Nova pesquisa Datafolha mostra Lula com 49% e Bolsonaro com 45% || Fotos de Ricardo Stuckert e Marcelo Camargo
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O ex-presidente Lula estaria eleito no primeiro turno, em 2 de outubro, se dependesse dos eleitores baianos. É o que mostra a pesquisa Ipec (ex-Ibope) encomendada pela TV Bahia e divulgada na noite desta sexta-feira (23). Nela, o petista cresceu acima da margem de erro, passando de 61% para 65%.

De acordo com o levantamento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) passou de 20% para 18%. Agora, a diferença entre os dois principais concorrentes ao Palácio do Planalto é de 47 pontos. Na pesquisa anterior, a diferença entre dois candidatos era de 41 pontos.

Ciro Gomes (PDT) aparece com 4%, três pontos a menos do obtido na pesquisa anterior. Em quarto lugar está Simone Tebet (MDB), com 3%, dois pontos a mais do que no levantamento anterior. Soraya Thronicke (União Brasil), que não tinha pontuado, agora aparece com 1%.

Já os candidatos Eymael (DC), Felipe d’Avila (NOVO), Léo Péricles (UP), Sofia Manzano (PCB), Vera (PSTU) e Padre Kelmon (PTB) não pontuaram. Os brancos e nulos totalizaram 4% e outros 4% não souberam responder. O Ipec ouviu 1.504 pessoas em 72 cidades baianas, de terça (20) a quinta-feiras (22). A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BA – 05576/2022 (TRE) e BR – 04999/2022 (TSE).

AtlasIntel/A Tarde traz novidade na corrida eleitoral na Bahia
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Pela primeira vez, uma pesquisa mostra o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, numericamente liderando a corrida ao governo da Bahia. Segundo a AtlasIntel, contratada pelo jornal A Tarde, Jerônimo tem 44,5% das intenções de voto ante 40,5% de ACM Neto (UB). Os números foram divulgados na edição desta quinta-feira (22) na publicação soteropolitana.

João Roma (PL) aparece com 9,4%, Kleber Rosa (PSOL) surge com 1,2%. Giovani Damico (PCO) e Marcelo Millet (PCB) têm 0,1% cada um, segundo a AtlasIntel. Brancos e nulos atinge 2,3% e não sabe 1,9%.

A pesquisa ouviu 1.600 eleitores no período de 19 a 21 de setembro, com margem de erro de 2 pontos percentuais. O nível de confiança é de 95% e está registrada no TSE sob o protocolo BA-08359/2022.

SENADO FEDERAL

Cacá, Otto, Tamara, Raíssa e Barreto concorrem à vaga ao Senado pela Bahia

A AtlasIntel também apurou intenções de voto do eleitorado baiano na corrida pela vaga única ao Senado Federal. Otto Alencar (PSD) lidera, com 47,5%.

Quem passou à segunda colocação foi Cacá Leão (PP), com 18,4%. Raíssa Soares (PL) aparece com 13%. Tâmara Azevedo (PSOL) consegue 4,1%. Marcelo Barreto (PMN) tem 0,2% e Cícero Araújo (PCO) surge com 0,1%.

DISPUTA PRESIDENCIAL

Bolsonaro, Lula, Ciro, Tebet, Thronicke e D´Ávila disputam a presidência || Montagem Yahoo

A corrida pela presidência da República mostra, na Bahia, mostra novo crescimento de Lula (PT), que saiu de 63,3% para 67,2%. A mesma pesquisa vêm o presidente Jair Bolsonaro oscilando de 25,4% para 24,8%.

Ciro Gomes (PDT) tem 3,4% nesta pesquisa contra 5% no levantamento da semana passada. Simone Tebet (MDB) saiu de 2,4 para 2,2% agora. Padre Kelmon (PTB), Soraya Thronicke (UB), Felipe D´Ávila (Novo), Péricles (UP) atingiram menos de 1%. Não sei, voto branco voto nulo atingiram, respectivamente, 0,9%, 2,9% e 1,5%.

