Trecho da BR-101, entre Itagimirim e Itapebi, segue interditado
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As chuvas que caem na Bahia provocaram queda de árvores, deslizamentos de encostas, interdição de rodovias e alagamentos no sul e extremo-sul do estado. Em Coaraci, o Rio Almada, que corta a cidade, transbordou nesta quinta-feira (1º), alagou imóveis de áreas ribeirinhas e deixou várias famílias desabrigadas. Em Floresta Azul, a situação é parecida. Mas, por lá, foi o nível do Rio Salgado que subiu mais uma vez, causando alagamentos em dezenas de casas e estabelecimentos comerciais.

Outra cidade onde o temporal causou prejuízos nesta quinta-feira (1º) foi Ipiaú. Imóveis localizados na parte baixa da cidade foram inundados pela água. Uma das áreas atingidas foi o bairro Antônio Carlos Magalhães. Além disso, houve deslizamento de um barranco às margens da BR-330, na saída de Ipiaú para Jitaúna. O trecho da pista chegou a ficar parcialmente interditado.

Chuvas causam prejuízos em cidades do sul da Bahia

O temporal também causou alagamentos, em pelo menos 20 bairros de Itabuna, além das áreas centrais da cidade. Entre os locais atingidos estão Califórnia, Fátima, João Soares, Pontalzinho, São Caetano, Jardim Primavera, Urbis IV, Jorge Amado, Nova Itabuna, Ferradas, Maria Matos (Rua de Palha), Mangabinha, Santo Antônio, Monte Cristo, Antique, Nova Califórnia, Maria Pinheiro, Fonseca, Sarinha Alcântara e Lomanto.

As avenidas Ilhéus, Manoel Chaves, J.S. Pinheiro foram alagadas. Uma árvore caiu na BR-415, na saída de Itabuna para Ilhéus, em frente ao Condomínio Jardim das Acácias. A pista foi parcialmente interditada e o tráfego ficou lento.

Outros municípios do sul da Bahia que registram prejuízos causados pelas chuvas são Ibicaraí, Dário Meira, Itapé, Canavieiras, Itagibá, Barro Preto e Itajuípe. Em Barro Preto, várias famílias tiveram imóveis inundados com as chuvas dessa quinta-feira. Ibicaraí,  junto com Itabuna, teve a situação de emergência decretada.

As chuvas também vêm causando estragos no extremo-sul. Além do município de Prado, que tem dezenas de famílias desabrigadas e outras tantas isoladas em comunidades rurais e distritos, há alagamentos em Porto Seguro, Eunápolis, Guaratinga, Itapebi, Santa Cruz Cabrália, Teixeira de Freitas, Nova Viçosa e Caravelas.

Ainda no extremo-sul do estado, um trecho da BR-101, entre os municípios de Itapebi e Itagimirim, segue interditado depois que uma cratera foi aberta no início da noite de quarta-feira (30). Uma equipe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) está trabalhando, mas as chuvas dificultam as ações no local.

Quem está viajando no sentido Salvador tem a opção de entrar na estrada da Veracel e sair na cidade de Itapebi. O motorista que está fazendo o trajeto inverso deve pegar esse mesmo desvio. Só que entrando em Itapebi, seguindo pela estrada da empresa de celulose, até sair na BR-101, depois do trecho interditado.

Aposta feita em Itabuna fatura R$ 72 mil na Mega-Sena
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Apostas feitas na Bahia acertaram cinco das seis dezenas da Mega-Sena sorteada na noite desta quarta-feira (30), no Espaço de Loterias da Caixa, em São Paulo. São cinco sortudos de Salvador e um de Vitória da Conquista, no sudoeste do estado. Eles fizeram apostas simples, com seis números. Cada acertador receberá R$ 61.889,52.

Em todo o país, houve 71 acertadores na quina. Na quadra, foram 6.119 apostas ganhadoras. E cada uma receberá R$ 1.025,88. Entre os que embolsarão esse valor estão moradores de Canavieiras, Dário Meira, Gandu, Itabuna, Ilhéus, Ipiaú, Ubaitaba e Una. O prêmio principal acumulou mais uma vez e tem previsão de sortear R$ 100 milhões no próximo sábado (3). O volante simples custa R$ 4,50.

Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 115 milhões nesta quarta-feira (1º).
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Por um número Ilhéus não amanheceu, neste domingo (27), com um milionário ou milionária. Uma aposta simples feita no município do sul da Bahia acertou a quina da Mega-Sena, no concurso 2543, no sorteio realizado na noite de sábado (26), no Espaço de Loterias, em São Paulo, e faturou R$ R$ 29.679,12.

Além da aposta feita em Ilhéus, o concurso teve, na Bahia, ganhadores com cinco dezenas em Candeias, Mucuri, Salvador e Mortugaba. Os números sorteados foram: 02, 05, 27, 30, 46 e 56.

Em todo o país, houve 138 apostas com acerto de cinco dezenas no concurso de sábado. Na quadra houve 7.475 ganhadores. Entre os quais moradores de Camacan, Canavieiras, Gandu, Ibicaraí, Ilhéus, Itabuna, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Salvador.

O prêmio principal da Mega-Sena ficou acumulado mais uma vez e subiu para R$ 65 milhões no concurso da próxima quarta-feira (30). O jogo simples custa R$ 4,50 e pode ser feito em qualquer casa lotérica.

