Preço do diesel vendido às distribuidoras cai R$ 0,27 || Foto Agência Brasil
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O litro do diesel nas distribuidoras está, em média, R$ 0,27 menor, a partir desta sexta-feira (8). O valor passa a ser de R$ 3,78. A medida foi anunciada nessa quinta-feira (7) pela Petrobras. No ano, a redução acumulada soma R$ 0,71 por litro, o equivalente a 15,8%.

De acordo com a empresa, o ajuste é resultado da análise dos fundamentos dos mercados externo e interno, frente à estratégia comercial da companhia, implementada em maio de 2023, em substituição à política de preços anterior, e que “passou a incorporar parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação”.

PREÇO MÉDIO

Ao considerar a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor cairá R$ 0,24 por litro e passará a ser, em média, R$ 3,33 a cada litro vendido na bomba. Com isso, o preço médio do diesel A S10 nas bombas poderá atingir valor de R$ 5,92 por litro, considerando que o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a semana de 26 de novembro a 2 de dezembro indicou valor médio de R$ 6,16 por litro.

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Gás de cozinha fica 6,5% mais caro na Bahia || Foto Jader Souza/RR1
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O baiano pagará, pelo menos, 6,5% mais caro na compra do gás de cozinha. O reajuste começou a valer neste domingo (1º). A empresa que comprou a Refinaria de Mataripe em 2021, a Acelen, informou que este percentual é o definido para as distribuidoras. Com isso, o reajuste pode ser ainda maior para o consumidor.

A estimativa é de que o botijão de gás de 13 quilos fique até R$ 7,00 mais caro para o consumidor, segundo informe do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sindrevgas) ao mercado. No sul da Bahia, o botijão pode chegar a R$ 130,00.

Foto José Cruz/ABr
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Entrou em vigor, nesta quinta-feira (1º), a alíquota única e fixa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina e o etanol. A cobrança será de R$ 1,22 por litro em todo o território nacional. Atualmente, as alíquotas são proporcionais ao valor e são definidas por cada estado, variando geralmente entre 17% e 23%.

A mudança na regra tributária foi instituída pela Lei Complementar nº 192, de 2022. Com ela, o sistema de cobrança passou de ad valorem (cobrança com base em uma alíquota que incide sobre o valor da transação) para ad rem (cobrança com valor único que incide sobre a quantidade de litros). Assim, o ICMS deixará de variar quinzenalmente, de acordo com os preços dos combustíveis nas bombas.

De acordo com o texto, os combustíveis sobre os quais incidirá uma única vez o ICMS, qualquer que seja sua finalidade, são gasolina e etanol anidro combustível; diesel e biodiesel; e gás liquefeito de petróleo, inclusive o derivado do gás natural. O ICMS é um imposto estadual e compõe o preço da maioria dos produtos vendidos no país.

A mudança trará impactos para o consumidor final, já que o valor do imposto é embutido no preço de revenda. Na prática, o valor fixado acabou sendo superior ao pago pelos contribuintes.

Segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), na segunda quinzena de maio, apenas no Amazonas, Piauí e Alagoas os preços com as alíquotas variáveis eram maiores e, agora, devem ter redução nos valores nas bombas.

A definição das alíquotas para gasolina e etanol foi feita pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em março deste ano . No caso do diesel e do gás de cozinha, a alteração já está valendo desde 1º de maio, com uma cobrança de R$ 0,94 por litro e de R$ 1,28 por quilo, respectivamente.

Jean Paul Prates: sem PPI, Petrobras está livre para fixar preços || Foto AB
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A Petrobras anunciou a redução em R$ 0,44 por litro do preço médio do diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02. Já o preço médio da gasolina será reduzido em R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78 – valor pago pelas distribuidoras. Também houve redução de 21,3% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP).

As reduções foram anunciadas hoje (16), horas após a empresa encerrar a política de preços que alinhava os valores praticados no Brasil aos dos mercados internacionais, cotados em dólar e impactos pelos custos de importação, o chamado Preço de Paridade de Importação (PPI). Adotado pela companhia em outubro de 2016, o PPI fez os preços dos combustíveis dispararem ao longo dos últimos sete anos.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a empresa voltou a ser livre para precificar seus produtos. “A Petrobras recupera sua liberdade de estabelecer preços. Nos alforriamos de um único e exclusivo fator, que era a paridade”, declarou à imprensa, hoje (16), em Brasília.