Ciro e Félix vão inaugurar comitê de campanha em Irecê, interior da Bahia
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O presidenciável Ciro Gomes (PDT) vai inaugurar comitê de campanha em Irecê, na próxima terça-feira (13), segundo anúncio do deputado Félix Mendonça Júnior, presidente da legenda na Bahia. O comitê funcionará na Rua Aurélio José Marques, no centro da cidade.

“A região de Irecê é fundamental para o desenvolvimento da Bahia e do Brasil. Por isso, precisa ser vista com prioridade tanto em nível estadual quanto federal”, disse o deputado ao explicar a preferência por Irecê para instalação de comitê da campanha presidencial.

O local do comitê foi definido na semana passada, após uma visita de Félix à região, ao lado do vereador pedetista Emerson Penalva, candidato a deputado estadual, do presidente municipal do PDT, Mauro Barreto, e do empresário Ângelo Dourado, que chegou a ser cotado para a vice de ACM Neto, postulante do União Brasil ao governo da Bahia.

Ciro já conta com um comitê em Salvador, instalado no Rio Vermelho. Vale frisar que a vice do candidato à Presidência é a vice-prefeita da capital baiana, Ana Paula Matos, que também estará em Irecê na próxima terça. “Ciro vai crescer muito na Bahia nesta eleição, não temos dúvida. Ainda mais ao lado de Ana Paula, que é uma liderança forte do PDT estadual. Faremos uma bonita festa em Irecê”, ressaltou Félix.

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A Receita Federal libera, a partir das 10h desta quarta-feira (24), a consulta ao quarto lote de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2022. Esse lote contempla também restituições residuais de exercícios anteriores.

O crédito bancário para 4.462.564 contribuintes será feito no dia 31 de agosto, no valor total de R$ 6 bilhões. Desse total, R$ 265.909.045,61 referem-se ao quantitativo de contribuintes que têm prioridade legal, sendo 7.855 idosos acima de 80 anos, 60.575 entre 60 e 79 anos, 5.514 com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave e 25.854 cuja maior fonte de renda seja o magistério. Foram contemplados ainda 4.362.766 não prioritários que entregaram a declaração até o dia 30 de maio deste ano.

Para saber se a restituição está disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet (www.gov.br/receitafederal), clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”. A página apresenta orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou uma consulta completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC.

A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que possibilita consultar diretamente em suas bases informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

O pagamento da restituição é realizado na conta bancária informada na Declaração de Imposto de Renda, de forma direta ou por indicação de chave PIX. Se, por algum motivo, o crédito não for realizado (por exemplo, a conta informada foi desativada), os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.

Neste caso, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal BB, acessando o endereço: https://www.bb.com.br/irpf, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de um ano, deverá requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

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O PDT lançou, nesta quarta-feira (20), a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, em convenção realizada na sede nacional do partido em Brasília. Durante o evento, Carlos Lupi, presidente da sigla, apresentou os pré-candidatos aos governos estaduais.

De acordo com o PDT, Ciro Gomes é o único candidato que propõe combater as injustiças do sistema financeiro e fiscal brasileiros, equalizando as obrigações às capacidades do povo. Para isso, o PDT apresenta o Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND) com indicação de desafios e soluções para todas as áreas do Estado.

“Com o PND será bem diferente. O Estado voltará a ter estratégias de desenvolvimento e irá conduzi-las através de maciços investimentos em infraestrutura e em áreas sociais, livrando-se da ilusão de que nosso crescimento virá somente de investimentos privados ou estrangeiros, mito que nos condenou ao fracasso, especialmente nos últimos onze anos. Esse novo modelo será baseado não mais no favorecimento dos mais ricos e nem em conchavos e esquemas de corrupção, mas sim na ampla mobilização popular e no diálogo transparente e honesto com todas as forças produtivas e políticas empenhadas em mudar o Brasil de verdade”, afirmou o candidato pedetista.

REFORMULAÇÃO NA POLÍTICA

Ciro Gomes falou sobre a necessária reformulação na política nacional para que os governantes atuem, de fato, em favor do povo. “Não acreditem que os políticos possam, individualmente, resolver todos seus problemas. Não existem salvadores da pátria! O importante, então, não é só mudar os políticos. É, sim, mudar a política. É eleger políticos que queiram mudar a política! Que queiram mudar a economia. Que queiram acabar com o jeito corrupto de governar”.