Henrique está desaparecido desde o último domingo (13)|| Foto arquivo da família
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Uma família de Canavieiras, no sul da Bahia, está apreensiva com a falta de informações sobre o paradeiro de João Henrique Souza de Jesus, mais conhecido como Galego, de 18 anos. O jovem foi visto pela última vez no início da tarde do último domingo (13), na rua João Panan, no bairro Tancredão. Ele saiu de casa informando que iria para uma roça com um amigo, o que não teria ocorrido.

Um boletim sobre o desaparecimento de João Henrique Souza foi registrado na delegacia da Polícia Civil de Canavieiras. Quem tiver informações sobre o paradeiro do jovem pode entrar em contato pelo telefone (73) 9 8194-4525 ou ainda pelos números 190 ou 197, das polícias.

Gurgel é recolhido para a pajelança mecânica || Foto Walmir Rosário
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Pelo sim, pelo não, Mestre Wilson recolheu o Gurgel à oficina para ser submetido a uma pajelança eletromecânica. O amigo Gilbertão Mineiro, que gosta dos fatos bem esclarecidos, resolveu “puxar” a vida pregressa do Gurgel.

 

Walmir Rosário

Em cada cidade existe alguma coisa ou alguém do conhecimento público, que pode ser uma pessoa, um veículo, um imóvel, um objeto qualquer. Basta o desinformado – quase sempre forasteiro, como chamam – pedir uma informação, que é atendido na hora. Às vezes se oferece até para levar o indivíduo ou local, a depender da disponibilidade ou da gentileza da pessoa, principalmente no interior.

Aqui em Canavieiras, a nossa referência era um jipinho Gurgel, de cor cinza, sempre visto estacionado nas proximidades de um bar, no centro ou nos mais variados bairros, ou ao lado do jornal Tabu. Era de propriedade do jornalista aposentado – ou desocupado, como gostava de dizer o próprio cujo – Tyrone Perrucho, que utilizava o carro apenas para circular, sem maiores cuidados, apesar de frágil pelo tempo de uso.

Grande parte dos que conheciam o dia a dia do conhecido Gurgel de Canavieiras, o identificavam pelo barulho do motor em funcionamento, quase sempre com o silencioso furado, que o tornava de fácil identificação. Quando dobrava a esquina da rua onde moro eu parava o que estava fazendo e já me encaminhava para abrir o portão e recebê-lo, pessoalmente, como merecia.

Às vezes esse merecimento e a atenção dispensada ao inusitado colega, merecia outros cuidados, como o de parar em frente a nossa casa e encher a caixa de correspondência com revistas e jornais religiosos ou de outros países, sempre velhos. Desde os tempos em que trabalhávamos na Ceplac, ele costumava enviar esses pacotes esdrúxulos pelos Correios, muitas das vezes com simples inutilidade, apenas por simples galhofa.

Assim que seu nome é publicado como inativo do Ministério da Agricultura, volta a Canavieiras para se dedicar exclusivamente ao jornal Tabu – que circulou por 50 anos –, e as amenidades. Sempre na condução do surrado Gurgel, que há anos não passava perto de um lava jato – para a limpeza de veículos, que fique bem entendido –, chamava a atenção pelo barulho e popularidade de seu dono.

Nas muitas vezes que o indigitado Gurgel era visto nas primeiras horas da manhã estacionado numa rua qualquer, não mais chamava a atenção, pois todos sabiam que enguiçara na sua circulação noturna pelos botequins. Para começo de conversa, apenas o vidro de uma janela funcionava e poderia ser aberto sem a preocupação de uma chave, bastando apenas a simples manipulação das portas e janelas.

Certa feita, ao combinar a troca de uns livros para nossas leituras, me dirigi ao local combinado, em frente a casa de Alberto Fiscal, sede de uma pequena farra. Buzino meu carro, toco a campainha e nada. Tento me comunicar pelo celular, não funcionava. Tinha acabado a energia elétrica e nada funcionava em Canavieiras. Não contei conversa, peguei os livros, não deixei os meus e aguardei notícias. No fim da farra, já com energia, me liga preocupado dizendo que os livros tinham sumido. Só mais tarde contei o ocorrido.

Mas como a situação não estava boa pra ninguém, nem mesmo o surrado Gurgel (fora de linha), à época com 27 anos de uso, se encontrava livre dos olhos grandes do amigo do alheio. O veículo, de conhecimento público em Canavieiras e vizinhança, sofre uma ameaça de furto. Logo ele que aguardava apenas a apresentação e aprovação um projeto de lei na Câmara para se tornar patrimônio material e imaterial de Canavieiras.

O dito cujo Gurgel se encontrava estacionado na área da praça Maçônica e teria sido objeto de desejo do amigo do alheio, que utilizou de todas as artimanhas para levá-lo, sem qualquer autorização do proprietário. Abriu a porta, adentrou ao veículo e tentou fazer uma ligação direta, retirando todos os fios da ignição. Após várias tentativas malsucedidas, o larápio foi obrigado a desistir do seu intento, deixando o jipinho Gurgel à disposição do seu dono.

No dia seguinte, Tyrone Perrucho foi obrigado a contratar uma junta de mecânicos e eletricistas para deixar seu potente Gurgel com condições de transitar em toda a Canavieiras, desde a Atalaia à Ilha do Gado, com incursões ao Jardim Burundanga, Birindiba e outros endereços. E Talmão e mestre Wilson diagnosticaram que a malsucedida tentativa de furto, teria esbarrado nas manhas e artimanhas do jipinho, acostumado a empacar sem prévio aviso, mesmo com o conhecido proprietário à direção.