GÁS DE COZINHA

A partir desta quarta-feira (17), a Petrobras venderá o botijão de 13 quilos do gás de cozinha às distribuidoras por um valor, em média, R$ 8,97 inferior ao atual. Se as distribuidoras repassarem a economia integralmente ao consumidor final, o botijão poderá chegar às residências pelo preço médio de R$ 99,87.

“Esta é a melhor notícia. Baixamos [o preço do botijão] de R$ 100”, celebrou Prates. De acordo com o presidente da Petrobras, esta é a primeira vez, desde outubro de 2021, que o preço do botijão de gás vendido às distribuidoras cai abaixo dos R$ 100. Com informações da Agência Brasil.

Jean Paul Prates renuncia ao Senado para assumir estatal || Foto Agência Senado
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O Conselho Administrativo da Petrobras referendou, nesta quinta-feira (26), a indicação de Jean Paul Prates para a presidência da empresa. Perto do fim do mandato, ele renunciou ao cargo de senador pelo PT do Rio Grande do Norte.

Dos desafios à espera do novo presidente da estatal, sobressai-se a política de preços da companhia. Criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a paridade de preço por importação estabelece os preços dos combustíveis vendidos no Brasil com base nos praticados no mercado internacional, cotados em dólar.

Na campanha, Lula prometeu mudar os parâmetros para a formação dos preços internos da Petrobras, já que o Brasil é dos maiores produtores de petróleo do mundo. Indicado ao cargo pelo presidente, Jean Paul Prates também é crítico da equiparação dos preços domésticos aos internacionais.

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O Sindicombustíveis Bahia é a favor e apoia qualquer medida adotada que possibilite a baixa de tributos e, consequentemente, os valores dos preços dos combustíveis.

A redução dos tributos é um pleito antigo da categoria e a entidade enxerga como bastante positivo o corte dos tributos federais: CIDE, PIS, COFINS sobre a gasolina e PIS/COFINS sobre etanol e GNV, através da Lei Complementar nº 194/2022, sancionada pelo Governo Federal no dia 23/06.

O Sindicombustíveis Bahia também reconhece o esforço do Governo do Estado para redução dos preços e vê o congelamento do ICMS, que realizou desde agosto de 2021, como uma medida muito positiva, bem como a redução do PMPF, válida a partir de 01/07.

Por fim, o Sindicombustíveis Bahia e toda a revenda estão na expectativa de redução da alíquota do ICMS por parte do Governo do Estado, conforme já realizaram os Estados de São Paulo, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande de Norte, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba, Rondônia, Alagoas, Rio Grande do Sul, Tocantins, Roraima, Distrito Federal, Pará. Mudanças consideradas de extrema importância, tanto para a população, quanto para os postos de combustíveis que se tornarão mais competitivos e, consequentemente, haverá geração de mais empregos.

Sindicombustíveis Bahia

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Decreto publicado pelo Governo do Estado nesta sexta-feira (1°) reduziu, mais uma vez, as bases de cálculo do ICMS sobre combustíveis na Bahia, ao tomar como parâmetro os preços médios de referência dos últimos 60 meses. As bases de cálculo sobre as quais incide o imposto estadual, que estavam congeladas desde novembro de 2021, passam a vigorar já a partir de julho com valores ainda mais baixos, segundo o estado.

O preço de referência para o litro de gasolina, que era R$ 6,5000 até a quinta-feira (30), agora está fixado em R$ 4,9137, o que representa uma redução de 24,4%. Para o litro de diesel S10, o valor reduziu-se de R$ 5,4100 para R$ 3,9963 (queda de 26,24%). Já o valor por quilo do gás de cozinha (GLP) saiu de R$ 5,8900 para R$ 5,3451 (queda de 9,33%).

Com as reduções, de acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA), os preços ao consumidor final devem ser reduzidos pelo mercado em R$ 0,46 na Gasolina, R$ 0,25 no Óleo Diesel e R$ 0,78 no botijão de gás de cozinha.

A redução está sendo promovida pelo governo baiano após a publicação dos convênios ICMS 81/22, 82/22 e 83/22 pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), definindo as bases de cálculos do imposto para fins de substituição tributária a partir dos critérios estabelecidos pela Lei Complementar 192/22. As bases de cálculo do etanol hidratado e do GNV seguem com os valores congelados em 1° de novembro.

