Sebrae anuncia apoio a microempreendedores afetado pelas chuvas na Bahia || Foto Pimenta
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O Sebrae Bahia anunciou que vai desenvolver ações para apoiar os empreendedores afetados pelas fortes chuvas que atingiram o estado nos últimos dois meses. Até o momento, segundo dados do Governo da Bahia, são mais de 800 mil pessoas afetadas, de alguma forma, pelos temporais.

O Sebrae promete ofertar ferramentas, soluções e consultorias gratuitas aos empresários das áreas mais afetadas. Quatro unidades da instituição estão situadas nas regiões mais impactadas: extremo-sul (Teixeira de Freitas/Eunápolis e Porto Seguro), sul (Ilhéus/Itabuna), baixo-sul e recôncavo (Santo Antônio de Jesus) e sudoeste (Vitória da Conquista/Jequié). As quatro regionais estão nas áreas dos 153 municípios que seguem em situação de emergência.

Desde dezembro, o Sebrae vem se articulando com entidades sociais, associações, entidades públicas e comunitárias para facilitar e contribuir decisivamente com investimento direto para minorar impactos provocados pelas enchentes na Bahia, intermediar a distribuição de mantimentos e iniciar estratégias conjuntas com os empresários locais para que voltem a ter condição de gerar desenvolvimento para suas famílias e para a economia de suas respectivas cidades.

Marcone e o reitor Alessandro Santana recebem doações de Tobias Barreto
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O presidente da Amurc e prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral, e o reitor da Uesc, Alessandro Santana, recepcionaram, nesta quinta-feira (6), na Universidade, a entrega de um caminhão de donativos de Tobias Barreto, Sergipe. O material vai ser entregue aos municípios atingidos pelas fortes chuvas da última semana de dezembro.

A campanha da cidade Sergipana para a arrecadação de cestas básicas, roupas e travesseiros, dentre outros donativos, foi coordenada por Margarida Maria Araújo Bispo, Alex Freitas, Vanjo Freitas e Mirandi Freitas. A prefeitura, por meio do secretário de Indústria e Comércio, Alex Batista, e o prefeito Dilson de Agripino, apoiou a iniciativa de solidariedade.

“Gratidão a todo o povo de Tobias Barreto pelas doações. Tenho certeza que muitos municípios da nossa região vão fazer bom aproveito porque as pessoas, infelizmente, perderam tudo nessa chuva, e toda a ajuda é necessária”, disse Marcone.

O material arrecadado se soma às 54 toneladas de donativos que foram entregues à Universidade e já estão sendo distribuídos às comunidades cadastradas da região. O reitor da Uesc, Alessandro Santana, endossou a fala do prefeito Marcone. “Agradecimento eterno a todas as pessoas que estão nos ajudando. A região agradece”.

Ilhéus tem alerta de chuva forte até a quinta-feira (27) || Foto PMI
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Dezembro de 2021 foi o mais chuvoso dos últimos 97 anos em Ilhéus, de acordo com estudo divulgado na manhã desta quinta-feira (6) por pesquisadores do Departamento de Ciências Exatas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). No mês passado, o volume total de chuva no município sul-baiano chegou a 638 milímetros, o que corresponde a 638 litros de água por metro quadrado. A média histórica de precipitações para dezembro é bem menor (168 milímetros).

Conforme o professor e doutor Manoel Camilo Moleiro Cabrera, somente no intervalo de 24 a 26 de dezembro o acumulado de chuva chegou a 207mm, superando a média histórica para todo o mês de dezembro.

Além de ser o dezembro mais chuvoso em quase um século, o mês passado ainda foi o segundo mais chuvoso de todo o período analisado no estudo da Uesc. “Se compararmos todos os meses do ano, dezembro de 2021 ocupa a segunda posição, ficando atrás somente de maio de 1936”, enfatiza o professor doutor Manoel Camilo Moleiro Cabrera.

MONITORAMENTO E ALERTA

O professor recomenda melhorias no sistema de monitoramento dos rios na região. “Necessária a instalação de sistemas de monitoramento de nível, vazão e chuva nos principais rios da região, para criar um sistema de alerta que visa orientar a população em áreas de risco e, assim, reduzir e mitigar os prejuízos com os eventos extremos recorrentes como enchentes e inundações.”