Após as explicações de praxe, Tyrone relatou que teria deixado o Gurgel na praça Maçônica, sob os cuidados divinos, por atender aos reclames da Lei Seca, pegando uma carona para casa, uma atitude mais do que louvável. Já os maledicentes, juravam que o Gurgel, adquirido zero quilômetro pelo Padre Alfredo Niedermaier, para celebrar as missas no interior, tem o poder (rezado) de apenas obedecer aos seus legítimos donos.

Pelo sim, pelo não, Mestre Wilson recolheu o Gurgel à oficina para ser submetido a uma pajelança eletromecânica. O amigo Gilbertão Mineiro, que gosta dos fatos bem esclarecidos, resolveu “puxar” a vida pregressa do Gurgel. Para tanto, utilizou-se do conhecimento de Tolé, que entregou: “Esse carro é mal-assombrado, pois depois do padre passou pelas mãos de Wallace Perrucho, ateu e excomungado, e de seu filho Tyrone, conhecido agnóstico”.

Tá explicado.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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O Tribunal do Júri condenou, nesta quinta-feira (25), um dos acusados de participação no assassinato de Bruno Lino de Andrade Loureiro, gerente de uma pousada em Canavieiras, no sul da Bahia. Erionaldo da Cruz dos Santos foi punido por homicídio triplamente qualificado.

O julgamento durou mais de 7h e os jurados votaram com a tese do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que apresentou um resumo das investigações feitas pela Polícia Civil. Erionaldo da Cruz foi condenado a cumprir pena em regime fechado.

Bruno Lino de Andrade foi assassinado em fevereiro de 2020. O réu Erionaldo da Cruz, que morava com a proprietária da pousada, foi preso dois dias após o corpo da vítima ser encontrado numa praia. A dona do estabelecimento é alemã e morava em Canavieiras na época do crime. Ela retornou para a Europa e também é suspeita de envolvimento no assassinato.

OUTROS ACUSADOS DO CRIME

Além de Erionaldo da Cruz e da dona da pousada, Jailson da Cruz e Társio Costa de Jesus são acusados de envolvimento no crime. A data do julgamento dos dois suspeitos não foi marcada pela justiça.

O corpo de Bruno Lino foi encontrado amarrado numa praia de Canavieiras. Ele sumiu depois ter ido a Itabuna e retornado para Canavieiras. A vítima, segundo a Polícia Civil, tinha procurações para administrar a pousada, que pertencia a empresária alemã.

Bruno Loureiro tinha o documento porque a dona do estabelecimento estava em situação irregular no Brasil e não poderia abrir contas e fazer transações financeiras, conforme informações do delegado. A polícia concluiu que Erionaldo da Cruz matou a vítima para assumir o controle da pousada em Canavieiras.

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Foi uma pena quando chegamos em Curitiba, nosso destino da viagem. Estou rezando para que nosso retorno coincida com os dos nossos novos amigos de viagem, para que possamos aprender bem mais sobre os modos de vida.

 

Walmir Rosário

Estou em viagem. Nem mesmo posso saber que dia voltarei para casa, em Canavieiras. Paraná e Santa Catarina no roteiro planejado para rever filhos e netos, como fazemos – eu e minha mulher – frequentemente. Esta viagem tem, pelo menos, duas particularidades diferentes. A primeira é que, com a pandemia, ficamos mais de dois anos em casa, aguardando tempos melhores para viajar com segurança.

A segunda é que resolvemos inovar – ou retroceder, a depender do ponto de vista – escolhendo o ônibus como meio de transporte. E não foi por livre escolha, mas pela dificuldade de conexões e muita bagagem. Teríamos que parar para dormir – nem que fosse no aeroporto – e seguir viagem no dia seguinte, o que consideramos um trambolho. De ônibus, ao chegar em Curitiba, descíamos e subiríamos em outro para Ponta Grossa.

Ao informar aos amigos sobre o meio de transporte escolhido, eu era visto como um ser atrasado, ao ter que suportar horas e horas sentado numa poltrona e ver a paisagem pela janela, sem contar nos atrasos nas paradas. Ah! Até nisso inovamos! O nosso ônibus – de carreira – chegou na rodoviária com três horas de atraso, tempo em que aguardamos pacientemente para não nos aborrecer.

Mas até que não foi, de todo, ruim. Conhecemos uma colega advogada e matamos o tempo num alegre bate-papo. Às 21 horas saímos de Itabuna, todos quietos como manda o protocolo, até que conhecêssemos uns aos outros. Ao raiar do dia, só ouvíamos, estudando cada um dos companheiros que teríamos por longas 36 horas desta longa, interminável viagem.

Como disse no título, faço questão de ressaltar que não se tratava apenas de um apelo chamativo, mas sim a expressão da verdade, constatada ao vivo e em cores. De repente, parecia que estávamos num boteco, ambiente em que você passa a ter amigos de infância, construídos em pouquíssimo tempo. Parece até promessa de político em ano eleitoral, do tipo 40 anos em quatro.

Chamou-nos atenção um casal de aposentados – como nós – de conversa fácil e variada. De pronto nos sentimos convidados a passar uns dias em seu sítio em Curitiba, experimentando as frutas, comendo os legumes e verduras, tirados da horta na hora de comê-los. Pelo jeito que descreveu o seu fogão a lenha, me senti assando uns pinhões na chapa, lavando a goela com uma boa cachaça e cervejas artesanais curitibanas.

Mas foi aí que minha mulher – persentindo o meu sonho – me segredou ao ouvido: “Você esquece que o casal professa a religião Batista, portanto não aprecia e nem consentirá esses devaneios em sua casa?”. Bastou essa pergunta para refrear meus instintos festeiros. O jeito era deixar uma programação como essa para outras paragens, a exemplo das casas dos filhos e netos.