PERDA DE ARRECADAÇÃO

Apenas a nova redução dos preços de referência para cobrança do ICMS nos combustíveis representa uma perda de arrecadação de R$ 400 milhões mensais para o Estado da Bahia, ou R$ 2,4 bilhões até o final de 2022. Esta perda, de acordo com o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, soma-se às que já vinham sendo contabilizadas pelo Estado desde o início do congelamento.

A Petrobras segue promovendo sucessivos reajustes nos preços das refinarias, impedindo na prática que os preços caiam de forma sustentável nos postos de combustíveis. Para complicar ainda mais, a refinaria que abastece postos e baianos é privatizada, tornando o combustível no Estado em um dos mais caros do país.

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Bolsonaro não é idiota, repito, mas a população brasileira também não é e tem dado demonstrações inequívocas de sua sapiência: a próxima delas – e decisiva – será oferecida ao futuro da nação no dia 2 de outubro.

Thiago Dias

A forma de governo presidencialista concentra grande poder na Presidência da República. Isso é óbvio, mas a nossa época chegou ao rebaixamento de exigir, a todo instante, a reafirmação de obviedades, como sintoma da impossibilidade do consenso mínimo que a retórica bolsonarista impõe ao debate público. Quando a interlocução racional se torna impossível, impera a batalha pelo sentido da história. Nessa guerra, importam os eventos desde o passado remoto aos da última manhã.

As ideias introduzidas acima podem ser demonstradas pelos padrões da estratégia discursiva de Bolsonaro, que é sofisticada. Quanto a isso, vale ressaltar que o presidente não é idiota nem louco e, no campo ideológico, mantém coerência radical, pois sabe exatamente quais são os interesses que defende. Também é capaz de cultivar relação favorável ao seu governo no Congresso, com o preço que conhecemos.

O que Bolsonaro não consegue, apesar das tentativas diárias, é se livrar das responsabilidades do presidente da República e dos efeitos políticos do seu fracasso na gestão econômica, que agrada muito ao mercado financeiro, mas castiga os trabalhadores e as pequenas empresas.

Quando o trabalhador sente o peso enorme da inflação toda vez que põe a mão no bolso, aflora o doloroso sentimento de que a vida está mais difícil agora, após três anos e meio de governo Bolsonaro, do que na época dos tão criticados governos Lula e Dilma.

Por ironia da história, a Petrobras, mesmo assaltada por execráveis esquemas de corrupção, mantinha política de preços muito mais favorável ao desenvolvimento das forças produtivas do país. Não se trata de passar pano nos malfeitos, que devem ser combatidos com o rigor imparcial da Justiça, a questão é observar as diferenças das políticas implementadas na estatal por cada governo e as consequências delas para a nação. E não precisa ser petista para reconhecer isso.

Está aí Ciro Gomes que, diariamente, entre uma crítica e outra ao PT, lembra que a política de preços da Petrobras foi praticamente a mesma de 1954 a 2016, ano do golpe parlamentar na ex-presidente Dilma Rousseff.

O caso dos combustíveis não impõe a primeira derrota a Bolsonaro na sua guerra contra os consensos da República. Ele já perdeu a batalha das vacinas, por exemplo. Importante notar que, nos dois casos, a materialidade dos temas em questão dificulta a tentativa retórica de ruptura com a realidade. A eficácia e a segurança das vacinas contra a Covid-19 se transformaram em realidades sólidas demais para contestações simplistas.

O mesmo vale para o preço do tanque de combustível na bomba: é real demais para sofismas delirantes sobre o ICMS e “a culpa dos governadores”. As pessoas também são capazes de perceber os impactos dos preços dos combustíveis na inflação dos alimentos, que é menor para quem ganha a partir de cinco salários mínimos – único estrato econômico que dá liderança a Bolsonaro nas pesquisas eleitorais.

Como não é idiota, Bolsonaro faz barulho. Culpa a Petrobras. Troca presidente. Ameaça privatizar a estatal. No desespero, já faz o cálculo para saber se, agora, vale a pena uma briguinha com os acionistas minoritários da estatal para segurar os preços, pelo menos, até outubro.

Sabemos que nada disso próspera, porque o clima é de butim. A Petrobras é gerida como se não houvesse amanhã. Dos R$ 106 bilhões que lucrou em 2021, reservou menos de R$ 5 bilhões para investimentos e distribuiu o restante para os acionistas.

Também foi escolha de governo acelerar a venda de refinarias e não ampliar a capacidade de refinamento do petróleo. Agora, segundo a Federação Única dos Petroleiros, o Brasil corre risco de desabastecimento de diesel, pois há escassez de oferta no mercado internacional e o país importa 25% do necessário para suprir a demanda interna, mesmo estando entre os 12 maiores produtores mundiais da matéria-prima do combustível.