Estes resultados foram obtidos por meio do projeto de iniciação científica Aquecimento Global e Tendências de Temperatura e Chuva na Ecorregião de Floresta Costeira da Bahia, orientado pelo professor e desenvolvido pelo bolsista e aluno de graduação em Engenharia Civil da Uesc Clebson Ramos Santos. O projeto tem a participação dos pesquisadores externos André Ballarin e do professor doutor Edson Wendland, ambos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da Universidade de São Paulo.

Ontem, o PIMENTA publicou matéria especial revelando como a ação do homem levou a uma das maiores tragédias climáticas já ocorridas no sul da Bahia. Quem explicou os impactos da ação humana foi o mestre Cezar Falcão Filho, da Uesc (confira a íntegra clicando aqui).

Cientista aponta desafios da sociedade para lidar com eventos climáticos extremos
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Thiago Dias

O fotógrafo Felippe Thomaz resgatou trecho do poema O Rio Cachoeira para acompanhar foto publicada em seu perfil no Instagram (@flipthomaz). A poesia fala de uma cobra imensa, de dorso ondulante, com sobras de água enchendo os caminhos. É provável que o professor e escritor Plínio de Almeida (1904-1976), que foi vereador de Itabuna, tenha escrito o poema sob o impacto das memórias das cheias do Cachoeira, como a de 1967, marco histórico hoje lembrado para dimensionar a enchente do Natal de 2021, quando o rio avançou sobre vinte bairros da cidade, além do Centro.

Doutor em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Felippe é dos raros artistas que reúnem profunda sensibilidade e rigor técnico no ato fotográfico. A imagem ao lado dos versos de Plínio mostra uma árvore no meio do Rio Cachoeira, quebrada na base e arrastada pela correnteza. Turvo e violento, o rio “não espelha a mata distante”. “Agora é furor descendo em caixão. Agora é só água malvada e gritante, enchente a fartar côncavas do chão”.

Rio Cachoeira arrasta árvore com tronco partido || Foto Felippe Thomaz

Plínio de Almeida imprimiu certo sentido geográfico na descrição poética da cheia, como nos versos iniciais: “E as águas que vêm do lado Oeste e enchem, com raiva, o dorso do rio”. Ele introduz a narrativa lírica informando o curso do Cachoeira. No outro trecho citado, usou o termo côncavas, que são terrenos cercados de morros com uma só entrada natural, segundo o Dicionário Online de Português. Os dois exemplos não são coincidências. O autor foi membro do Conselho Nacional de Geografia.

DESEQUILÍBRIO EM ESCALA GLOBAL

Cezar Filho: tragédia baiana não foi obra da natureza

Para compreender os fatores que contribuíram para a devastação das enchentes de Natal, o PIMENTA também recorreu à geografia, com o auxílio do geógrafo Cezar Augusto Teixeira Falcão Filho, 37, mestre em Sistemas Aquáticos Tropicais pela Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) e doutorando em Geologia pela Ufba.

O volume das chuvas  na Bahia em dezembro passado foi o maior do planeta, conforme levantamento da MetSul Meteorologia (relembre). A meteorologia chama o fenômeno de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), intensificado pelos efeitos de La Niña – que resfriou as temperaturas na América Latina –  e pelo aquecimento global.

Nuvens carregadas, que saíram do Norte do Brasil em direção ao Sudeste, chocaram-se com frentes frias sobre o território baiano, onde permaneceram por mais de três semanas e causaram tempestades intensas e duradouras.

A ação humana, em escala planetária, contribui para que eventos climáticos extremos, como o da tragédia baiana, tornem-se mais frequentes, diz o geógrafo. Segundo ele, desde o século 18, com a revolução industrial, quantidade significativa de substâncias químicas, a exemplo de dióxido de carbono, enxofre e outros gases, passou a ser lançada na atmosfera em volume crescente.