Foi aí que descobri que nossos novos amigos iam além do que pareciam ser: gostavam da boa comida e declamaram receitas que iam da rabada ao mocofato, de uma boa salada aos peixes e camarões, me deixando com água na boca, ou melhor, babando. Mas concordei com eles quando descreveram as propriedades do arroz integral, aconselhando a não comê-lo por mais de três dias, pois faria mal ao estômago (…) será?.

Após ter tirado um leve cochilo, percebi que nossos novos amigos – com um casal que embarcou em Vitória, no Espirito Santo – também tinham amplo conhecimento na área da medicina, dada a intimidade com os medicamentos. Aprendi muito com os remédios para equilibrar a pressão, quais os mais caros e os mais baratos; aconselhando-nos a substituí-los pelos chás. Anotei duas páginas deles em meu caderno, apesar de não tomá-los.

E aí foi que os dois casais se entusiasmaram e passaram a descrever as maravilhas dos medicamentos para hipertensão, diabetes, artrites, artrose e colesterol. Neste ponto o debate ficou animado, parecendo que apresentavam as brilhantes teses de doutorando e pós-doutorado, com as devidas recomendações para que os incautos pacientes não se viciassem nos medicamentos, muitos deles perigosos. Ouvi tudo com bastante atenção.

A cada parada, nos aconselhavam o que comer, dadas as especialidades do restaurante, nem sempre de boa valia, pois acreditei que eram especializados em nos oferecer algo mais sem gosto a cada viagem. Na minha próxima viagem levarei o meu farnel, sem dispensar uma farofa de frango assado na televisão de cachorro, uns sanduíches de mortadela e queijo, e, quem sabe, ovos cozidos com sal e pimenta-do-reino.

Mas nem sempre tudo corre às mil maravilhas. Senti-me profundamente emocionado quando um deles contava vantagens sobre seu modo de vida, confessando sua grande decepção: não saber dirigir. E seu desespero aumentava quando lembrava dos incentivos de sua mãe para que aprendesse a as artes do volante. Quase chorou quando sua mulher jogou na sua cara: “Não dirige nem carrinho de mão”.

Foi uma pena quando chegamos em Curitiba, nosso destino da viagem. Estou rezando para que nosso retorno coincida com os dos nossos novos amigos de viagem, para que possamos aprender bem mais sobre os modos de vida. Com mais duas viagens dessas posso pedir à empresa de ônibus que nos conceda os honrosos títulos de PhD, mesmo que sejam honoris causa. E seremos felizes para sempre.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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O Ministério Público da Bahia (MP-BA) promove, a partir da próxima segunda-feira (15), um mutirão para reconhecimento de paternidade nos municípios de Ilhéus e Canavieiras. A ação de cidadania será realizada por meio por meio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis, Fundações e Eleitorais (Caocife).

De acordo com o cronograma, em Canavieiras, a unidade móvel do MP-BA estará na Praça da Bandeira, nesta segunda, das 8h às 17h. Já em Ilhéus, o reconhecimento acontecerá entre os dias na terça-feira (16) e na sexta-feira (19), também das 8h às 17h, no estacionamento do Centro de Convenções, na Avenida Soares Lopes.

Criado pelo Ministério Público da Bahia em 1999, O projeto “Paternidade Responsável” visa ampliar o número de reconhecimento formais de paternidade e de assegurar o direito à filiação às crianças e aos adolescentes. Desde criação, já foram quase 80 mil processos de reconhecimento de paternidade, que é feito a partir de audiências com promotores de Justiça.

Assistentes sociais e servidores do Caocife também estarão presentes no local para esclarecer dúvidas sobre assuntos relacionados à área cível, bem como para realizar o atendimento de demandas espontâneas da população. No mês de julho, quase 700 mães estiveram presentes nas palestras promovidas pelo MP-BA em Ilhéus e Canavieiras sobre reconhecimento de paternidade.

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Numa análise aprofundada, o retorno das duas instituições líteras, etílicas e mundanas foi por demais proveitoso, com a aprovação da filiação do debutante Miron à Confraria d’O Berimbau, enquanto aguarda a decisão do Clube dos Rolas Murchas. A próxima assembleia promete assanhar os velhinhos.

Walmir Rosário

Finalmente! Agora, sim, comecei a levar fé que o mundo está voltando a ser o mundo de antes, modificado que foi nestes tempos em que a tal da Covid-19 esfacelou tudo de bom que existia neste Brasil de meu Deus e por aí afora. Uma simples convocação feita pelo whatsapp foi prontamente atendida por boa parte dos membros da Confraria d’O Berimbau e do Clube dos Rolas Cansadas.

É certo que não se tratava de uma simples reunião, mas da comemoração do confrade Antônio Alves (que também atende como Tonhão ou Tonhe Elefoa), o que envolve um substancial prato da mais forte culinária. E desta vez foi servido um lauto mocofato, prato de sustança para os que se reúnem para tratar de coisas bastantes sérias numa mesa de bar, sem horário para o fim do encontro.

Como sempre alguns recalcitrantes teimaram em não aparecer, dando como escusas compromissos assumidos anteriormente, hoje em dia uma desculpa indelicada e não levada a sério. Entre os faltosos, o Almirante Nélson, que amarelou, seguido por Valdemar Broxinha, que agora somente comparece aos encontros caso tenha sido anunciado pelo comunicador Mário Tito pelas ondas da Rádio Sociedade da Bahia e mais uns três.

