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Marco Wense

 

Em relação ao gestor de Salvador, é evidente que presidir nacionalmente uma legenda (DEM), que tem três ministros e os presidentes das duas Casas Legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado da República, respectivamente com Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, é uma invejável prerrogativa.

 

Dois assuntos hoje no editorial: a “fraternidade” da Reforma Previdenciária e a “força” do prefeito ACM Neto.

O atento e perspicaz leitor, percebe logo que tem duas palavras aspeadas. Não estão na própria acepção, no sentido verdadeiro, sem causar dúvidas e variadas interpretações.

Ora, ora, como falar de reforma fraternal, como diz o governo Bolsonaro, se querem desatrelar o Benefício da Prestação Continuada (BPC), concedido aos idosos e pessoas de baixa renda, em condição de miserabilidade, do salário mínimo?

Salta aos olhos, e não precisam que sejam do mesmo tamanho dos da coruja, que a reforma da Previdência é imprescindível, sem a qual o país se enterra sob 17 palmos de terra.

Mas tenha santa paciência! Que coisa hein! Que irmandade é essa que empurra os miseráveis para a beira da cova, sem dó e piedade?

Portanto, em vez de ficar prejudicando os “descamisados”, que se corte os vergonhosos privilégios de determinados segmentos da sociedade. Só assim teremos uma reforma previdenciária justa e fraterna.

Em relação ao gestor de Salvador, é evidente que presidir nacionalmente uma legenda (DEM), que tem três ministros e os presidentes das duas Casas Legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado da República, respectivamente com Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, é uma invejável prerrogativa.

O problema é que ACM Neto não teve a força de indicar ninguém do seu staff político para o primeiro escalão do governo bolsonariano. Os três ministros democratas foram considerados da cota pessoal do presidente Jair Messias Bolsonaro.

Quanto a Maia e a Alcolumbre, o alcaide soteropolitano não influenciou em nada a eleição de ambos. E mais: alguns partidos de esquerda tiveram um papel mais importante que ACM Neto, agora animadíssimo com sua pré-candidatura ao Palácio de Ondina na sucessão de 2022.

O adversário mais provável do democrata é o senador Otto Alencar, o comandante estadual do PSD. Não acredito em uma traição do PT, lançando candidatura própria.

Marco Wense é articulista político e colunista do Diário Bahia.

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Robinson assume vaga na Câmara Federal.
Robinson assume vaga na Câmara Federal.

Ex-secretário de Comunicação Social da Bahia na gestão de Jaques Wagner, Robinson Almeida (PT) torna-se deputado federal com a reforma administrativa no Governo Rui Costa. Assumirá a vaga de Fernando Torres, nomeado hoje (21) secretário estadual de Desenvolvimento Urbano.

Robinson ficou na terceira suplência de uma super coligação que reuniu partidos do arco de alianças do governador Rui Costa em 2014. Como Josias Gomes é secretário de Relações Institucionais, Torres vai para o governo e Moema Gramacho tornou-se prefeita de Lauro de Freitas, Robinson assumirá mandato de deputado. A outra suplência é ocupada pelo deputado e ex-vereador de Itabuna, Davidson Magalhães (PCdoB).

O ex-secretário de Comunicação comemorou por meio de uma rede social. “Bom dia. Compartilho com os amigos e amigas a notícia que vou assumir o mandato de Deputado Federal. Agradeço a todos os 64.265 baianos e baianas que me confiaram essa representação. Com coragem e humildade, vou lutar pela Bahia e pelo povo brasileiro nesses tempos difíceis de golpe na democracia e ataques aos direitos sociais”.

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Bebeto e Serpa, ainda sem partido, fecham aliança no Sul da Bahia (Foto Divulgação).
Bebeto e Serpa fecham aliança no Sul da Bahia (Foto Divulgação).

O sindicalista Bebeto Galvão (PSB) e o coronel Valci Serpa, ex-comandante do Batalhão da PM em Jequié, fecharam acordo para a disputa eleitoral de 2014. Os dois farão dobradinha em vários municípios sul-baianos, segundo o sindicalista.
Bebeto é pré-candidato a deputado federal e Serpa almeja uma vaga na Assembleia Legislativa. O policial militar ainda não definiu a qual partido se filiará. Está entre PR e PTdoB. Terá até o próximo mês, período das convenções partidárias, para tomar decisão.

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Luiz de Deus, 2º da direita para esquerda, assume vaga de ACM Neto.
Luiz de Deus, 2º da direita para esquerda, assume vaga de ACM Neto.

