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professor júlio c gomesJulio Cezar de Oliveira Gomes | advjuliogomes@ig.com.br

Pressionada, entre outros, pelo poderoso pastor Silas Malafaia, Marina recuou na proposta de reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, restringindo-se a apoiar o que, simplesmente, já existe: a legalidade da união civil homoafetiva com base em decisões do STF.

Definitivamente, a agenda e as propostas conservadoras tomaram conta das eleições de 2014, sobretudo no que toca à disputa pela Presidência da República.
Após a morte de Eduardo Campos e a ascensão de Marina Silva à cabeça da chapa de sua coligação e ao topo da disputa, o que se passou a ver, de forma cada vez mais explícita, foi a disputa pelo voto mais conservador, por meio das negociações com os líderes desses setores, traduzindo-se em compromissos políticos e programáticos cada vez mais próximos daquilo que desejam os chamados setores da direita.
Foi assim que, pressionada, entre outros, pelo poderoso pastor Silas Malafaia, Marina recuou na proposta de reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, restringindo-se a apoiar o que, simplesmente, já existe: a legalidade da união civil homoafetiva com base em decisões do STF.
Estes mesmos setores exigem de Marina uma posição formal quanto à não legalização do aborto e das drogas, solidamente calcados nos milhões de votos que possuem.
Para não ficar para trás, e tentando recolocar-se no centro da disputa presidencial Aécio Neves incluiu formalmente em suas propostas a revisão da legislação que trata de pessoas com 16 e 17 anos que cometem crimes graves, tais como homicídio.
Esta corrida ao conservadorismo deixa a presidente e candidata Dilma em uma situação muito difícil. Ceder a este tipo de programa político seria, em princípio, romper com as expectativas daqueles que historicamente votam nela; e não fazê-lo significa deixar a bola da vez e as demandas sociais nas mãos de seus adversários, sobretudo de Marina Silva, que muda suas propostas de governo com rapidez e facilidade de causar inveja até às mais velhas e ferinas raposas da política brasileira.
Em parte, é preciso dizer, os brasileiros se sentem contemplados por esta agenda conservadora, sobretudo no que toca à segurança pública. Não podemos mais dar tanta atenção aos direitos das chamadas minorias sociais em um país onde ocorreram, em 2012, 56 mil homicídios, segundo números do próprio Governo Federal; onde não se tem mais tranquilidade para trabalhar ou sair às ruas, e onde o Estado parece curvar-se cada vez mais diante do crime.
Quanto à sexualidade, me coloco entre aqueles que entendem que a vida privada e afetiva é problema de cada um, desde que guardem o devido respeito às demais pessoas. Mas não sei se a maior parte da população brasileira pensa deste mesmo jeito, ou se só diz isto para parecer “moderninho”, uma atitude muito ao gosto do brasileiro.
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O Papa Francisco chega hoje ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude

Pesquisa do Ibope encomendada pelo grupo Católicas pelo Direito de Decidir revela que o pensamento de jovens seguidores da religião acerca de temas polêmicos é diferente do que defende a cúpula da igreja. A consulta levantou a opinião da juventude católica sobre assuntos como casamento gay, aborto e celibato dos sacerdotes.

De acordo com a pesquisa, 56% dos católicos de 16 a 29 anos apoiariam a Igreja caso ela adotasse posicionamento favorável ao casamento gay. Entre os evangélicos da mesma faixa etária, 34% têm a mesma opinião.

Em outros pontos do levantamento, 62% dos jovens católicos condenaram a criminalização do aborto e 82% defendem o uso da pílula do dia seguinte, que ajuda a prevenir a gravidez indesejada. Já 74% disseram ser a favor do fim do celibato dos líderes religiosos.

O Papa Francisco desembarca no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 22, às 16 horas, para participar da Jornada Mundial da   Juventude. Durante o evento, a Igreja deverá reafirmar suas posições contrárias ao casamento gay e ao aborto.

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Sargento é contra união gay (Foto Pimenta).

Sargento Isidório (PSB), deputado estadual famoso por ter virado na pinoia com um médico durante o toque retal para exame de próstata, apresentou à Assembleia Legislativa baiana moção de aplausos ao juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública e Registros Públicos de Goiânia (GO), Jerônimo Pedro Villas Boas.
Defensor da moral e dos “bons costumes”, o deputado considera o juiz goiano um “extraordinário magistrado”, que demonstrou “independência, conhecimento, coragem e apego à nossa Constituição Federal” ao negar o casamento civil entre os homossexuais Liorcino Mendes e Odílio Torres, em junho deste ano. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) derrubou a decisão dias depois.
O deputado Isidório acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) extrapolou ao reconhecer a união estável gay. Para o parlamentar baiano, o casamento gay somente pode ser reconhecido por meio de projeto votado no legislativo.
A moção de aplausos demorou para ser apresentado. E tamanho lapso pode ser justificado: há menos de dez dias o Ibope divulgou pesquisa em que 55% dos brasileiros se posicionam contrários à união gay. Isidório, que pode até ter cara de “fronteiriço” mas não é besta, foi na onda.

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Pesquisa do Ibope Inteligência com 2.002 entrevistados apurou que 55% dos brasileiros são contra a união estável gay, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A reprovação atinge percentual ainda maior quando o universo pesquisado é o masculino: 63%.
O percentual de contrários ao casamento gay é maior entre os brasileiros de baixa escolaridade e renda e evangélicos. A pesquisa ainda aferiu como o brasileiro vê homossexuais atuando em profissões como  médico e professor.
Clique e confira a pesquisa completa

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Um projeto de decreto legislativo (PDC) de autoria do deputado federal paranaense André Zacharou (PMDB) prevê a convocação de plebiscito para votar a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Conforme a proposta, nas eleições seguintes à aprovação do PDC (em 2012 ou 2014), os eleitores deverão responder à seguinte pergunta: “Você é a favor ou contra a união civil de pessoas do mesmo sexo?”.
O resultado do plebiscito, conforme a proposta, servirá de base para a aprovação imediata de uma lei que vai liberar ou proibir esse tipo de união.
Em maio deste ano, a união entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecida legalmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão unânime. Com isso, passaram a ser aplicadas a esse tipo de relação as mesmas regras da união estável heterossexual, previstas no Código Civil.
Zacharow argumenta que se trata de uma questão polêmica, que tem suscitado violência verbal e física. Para ele, a consulta popular é a única forma de acalmar os ânimos. “Todos deverão se curvar a vontade nacional a ser expressa no resultado do plebiscito”, disse. Informações da Agência Câmara.

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Evangélica da igreja Assembleia de Deus, a candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva, teve que posicionar-se diante de um tema polêmico. Durante entrevista neste domingo, 18, ela manifestou-se contrariamente ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, explicando que, por se tratar de um sacramento, o matrimônio deve ser restrito a casais heterossexuais.
Na opinião da candidata do PV, os “gays” irão entender e respeitar o fato de que ela está expressando uma convicção pessoal. Apesar de ser contra o casamento, Marina afirmou ser favorável ao reconhecimento dos direitos civis decorrentes de uniões homossexuais.
(Com informações da Folha de S. Paulo)