O aniversário – com os tradicionais parabéns pra você –, na verdade, era apenas um pretexto motivador para a presença dos confrades. Dois temas da maior relevância constavam da pauta: o retorno das reuniões semanais às quintas-feiras (Clube dos Rolas Cansadas), de forma itinerante, e aos sábados, no bar Mac Vita, ambiente aberto e ventilado, longe dos perigos dos vírus que circulam por aí.

Mas nem tudo seguiu conforme o planejado, haja vista o comportamento desajustado dos velhinhos após a ingestão de alguns copos de cerveja, tratando de alguns temas extrapauta. A começar pela data do aniversário, que seria no dia 4 de julho, transferido para o dia 5 por Tonhão, por conta da coincidência da independência americana, ficando longe do capitalismo do Tio Sam.

Já a segunda discussão animou os confrades, pelo pagamento de uma dívida. Calma, eu explico. É que no dia 24 de março de 2018, o conceituado Grupo RM, como se intitula (embora maldosos digam que representa Rolas Murchas) veio a Canavieiras exclusivamente para se encontrar com as coirmãs e estabelecer laços de amizade e troca de informações institucionais.

Em Canavieiras, a representação de alto nível, capitaneada pelo presidente Cal e os membros Zé Leite, o saudoso Gileno Alves, Coronel Jamil e Zé Nílton, isso em veículo próprio conduzidos pelo motorista abstêmio Paulo Taquari. Por aqui fizeram uma tournée pelo centro histórico, praia, Igreja de São Boaventura, Bar Laranjeiras, finalizando na Confraria d’O Berimbau.

Recebidos pelos confrades das duas instituições líteras, etílicas e mundanas, trocaram juras de amizade e juraram solenemente manter contatos recíprocos entre as duas sedes: Ilhéus e Canavieiras. Na sede d’O Berimbau a conversa rolou solta até quase o fim da tarde e sessão de fotos, devidamente acompanhadas das melhores cachaças, cerveja bem gelada e comida de sustança.

Como disse que existe a dívida, conto também os motivos que até hoje o motivo da inadimplência, o que tem deixado alguns confrades avexados. E todas as culpas recaem no planejamento (ou falta dele) da viagem a Ilhéus, por conta de Tyrone Perrucho e Demostinho. Os 110 quilômetros que separam as duas cidades não recomendam viagem dirigindo os próprios carros, por questões de absoluta segurança.

A solução foi contratar uma van ou micro-ônibus para a viagem. Aí foi que apareceram os insolúveis problemas: As vans de sete lugares não comportavam os poucos confrades, já os micro-ônibus eram grande demais para fazer a viagem com tão poucos passageiros. Até nos dispusemos a avaliar a proposta do confrade Tedesco, de que nos deslocássemos a Ilhéus de num barco de pesca, ideia abortada pelos frágeis estômagos dos confrades.

Sem encontrar solução, não conseguimos aportar na Barrakitika, sede dos encontros de sábado do Grupo RM. Para que não seja considerada incompetência, já recorremos ao adjutório do Secretário Plenipotenciário d’O Berimbau, Gilbertão, que virá de Santa Cruz Cabrália para definir o compromisso de tal monta. A viagem urge e pelo emocional dos confrades, desse ano não passa.

Numa análise aprofundada, o retorno das duas instituições líteras, etílicas e mundanas foi por demais proveitoso, com a aprovação da filiação do debutante Miron à Confraria d’O Berimbau, enquanto aguarda a decisão do Clube dos Rolas Murchas. A próxima assembleia promete assanhar os velhinhos.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Se o costume persistir, será preciso uma força-tarefa para realizar a exorcização dessas pessoas que pretendem ser mais reais do que o rei. E viva São Boaventura.

 

Walmir Rosário 

Só Deus nessa causa para que tudo volte à normalidade! Estou falando do cortejo que sai da praça Maçônica todo o último domingo antes do dia 14 de julho, data dedicada a São Boaventura. Assim que chegam à praça São Boaventura, um grupo de baianas estilizadas lava as escadarias da igreja matriz e, por extensão, os políticos, turistas e fiéis que participam do evento profano.

A cada ano a tradição é ultrajada, e neste ano da graça de 2022 o esculacho foi geral, com o fim da lavagem da escadaria da igreja, embora as baianas carregassem, durante todo o cortejo, cântaros e pequenos vasos com a água de cheiro destinada à limpeza. Pelo menos já sabemos que não foi falta de água, para que não se culpe a Embasa ou rio Pardo pela escassez do precioso líquido.

Pouco importa a tradição, definhada ao longo dos anos e ao sabor dos políticos. Sim, porque a festa é coordenada pelo prefeito desde que iniciou lá pelo ano 1978 – século passado –, criada pelo prefeito da época, Almir Melo. Coordenada por Trajano Barbosa, era realizada nos mínimos detalhes, inclusive com a lavagem do interior da igreja, suprimida anos depois, mantendo a tradição apenas na área externa.

A quebra da tradição também é verificada quanto ao cortejo, que sempre contou com peças e alegorias sobre a vida do Santo. À frente, o mandatário e seus representantes políticos nas diversas instituições do legislativo, seguido por grupos de diferentes ideologias, cada qual coeso no seu bloco, como manda a democracia. Os políticos, é bom que se diga, sempre se revezavam, conforme o mandatário municipal.