Da Tribuna
Luiz de Deus é o mais novo integrante da bancada baiana na Câmara Federal. Ele tomou posse nesta quinta-feira, 3, como suplente de ACM Neto, eleito prefeito de Salvador em outubro.
Com experiência de mais de 20 anos na vida política, o deputado já pensa sobre os futuros projetos que pretende encaminhar, entre eles o que visa estender os efeitos da lei da “ficha limpa” aos parentes de primeiro grau do político condenado.
A cerimônia de posse ocorreu às 15h, em Brasília, com a presença do prefeito reeleito do município de Paulo Afonso, Anilton Bastos.
Luiz de Deus explica que hoje “o sujeito que não pode mais se candidatar elege o pai, a esposa ou um filho e vai ser, por exemplo, secretário de finanças”.
Leia mais na Tribuna da Bahia

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O deputado federal Josias Gomes (PT-BA) considerou acachapante a vitória obtida pela presidenta Dilma Rousseff, na quarta (16), durante a votação do novo salário mínimo de R$ 545,00. Mais que isso, ressalta, o governo federal implementa uma política de valorização que garantirá ganho real de 30% do salário mínimo em até 2015.

Na avaliação do parlamentar e ex-presidente do PT baiano, o ajuste de agora permitirá ao governo definir um salário mínimo acima dos R$ 600,00 em 2012. Por fim, dá uma estocada em centrais sindicais como a CTB e Força Sindical. “Lamentável que alguns desavisados sindicalistas tenham embarcado no escorregadio discurso oposicionista”. Aprovado na Câmara dos Deputados, o valor ainda precisa ser submetido à votação no Senado, mas Josias acredita que ocorrerá outra “vitória acachapante” na Câmara Alta.

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Os deputados federais eleitos para a nova legislatura escolhem, neste momento, o novo presidente da Câmara Federal. O favorito é o petista gaúcho Marco Maia, mas outros três nomes estão na disputa: Chico Alencar (PSOL-RJ), o reacionário Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Sandro Mabel (PR-GO). Mabel manteve-se na disputa mesmo com a ameaça de expulsão do partido.

Mais cedo, José Sarney (PMDB) foi eleito presidente do Senado Federal, pela quarta vez. Uma lástima, pois. Na Bahia, a eleição da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa ocorrerá nesta quarta, 2. Os novos deputados estaduais entregaram os diplomas hoje (1º) e tomam posse amanhã (2), às 14h30min, e logo escolherão a nova mesa diretora da Casa. O pedetista Marcelo Nilo será reentronizado no comando do parlamento baiano. É o candidato único ao cargo. A disputa ocorre em relação às outras vagas da mesa diretora.

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Entre Negromonte e Florence, Popó corre risco de perder luta por vaga (Montagem Pimenta).

O ex-secretário de Desenvolvimento Urbano da Bahia, Afonso Florence (PT), foi eleito deputado federal e no dia 1º passou a integrar a equipe do governo de Dilma Rousseff, assim como o colega Mário Negromonte (PP). Florence é ministro do Desenvolvimento Agrário e Negromonte comanda a Pasta das Cidades.

Florence e Negromonte são dois dos 43 eleitos para a Câmara Federal que não vão exercer o cargo – pelo menos nesse início de legislatura. Do total, 36 assumirão secretarias estaduais e sete foram nomeados ministros pela presidenta da República, segundo levantamento feito pelo Valor.

Eles tomam posse na Câmara no dia 1º de fevereiro e, imediatamente, licenciam-se do mandato para votar aos seus postos de ministros da Dilma. Pela regra atual, o partido mais beneficiado com a vacância no legislativo federal seria o PRB, que teria mais 4 deputados à sua bancada na condição de suplentes.

Veja o caso de Acelino “Popó” de Freitas. Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) respondeu a uma consulta formulando que o mandato pertence ao partido, mas a decisão foi em caráter liminar. O ex-pugilista e campeão do mundo  assumirá o mandato se confirmado que a vaga pertence à coligação. Ele é do PRB e integrou o chapão com PT, PP, PDT, PHS, PSB e PCdoB.

Do contrário, se a vaga ficar mesmo com o partido, assumem Emiliano José e Zé Carlos da Pesc. Emiliano foi o petista mais votado entre os suplentes. Zé Carlos é o primeiro suplente do PP. O PRB elegeu apenas um deputado na Bahia, o bispo Márcio Marinho, da Igreja Universal.

