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claudio_rodriguesCláudio Rodrigues | aclaudiors@gmail.com

Omissão de socorro é crime, mas, na maioria dos casos, os profissionais de saúde são tão vítimas do sistema quanto nós pacientes.

Arleane Oliveira dos Santos é uma brasileira que, como todo cidadão e cidadã, espera que nosso País nos devolva aquilo que nos é de direito, que temos direito por pagar a maior carga tributária do mundo. A jovem Arleane foi protagonista, na madrugada de domingo para segunda-feira, de um momento que podemos batizar de “Filme dos Horrores”, como noticiado aqui no Pimenta.
Em trabalho de parto a mãe saiu peregrinando pelas maternidades de Itabuna em busca de atendimento médico para dar à luz. Na Fundação Ester Gomes (Maternidade da Mãe Pobre), recebeu o primeiro não. Buscou o Hospital Manoel Novaes, entidade filantrópica mantida com recursos públicos, a exemplo da Ester Gomes.
O Hospital Manoel Novaes serviu de local para cenas que chocariam o mais malvado dos malvados. Arleane teve mais uma vez negado o atendimento e sentido fortes dores, após duas horas de apelo e muita humilhação pedindo por atendimento a parturiente, teve a bolsa estourada e entrou em trabalho de parto na recepção do hospital, que é tido como referência e tem o título de “Hospital Amigo da Criança”, concedido pelo Unicef.
Como descrito por William Oliveira, que estava no local e filmou toda a cena, os momentos que seguiram após a bolsa se romper faz jus ao título desse artigo. “Uma paciente ouvindo os gritos de socorro saiu da enfermaria sendo que esta estava com uma criança de mais ou menos quatro meses, deixou sua filha com um desconhecido e começou a tentar puxar a criança que estava nascendo, saiu o tórax, mãos, ombro, e a criança estava se mexendo mesmo com a mãe não tendo quase força, porém pelo motivo do parto espontâneo ter acontecido primeiro pelos pés e não na forma corriqueira, quando chegou a parte da cabeça o canal vaginal se fechou e a criança morreu estrangulada, todos viram o corpo da criança se debatendo por cerca de uns três minutos”, narrou Willian.
As cenas desse filme que não têm nada de ficção tiveram a participação de uma enfermeira que negou o atendimento, alegando que a médica de plantão Luciana Leite estava realizando outro parto e no hospital não havia mais vagas. Omissão de socorro é crime, mas, na maioria dos casos, os profissionais de saúde são tão vítimas do sistema quanto nós pacientes.
A maior responsabilidade por sermos obrigados a ver e viver cenas como essas é dos nossos governantes: prefeitos, governadores e presidente ou presidenta. São de vereadores, deputados e senadores, que se elegem prometendo representar os interesses do povo e, na mais pura das verdades, apenas e tão somente defendem os seus próprios interesses e fazem da política uma profissão, uma empresa que passa de pai para filho. Sendo que muitos até desviam os recursos da saúde para suas próprias contas ou para “contas dos laranjas”.
O pior de tudo é saber que essas cenas voltarão a repetir, podem até mudar os diretores ou gestores, mas o roteiro é o mesmo. E, como todo filme de terror, esse também tem continuação.
Cláudio Rodrigues é jornalista e empresário.

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claudio_rodriguesCláudio Rodrigues | aclaudiors@gmail.com

Sua história na Região Cacaueira é conhecida por boa parte da população. Suas críticas desagradavam muita gente, principalmente os poderosos.