O político afirmou que o sistema político e econômico no Brasil foi criado para explorar e enganar os mais pobres. “Isso foi assim desde o início e se aprimorou muito mais nos últimos anos. Nos últimos tempos, a bandidagem e a maldade se sofisticaram. Os hipócritas, de direita e de esquerda, aprenderam novas formas de enganar o povo. Isso tem levado o Brasil para trás. A cada ano, o Brasil perde de goleada para si mesmo. Está na hora de invertermos este jogo. Conclamo todos os brasileiros, de todos os quadrantes, a nos unirmos nesta luta”.

O evento contou ainda com a participação dos pré-candidatos aos governos estaduais: Roberto Cláudio (CE), Leila Barros (DF), Carol Braz (AM), Rodrigo Neves (RJ), Elvis Cezar (SP), Ricardo Gomyde e Viera da Cunha (RS). O próximo passo do PDT para as eleições de 2022 é a realização das Convenções estaduais que devem acontecer ainda esse mês.

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Em 2 de outubro, dia do primeiro turno das eleições deste ano, 156.454.011 eleitores poderão comparecer às urnas para escolher os novos representantes políticos. Estão em disputa os cargos de presidente da República, governador, senador e deputado federal, deputado estadual ou distrital. Na Bahia, são 11.291.528 aptos a votar neste ano.

De acordo com as estatísticas da Justiça Eleitoral, houve um aumento de 6,21% do eleitorado desde as últimas eleições gerais do país, em 2018. Naquele pleito, o número de eleitoras e eleitores habilitados a votar era de 147.306.275.

A maior parte do eleitorado brasileiro segue composta por mulheres. Ao todo, são 82.373.164 de eleitoras, o que equivale a 52,65% do total. Já os homens são 74.044.065, sendo 47,33%. Há ainda outros 36.782 votantes sem informação, num total de 0,02%.

MAIORES E MENORES COLÉGIOS ELEITORAIS

O estado de São Paulo segue como maior colégio eleitoral brasileiro, com 22,16% de todos os eleitores. Isso significa que, a cada cinco votantes no país, um reside em São Paulo. Em seguida aparecem os estados de Minas Gerais, com 10,41% do total de eleitores e Rio de Janeiro, com 8,2%. Ao todo, a região Sudeste concentra 42,64% de todo o eleitorado nacional.

Em contrapartida, os três estados com menor eleitorado estão na região Norte, que responde por apenas 8,03% dos eleitores. Roraima (0,23%), Amapá (0,35%) e Acre (0,38%) são as unidades da Federação com menos eleitores, respectivamente. Ainda com relação às regiões, o Nordeste vem logo após o Sudeste, com 27,11% do eleitorado. Na sequência aparecem o Sul (14,42%), Norte (8,03%) e Centro-Oeste (7,38%).

Entre os municípios brasileiros, São Paulo também detém o maior número de eleitoras e eleitores, com 9.314.259 de pessoas. Em seguida aparecem Rio de Janeiro (5.002.621), Brasília (2.203.045), Belo Horizonte (2.006.854) e Salvador (1.983.198).

Os menores colégios eleitorais, em contrapartida, estão nos municípios de Borá (SP) (1.040), Araguainha (MT) (1.042), Serra da Saudade (MG) (1.107), Engenho Velho/RS (1.213) e Anhanguera/GO (1.234).

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Mantido o cenário das pesquisas até aqui, o ex-presidente Lula se avizinha daquela já esperada volta triunfal, interrompida em 2018, quebrando, inclusive, o paradigma de uma vitória no primeiro turno.

 

Rosivaldo Pinheiro

O mundo vive um momento de tensão e, diante dele, as democracias vêm sendo testadas. Aqui no Brasil, também estamos vivenciando este momento da história da humanidade. O nosso ambiente político está bastante conturbado e seu estopim começou a ser visto a partir da votação de Aécio Neves para presidente da República, em 2014, quando disputou com Dilma Rousseff, que acabou reeleita, mas, diante das circunstâncias, não conseguiu estabelecer a governança no seu segundo mandato. Os fatos deste período são de amplo conhecimento de todos nós e o fechamento desse ciclo aconteceu com o impeachment da ex-presidente, assumindo o seu lugar o vice, Michel Temer.