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As denúncias sobre irregularidades na aplicação de recursos proporcionados por emendas apresentadas pelo senador Gim Argello (PTB-DF) aos Orçamentos da União de 2010 e 2011 podem ser a “ponta de um iceberg”, avaliam parlamentares da Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Só para promover a divulgação do turismo, as emendas dos parlamentares transferiram dos cofres públicos para entidades privadas e prefeituras R$ 948,1 milhões de 2004 até outubro de 2010. Nessa rubrica estaria a origem dos desvios de dinheiro público.
Com esses recursos, as entidades favorecidas, geralmente institutos criados para essa finalidade, promovem shows, festivais, rodeios e outras festas. Os técnicos da Comissão desconfiam que, como ocorreu com algumas emendas do senador Argelo, muitas dessas empresas podem ser de fachada ou beneficiar pessoas ligadas a parlamentares.
O uso do dinheiro público para promover “eventos” teve crescimento vertiginoso. Em 2004, o Tesouro transferiu R$ 15,01 milhões para entidades privadas e prefeituras promoverem “eventos”, a preços de outubro. Em 2009, esse valor pulou para R$ 337,8 milhões. Neste ano, até outubro, já está em R$ 167,8 milhões. Leia mais no Valor Econômico.

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Apesar de afirmar que não se trata de uma prioridade como projeto político, o deputado federal eleito Josias Gomes (PT) não descartou disputar a prefeitura de Ilhéus em 2012.
Tido como uma das figuras centrais na definição do apoio do PT a Newton Lima, Josias, no entanto, diz que esta é uma decisão que não pode ser tomada na base do “topo ou não topo” e, sim, fundamentada em projetos para a nova realidade de Ilhéus com a chegada de grandes investimentos, como o Complexo Intermodal Porto Sul, avaliado em R$ 6 bilhões.
Segundo ele, as energias estarão reservadas ao mandato como deputado federal e “porta-voz do sul da Bahia e de Ilhéus”. A possibilidade de disputar a prefeitura foi aventada após Josias sair das urnas, na Terra de Gabriela, com 5.296 votos.

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Ontem, jornalistas e políticos conversavam na redação do Pimenta sobre as derrotas sofridas por nomes respeitados aqui e alhures. Entre eles, o deputado baiano João Almeida, líder do PSDB na Câmara Federal.
Os 80.180 votos foram insuficientes para a reeleição do tucano.
O PSDB baiano elegeu Antônio Imbassahy (112.630 votos) e Jutahy Magalhães (110.268).

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José Nazal
Quando visitamos os arquivos que guardam os números das últimas três eleições gerais – Presidente, Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual da Comarca de Ilhéus, ocorridas em 2006, 2002 e 1998, podemos encontrar muitas informações que servem de indicativo para os números que serão apresentados hoje, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciar a divulgação dos resultados e que tem a conclusão prevista para as primeiras horas da madrugada de segunda-feira.
Segundo os números, o eleitorado ilheense cresceu 6,5% de 1998 para 2002; daí para 2006 o crescimento foi de 11,6% (quase o dobro da taxa anterior); e de 2006 para 2010 a taxa de crescimento voltou ao patamar de 6,4%. A Comarca Eleitoral de Ilhéus tem hoje 129.878 eleitores cadastrados nas duas Zonas Eleitorais: 25ª e 26ª.
A média da abstenção dos últimos três pleitos eleitorais – 1998, 2002 e 2006 – foi de 28,5%, sendo que no ano de 1998 alcançou o patamar de 35,8%. Se essa alta abstenção, que tem se repetido espaçadamente a cada pleito, tornar a ser alcançada podemos afirmar que menos de 100 mil eleitores se apresentarão para cumprir a exigência legal de votar.
Confira a votação para Presidente:

ELEIÇÃO DE 1998 VN % s/VV
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 24.413 46,89
LUIZ INACIO LULA DA SILVA 18.867 36,24
CIRO GOMES 6.504 12,49
ENEAS CARNEIRO 1.227 2,36
OUTROS 1.056 2,03
ELEIÇÃO DE 2002

LUIZ INACIO LULA DA SILVA 40.678 57,12
ANTHONY GAROTINHO 15.746 22,11
CIRO FERREIRA GOMES 8.493 11,93
JOSÉ SERRA 5.980 8,40
JOSÉ MARIA DE ALMEIDA 295 0,41
RUI COSTA PIMENTA 23 0,03
ELEIÇÃO DE 2006
LUIZ INACIO LULA DA SILVA 54.562 63,55
GERALDO ALCKMIN 21.341 24,86
HELOÍSA HELENA 6.921 8,06
CRISTOVAM BUARQUE 2.655 3,09
OUTROS 379 0,44

Todos os anos aparecem candidatos que não tem nenhum compromisso com a cidade ou mesmo com a região e conseguem obter alguns votos, a partir de apoio de outros políticos ou por amizade pessoal. São os apelidados de “Candidatos Copa do Mundo”. As tabelas abaixo mostram o número de candidatos que pleitearam vaga na Câmara Federal e na Assembléia Legislativa e que conseguiram votos em Ilhéus, comparados com os de Ilhéus, Itabuna e região.

