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A vereadora Carmem do Posto Médico (PR) subiu à tribuna do plenário, ontem, para pedir desculpas a Solon Pinheiro (DEM) por tê-lo chamado de “ladrão”. Justificou-se dizendo que é vereadora de primeiro mandato. Faltou-lhe experiência.
Solon, que havia ameaçado entrar com medidas por quebra de decoro contra Carmem, disse que ainda não sabe o que fazer diante da retratação da colega.
Há uma turma defendendo que Solon perdoe Carmem.

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Solon fez críticas. Carmem "ponderou".
Solon fez críticas. Carmem “ponderou”.

O vereador Solon Pinheiro (DEM) tem enfrentado alguns arranca-rabos no seu retorno à Câmara. A última foi um embate dele com a vereadora Carmem do Posto (PR), repetindo cena de um mês (relembre).
Sentindo-se em um papel novo para ele, o de oposição, Solon fazia críticas às filas na Central de Regulação, na Secretaria de Saúde. E disparou na tribuna, afirmando que aquilo era uma vergonha (no que está certíssimo!). Falou, falou sem ser interrompido.
A vereadora o sucedeu na Tribuna. Diante do secretário de Saúde, Renan Araújo, Carmem dava seu voto de confiança e dizia acreditar na capacidade do governo melhorar os serviços públicos, quando Solon pediu aparte. A colega negou. E se justificou, “braba”:
– O senhor não estava nesta Casa, quando o povo enfrentava esse mesmo problema [em 2009 e 2012]? O senhor estava aqui e se omitiu, calou-se para agradar o seu chefe [o ex-prefeito Capitão Azevedo]. Hoje quer posar de defensor do povo. Puro teatro. Fique no seu canto, me deixe falar…

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Carlito atacou Solon, que também foi fuzilado pela colega Carmem (Montagem Pimenta).
Carlito atacou Solon, que também foi fuzilado pela colega Carmem (Montagem Pimenta).
– CARLITO DIZ QUE SOLON É COVARDE
– COLEGA REBATE E DIZ QUE CARLITO FALSIFICOU DOCUMENTOS

Carlos Coelho, o cassado, foi pivô da troca de gentilezas no plenário.
Carlos Coelho, o cassado, foi pivô da troca de gentilezas no plenário.

O plenário da Câmara de Itabuna foi transformado em palco para troca de acusações entre os vereadores Solon Pinheiro (DEM) e Carlito do Sarinha (PTN). O bate-boca começou quando Nadson Monteiro (PPS) utilizou-se do pequeno expediente para dar boas-vindas a Solon, que retorna à Câmara após a Justiça Eleitoral cassar o mandato do médico Carlos Coelho (DEM).
Carlito usou do seu tempo para acusar Solon de ter conspirado para tirar o mandato de Coelho:
– O vereador Solon armou [contra Carlos Coelho]. Não dou nem boa nem (sic) mau-vinda a ele. Carlos Coelho é homem de bem, conceituado. Você é covarde. Política se faz com honestidade.
A sequência de golpes foi complementada pela vereadora Carmem do Posto (PR). Apesar de afirmar que não criticaria o colega de legislatura, Carmem fuzilou:
– Seu passado, aqui, é negro. Que moral você tem? – questionou.
Carmem fazia alusão ao envolvimento do vereador Solon Pinheiro com envolvimento em fraude com crédito consignado e com a Farra das Diárias, que resultou no afastamento preventivo de todos  os vereadores da legislatura passada, logo após as eleições municipais, em outubro.
Após a sessão de ataques, Solon tentou sair das cordas. Respondeu que Carlito e Carmem precisavam estudar mais por que ele conseguiu a vaga de vereador ao provar que Carlos Coelho havia comprado votos e foi cassado por isso, além de abuso de poder econômico. E, no final, sobrou para Carlito.
– Carlito, o senhor ficou inelegível por oito anos justamente por falsificar documentos – disse Solon, lembrando do processo em que o colega não conseguiu comprovar escolaridade e recorreu a declaração falsa de conclusão do Ensino Fundamental.
Resta saber qual será o posicionamento da Comissão de Ética da Câmara. Pelo Regimento Interno, a troca de acusações pode resultar em punições que vão ate a perda de mandato por quebra de decoro parlamentar.