Olhando com uma lupa mais atenta, perceberemos que os fios desse novelo começaram a ser enrolados desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, quando, no primeiro ciclo de gestão, foi acusado de firmar acordos para manter o poder político com o Congresso, no chamado Mensalão, e, posteriormente, Petrolão. Esses movimentos, no entanto, não se materializaram. E, assim, através do seu grande poder de diálogo, Lula estabeleceu a sua liderança e superou aquelas dificuldades, sendo reeleito e concluiu o segundo ciclo de governo com uma aprovação recorde – 96%, entre ótimo, bom e regular; apenas 4% o reprovaram. Isso naturalmente o colocava no tabuleiro da disputa em 2018, quando a Operação Lava Jato, já com quatro anos de funcionamento, mirava toda a sua artilharia contra o ex-presidente.

A Operação Lava Jato, aliás, comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro e tendo como célula de acusação o Ministério Público Federal (MPF) e principal articulador Deltan Dalagnol, foi apoiada por tentáculos globais, tendo os ianques como mola mestra, e contando com setores da política e da economia como braços internos para dar sustentação para evitar a volta triunfal de Lula. Através desta mega articulação, o ex-presidente foi condenado e preso quando liderava as pesquisas de intenção de voto na corrida presidencial daquele ano.

Neste cenário, operado por influentes instrumentos, tendo na mídia uma poderosa aliada, a orquestrada Lava Jato formou a opinião do grande público e acabou emancipando para o centro do debate um pré-candidato franco-atirador, que bem se aproveitou do momento para pregar sua teoria que contrariava todas as bandeiras sociais defendidas pela Constituição de 1988, que, aliás, fazem parte do modelo de gestão praticado por Lula e Dilma. Com todo este enredo, Bolsonaro sagrou-se eleito em 2018. Esse ambiente de polarização acabou se arrastando e essas eleições de 2022 são uma espécie de tira-teima, de confronto direto entre os dois campos: Lula x Bolsonaro.

Essa polarização tornou-se tão forte que não foi possível, até aqui – e dificilmente será, o surgimento de um outro nome capaz de disputar a presidência da República. O pré-candidato Ciro Gomes (PDT) até tentou e insiste em se estabelecer no tabuleiro, mas seu êxito tem como limitante a forma raivosa com que ele tem se dirigido a Lula, por esse posto já ser assumido por Bolsonaro, e quando ataca Bolsonaro, por não ter a materialidade histórica que Lula já possui. Acabou isolado, e não consegue estabelecer um centro tático que o possibilite avançar.

Mantido o cenário das pesquisas até aqui, o ex-presidente Lula se avizinha daquela já esperada volta triunfal, interrompida em 2018, quebrando, inclusive, o paradigma de uma vitória no primeiro turno. Esse fato tem como razão de ser o fracasso do governo Bolsonaro, que muito prometeu aos que com ele se identificam e pouco entregou, tendo como únicos beneficiados os mais ricos ancorados pelo sistema financeiro e o agronegócio. Essa resposta quem vai dar é quem atualmente enfrenta as consequências de um governo que atropela os mais vulneráveis e que não leva em consideração as políticas públicas que outrora garantiam um ambiente mais digno para a população em geral.

Rosivaldo Pinheiro é economista, especialista em Planejamento de Cidades (Uesc) e comunicador.

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Tido como um “às” nas negociações políticas e eleitorais,  o senador Jaques Wagner revelou que atuará nas campanhas de Jerônimo Rodrigues (governo da Bahia) e Lula (presidência da República). No sábado (4), Wagner esteve em Itabuna para participar de atividade da pré-campanha de Jerônimo, reunindo dezenas de lideranças políticas e cerca de 8 mil pessoas, na Avenida Princesa Isabel, no São Caetano.

