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A guerra entre a Rússia e a Ucrânia acendeu as discussões sobre a dependência brasileira de fertilizantes. Uma saída para reduzir a dependência de estimulantes químicos é o uso de remineralizadores do solo. A técnica consiste em aplicar ao solo rochas moídas compostas por minerais que contribuem para a melhoria da fertilidade, possibilitando seu rejuvenescimento.

Atualmente, 25 produtos desta categoria estão registrados no país, dentre eles o Vulcano – primeiro remineralizador do norte-nordeste com registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Com composição típica de rochas silicáticas basálticas, a matéria-prima do produto vem de mina própria, situada em Salvador, próxima ao Terminal Portuário de Cotegipe.

Para o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, o incentivo à pesquisa de soluções que diminuam a dependência dos fertilizantes estrangeiros é sempre bem-vindo. “Essa dependência brasileira é inadmissível e insustentável e precisamos reverter essa situação investindo políticas públicas – de médio e longo prazo – eficientes, em pesquisa, em tecnologia e aproveitando de forma sustentável a nossa diversidade mineral”, pontuou Tramm.

Na Bahia, por exemplo, estudos de realizados pelo CPRM (Serviço Geológico do Brasil), no projeto da Agrominerais da Região de Irecê- Jaguarari-BA, constatou a presença de potássio e outros multinutrientes indicados para a remineralização de solo, na região e Campo Formoso e Pindobaçu, situado no centro-norte baiano. No entanto, são necessárias pesquisas complementares para verificar a viabilidade mercadológica e técnica sobre os possíveis locais e culturas que poderiam ser beneficiadas.

Governo diz que FIOL é prioridade, mas só prevê 400 milhões de reais
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A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) participou domingo (5) de reunião virtual com o ministro de Minas e Energia do Governo Federal, Bento Albuquerque, e mais 30 entidades da área de mineração. Em pauta, a união de esforços para atuar frente aos desafios do Covid-19.

O presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm, mencionou as ações adotadas pelas empresas de mineração da Bahia para evitar a contaminação dos funcionários e falou também sobre a importância da infraestrutura para o setor no estado.

“A Bahia está tomando todas as providências para evitar a contaminação. Mas precisamos pensar também no pós-momento. Não existe mineração sem logística. Estamos há muito tempo esperando uma posição de governo para liberar a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol). Esse projeto representará para a Bahia uma grande exportação de minério de ferro. Vai representar emprego, renda e sustentabilidade”, disse Tramm.

Nesta segunda-feira (6), o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério das Minas e Energia, Alexandre Vidigal, solicitou a Tramm que encaminhasse informações complementares sobre o andamento das obras da Fiol.

PROJETO DE 6,4 BILHÕES DE REAIS

O corredor logístico vai ligar o Porto Sul, em Ilhéus, a Figueirópolis, no Tocantins. A estimativa de investimento na sua construção é de R$ 6,4 bilhões. Quando estiver concluída, a ferrovia vai permitir o escoamento de minério de ferro e também de grãos.

O ministro Bento Albuquerque disse que o encontro, apesar de ter um tema excepcional, faz parte do contínuo diálogo e da transparência com o setor produtivo, pontos basilares de sua gestão. “A mineração é um setor vital para o Brasil, que é um País privilegiado pela quantidade de minerais que fazem parte do nosso patrimônio. Não sabemos quando esse período vai acabar, mas tenho certeza que a mineração é essencial”.

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Autoridades e investidores lançam pedra fundamental de mineradora em Maracás (Foto Manu Dias/GovBA).
Autoridades e investidores lançam pedra fundamental de mineradora em Maracás (Foto Manu Dias/GovBA).

A pedra fundamental da primeira mineradora de vanádio das Américas foi lançada hoje, 21, em Maracás, pelo governador Jaques Wagner e dirigentes da canadense Largo Resources Ltda. O empreendimento deve gerar 1,2 mil empregos na fase de implantação da mineradora no município, além de 400 quando entrar em operação.
De acordo com o governo baiano, a mina descoberta na Fazenda Patrício, no povoado de Porto Alegre, em Maracás, transformará a Bahia em maior fornecedor de ferro-vanádio do Brasil. De acordo com estudos da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), parceira da Largo Resources no empreendimento, a jazida é a melhor do mundo, “podendo se tornar produtora estratégica em nível global”.