Esses gases integram a composição natural da atmosfera e fazem com que o planeta retenha calor da energia solar. Esse filtro foi determinante para o surgimento das condições de vida na Terra. No entanto, lançados em grande quantidade no ambiente, os gases produzem o famigerado efeito estufa, retendo mais calor na superfície terrestre.

O aquecimento global é um dos efeitos das mudanças climáticas, ressalta Cezar Filho. A temperatura mais elevada intensifica a dinâmica de refrigeração do planeta, acelerando a circulação das correntes oceânicas, pois os oceanos funcionam como reguladores térmicos do planeta.  “A Terra está brilhando menos. Antes, ela refletia mais luz para o espaço. Agora, está absorvendo mais calor. Então, precisa equilibrar toda essa temperatura”.

“NÃO É NATURAL”

Enquanto as chuvas torrenciais manifestam o movimento de reequilíbrio da temperatura do planeta, as enchentes que devastaram dezenas de cidades baianas foram favorecidas pelas formas de uso e ocupação do solo, alerta o geógrafo. A pressão das cidades sobre os leitos dos rios é traço histórico da expansão urbana brasileira, relembra, recorrendo ao exemplo do Rio Cachoeira para ilustrar seu raciocínio.

Cezar Filho esclarece que um rio não é influenciado apenas pelo que acontece nas suas imediações, como nas matas ciliares, mas em toda área da sua bacia hidrográfica, ou seja, a região da superfície terrestre que faz com que as águas da chuva convirjam num único trajeto – o próprio rio.

O Cachoeira nasce em Itapé, no sul da Bahia, no encontro dos rios Colônia e Salgado. Considerando os três corpos d’água, a bacia abrange 12 municípios da região.

A maior parte da cobertura florestal dessa área foi substituída por pastagens, enfatiza o geógrafo. “O que acontece? Quando a chuva se manifesta como processo natural, ela não encontra uma barreira que existia antes, a floresta que a amortecia. A água cai e impacta o solo diretamente, causando erosão, lixiviação e escoamento superficial, com muito mais velocidade”.

O mesmo desmatamento que favorece as enxurradas dos dias chuvosos, por dificultar a penetração da água no solo, contribui para a redução drástica dos níveis dos rios em períodos de estiagem, como o do verão de 2015/2016. “É estranho você observar uma bacia hidrográfica totalmente inserida no bioma da Mata Atlântica fazer com que Itabuna passe quase três meses sem água. Não sei se você lembra disso, que Itabuna ficou três meses sem abastecimento de água por causa de uma seca”, recorda o geógrafo.

A descrição é a de caso típico de desequilíbrio ecológico causado pelo desmatamento em larga escala. “O comportamento do rio numa bacia não florestada como a do Cachoeira é essa alta produção de água num curto espaço de tempo. Você tem uma chuva que não penetra nas camadas do solo. Ela escoa, faz com que o rio apresente uma cheia abrupta, com grande produção de água, que não é natural”.

Segundo o cientista, numa bacia hidrográfica onde a cobertura vegetal é conservada, o normal é a manutenção de baixas variações do nível do rio, com água correndo de modo perene, pois o lençol freático é reabastecido continuamente. “A floresta mantém a água no ambiente”. Sem a mata, uma chuva intensa e duradoura tende a elevar as águas do rio rapidamente. A tempestade perfeita eclode violenta na zona urbana, onde a ocupação do solo é moldada para a impermeabilidade.

Parte da comunidade científica, segundo Cezar Falcão Filho, entende que os processos de retroalimentação das mudanças climáticas, com o aumento do nível dos oceanos e da temperatura média da Terra, atingiram ponto sem volta. “O que a gente pode fazer agora é buscar formas de planejar como vamos nos adaptar às mudanças, porque é um processo que não pode mais ser revertido. Já passamos do ponto de ruptura, digamos assim”.