O senador vê, neste ano, um cenário muito parecido com as eleições de 2006 e de 2014, quando os nomes petistas – ele e Rui, respectivamente – começaram atrás na disputa, viraram e acabaram eleitos no primeiro turno.

– Agora, tem que ter humildade, paciência, trabalhar. Não pode ter ansiedade. Jerônimo ainda não é conhecido, tá crescendo em conhecimento. Eu vejo a repetição do filme [do que ocorreu] comigo e com Rui [Costa].

Também disse que o voto útil de eleitores de Ciro Gomes (PDT) poderá definir a disputa nacional em 2 de outubro, a favor de Lula. “Quando ele [o eleitorl] ver que Ciro não disputa, que pode ajudar o outro lado a ir pro segundo turno, na minha opinião, acho que vai ter voto útil”. Confira os principais trechos da rápida conversa com o PIMENTA.

PIMENTA – O senhor vai para a coordenação da campanha de Lula?
Jaques Wagner –
Não. Eu vou ficar lá e cá. Não tem um coordenador. Eu ajudo em todos os lugares, mas não tem um coordenador.

Como o sr. avalia a pré-campanha de Jerônimo? Há espaço para o que ocorreu nas eleições de 2006 e 2014?

Eu acho que está muito bem. Igualzinho ao que sempre foi. Na minha opinião, não há dúvida [da vitória]. Agora, tem que ter humildade, paciência, trabalhar. Não pode ter ansiedade. Jerônimo ainda não é conhecido, tá crescendo em conhecimento. Na minha opinião, eu vejo a repetição do filme [do que ocorreu] comigo e com Rui [Costa].

No cenário nacional, a eleição caminha para terminar em primeiro turno?

Na minha opinião, vai chegar no dia 2 de outubro com esse quadro, com o presidente Lula e o atual presidente, e há uma chance muito forte de Lula ganhar a eleição.

Com o voto útil definindo o pleito?

É muito possível que haja. O voto de Ciro é, fundamentalmente, de quem quer derrotar Bolsonaro. [O eleitor] Vai acompanhar Ciro por lealdade. [Mas] Quando ele ver que Ciro não disputa, que pode ajudar o outro lado a ir pro segundo turno, na minha opinião, acho que vai ter voto útil.

Lula lidera pesquisa, seguido por Bolsonaro, Moro e Ciro
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Pesquisa Quaest/Genial para as eleições presidenciais de 2022, divulgada pela CNN nesta quarta-feira (16), traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 44% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 26%. Depois, aparecem os candidatos Ciro Gomes (PDT), com 7%, e Sergio Moro (Podemos), também com 7% das menções.

No cenário com o maior número de candidatos, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), figura com 2% das intenções de voto, mesmo percentual do deputado federal André Janones (Avante). Já Simone Tebet (MDB) registrou 1%. Felipe d’Avila (Novo) foi citado, mas não chegou a 1% das menções.

Além disso, 6% dos entrevistados afirmaram que votariam em branco/nulo ou não iriam votar. Outros 5% se declararam indecisos neste cenário. Confira, abaixo, os cenários de primeiro turno testados pelo instituto.

1º TURNO

Intenções de voto estimulada para presidente

CENÁRIO I

  • Lula (PT) – 44%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 26%
  • Sergio Moro (Podemos) – 7%
  • Ciro Gomes (PDT) – 7%
  • João Doria (PSDB) – 2%
  • André Janones (Avante) – 2%
  • Simone Tebet (MDB) – 1%
  • Felipe d’Avila (Novo) – 0%
  • Branco/nulo/não vai votar – 6%
  • Indecisos – 5%

CENÁRIO II

  • Lula (PT) – 45%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 25%
  • Ciro Gomes (PDT) – 7%
  • Sergio Moro (Podemos) – 6%
  • João Doria (PSDB) – 2%
  • André Janones (Avante) – 2%
  • Simone Tebet (MDB) – 1%
  • Eduardo Leite (PSDB) – 1%
  • Felipe d’Avila (Novo) – 0%
  • Branco/nulo/não vai votar – 6%
  • Indecisos – 4%

