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Debora Rodrigues esperou 48 anos – a vida inteira – pela sexta-feira passada, quando “finalmente” se submeteu a uma cirurgia de transgenitalização, conhecida como mudança de sexo. Nascida menino, ela cresceu sem saber qual banheiro frequentar. Debora saiu de Itambé, em Pernambuco, aos 17 anos, e não voltou mais.
Sem nunca ter sido aceita pela família – “meu pai me mandava dormir fora de casa, com os cachorros” -, se mudou para o Rio. Há cinco anos, uma amiga mostrou um recorte de jornal com a notícia de que no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, era possível fazer a operação.
– Eu tinha esperança e ao mesmo tempo não tinha – conta Debora, que, na véspera da cirurgia, dizia que não se lembrava mais da longa espera: – Toda a humilhação e o sofrimento vão ficar para trás. Nunca mais vou ter dúvidas de em qual banheiro devo ir, vou ter vida nova.
No Brasil, a cada 12 dias, em média, um transexual encontra a mesma sensação de alívio. Desde agosto de 2008, a portaria 1.707, do Ministério da Saúde, autoriza o Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar o procedimento.
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