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Ciro critica abertura de impeachment e diz que vice é "capitão do golpe".
Ciro critica abertura de impeachment e diz que vice é “capitão do golpe”.

Da Agência Brasil

O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, o governador do Maranhão, Flávio Dino, e o presidente do PDT, Carlos Lupi, uniram-se em torno da permanência de Dilma Rousseff na presidência da República. Os três falaram à imprensa no final da manhã de hoje (6) em uma coletiva convocada na sede do governo do Maranhão para falar da “conjuntura nacional” e que tratou exclusivamente do processo de impeachment enfrentado por Dilma.

Dino, Gomes e Lupi posicionaram-se contrários ao impeachment da presidenta. Dino defendeu Dilma ao dizer que não há motivos para uma mudança precoce de presidente da República. “A Constituição diz que para haver um impeachment não basta que não se goste do governo. É preciso que haja uma causa legítima. O chamado crime de responsabilidade está previsto no Artigo 85 da Constituição e as hipóteses ali existentes não estão presentes nesse momento”.

Dino pediu ainda serenidade àqueles que não gostam do governo de Dilma Rousseff. “As críticas todas são legítimas, mas nenhum interesse político está acima da democracia. É preciso que haja serenidade neste momento. É legítimo não gostar [do governo], mas há um momento de manifestar que não gosta, que é na próxima eleição. No presidencialismo não existeimpeachment por gosto”.

Lupi disse não duvidar da seriedade da presidenta e acrescentou que não defende Dilma “por conveniência, e sim por convicção”. O presidente do PDT reforçou isso ao dizer que o partido terá candidato próprio à presidência da República em 2018. “Não é fingir que não estamos vivendo uma realidade muito grave. O país está mal, a economia está mal, tudo isso estamos vendo. Não é nenhuma conveniência eleitoral o apoio à presidente Dilma. Temos clareza que o PDT terá candidato próprio à presidência da República”.

Gomes acusou o vice-presidente da República, Michel Temer, de ser “o capitão do golpe”. Ele ainda chamou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha – responsável por aceitar o pedido de impeachment na Câmara –, de ser “parceiro íntimo” de Temer.

“Se a Dilma cair é o Michel Temer que assume. Perguntem qual é a opinião dele sobre seu parceiro íntimo ter conta na Suíça. O beneficiário dessa situação é o Michel Temer, o capitão do golpe”. Não é a primeira vez que Gomes dá essa declaração. Ele já havia falado a mesma coisa em um programa de televisão na sexta-feira (4), além de reproduzir a mesma frase em sua página em uma rede social.

De acordo com sua assessoria, o vice-presidente da República está em São Paulo com a família e não vai se manifestar sobre as declarações do ex-ministro. Já Dilma disse ontem (5), após evento no Recife, que espera “integral confiança” de Temer.

O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, protocolado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal, foi aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na noite de quarta-feira (2). A presidenta da República foi notificada oficialmente no dia seguinte. Amanhã (7) será instalada no Congresso Nacional a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ao todo, a comissão terá 65 membros.

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Marcelo Nilo pode anunciar saída do PDT ainda hoje.
Marcelo Nilo pode anunciar saída do PDT ainda hoje.

Capitaneados pelo presidente da Assembleia Legislativa baiana, Marcelo Nilo, deputados estaduais pelo PDT estão reunidos neste instante com o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi.

Os parlamentares discutirão com o dirigente nacional os critérios de escolha do novo diretório estadual. A depender da resposta de Lupi, Nilo e os demais deputados estaduais eleitos pelo PDT (Euclides Fernandes, Roberto Carlos, Paulo Câmera e Vitor Bonfim) deixarão o partido.

Eles não concordam com os novos rumos dados à legenda pelo presidente estadual, Félix Mendonça, que preferiu manter aliança com o prefeito de Salvador, ACM Neto, e rompeu politicamente com o governo baiano.

Enquanto Félix decidiu aliar-se ao prefeito democrata, os deputados estaduais pedetistas preferem manter aliança com o governador Rui Costa. A aliança está sendo reforçada com a indicação do novo presidente da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), feita por Marcelo Nilo. A ala dos deputados estaduais já comanda a Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri).

Acompanhado dos demais deputados, o presidente deixou o legislativo, há pouco, para a reunião com Luppi.

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O presidente nacional do PDT, Carlos Luppi, terá reuniões com o governador Rui Costa e com a cúpula estadual pedetista. A pauta será o futuro do partido na Bahia.

O presidente estadual da sigla, Félix Jr., quer formar uma aliança do PDT com o prefeito de Salvador, ACM Neto. O gestor soteropolitano daria ao PDT uma secretaria, a ser comandada por Andréa Mendonça, irmã de Félix.

Do outro lado, estão os deputados estaduais do PDT. Desde que o governador Rui Costa afirmou que não aceitará ver o partido acendendo vela para Deus e o diabo, os deputados, puxados por Marcelo Nilo, assumiram a defesa de que o partido continue na aliança estadual com o PDT.

Félix sonha alto. Prefere o PDT com ACM Neto. Sonha em ser o candidato a vice de Neto em 2016. Como o pupilo carlista tem como projeto o governo baiano em 2018, Félix – sendo o vice – dá como certo que assumiria a Prefeitura de Salvador.

A decisão do PDT deverá ser anunciada hoje. Se o partido pender para ACM Neto, “Grampinho” equilibra o jogo, após a perda do PTN.

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A frase com o termo chulo acima foi pronunciada pelo educado e simpático deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), numa entrevista ao Terra Magazine.

Ao discorrer sobre as pressões do governo para aprovar o mínimo de R$ 545,00 e dizer que está de saco cheio de receber “recadinhos” pelos jornais, Paulinho socou os bons modos e agrediu ouvidos (e leitores) mais sensíveis. A canelada foi logo no início da entrevista, na primeira resposta:

Terra Magazine – Líderes do PT têm manifestado bastante insatisfação com o senhor e com as centrais sindicais.

– Nós não vamos mudar as nossas opiniões porque eles estão insatisfeitos. O PDT tem um programa histórico, sempre defendeu os direitos dos trabalhadores, e se o PT abandonou os trabalhadores, a culpa não é nossa. Manda o PT se f… Estou de saco cheio deles já.

A íntegra da entrevista pode ser conferida no Terra Magazine.