ADAPTAÇÃO

É necessário retirar moradias do leito do rio, afirma geógrafo || Foto Felippe Thomaz

O geógrafo aponta duas frentes de ação contra novas tragédias socioambientais na bacia do Cachoeira. A curto prazo, é necessário remover moradias construídas nas áreas de expansão do leito do rio em períodos chuvosos. “O rio tem a calha normal, onde a vazão média corre, mas você tem outro trecho que o rio acessa na cheia. Você tem que retirar as pessoas dessas áreas, para que não morram. Você precisa de um planejamento urbano adaptado a esses problemas, que vão ficar mais recorrentes. A primeira coisa é isso, porque o primeiro valor é a vida – a gente só tem uma, perdeu, já era!”.

Nos últimos dois meses, 26 pessoas morreram em decorrência dos efeitos das chuvas na Bahia.

A ação de longo prazo consiste no reflorestamento da bacia do Rio Cachoeira, afirma Cezar. Esse é o meio de regular as variações de cheias e secas do rio, evitando enchentes violentas e períodos de escassez hídrica – em uma palavra, equilíbrio. Segundo o geógrafo, trata-se de plano a ser executado e monitorado por, pelo menos, três décadas.

Segundo os versos finais da poesia de Plínio de Almeida, depois que o tempo melhorar e o sol esplandecer, “o Rio Cachoeira, descendo do Oeste, de novo terá seu manso correr, de novo será espelho da mata”. De algum modo, o desafio de reflorestar a bacia do Cachoeira atualiza o sentido da poesia que leva o nome do rio, porque não há espelho d’água capaz de refletir mata que já se foi.

PIS-PASEP pode ser sacado via aplicativo do FGTS
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Os trabalhadores residentes em Ilhéus já podem solicitar, a partir de hoje (5), o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade. A liberação, decorrente das fortes chuvas nas cidades, pode ser solicitada à Caixa por meio do Aplicativo FGTS.

Os moradores das áreas afetadas, conforme endereços identificados pela Defesa Civil Municipal, podem solicitar o saque até 15 de março deste ano. É necessário possuir saldo positivo na conta do FGTS e não ter realizado saque pelo mesmo motivo em período inferior a 12 meses. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220,00, segundo informou a Caixa.

A solicitação é facilitada por meio do aplicativo FGTS, opção Meus Saques, no celular, sem a necessidade de comparecer a uma agência. Ao registrar a solicitação é possível indicar uma conta da Caixa, inclusive a Poupança Digital Caixa Tem ou de outra instituição financeira para receber os valores, sem nenhum custo.

SAQUE 100% DIGITAL APP FGTS

O aplicativo está disponível para download gratuito nas plataformas digitais e é compatível com os sistemas operacionais Android e IOS. Para solicitar o saque FGTS, basta seguir os seguintes passos:

1 – Realizar o download do app FGTS e inserir as informações de cadastro;

2- Ir na opção “Meus saques” e selecionar “Outras situações de saque — Calamidade pública” — acessar a cidade;

3 – Encaminhar os seguintes documentos: foto de documento de identidade, comprovante de residência em nome do trabalhador, emitido até 120 dias antes da decretação de calamidade;

4 – Selecionar a opção para creditar o valor em conta Caixa, inclusive a Poupança Digital Caixa Tem, ou outro banco e enviar a solicitação;

5 – O prazo para retorno da análise e crédito em conta, caso aprovado o saque, é de cinco dias úteis.

DOCUMENTAÇÃO

Os documentos exigidos, conforme a Caixa, são Carteira de Identidade (carteira de habilitação ou passaporte também são aceitos), comprovante de residência em nome do trabalhador (conta de luz, água ou outro documento recebido via correio, emitido até 120 dias antes da decretação de calamidade), Certidão de Casamento ou Escritura Pública de União Estável, caso o comprovante de residência esteja em nome de cônjuge ou companheiro(a). Outras informações podem ser obtidas pelo site da Caixa ou também, pelo Fale Conosco da Caixa, telefone 0800 726 0207.

Requisito para acesso à linha de crédito emergencial, cadastro deve ser feito no SAC
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Nesta quarta-feira (5), a Prefeitura de Ilhéus inicia o cadastramento de comerciantes, prestadores de serviços e pessoas físicas afetados pelas chuvas. O cadastro é requisito para acesso à linha de crédito emergencial da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia).

O cadastro será feito no balcão do SineBahia, localizado no SAC, de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 12h30min.