Bolsonaro não é idiota, repito, mas a população brasileira também não é e tem dado demonstrações inequívocas de sua sapiência: a próxima delas – e decisiva – será oferecida ao futuro da nação no dia 2 de outubro.

Thiago Dias é repórter e comentarista do PIMENTA.

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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD), criticou a tentativa do presidente Jair Bolsonaro (PL) de transferir a responsabilidade pelos preços elevados dos combustíveis no Brasil. Neste sábado (18), gasolina e diesel passaram a ser vendidos mais caros nas refinarias da Petrobras, estatal da União (veja aqui).

“O preço dos combustíveis continua disparando porque está atrelado ao dólar. Não adianta baixar o ICMS, afetando a arrecadação de estados e municípios, porque o problema é do governo federal e a política de preços da Petrobras. O ICMS e os governadores não têm nada a ver com a escalada do preço dos derivados do petróleo”, declarou Adolfo.

Para o deputado, o governo Bolsonaro provoca o povo brasileiro. “Dolarizar o preço do diesel e da gasolina significa botar mais dinheiro no cartel dos combustíveis e massacrar ainda mais a nossa população, principalmente a mais pobre: um alface plantado na horta precisa do diesel ou da gasolina pra chegar na feira, na cidade. É um absurdo o que está acontecendo no Brasil”, concluiu.

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No ano do seu centenário, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) escolheu Sofia Manzano para representá-lo na disputa da Presidência da República. A paulistana de 51 anos é radicada em Vitória da Conquista desde 2013, quando assumiu o cargo de professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), onde leciona Economia, sua área de pesquisa da graduação na PUC-SP ao doutorado na USP.

Ela é autora do livro Economia Política para Trabalhadores (Ed. Instituto Caio Prado Jr.), título que indica um dos desafios da sua pré-candidatura: levar ao conhecimento da classe trabalhadora as propostas dos comunistas para a economia do país.

A tarefa não é fácil. O PCB está em franca reconstrução, mas ainda longe do protagonismo que marcou sua trajetória no século passado. Some-se a isso os consensos neoliberais no debate público, promovidos por meios de comunicação de massa. As brechas estão na internet, como nas redes sociais, onde os pré-candidatos comunistas acrescentaram a sigla do partido aos seus nomes (@sofiamanzanoPCB, por exemplo) para uniformizar a identificação dos perfis.

Se a missão de falar às multidões é cheia de obstáculos, o apelo dos temas econômicos é forte e incontornável no debate eleitoral. A carestia da vida está nas gôndolas de alimentos, nos postos de combustíveis, na conta de energia, no preço do gás, etc., enquanto o salário mínimo não tem ganho real desde 2017.

Nesta entrevista ao PIMENTA, Sofia Manzano mostra como esse cenário econômico reflete o conjunto da obra do governo Bolsonaro. Também explica como o Dieese chega ao valor recomendado do salário mínimo para as despesas de uma família, que hoje seria de R$ 6,3 mil. Segundo ela, com planejamento econômico, o país tem condições de atingir esse nível de renda mensal familiar. Leia.

PIMENTA – O Comitê de Política Monetária elevou a taxa básica de juros para 12,75%, alegando que isso é necessário para conter a inflação. De um lado, a gente vê reclamações, como as da Confederação Nacional das Indústrias. De outro, tem gente da esquerda defendendo a gestão de Roberto Campos Neto. Qual é o melhor caminho para a política monetária brasileira?

Sofia Manzano – É um equívoco a gestão do Banco Central independente do Roberto Campos, porque ele está fazendo uma política monetária que visa, simplesmente, o interesse do mercado financeiro. Essa política de aumentar a taxa Selic é muito ineficiente para conter a inflação. O que eles alegam é que a inflação está – e de fato está – muito elevada e crescendo. Por isso, eles aumentam a taxa de juros, pensando sempre num modelo de teoria econômica bastante ultrapassada, que é a teoria quantitativa da moeda. A ideia de que, se os preços estão subindo, é porque a demanda está muito elevada, então tem que aumentar a taxa de juros para conter a demanda.