O rádio baiano – principalmente o rádio itabunense – amanheceu triste com a notícia do falecimento de Lucílio Bastos. Conheci Lucílio Bastos logo quando cheguei a Itabuna, há exatos 20 anos, apresentado por José Carlos Teixeira. Dali nasceu nossa amizade, que se consolidou no período em que trabalhamos juntos na assessoria de comunicação da Prefeitura de Itabuna.
A polêmica sempre foi o forte de Lucílio. Os editoriais de seus programas sempre batiam pesado nas mazelas que nos cercam.
Quando atuava na rádio Cultura de Feira de Santana, na década de 70, Bastos realizou uma entrevista com o então deputado federal e líder da oposição ao regime militar Chico Pinto.
Nessa entrevista Pinto, fez duras criticas ao ditador-general chileno Augusto Pinochet. No dia seguinte logo após a entrevista ir ao ar, prepostos do Exército chegaram à rádio, levaram Lucílio e a gravação. Diante do militar, ele negou em seu depoimento que a entrevista tivesse sido feita na residência do deputado, mas no estúdio da emissora, mesmo com vozes de criança ao fundo, isso para livrar a rádio e seu diretor Oscar Marques dos rigores do regime.
Não teve jeito, esse fato rendeu o fechamento da emissora por mais de dez anos e as portas de outras emissoras da “Terra de Lucas” se fecharam também para Lucílio Bastos, que acabou migrando para a Itabuna. Sua história na Região Cacaueira é conhecida por boa parte da população. Suas críticas desagradavam muita gente, principalmente os poderosos.
Certo dia, véspera de São João, após o sepultamento de Zé Poli, onde Lucílio discursou falando das qualidades do saudoso, fomos eu, ele e Daniel Thame até Ferradas comprar licor. Depois de degustar quase todo licor das casas que comercializavam a bebida, brinquei com Lucílio de que faria o discurso em seu sepultamento. Ele respondeu dizendo que tinha que ver o texto antes, caso contrário vinha puxar meu pé. Rimos e voltamos para nossas casas com alguns litros de licor e mais pra lá do que pra cá.
Infelizmente não farei essa homenagem ao amigo, por estar fora de Itabuna, mas deixo aqui, nas páginas do Pimenta, essa singela homenagem ao conterrâneo feirense que me deu o prazer de desfrutar de sua amizade, suas polêmicas e sua inteligência.
Vai com Deus amigo, junte-se ao seu irmão Marivaldo, a Manoel Leal e Eduardo Anunciação e criem um jornal e um programa de rádio, mesmo sem a autorização de São Pedro, e “toque o pau” daí de cima. Esse é a minha sugestão, Falando Francamente!
Cláudio Rodrigues é empresário.

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Cláudio Rodrigues | aclaudiors@gmail.com

Nada como um dia após o outro e o resultado das urnas. Esse resultado representa a seriedade do trabalho de um homem correto e de boa índole.

Essa eleição municipal consagra uma pessoa ímpar, que teve o seu nome e de seu instituto jogado na lama por aqueles que, num passado não muito distante, tinham-lhe como grande guru das pesquisas eleitorais.

A turma de um deputadozinho mascate de emendas do Orçamento da União, que um dia pensou que seria um ACM de Itabuna, fez uma campanha sórdida contra Agenor Gasparetto e seu instituto. O mesmo Gasparetto que, desde a eleição de 1992, acertou o resultado da primeira eleição que levou o atual deputado mercador de emendas ao cargo de prefeito de Itabuna.

Esse sociólogo também acertou na lata, ao afirmar que Jaques Wagner venceria Paulo Souto no primeiro turno da eleição de 2006 para o Governo da Bahia. Mas, nesta eleição, ao divulgar uma pesquisa registrada, que apontava a vitória de Vane do Renascer por uma pequena margem frente ao atual prefeito Azevedo, e que colocava a candidata Juçara Feitosa com pouco mais de 12 por cento dos votos, por pouco não foi linchado em praça pública.

Nada como um dia após o outro e o resultado das urnas. Agenor, valeu a pena. Parabéns! Esse resultado representa a seriedade do trabalho de um homem correto e de boa índole.

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Nosso repórter rodoviário, Cláudio Rodrigues, imaginou coisas ao passar pela estrada que liga Porto Seguro a Santa Cruz Cabrália e deparar com esta placa, que indica o rio Sabacuzinho. Ao sujeito de mente conspurcada parecem águas de duplo sentido, mas o Sabacuzinho é, como está claro, um carinhoso diminutivo do Sabacu, que vem a ser um dos nomes pelos quais é conhecida uma ave simpática, o socó.
Fora essa questão etmológica, faz-necessário informar que o Sabacuzinho é um dos mais importantes rios da zona norte de Porto Seguro, fazendo parte da bacia do Buranhém.
Claudinho, que não perde tempo, já projetou um comercial da cerveja Devassa com sua garota-propaganda, a ex-santinha Sandy, a deleitar-se no Sabacuzinho com uma loira gelada na mão.
É cheio de ideia esse repórter…