De acordo com o Governo do Estado, o aporte inicial é de R$ 20 milhões, destinado aos comerciantes das cidades atingidas. As concessões permitem parcelamento em até 48 meses, incluindo carência de até 12 meses para pagamento da primeira parcela. Empréstimos de  até R$150 mil serão ofertados sem juros.

DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA

Conforme a prefeitura, os documentos necessários para o cadastramento são: boletim de ocorrência emitido pela Defesa Civi/Corpo de Bombeiros; formulário de declaração de propósito; RG ou CNH do solicitante e dos sócios/avalistas da empresa (para pessoa jurídica); RG/CNH do cônjuge/convivente ou dos sócios; certidão de casamento ou de divórcio; comprovante de residência; dados bancários; certidão de débitos relativos a créditos tributários federais e dívida ativa da União; certificado de regularidade com o FGTS; certidão negativa de débitos tributários expedida pela Sefaz-BA; recibo de entrega da RAIS (empresas optantes do Simples); e comprovante de Faturamento Fiscal (Extrato Simples ou SPED Fiscal/ECD) mais recente.

Presidente da UPB e prefeito de Jequié, Zé Cocá, defende ação emergencial
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A ajuda aos municípios baianos que sofreram com as fortes chuvas e enchentes de dezembro de 2021 enfrenta dificuldade para mobilizar recursos federais, uma vez que o orçamento da União ainda não foi publicado. Diante do problema, a União dos Municípios da Bahia (UPB) articula junto aos ministérios da Cidadania e do Desenvolvimento Regional a abertura, em caráter de urgência, de um Programa Proponente Específico para Gestão de Riscos e Resposta a Desastres.

Conforme a entidade, o objetivo da iniciativa é apoiar as administrações locais que decretaram situação de emergência a reparar os inúmeros prejuízos gerados na infraestrutura das áreas urbanas e rurais. Há mais de 130 municípios baianos em estado de calamidade.

Segundo o presidente da UPB e prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), depois que o nível das águas baixou, percebeu-se a dimensão dos estragos causados em pontes, estradas, rodovias, praças e residências. “Nos deparamos com um cenário de guerra. Vai ser necessária uma força-tarefa para reconstruir essas cidades, e os municípios não conseguem fazer isso sozinhos. Vamos precisar do aporte da União. Já encaminhamos ofício e estamos articulando com as equipes dos ministérios para viabilizar o aporte financeiro”, declarou.

APOIO DO GOVERNO ESTADUAL

A entidade também alinha com o governador Rui Costa (PT) diferentes formas de auxílio aos municípios, a exemplo de convênio da Secretaria do Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur) com a UPB. A ideia é reforçar o trabalho de elaboração de projetos de infraestrutura para os municípios, requisitos para que as prefeituras possam captar recursos.

Famílias de Vereda, no extremo-sul baiano, recebem eletrodomésticos || Foto GovBA
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Na entrega de cerca de 400 eletrodomésticos e colchões, nesta terça-feira (04), no município de Vereda, no extremo-sul da Bahia, o governador Rui Costa pediu que os prefeitos acelerem o cadastro das famílias afetadas pelas fortes chuvas. O gestor estadual também pediu aceleração na entrega dos projetos básicos para a reconstrução das casas que ficaram destruídas ou danificadas pelas enchentes.

No município de Vereda, foram entregues 96 geladeiras, 96 fogões, 96 botijões e 96 colchões. A ação marca a continuidade das entregas que começaram na última quarta-feira (29) para famílias de Itamaraju. Na ocasião, o Governo do Estado entregou 380 geladeiras, 500 botijões de gás, mil fogões e cinco mil lâmpadas.

Os eletrodomésticos e utensílios foram adquiridos pelo Governo do Estado, por meio do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Funcep), e também doados por empresas como a Neoenergia Coelba e o Magazine Luiza.

O cadastramento das famílias beneficiadas é feito pelas prefeituras com apoio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), que tem atuado junto às equipes de assistência social dos municípios, e da Superintendência de Defesa Civil da Bahia (Sudec).