CENÁRIO III

  • Lula (PT) – 48%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 28%
  • Ciro Gomes (PDT) – 8%
  • Eduardo Leite (PSDB) – 3%
  • Branco/nulo/não vai votar – 8%
  • Indecisos – 4%

SEGUNDO TURNO

A pesquisa apresentou cinco cenários de segundo turno. Veja:

CENÁRIO I

  • Lula (PT) – 54%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 32%
  • Branco/nulo/não vai votar – 10%
  • Indecisos – 3%

CENÁRIO II

  • Lula (PT) – 53%
  • Sergio Moro (Podemos) – 26%
  • Branco/nulo/não vai votar – 18%
  • Indecisos – 3%

CENÁRIO III

  • Lula (PT) – 51%
  • Ciro Gomes (PDT) – 23%
  • Branco/nulo/não vai votar – 22%
  • Indecisos – 4%

CENÁRIO IV

  • Lula (PT) – 56%
  • João Doria (PSDB) – 15%
  • Branco/nulo/não vai votar – 26%
  • Indecisos – 4%

CENÁRIO V

  • Lula (PT) – 57%
  • Eduardo Leite (PSDB) – 15%
  • Branco/nulo/não vai votar – 24%
  • Indecisos – 4%

A pesquisa Genial/Quaest fez 2.000 entrevistas presenciais com eleitores acima de 16 anos, no período de 10 a 13 de março, em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-06693/2022. Com informações da CNN Brasil.

Ciro afirma que decisão do TRF-5 honra o judiciário brasileiro
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O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) tornou nulo, em decisão unânime desta terça-feira (22), o mandado de busca e apreensão contra o pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT). A decisão acatou habeas corpus apresentado pela defesa do ex-ministro e ex-governador do Ceará.

Realizada pela Polícia Federal em dezembro de 2021, a Operação Colosseum investiga supostas fraudes que teriam ocorrido nas obras da Arena Castelão, em Fortaleza, nos anos de 2010 a 2013. Na época, o estado do Ceará era governado por Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro, que não tinha cargo no governo estadual.

Após a operação do dia 15 de dezembro, Ciro disse que a ação foi abusiva e que o governo Bolsonaro havia transformado o Brasil em um estado policial.

OPERAÇÃO INTEMPESTIVA 

Na época, o pedetista chamou atenção para o fato de que a justificava das buscas era a procura de supostas provas sobre eventos ocorridos há mais de oito anos.

O relator do habeas corpus no Tribunal, desembargador Rubens Canuto, também julgou a operação intempestiva, levando em conta a improbabilidade de que uma busca feita quase um década após o caso investigado pudesse colher elementos úteis ao inquérito.

Nesta terça-feira (22), Ciro usou as redes sociais para se manifestar sobre o caso. “Mesmo nos momentos de maior indignação nunca duvidei de que a verdade e a justiça prevalecessem sobre o arbítrio, a manipulação e a prepotência. Esta decisão do TRF-5 honra o judiciário brasileiro”, escreveu o pré-candidato.

Ciro Gomes no lançamento virtual de pré-candidatura à presidência da República || Foto Divulgação
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O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes lançou oficialmente sua pré-candidatura à presidência da República pelo PDT com um discurso centrado em propostas econômicas, ontem (21). Sob o lema “a rebeldia da esperança”, idealizado pelo marqueteiro João Santana, ele prometeu abolir o teto de gastos para destravar investimentos públicos e revisar a reforma trabalhista.

O PDT organizou um evento para cerca de 50 integrantes da comissão da executiva nacional em sua sede em Brasília. O plano original era uma convenção com mais de 1.000 filiados, mas a direção da sigla reduziu o evento a um formato quase 100% virtual por causa do avanço da variante ômicron.

Não faltaram no pronunciamento referências ao que Ciro batizou de “projeto nacional de desenvolvimento”. O pedetista tem como bandeira a “reindustrialização” do Brasil. A política fiscal para tornar o Estado indutor desse processo passa por deixar os investimentos do governo federal livres do teto de gastos, como já afirmou ao Poder360 o coordenador da área econômica da pré-campanha de Ciro, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE).