Só que sabemos que o nosso processo inflacionário não decorre do aumento da demanda. Muito pelo contrário. Tínhamos, antes da pandemia, quando não havia uma inflação tão elevada, uma população se alimentando e consumindo. Com a pandemia e o empobrecimento da população por causa da reforma trabalhista, hoje temos mais de cem milhões de pessoas com insegurança alimentar. Elas não têm dinheiro para comprar o básico, o alimento. Portanto, a demanda, que é a procura por bens e serviços, não está aumentando, está retraindo. A inflação atual não é causada por um excesso de demanda, mas por pressões de custo.

Quais?

A principal é a política de preços da Petrobras. O lucro trimestral da Petrobras aumentou 3.000%, R$ 44,5 bilhões. Ora, não é a Petrobras empresa: o governo que está comandando essa empresa é que faz uma política que só visa o lucro, com aumentos constantes dos combustíveis e gás, que entram no custo de toda a produção. Para produzir qualquer coisa tem que ter energia e transporte. Se a energia e o transporte sobem, o preço desses produtos vai subir.

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O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) afirmou que a iminente falta de diesel para o abastecimento do mercado interno, denunciada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), é consequência direta do desmonte que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) impõe à Petrobras. “Não é justo a gente ter óleo, capacidade de refino e a população pagar mais caro por isso”, declarou o líder do governo Rui Costa, nesta quarta (25), em sessão extraordinária da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

De acordo com a FUP, o risco de desabastecimento se anuncia para o início do segundo semestre deste ano, motivado pela escassez da oferta de diesel no mercado internacional num contexto em que os estoques mundiais já estão baixos. O Brasil é autossuficiente na produção de petróleo, mas importa cerca de 25% do diesel que consome, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).

Ex-diretor sindical dos petroleiros, Rosemberg afirma que a gestão do governo Bolsoanro desmontou o parque de refino da Petrobras, além de ter mantido a paridade por preço de importação (PPI) para definir os preços dos combustíveis vendidos ao consumidor brasileiro, política iniciada em outubro de 2016, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

O deputado também se referiu à oposição ao governo Rui Costa, que, segundo ele, tenta culpar o governador pelos preços dos combustíveis, como se esse fosse um problema exclusivo da Bahia. “A política de preço do Governo Federal com relação ao petróleo deve ser modificada. Todo dia eu digo, a responsabilidade é de alguns que elegeram este presidente e hoje têm vergonha de dizer que é aliado dele [Bolsonaro]”.

Na sua fala, Rosemberg também associou Jair Bolsonaro ao grupo do pré-candidato a governador ACM Neto (UB), chamado por ele de “BolsoNeto”.

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O pré-candidato a governador da Bahia pelo PT, Jerônino Rodrigues, criticou, nesta quinta-feira (12), a ameaça do governo Bolsonaro de privatizar a Petrobras. Ontem (11), em seu primeiro pronunciamento à frente do Ministério de Minas e Energia, o ministro Adolfo Sachsida revelou pedido de estudos para a privatização da petroleira.

“Nunca a gasolina esteve tão cara. Ninguém aguenta mais. Incapaz de conter a alta dos preços dos combustíveis, o presidente agora quer transferir essa responsabilidade para a iniciativa privada”, escreveu Jerônimo em uma rede social.

O petista lembrou que o governo Bolsonaro privatizou a refinaria Landulpho Alves, na Bahia. “O povo não pode pagar mais essa conta. Não à privatização da Petrobras. Não ao aumento abusivo dos combustíveis”.

Aliado do ex-presidente Lula (PT), Jerônimo afirmou que a população brasileira quer um presidente com coragem de enfrentar os problemas do país. “E não alguém que coloque nosso patrimônio à venda”, concluiu.

Gás de cozinha ajuda a puxar a inflação neste ano
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O preço do botijão de gás teve novo reajuste na Bahia, conforme divulgado pela Acelen, empresa que administra a Refinaria de Mataripe, nesta quinta-feira (31). O aumento entra em vigor na sexta (1°) e será entre R$ 5 e R$ 7.

O primeiro reajuste deste ano aconteceu no dia 3 de fevereiro, quando o valor do produto chegou até R$ 120, de acordo com Sindicato dos Revendedores de Gás. Com o novo aumento, o valor médio do botijão em Salvador deve ser R$ 132 e em quase toda a Bahia, representando mais de 10% do salário mínimo.

A empresa que administra a refinaria disse que os reajustes acontecem por causa da cotação do petróleo, da variação do dólar, além do custo logístico para a entrega do produto.

Em setembro de 2020, um botijão custava em média, R$ 68 no estado. Em 2021, o valor chegou a R$ 105 em Salvador. Da Rede Bahia.

