Tempo de leitura: 2 minutosHelenilson Chaves
As ruas estão mostrando claramente que os que se portarem na vida pública como Anderson Silva se portou no octógono terão o mesmo destino: o inapelável nocaute nas urnas.
Quem assistiu à derrota do brasileiro Anderson Silva para o norte-americano Chris Weidman, válida pelo título dos pesos médios do UFC, pôde constatar como é possível uma pessoa ser derrotada não por um adversário mais capaz e preparado, mas por si própria.
Anderson Silva perdeu para ele próprio. O golpe demolidor de Chris praticamente surgiu de um pedido de Anderson, tamanha facilidade que ofereceu ao adversário. Tivesse golpeado a si próprio após dois rounds de puro exibicionismo e o espanto do mundo talvez fosse menor.
O exibicionismo foi um dos pecados de Anderson Silva na luta que lhe custou o título e manchou uma carreira até então irretocável.
Mas não foi o único. Anderson Silva não se contentou em exibir-se para o planeta através das câmeras de televisão. Fez mais do que isso: brincou, tripudiou e tentou humilhar Chris Weidman, como se fosse o único senhor do octógono e que vencer a luta era mero detalhe.
O soco demolidor de Chris Weidman mostrou que não era.
Anderson Silva beijou a lona e agora terá que rever conceitos caso queria dar a volta por cima.
A bazófia de Anderson Silva é a perfeita analogia de alguns governantes brasileiros, que ao longo das últimas décadas insistiram em tripudiar sobre o povo brasileiro e hoje começam a receber a resposta nas ruas.
Esse não é um problema inerente apenas à presidenta Dilma Rousseff, mas o acúmulo de uma revolta adormecida, em que os jovens se libertaram e assumiram a verdade histórica de que o povo elege e exige que seu voto seja honrado.
A arrogância, a empáfia e a sensação de estar acima do bem e do mal, custaram caro a Anderson Silva e vai custar caro a quem acha que pode brincar com o povo brasileiro.
As ruas estão mostrando claramente que os que se portarem na vida pública como Anderson Silva se portou no octógono terão o mesmo destino: o inapelável nocaute nas urnas.
Helenilson Chaves é diretor-presidente do Grupo Chaves.