Em 2020, com a pandemia da Covid-19, poucos se incomodaram com a tradição e a fé no santo padroeiro São Boaventura. Por pouco passaria em branco, não fosse o fervor dos vizinhos da igreja, capitaneados por Antônio Tolentino, sua filha Fafá, e mais dois ou três vizinhos. Só e somente só, essa meia dúzia de fervorosos chegaram com latas d’água, mangueiras e vassouras para cumprir a devoção.

E o ex-bancário e ex-secretário Antônio Amorim Tolentino (Tolé), se queixa até hoje das mudanças feitas pela direção da Igreja Católica, em Salvador, em relação aos festejos profanos da lavagem da Igreja do Bonfim, que se refletiu também Canavieiras. “Apesar disso, não conseguiram diminuiu a devoção e o brilho da festa”, opina. Mas esse não foi o primeiro gol contra São Boaventura.

Os católicos mais tradicionais também se queixam da mudança da data em que São Boaventura era comemorado. Antes festejado no dia 15, foi retroagido para o dia 14 de julho, simplesmente porque o vigário da época pretendia participar da festa de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da vizinha cidade de Belmonte. Essa transferência criou uma polêmica na comunidade católica, resolvida posteriormente com um armistício.

E Tolé era um dos inconformados com a quebra das tradições, tanto que, junto com o jornalista Tyrone Perrucho, Raimundo Tedesco e outros fiéis desocupados organizavam a comemoração no dia 15, em frente a igreja. Durante todo o dia espocavam fogos, bebiam, comiam e debatiam a vida do Seráfico Doutor da Igreja Católica até o sol se pôr ou a bebida acabar.

Conversava eu com uns amigos durante a passagem do cortejo sobre a mudança dos convidados dos mandatários municipais. Eu simplesmente não conseguia entender o motivo. Foi quando um professor que nos assistia teve a gentileza em nos explicar que seria devido à teoria da satisfação das necessidades. Se os primeiros convidados já satisfizeram as reivindicações anteriores, nada como os novos para as seguintes.

E o professor ainda teve a gentiliza de anotar o nome de um cientista social, um tal de Maslow, que explicava direitinho que a cada necessidade satisfeita imediatamente surgiria uma nova, que também deveria ser satisfeita, até completar a pirâmide. Como não conheço bem dessas artes, acreditava piamente que eram traições políticas, no que fui repreendido por não ter estudado o suficiente.

Estou bastante receoso com o cortejo de São Boaventura no ano que vem, pois posso ser surpreendido com a falta de outro elemento importante do importante festejo, além da lavagem da escadaria, já consumada. Conta a história, que por essas e outras heresias, a imagem de São Boaventura teria sumido da igreja matriz de Canavieiras, sendo encontrada no distrito do Poxim da Praia, onde apareceu após um naufrágio.

Há poucos anos, outro santo também se rebelou em Canavieiras. Foi o poderoso e reverenciado São Sebastião, que teimou em não fazer subir seu mastro na festa da Capelinha, após mudanças e quebras de tradição. Se o costume persistir, será preciso uma força-tarefa para realizar a exorcização dessas pessoas que pretendem ser mais reais do que o rei. E viva São Boaventura.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Um garoto de 3 anos, de Canavieiras, no sul da Bahia, morreu após passar um ano com um prego no pulmão. Os pais levaram a criança ao hospital do município várias vezes, mas só descobriram o material no corpo do menino quando resolveram fazer um exame por conta própria.

Em junho de 2021, Clarice Araújo e Cosme Conceição perceberam que o pequeno Cauan Araújo Conceição teria engolido um objeto, mas não conseguiram identificar o que era. O pai então levou a criança até o Hospital Municipal de Canavieiras.

“Naquela noite, eu senti que ele estava engasgado, saiu até sangue da boquinha dele. Aí, imediatamente, eu levei para o hospital, na mesma noite. Chegando lá no hospital, o médico olhou e falou que não tinha nada na garganta da criança. Aí a gente voltou”, contou Cosme.

Depois disso, Cauan foi levado ao hospital várias vezes, sempre com as mesmas dores. Clarice contou que, com o passar do tempo, os sintomas ficaram mais intensos.

“Ele ficava sentindo febre e tossindo demais. De um tempo para cá, a dor foi começando a chegar. Uma dor do lado direito dele, que ele ficava andando torto, de lado. A gente sempre levando no hospital, e ele só davam medicamento. Aí quando o efeito do medicamento passava, a dor e a febre continuavam vindo”, lembrou ela.

“SINTOMAS DE ASMA”

A penúltima entrada do garoto no hospital da cidade foi no dia 27 de junho. A médica que o atendeu disse à família que ele estava com sintomas de asma. Assim como das outras vezes em que os pais levaram o menino ao hospital, nenhum exame médico foi solicitado.

A profissional receitou medicamentos, passou uma nebulização e liberou a criança de volta para casa. Com o agravamento das dores do filho, Clarice e Cosme fizeram um exame de raio-x particular, onde identificaram a gravidade do problema do filho. A família então retornou com o garoto para o hospital.

“Aí chegou lá, deram medicamento a ele e mandou ficar na espera de alguma regulação para ser transferido. Aí ele foi transferido para Salvador”, disse a mãe de Cauan.

Já no Hospital Geral do Estado (HGE), o garoto passou por uma cirurgia para retirar o prego. Os médicos identificaram que o material havia perfurado os dois pulmões de Cauan chegou a ficar internado dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas ele não resistiu.

No laudo médico, a causa da morte de Cauan foi identificada como broncopneumonia. Os pais do pequeno acreditam que ele morreu vítima da negligência nos atendimentos médicos no Hospital Municipal de Canavieiras.