A ideia é vincular a expansão dos investimentos ao crescimento da receita corrente líquida. Hoje, despesas obrigatórias –como gastos com salários de servidores e a Previdência– comprimem o espaço para esse tipo de gasto no teto.

Para aumentar a receita, Ciro defende a tributação de lucros e dividendos “dos ricos” e um corte de 15% nos incentivos fiscais. Com a 1ª medida, ele estima um ganho de arrecadação de R$ 48 bilhões e, com a 2ª, de R$ 45 bilhões. No discurso desta 6ª, ele também prometeu taxar grandes fortunas.

Outra crítica de Ciro ao teto de gastos é que ele controla só as despesas primárias, ou seja, não se aplica às despesas financeiras, com juros, amortização e rolagem da dívida pública.

“O orçamento da União é de R$ 4,8 trilhões. Mas só se discute e controla R$ 1,8 trilhão, que é o dinheiro da saúde, da educação, da infraestrutura. Já os R$ 3 trilhões de despesas com juros, amortização e renegociações correm soltos para as mãos dos banqueiros. Correm tão sem limite como a falta de vergonha dos que defendem tamanho absurdo”, disse.

Ele não explicou, contudo, como pretende mudar a gestão das despesas financeiras do governo federal. Confira a íntegra em Poder360.

Lula lidera com folga, Bolsonaro é segundo, seguido de Moro e Ciro|| Fotomontagem G1
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Uma nova pesquisa da Genial/Quaest sobre as intenções de voto para as eleições de 2022, divulgada nesta quarta-feira, aponta que o ex-presidente Lula (PT) segue na liderança em todos os cenários, com o o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em segundo lugar. Sergio Moro, que se filou, nesta quarta-feira (10) ao Podemos, desponta como nome forte entre as outras candidaturas, tecnicamente empatado com Ciro Gomes (PDT).

A pesquisa apresentou dois cenários eleitorais: um com o governador de São Paulo, João Doria, como candidato do PSDB; e outro com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Em ambos, o ex-presidente Lula teria mais de 50% dos votos válidos vencendo já no primeiro turno.

No primeiro cenário, Lula teria 48% dos votos; Bolsonaro, 21%; Moro, 8%; Ciro Gomes, 6%; Doria, 2%; e Rodrigo Pacheco (Democratas), 1%. O número de brancos e nulos é de 10% e o de indecisos, 4%.

No segundo cenário, Lula teria 47% dos votos; Bolsonaro, 21%; Moro, 8%; Ciro Gomes, 7%; Leite, 1%; e Pacheco, 1%. O número de brancos e nulos e de eleitores indecisos é igual. O levantamento foi feito presencialmente entre os dias 3 e 6 de novembro com 2.063 entrevistas em 123 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal.

O nível de confiança da pesquisa é de 95%, e a margem de erro, de 3%, para cima ou para baixo. O estudo que vem monitorando a avaliação governo desde julho é uma parceria da plataforma de investimentos Genial com a empresa de inteligência de dados Quaest.

REPROVAÇÃO DO GOVERNO AUMENTA

Quando apenas Lula e Bolsonaro são apontados como candidatos, 46% dos entrevistados preferem que o petista vença as eleições de 2022. Em segundo lugar estão os eleitores que não querem “nem Lula, nem Bolsonaro”, com 25%. O atual presidente fica em terceiro lugar com 22%.

A reprovação ao governo subiu de 45% para 56%, entre julho e novembro deste ano. Já a aprovação caiu de 26% para 19% no período. Além disso, 69% dos entrevistados acham que Bolsonaro não merece ser reeleito.

A pesquisa indica ainda que Bolsonaro perdeu popularidade também entre quem votou nele em 2018. Até agosto, 52% de seus eleitores avaliavam seu governo como positivo, contra 15% que consideravam negativo. Agora, esses índices são 39% e 28%, respectivamente.

O estudo apontou que o principal motivo para a insatisfação dos brasileiros com o governo é o bolso: 73% acham que no último ano a economia piorou; 66% consideram que a diferença entre ricos e pobres aumentou; e 48% afirmam que a economia é o maior problema do país.

