é terrorismo, não temos como fechar o Orçamento (PLN 32/22). O Orçamento tem furos de ponta a ponta, por exemplo, a Farmácia Popular, não podemos deixar sem recurso a Farmácia Popular. Quem vai abrir espaços é a PEC”, disse o parlamentar.

Castro já tinha explicado que o Orçamento atual tem R$ 105 bilhões para pagar um auxílio de R$ 400. E que seriam necessários mais R$ 70 bilhões para aumentar para R$ 600 e ainda pagar R$ 150 para cada filho menor de 6 anos, de acordo com a intenção do governo eleito. Retirando esses R$ 175 bilhões do teto, o Orçamento de 2023 ficaria com um espaço de R$ 105 bilhões para acomodar outras despesas, como o programa Farmácia Popular, merenda escolar, saúde indígena e outras ações.

“Essa minuta nos trouxe uma proposta, uma sugestão de PEC, e quero que todos tenham a compreensão que essa PEC vai ser apresentada pelo Senado, vamos negociar, até nós chegarmos a um entendimento de qual seria o texto ideal”, afirmou.

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ACM Neto e Luciano Bivar acenam para Lula, diz jornalista
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O secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, deu sinal verde para uma composição com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. A disposição para a conversa tem o aval do presidente do UB, Luciano Bivar.

A adesão ao governo teria como contrapartida indispensável o apoio de Lula a uma candidatura do UB à presidência da Câmara dos Deputados, contra a tentativa de reeleição do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Na última quarta-feira (9), Lira se reuniu com Lula em Brasília, onde o petista também esteve com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Após as reuniões, Lula reafirmou que não vai se intrometer nas disputas internas das casas legislativas.

Josias ficou fora da Câmara dos Deputados por 17 votos
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A federação formada por PT, PCdoB e PV conquistou 10 das 39 cadeiras da Bahia na Câmara dos Deputados para a legislatura 2023-2026. Os petistas têm 7 vagas (Jorge Solla, Zé Neto, Afonso Florence, Waldenor Pereira, Ivoneide Caetano, Joseildo Ramos e Valmir Assunção), os comunistas 2 (Daniel Almeida e Alice Portugal) e o PV 1 (Bacelar).

Na disputa interna, o deputado federal Josias Gomes (PT) perdeu o último posto para Valmir, que recebeu 90.148 votos, 17 a mais do que o correligionário (90.131). Coube a Josias a primeira suplência da federação.

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Terminou ontem (15) o prazo para o pedido de registro de candidaturas nas eleições deste ano. O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que, na Bahia, 737 pessoas pediram registro para se candidatar à Câmara dos Deputados e outras 878, à Assembleia Legislativa. Para a Alba, são 63 vagas em disputa. Já na Câmara Federal, o estado tem direito a 39 cadeiras.

Na eleição para o Governo do Estado, estão postas as candidaturas de ACM Neto (UB), Giovani Damico (PCB), Jerônimo Rodrigues (PT), João Roma (PL), Kléber Rosa (Psol) e Marcelo Millet (PCO). Hoje (16), o PIMENTA iniciou a divulgação da agenda dos candidatos (confira aqui).

Neste ano, as eleições majoritárias ao Senado vão eleger um representante por estado, além do Distrito Federal. Na Bahia, a vaga é disputada por Cacá Leão (PP), Cícero Araújo (PCO), Marcelo Barreto (PMN), Otto Alencar (PSD), Raissa Soares(PL) e Tâmara Azevedo (Psol).

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A convenção estadual do União Brasil, nesta sexta-feira (5), em Salvador, homologou o nome do empresário Valderico Junior como candidato a deputado federal. Presidente do União Brasil em Ilhéus, Valderico Junior avalia que “o projeto do partido no estado cresceu muito e, às vésperas do período eleitoral, reúne condições de iniciar uma nova história na política baiana”.

O empresário, que apoiará ACM Neto ao governo estadual, diz que não há como negar a força do partido no pleito deste ano. “Mas ainda tem muita coisa pra rolar até outubro. Vamos seguir com os pés no chão, confiando em Deus e na vontade de mudança que a gente vê no semblante das pessoas”, afirmou.

DEFESA DA BAHIA

O empresário, tido como nome certo na disputa municipal em 2024, disse estar compromissado com a defesa dos interesses da Bahia na Câmara dos Deputados, em Brasília, caso eleito, com destaque para as demandas das regiões sul, extremo-sul e sudoeste do estado.

– Todo mundo sabe da minha ligação de vida com Ilhéus. É a terra onde nasci e vivo com minha família. Mesmo se chegar a Brasília, meu coração e meus pensamentos vão continuar ligados ao sul da Bahia, à nossa região cacaueira. Quero reafirmar meu compromisso também com os amigos e lideranças do sudoeste e extremo-sul do estado, nossas regiões irmãs – prometeu.