“Nunca me deram o pedido para eu correr atrás. Mesmo que eles não pudessem fazer no hospital, me davam pelo menos o pedido para eu cuidar de meu filho em uma clínica particular. Sempre só medicamento, nunca teve solicitação de exame nenhum”, lamentou Clarice.

Para Cosme, se os profissionais do hospital tivessem identificado logo o prego, talvez o garoto tivesse sobrevivido.

“Se ele ‘caçassem’ providencia logo, meu filho estaria vivo aqui. Meu filho era uma parte de mim. É doído a pessoa perder um filho. Eu quero justiça para que não aconteça mais isso, para que não aconteça com outras crianças”.

VERSÃO DA PREFEITURA DE CANAVIEIRAS

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Canavieiras informou que, na última segunda-feira (27), foram solicitados exames para a criança, e que uma consulta com uma pediatra foi marcada para o dia seguinte, no dia 28, mas a pediatra ficou doente e não houve o atendimento.

A nota disse ainda que a família não tinha buscado atendimento antes desse dia. A família, no entanto, tem papéis que comprovam que estiveram na unidade. A secretaria informou que o caso está sob investigação. Do G1.

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Igreja ao lado de bar é concorrência desleal e sempre poderá passar por sérios dissabores e insolúveis problemas.

Walmir Rosário

Calma, eu explico: nem morreu nem morrerá tão cedo, pois ouvi dizer que está imortalizado no álcool. Também não confundam o título com matéria que ele mesmo escreveu – há anos, no saudoso Tabu –, descrevendo sua morte. Não, o cabra – Tyrone Perrucho – está e continuará vivinho da Silva por muitos e muitos anos, pelo menos em nossa memória. O problema é outro e muito sério, como passarei a descrever.

É que anos passados o jornalista desocupado Tyrone Perrucho deixou sorrateiramente Canavieiras por duas vezes em direção a Barra Grande, município de Maraú, uma delas na companhia de Alberto Fiscal, lá conhecido como Alberto Coletor. Nesta primeira viagem, de cunho eminentemente turístico, se divertiu a valer e até provou da cerveja Heineken pelo alvissareiro preço de R$ 10,00.

Já na segunda turnê, saiu à francesa, sem se despedir ou dar um simples até logo a nenhum dos amigos e criou uma comoção nos diversos estabelecimentos do ramo etílico devido ao seu sumiço. Num belo dia, quando ainda estagiava nas artes do WhatsApp, disparou dezenas de postagens em que registravam visitas suas às igrejas chamadas popularmente de evangélicas.

Se por um lado despreocupou os confrades d’O Berimbau e do Clube dos Rolas Cansadas, deixou as cabeças de outros totalmente baratinadas, dado a esse interesse mais que repentino em frequentar as chamadas “Casas de Deus”. Assim que chegou à Confraria d’O Berimbau, no sábado seguinte, o confrade Raimundo Tedesco decifrou o enigma, informando ser uma ideia fixa dele, ainda dos tempos de rapazote.

E discorreu sobre sua primeira incursão numa igreja evangélica, prontificando-se a congregar com os irmãos, chegando a receber o sacramento do batismo em um sábado solene. Toda essa religiosidade – segundo o amigo Tedesco – estaria fundamentada no interesse numa das irmãs em Cristo, a quem prometera casamento, desde que a conhecesse mais intimamente, proposta tida como indecorosa pela quase futura noiva.

O “Batizado do Irmão Tyrone” deu o que falar naquela Canavieiras de ontem e rendeu uma poesia, distribuída fartamente (e ainda guardada até hoje) em todos os recantos da cidade, com a foto do inusitado acontecimento. Desfeita a quase união, Tyrone Perrucho não deixou o hábito – há quem diga que é tara – de se bandear para igrejas, com segundas intenções.

Alguns dos seus amigos sempre disseram que esse comportamento não era normal, haja vista que volta e meia arrumava uns arranca-rabo com os padres, o que lhe rendeu uma promessa de excomunhão. Para uns confessava ser ateu, aquele coitado que não crê em Deus ou outro ser superior; para outros seria apenas um agnóstico, daqueles que não dizem que sim nem que não, muito pelo contrário.

Entretanto, as fotos chamavam a atenção, pois as igrejas estavam todas fechadas, no que mais uma vez Tedesco revelou a questão: “É que um sujeito pernicioso daquele chama a atenção, e os pastores mandam fechar as portas com medo que venha junto o satanás”. Mas a pergunta que não quis calar foi: o que Tyrone Perrucho queria nessas igrejas, de forma tão insistente?

O tempo passou, mas a questão ficou no ar, até que, mais algum tempo, confabulavam Tyrone e Alberto sobre a possibilidade de um retorno a Barra Grande logo após a folia momesca. Flagrados por Panela de Barro, a conversa se encaminhava sobre a possibilidade de abrir uma franquia de uma dessas igrejas em Canavieiras, que funcionaria justamente ao lado do bar Mac Vita.

Pelo que Panela de Barro ouviu – e contou aos confrades –, o local escolhido já se encontrava pronto para funcionamento de uma dessas igrejas, faltando apenas o investimento no mobiliário, num grande e chamativo letreiro em frente e no serviço de som. De mais, bastaria formar alguns obreiros para atrair os fiéis, ao encarnarem as figurações de fé e recolher os óbolos pelas curas e milagres.