Se em julho 4% dos entrevistados apontavam a fome e a miséria como principal problema social que o país enfrenta, em novembro esse índice mais do que dobrou, chegando a 10%. Nas simulações de segundo turno, Lula vence em todos os cenários: 57% dos votos contra 27% de Bolsonaro; 57% contra 22% de Moro; e 53% contra 20% de Ciro Gomes. Do Extra.

Ciro Gomes: "Petrobras voltará a praticar custo Brasil"
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O pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) reafirmou nesta segunda-feira (25) o compromisso de modificar a política de preços da Petrobras, caso seja eleito. Hoje (26), a estatal aumentou novamente os preços da gasolina e do diesel nas refinarias. Combustível mais usado nos veículos do país, o litro da gasolina acumula alta de 73% em 2021(veja aqui).

Desde 2016, a Petrobras adotou a precificação pareada com o valor do petróleo em dólar no mercado internacional, mesmo sendo uma das maiores produtoras de petróleo do mundo. A companhia também reduziu o refinamento do petróleo no país e aumentou a importação dos principais derivados, a exemplo da gasolina.

Acionista controlador da empresa, o governo brasileiro é preponderante no Conselho de Administração da Petrobras e, portanto, pode definir a estratégia da estatal, argumentou Ciro Gomes.

– Comigo, a Petrobras voltará a praticar custo Brasil, mais lucratividade em linha com as melhores práticas internacionais. E retomará a estratégia de autonomizar o Brasil em matéria de produção, de refino e distribuição [de combustíveis]. E vai agregar no complexo industrial de petróleo e gás, gerando milhares de empregos, uma nova indústria de polímeros, de uma petroquímica avançada, porque o Brasil está virando importador de tudo – concluiu o pré-candidato. Confira.

Freud explica por que Ciro, Lula e Dilma trocam farpas, diz professor Wilson Gomes
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O professor Wilson Gomes afirmou que a briga recente da esquerda, envolvendo os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff contra o ex-ministro Ciro Gomes, é um conflito de semelhantes aferrados aos detalhes que os separam.

– A briga de Ciro, Dilma e Lula? Puro narcisismo das pequenas diferenças, que Freud descreveu muito bem. Ciro fingindo que é de outra gaveta, Dilma fingindo que não lhe deve nada, Lula parecendo rico que não conhece primo pobre, mas mandando indireta – escreveu o professor, nesta quinta-feira (14), em publicação no Facebook.

Analista político e colunista da revista Cult, Wilson Gomes coordena pesquisas sobre democracia e internet na Faculdade de Comunicação da UFBA. Segundo ele, a esquerda conseguia distinguir melhor os aliados e adversários em 2016, quando 68% dos brasileiros queriam o impeachment de Dilma. “Cada apoio contava. Agora, que 48% dizem que votarão em Lula de novo para presidente, vejo que a lista de amigos e inimigos precisa ser refeita”, concluiu.

Ciro Gomes e Dilma Rousseff: tempos de abraço jazem nas fotos de arquivo
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Se houve trégua entre Ciro Gomes e o petismo, já acabou. Prova disso está no Twitter, rede social onde Ciro e a ex-presidente Dilma Rousseff trocaram farpas nesta quarta-feira (13).

O presidenciável do PDT tem dito que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ajudou a desestabilizar o segundo governo Dilma. A petista reagiu com um petardo.

– Ciro Gomes está tentando de todas as formas reagir à sua baixa aprovação popular. Mais uma vez mente de maneira descarada, mergulhando no fundo do poço. O problema, para ele, é que usa este método há muito tempo e continua há quase uma década com apenas 1 dígito nas pesquisas – tuitou Dilma.

A resposta do pedetista não poupou adjetivos:

– Na vida nunca menti. Mas errei algumas vezes. Uma delas quando lutei contra o impeachment de uma das pessoas mais incompetentes, inapetentes e presunçosas que já passaram pela presidência. Claro que estou falando de você, Dilma.

Segundo o ex-ministro, além de falar mal da companheira de partido, Lula teria feito movimentos erráticos que contribuíram para o impeachment de 2016.