Campanha mobiliza 8º Batalhão de Polícia Militar
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Menos de uma semana após o início da campanha de arrecadação de alimentos para as vítimas da enchente do Rio Cachoeira em Itabuna, o 8º Batalhão da Polícia Militar recolheu quatro toneladas de donativos em Porto Seguro.

Ao ser divulgada nas redes sociais da unidade, a Campanha Força Solidária II ganhou ainda mais contribuições. Os itens foram doados aos moradores de Itabuna no domingo (2).

“Devido ao grande número de pessoas em completa situação de vulnerabilidade, optamos por distribuir esses donativos aos moradores de Itabuna. Duas toneladas foram entregues aos cuidados das equipes do 15º Grupamento de Bombeiros Militar para que eles avaliassem a localidade do município com maior necessidade da doação e a outra parte foi entregue pelos próprios policiais no bairro de Fátima, que havia ficado totalmente embaixo d’água e os residentes precisando de assistência”, detalhou comandante da unidade, tenente-coronel Alexandre Costa.

Semps montou cestas básicas para doação às vítimas das chuvas em Itabuna
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A Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) informou ter recebido e repassado à população afetada pelas chuvas, em Itabuna, aproximadamente oito toneladas de alimentos. A quantidade de gêneros alimentícios foi transformada em cestas básicas conforme a Semps.

A Pasta recebeu 20 mil peças íntimas e 1.000 caixas de produtos de limpeza – sabão em pedra, desinfetante, água sanitária e detergente. Também já foram doados 50 fardos de águas, 778 colchões, 43 pacotes de fraldas, toalhas, lençóis, roupas e calçados. As doações foram feitas pela população, instituições religiosas, órgãos públicos e empresas parceiras do município.

“Em meio a essa catástrofe, sem precedentes, que assolou o nosso município, vimos também surgir uma onda de solidariedade que também nunca fora vista em nossa região, e isso, fez com que a gente pudesse acolher e assistir as famílias desabrigadas e desalojadas. Estamos muito agradecidos por cada doação que chegou ao QG”, disse a secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza, Andrea Castro.

As doações podem ser entregues no QG instalado no Grapiúna Tênis Clube, na Avenida Juca Leão, 315, Centro, próximo ao SAF.

Aumento de volume do Rio Pardo, que corta municípios de Minas e Bahia, fez aumentar número de desalojados || Foto Pimenta 29.12.21
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Subiu para 715.634 o número de pessoas afetadas pelas chuvas na Bahia, segundo atualização feita pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) e prefeituras das regiões sul, extremo-sul, sudoeste e oeste.

São 30.915 desabrigados, 62.731 desalojados, 26 mortos e 518 feridos. O número total de atingidos é de 715.634 pessoas. Até ontem (2), eram 32.594 desabrigados, 57.451 desalojados, 25 mortos e 517 feridos.

Mais um óbito, ocorrido na última quinta-feira (30), foi confirmado nesta segunda-feira (3) pela Prefeitura de Belo Campo. Trata-se de um homem de 39 anos, que se afogou no povoado do Sabiá, na zona rural do município.

As localidades com mortes decorrentes das chuvas, até agora, são Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (3), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2), Ubaitaba (1) e Belo Campo (1).

Os números correspondem às ocorrências registradas em 166 municípios afetados. Desse total, 154 estão com decreto de situação de emergência.

Ávila havia anunciado sessão extraordinária para esta terça-feira || Foto Divulgação
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Erasmo Ávila (PSD), presidente da Câmara de Itabuna, informou que discutirá com o prefeito Augusto Castro (PSD), nesta terça-feira (4), às 15h, os ajustes finais para o lançamento do Programa Auxílio Recomeço.

A iniciativa municipal, que se tornou lei, deve garantir, no mínimo, R$ 3 mil a cada família atingida pela chuva natalina no principal município do sul da Bahia. “O intuito maior é dar total transparência a todas as etapas do processo”, disse Erasmo Ávila ao falar do objetivo da reunião.

A reunião de presidente da Câmara e prefeito também contará com a participação do secretário da Fazenda e Orçamento de Itabuna, Davi Dultra. O auxílio de R$ 3 mil foi aprovado pela Câmara de Vereadores, em regime de urgência, na última sexta-feira (31).