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O sexto aumento do ano nos preços da gasolina e diesel na Bahia foi anunciado neste sábado (26) pelo Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniência do Estado da Bahia (Sindicombustíveis).

O sindicato, que representa os revendedores baianos de combustíveis, informou que distribuidoras e postos de combustíveis foram informados do reajuste de R$ 0,15 no preço do litro da gasolina A, e em R$ 0,56 no preço do litro do diesel S10. O preço dos combustíveis na Bahia é regulado pela Acelen, empresa que opera a Refinaria Mataripe.

De acordo com o Sindicombustíveis, a gasolina é vendida pela Acelen no estado por R$ 4,24, o litro, enquanto o mesmo produto é comercializado em Ipojuca (PE), a mais de 1.000 quilômetros de distância de São Francisco do Conde, onde está a refinaria, por R$ 3,75.

O preço dos combustíveis foi reajustado nas seguintes datas: 1º de janeiro, 15 de janeiro, 22 de janeiro, 5 de fevereiro, 5 de março.

Em nota, o presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus Freitas, afirmou que a decisão de repassar os aumentos ao consumidor cabe às distribuidoras e a cada posto revendedor, à medida que forem sendo abastecidos com novos valores estabelecidos pela refinaria.

“Como o Estado da Bahia tem o ICMS mais caro do Brasil, na comercialização do diesel S10 isto faz com que o custo do produto, adquirido pelas distribuidoras junto à refinaria, tenha uma diferença que varia de R$ 0,50 a R$1,18. O Estado de Pernambuco, que faz fronteira com a Bahia, a diferença de preços do mesmo produto vendido pela Acelen chega a R$ 0,99 centavos”, informa Tannus.

MULTINACIONAL INFORMA QUE SEGUE CRITÉRIOS DE MERCADO

Por meio de nota oficial, a Acelen informou que os preços dos produtos produzidos pela Refinaria de Mataripe “seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como o custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete”.

A empresa sinalizou que nos últimos 26 dias, com o ampliação do cenário de crise por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia, o preço internacional do barril de petróleo disparou acima de US$ 120 por barril. Esse cenário, segundo a Acelen, que gerou impacto direto nos custos de produção. As informações são do G1.

Otto afirma que governo Bolsonaro e Petrobras impõem dolarização ao mercado brasileiro
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O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou, em vídeo divulgado nesta quarta-feira (16), que a dolarização dos preços dos combustíveis no Brasil é um “roubo” contra o consumidor. Segundo ele, a situação na Bahia é mais grave devido à privatização da antiga Refinaria Landulpho Alves, vendida ano passado ao Fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, quando passou a ser chamada de Refinaria de Mataripe.

“Aqui no meu estado, na Bahia, a 40km [de Salvador], nós temos a Refinaria de Mataripe. Ela foi vendida a um grupo privado, Mubadala. Agora, esse grupo privado está refinando petróleo do nosso estado e também do Brasil, óleo cru, para produzir o diesel e a gasolina. Pois bem, esse diesel e a gasolina estão sendo vendidos, aqui no nosso estado, 27% mais caro que em todo o Brasil”, denuncia o senador.

Para Otto, os preços mais altos cobrados aos consumidores do estado são consequência de uma privatização sem critérios para a venda dos combustíveis, problema agravado pela política de precificação da Petrobras, que segue o mercado internacional.

O senador lembra que os funcionários da refinaria baiana e da Petrobras recebem em real, mesma moeda em que os custos de manutenção das empresas do setor são pagos. Entretanto, na hora da venda, tanto a refinaria privatizada quanto a Petrobras impõem preços dolarizados ao mercado interno. “O governo Bolsonaro quer dolarizar o Brasil”, diz.

Também mencionou projetos aprovados pelo Congresso na tentativa de conter o avanço dos preços dos combustíveis. “Espero que o presidente da República coloque em andamento, possa sancionar, para que se acabe com esse roubo que a Petrobras está fazendo no bolso do povo brasileiro e, sobretudo, do povo baiano, com essa privatização da Refinaria de Mataripe”, conclui Otto Alencar.

Um dos projetos citados por Otto propõe a criação de um sistema de bandas de preços, que limitará a variação dos combustíveis no mercado interno, e uma conta federal para financiar essa ferramenta. Além disso, estabelece auxílio de até R$ 300 mensais para motoristas autônomos de baixa renda (veja aqui).