Ano CÂMARA FEDERAL Qtde Votos %
1998 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 8 36.464 75,27
Candidatos de outras regiões 101 11.983 24,73
2002 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 10 35.285 53,03
Candidatos de outras regiões 107 31.254 46,97
2006 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 9 45.315 58,71
Candidatos de outras regiões 180 31.868 41,29
Ano ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Qtde Votos %
1998 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 25 31.123 71,13
Candidatos de outras regiões 247 12.635 28,87
2002 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 20 47.973 75,16
Candidatos de outras regiões 289 15.851 24,84
2006 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 15 65.732 86,36
Candidatos de outras regiões 327 10.384 1364

Alguns candidatos tiveram apoio explícito de lideranças políticas locais e, por já terem obtido votos em pleitos anteriores, será mais fácil identificar e quantificar a votação transferida. Segundo dizem alguns ‘especialistas políticos experimentados’ um líder consegue transferir aproximadamente 30% dos seus votos para outros candidatos. Vamos conferir a veracidade desta ‘regra’ depois do resultado confirmado.
Espero que saibamos exercer nossa cidadania, escolhendo candidatos compromissados com os nossos problemas, com nossos pleitos. Candidatos que não sumam da cidade e só apareçam para pedir novamente nosso voto.
Uma última curiosidade: em 1998 o então candidato a Deputado Federal, Jaques Wagner obteve 23 votos em Ilhéus. Conforme mostram os números, de lá para cá melhorou muito!

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O Datafolha ouviu 1.160 eleitores baianos e quis saber se estes já possuem candidato a deputado federal. A consulta ocorreu nos dias 8 e 9 de setembro, a menos de um mês do fatídico 3 de outubro.
Pois 64% responderam que ainda não fizeram as suas escolhas para a Câmara Federal. Entre os mais citados, aparecem três deputados do DEM. O PSDB tem dois, assim como o PP e o PSDB. Apesar de nomes expressivos na corrida, o PT tem apenas um nome, igual quantidade de PCdoB, PSC e PR.
Entre os que já possuem candidato, o mais citado na Bahia foi o democrata ACM Neto, que atingiu 2% das menções. Logo após, com 1%, vem uma galerona: Mário Negromonte (PP), José Rocha (PR), Edson Pimenta (PCdoB), João Leão (PP), Rui Costa (PT), Sérgio Brito (PSC), Lúcio Vieira Lima (PMDB), Paulo Braga (PMDB), Antonio Imbassahy (PSDB), Luiz Carreira (DEM) e Paulo Magalhães (DEM).

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Veloso: entre os mais assíduos.

Uma lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aponta os deputados Jutahy Jr (PSDB), Sérgio Carneiro (PT), Pelegrino (PT) e Veloso (PMDB) como os federais baianos mais assíduos no Congresso Nacional. Com base no sul da Bahia, Veloso comparece a 96,5% das sessões até aqui, quando apresentou 38 projetos e relatou outros 11, conforme levantamento do Diap.
O levantamento deixou o deputado ilheense empolgado. Veloso destaca que a sua atuação não tem se prendido à simples presença em plenário. Entre as ações atribuídas ao seu mandato, ele elenca liberação de verbas para revitalização da avenida do Cinquentenário (R$ 1,5 milhão) e mobilização para atrair R$ 12,8 milhões da obra do canal da avenida Amélia Amado. Em Ilhéus, ele aponta o Fórum da Justiça Eleitoral e o Instituto Federal de Educação Tecnológica (Ifet).

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"Ficha-suja", Veloso pode não disputar reeleição.