Não sei se Tyrone Perrucho sabe o motivo do fechamento da igreja no local em que ele pretende abrir o seu estabelecimento religioso. Caso não saiba nem lembre, conto aqui. Numa dessas noites chuvosas, a Coelba se esmerava em transformar as luzes da cidade em pisca-pisca, deixando às escuras os clientes do Mac Vita e da igreja ao lado, numa tentativa de fazer com que todos retornassem às suas casas.

Foi então que o pastor desceu do seu púlpito e se dirigiu ao bar Mac Vita para o espanto da seleta freguesia, que, entre uma cerveja e outra, acompanhava as promessas de milagres. Educado, saudou a todos com um empolgante boa noite e perguntou se alguém da seleta clientela dispunha de um isqueiro ou fósforo para que ele pudesse acender as velas e continuar operando os milagres em seu culto.

Sem pestanejar, um dos clientes, Batista Gama Neves, emendou de primeira:

– Por que mesmo o senhor quer isqueiro ou fósforo?

No que o pastor respondeu:

– Para acender as velas e continuar o culto.

Foi aí então que Batista não deixou por menos:

– Pastor, nós estamos aqui ouvindo o senhor operando milagres, fazendo aleijado andar, surdo ouvir e expulsar satanás. Com todo esse poder o senhor não sabe fazer um milagre mixuruco de acender uma vela? Pode ir embora, aqui não tem não –.

Para surpresa dos clientes do Mac Vita, no raiar do dia seguinte, parou um caminhão em frente à igreja e retirou todo o mobiliário, encerrando os cultos até hoje.

E apenas contei essa história com a finalidade de alertar o quase-pastor Tyrone Perrucho de que Batista continua sendo um dos clientes mais assíduos do Mac Vita, e para que ele não se poupe na sua vida mundana, brinque outros carnavais e não corra esse tipo de risco. Igreja ao lado de bar é concorrência desleal e sempre poderá passar por sérios dissabores e insolúveis problemas.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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O programa Universidade Para Todos (UPT) seleciona professores/monitores, por meio do Edital n. 072/2022, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Os profissionais vão atuar em Arataca, Almadina, Camacan, Canavieiras, Ilhéus, Itabuna, Ibicaraí, Gandu, Itacaré, Itapitanga, Santa Luzia e Una.

Os documentos exigidos são a ficha de inscrição (disponível no anexo 2 do edital), comprovante de matrícula para alunos de graduação ou pós-graduação, histórico escolar com coeficiente de rendimento (CRAA), currículo Lattes, cópias do RG e do CPF, comprovante de residência e comprovante de vínculo profissional com rede pública de ensino (quando for o caso).

Os documentos listados acima deverão ser reunidos em um arquivo PDF, que deverá ser enviado para uptinscricoes@uesc.br. O período de inscrições correrá de 27 de junho a 1º de julho, exclusivamente via internet, com preenchimento do formulário deste link.

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Um cigano acusado de matar a companheira, em Canavieiras, foi preso nesta sexta-feira (17), no Condomìnio Pedro Fontes I, no bairro São Roque, em Itabuna. De acordo com a Polícia Militar, Carleondas Brito Meira não ofereceu resistência. Ele é suspeito de ter assassinado, a facadas, no dia 12 de outubro de 2020, a então companheira, Ana Paula Filgueiras de Jesus, de 36 anos.

O crime ocorreu em um acampamento de ciganos, onde o casal morava, perto da rodoviária de Canavieiras. Conforme inquérito policial, Carleondas esfaqueou a mulher após uma discussão durante uma festa de Nossa Senhora Aparecida. Desde então, o homem era considerado foragido.

IBGE abre 7,5 mil vagas de emprego em todo o país
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Encerram-se nesta quarta-feira (15) as inscrições para contratação temporária de 48.535 recenseadores do Censo 2022. As vagas são para nível fundamental completo e estão distribuídas em todos os estados. Os interessados devem acessar o Portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e fazer a inscrição por meio do formulário virtual sem cobrança de nenhuma taxa.

No sul da Bahia, as vagas são para os municípios de Almadina, Barro Preto, Buerarema, Camacan, Canavieiras, Dário Meira, Firmino Alves, Gandu, Gongogi, Ibirapitanga, Ipiaú, Itabuna, Itaju do Colônia, Mascote e Ubatã.

O IBGE abriu o processo seletivo simplificado complementar (PSS) no dia 9 deste mês. A seleção será feita por análise curricular. “Os candidatos devem preencher o formulário com os dados relativos à formação e essa análise de títulos será classificatória. Quando forem convocados, precisam comprovar a titulação”, explica o coordenador de Recursos Humanos, Bruno Malheiros.

COLETA DO CENSO

De acordo com o edital, é recomendado que o recenseador tenha uma jornada de trabalho mínima de 25 horas semanais. O profissional também passará por um treinamento obrigatório antes do início da coleta do Censo. A divulgação do resultado final está prevista para o dia 30 de junho.

O recenseador tem como principal função entrevistar os moradores durante a coleta. Como a remuneração é por produção, ela pode variar de acordo com o tempo dedicado ao trabalho e o grau de dificuldade na abordagem aos domicílios. É possível calcular uma estimativa neste simulador. A previsão de duração de contrato do recenseador é de até três meses.

São Paulo é o estado com o maior número de vagas: são 18.589 espalhadas por 635 municípios. Grande parte delas (5.426) está concentrada na capital paulista. No Rio Grande do Sul, são ofertadas 5.185 vagas, que estão distribuídas por 492 municípios. Já em Minas Gerais, que é o terceiro estado com maior oferta, são 4.633 vagas. Acesse aqui para se inscrever.