Idosas foram resgatadas com quadro grave de insuficiência respiratória
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Idosas de 98, 90, 84 e 74 anos precisaram do auxílio do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) para receber atendimento médico no primeiro dia de 2022 (sábado). Moradoras de Itabuna, um dos municípios prejudicados com as fortes chuvas nas últimas semanas, as quatro apresentaram insuficiência respiratória devido a síndrome gripal e foram resgatadas pela equipe do helicóptero Guardião 1.

Dois voos foram necessários para o deslocamento do grupo até um hospital. Um médico do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) fez um dos voos de resgate.

As equipes do Graer continuam em atuação no sul, extremo-sul e Vale do Jiquiriçá. Além de salvamentos, as aeronaves são usadas na distribuição de doações e no monitoramento de regiões atingidas.

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Coletivo de canais de comunicação está promovendo a super #LiveSOSBahia neste domingo (2) retransmitida por centenas de canais na internet e a TVT – Televisão dos Trabalhadores de São Paulo. A Kotter TV e no Daí Drummond? E o Blog Dimas Roque estão coordenando os trabalhos.

Com programação interativa, a live terá início às 10h e vai até às 22h. Serão 12 horas ininterruptas com a participação de diversas personalidades que se juntaram e vão pedir doações para as vítimas das enchentes na Bahia.

Presenças já confirmadas de André Diniz, Bemvindo Sequeira, Clayson Filisola, Dimas Roque, Fabiano Trompetista, Fernando Drummond, Edna Teixeira, Fernando Haddad, Florestan Fernandes, Giva, Gleisi Hoffman, Guga Noblat, Hildegard Angel, Ilcea, Itã Payayá, Joaquim de Carvalho, Juca Kfouri, Kakay, Luis Nassif, Leandro Fortes, Lurian Lula, Marco Aurélio Carvalho e Rogério Carvalho, Pastor Ariovaldo, Paulo Betti, Philippe Seabra, Roberto Requião, Salvio Kotter, Sassá Tupinambá, Vilma Reis, Willian De Lucca, Yakuy Tupinambá, Zé Dirceu.

Os valores arrecadados serão direcionados ao Pix da Defesa Civil do Estado da Bahia e o Pix da CUT Bahia e toda a renda será para uso na região que está sendo atingida por fortes chuvas e que vêm causando grandes transtornos ao povo Baiano.

A Bahia precisa da nossa ajuda, e é hora de estarmos juntos em rede de solidariedade amanhã na _#LiveSOSBahia_

Seinfra monitora situação de 49 trechos de rodovias estaduais
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O retorno do tráfego de veículos em rodovias baianas afetadas pelas chuvas já vem sendo autorizado pela equipe técnica da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra). O fluxo para carros e motos foi liberado em cinco trechos nesta quinta-feira (30): na BA-447, entre Barreiras e Angical; na BA-632, que liga o distrito de Inhobim, em Vitória da Conquista, até Encruzilhada; na BA-634, de Itambé até Ribeirão do Largo; no acesso ao distrito de Guaibim, em Valença, na BA-887; e na BA-274, em Itapebi, entre os distritos de Ventania e Caiubi.

A circulação de ônibus e caminhões em algumas dessas rodovias somente será retomada após a execução dos serviços emergenciais.

A Seinfra registrou três ocorrências novas em rodovias localizadas na região do oeste baiano, nas BAs 449 e 447; chegando a 49 pontos observados pelo órgão a fim de permitir as condições de trafegabilidade entre os municípios.

A ponte sobre o Rio Água Piranga, na BA-449, em Cotegipe, na ligação da sede municipal com o distrito de Jupaguá, foi interditada após um dos encontros ceder durante as fortes chuvas desta semana. A pista apresenta alguns pontos que romperam devido ao acúmulo de água a partir do KM 5 da BA-465, entre Cotegipe e Missão do Aricobé. Na BA-447, o tráfego de veículos saindo de Barreiras em direção a Angical está em meia pista por conta de erosões no bordo da via.