O trio ilheense Raymundo Veloso, Jabes Ribeiro e Valderico Reis também fazem parte do listão dos “fichas sujas” enviado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Jabes Ribeiro anunciou ontem a sua desistência da candidatura a deputado estadual. Descartou que a causa tenha sido legal e alegou falta de estrutura financeira para disputar a campanha. Por baixo, a previsão de entendidos é a de que – na contabilidade real – uma campanha à Assembleia Legislativa neste ano vá custar entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão.
Valderico Reis (PMDB) está sumido da política ilheense. Foi prefeito do município entre janeiro de 2005 e agosto de 2007. Acabou cassado por diversas irregularidades e desvio de dinheiro público. Sumiu de cena e, segundo o Ministério Público estadual, está em lugar “incerto e não sabido”. Familiares afirmam que Valderico vive atualmente na Amazônia.
Já o deputado federal Raymundo Veloso (PMDB) tenta disputar a reeleição. Ele consta na lista “Ficha Suja” do Tribunal de Contas dos Municípios por ter cometido diversas irregularidades no período em que foi presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, anos de 2005 e 2006.
Dos três “ilheenses”, Veloso é o único que continua na peleja eleitoral. Quer continuar em Brasília, mas a lista do TCM pode tirá-lo do páreo. A decisão se ele é ou não inelegível será do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Veloso teve as suas contas rejeitadas devido à emissão de cheques sem fundos e outras irregularidades, além de ser condenado a devolver aos cofres públicos R$132.476,46.

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Allah Góes | allah.goes@hotmail.com

O sertão sul-baiano, quase que desabitado até o início do século passado, deve seu desenvolvimento à monocultura do cacau, que acabou criando por estas terras, em virtude da diversidade étnica e cultural de seus colonizadores, o que hoje chamamos de civilização grapiúna.

Esta civilização, que se desenvolveu no fausto do cacau, acabou por transformar aqueles outrora simples desbravadores em “Coronéis do Cacau”, que foram eternizados nas obras do também grapiúna Jorge Amado.

Mas, infelizmente, aqueles “Coronéis”, por terem muito dinheiro e por acreditarem que o “El Dourado Grapiúna” seria eterno, nunca se preocuparam em se preparar para a “época das vassouras de bruxa”, deixando de investir na diversificação da lavoura, de investir em candidaturas eletivas que lhes permitisse ter, além do poder econômico, o poder político e, pior, passando este ensinamento para as outras gerações de grapiúnas.

Como resultado desta prática, na última eleição que teve 133 candidatos ao cargo de Deputado Federal, 129 destes postulantes obtiveram votos em Itabuna e Ilhéus, fazendo com que nosso quinhão de mais de 300 mil votos fosse desperdiçado em pessoas que pouco ou nenhum compromisso têm com a nossa região.

E, nesta nova eleição, parece que o ocorrido no pleito passado se repetirá, pois o que assistimos são os mesmos candidatos “copa do mundo”, que nada fizeram, ou fazem, pelo desenvolvimento de nossa Região, uma vez mais, e com as mesmas falsas promessas, por aqui aparecem em busca de voto.

Sim, enquanto outras regiões de nosso Estado se preparam para eleger candidatos comprometidos com seus interesses, nossa “Italhéus”, além de não incentivar o surgimento de outras candidaturas regionais, recebe de braços abertos todo e qualquer forasteiro que por aqui aparece.

E estes candidatos já perceberam que, para terem o voto regional, basta fazer uma “dobradinha” com um candidato a Estadual que, mesmo sem ter o lastro eleitoral necessário, se lança numa aventura que visa tão somente ajudar a eleger o seu “Federal”.

E assim, como o compromisso do “Federal” era apenas com o seu “cabo-eleitoral-candidato”, acabada a eleição e apurados os votos, o já eleito Deputado parte para aqui voltar apenas daqui a mais quatro anos, oportunidade em que aparecerá ao lado de um novo “cabo-eleitoral-candidato”, para reiniciar este círculo vicioso das, tão somente, promessas eleitorais.

Não é de se estranhar que por aqui, enquanto pululam candidaturas regionais a Deputado Estadual (que chegam a mais de 15), ouvimos apenas falar de pouco mais de 05 candidaturas regionais a Deputado Federal, o que deixa patente que estão aparecendo candidatos a Estadual apenas com o intuito de enganar o eleitor, ao iludir este a achar que estão votando em candidatos compromissados com a região.

Claro que no meio desses mais de 15 candidatos a Estadual existem aqueles que são de fato candidatos. E são comprometidos com as causas regionais, devendo o eleitor ter muito cuidado ao analisar as candidaturas postas, pois poderá, por conta de sua escolha, fazer com que, por falta de compromisso político, nossa “Italhéus” permaneça no mundo das promessas e mergulhada no atraso e no desemprego.

Allah Góes é advogado municipalista e consultor jurídico de câmaras muncipais e prefeituras.