Médico acusado de racismo é solto depois de pagamento de fiança|| Imagem TV Santa Cruz
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Luís Leite, médico obstetra acusado de racismo contra uma auditora que presta serviço para a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), foi levado para o Conjunto Penal de Itabuna. Preso em flagrante nesta quarta-feira (21), ele deve passar por audiência de custodia nesta quinta-feira (22), no fórum local.

A auditora afirmou, em depoimento,  ter ouvido comentário racista no momento em que fazia um trabalho na Maternidade Otaciana Pinto, antiga Maternidade da Mãe Pobre, onde o médico estava de plantão hoje.  A mulher disse ter ouvido o médico comentar que ela era bonita porque tinha sangue de branco. Ele teria sido confrontado e confirmado o racismo.

A defesa do médico nega ter havido racismo.  A advogada Linda Andrade informou que Luís Leite apenas “avistou a moça” e “fez um elogio para o colega de trabalho dele”. “Ele comentou que a moça era bonita, tinha a pele bonita. Ele, em momento algum,  dirigiu a palavra para moça ou dirigiu esse elogio para suposta vítima”, afirmou a advogada em entrevista à TV Santa Cruz.

Linda Andrade adiantou que entrará com pedido de habeas corpus para que o médico Luís Leite possa responder ao processo em liberdade. Caso seja condenado, ele poderá pegar até 5 anos de prisão.

Livro "A vida em Cena: Encena" está à venda no site da Editora Giostri
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Muitos deles já plantaram uma árvore e também já são pais. Faltava escrever um livro. Não falta mais. Quinze reeducandos lançaram hoje (18), no Conjunto Penal de Itabuna, o livro A Vida Em Cena: Encena. A obra coletiva reúne textos dramáticos produzidos a partir de uma oficina do projeto Virando a Página – Remição Pela Leitura, do Tribunal de Justiça da Bahia, por meio da Corregedoria-Geral de Justiça.

A oficina de leitura e escrita foi promovida pelo editor e organizador Alex Giostri, da Editora Giostri. O projeto, que já é realizado em diversas unidades prisionais, encontrou no CPI um terreno fértil. A unidade tem se destacado na educação, especialmente na Remição pela Leitura, com o programa Asas da Imaginação, da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), e projeto Relere, da 13ª Promotoria do Ministério Público Estadual.

O desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, que está se despedindo da Corregedoria-Geral após mandato de dois anos, afirmou que deixará como parte de seu legado a publicação de sete livros escritos por pessoas privadas de liberdade. “Visitei todas as unidades prisionais da Bahia, desenvolvemos diversos projetos, e deixamos como legado essa ideia de que a justiça não é apenas para dar decisões condenando ou absolvendo, mas para buscar devolver à sociedade pessoas melhores. E apostamos na ressocialização por meio da Educação”, pontuou.

O evento, organizado pela Socializa, empresa que administra o Presídio, teve ainda a participação de diversas autoridades, entre elas a juíza auxiliar da Corregedoria-Geral do TJ-BA, Rosemunda Souza Barreto, o juiz da Vara de Execuções Penais de Itabuna, Antônio Carlos Maldonado, do presidente da OAB, Rui Carlos, de representantes das secretarias estadual e municipal de Educação, e do pró-reitor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Sandro Ferreira, além da autoridade eclesiástica Padre Ricardo, bem como do editor Alex Giostri e familiares dos internos.

AUTÓGRAFOS

O lançamento teve uma programação vasta, que incluiu leituras de trechos da obra, sessão de autógrafos e fotos com familiares e convidados. O livro já está à venda no site da Editora Giostri.

Os “requisitos” elaborados pelo poeta cubano José Martí para cada homem ou mulher nessa existência – plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro – foram cumpridos com louvor por 15 improváveis numa unidade prisional, mesmo que um ou outro não tenha ainda experimentado a paternidade ou mesmo plantado uma árvore. “Viva a educação!”, resume a professora da Socializa no Conjunto Penal de Itabuna e uma das prefaciadoras do livro, Rute Praxedes.

Dirigentes de Biofábrica, Seagrima e Conjunto Penal durante reunião
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A Biofábrica da Bahia, parceira no projeto Unidade Produtiva Rural, implantado no Conjunto Penal de Itabuna, vai doar 3 mil mudas de aipim para a implantação de um Sistema Agroflorestal (SAF), visando à produção de alimentos por parte dos reeducandos custodiados na unidade prisional. Do projeto, que tem articulação com o programa Bahia Sem Fome, do Governo do Estado, também participa a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (Seagrima).

O projeto Unidade Produtiva Rural vai utilizar uma área de 1,2 hectare para o plantio consorciado de aipim, com outras culturas de ciclo curto, a exemplo de verduras diversas, visando a fortalecer o fornecimento de alimentação ao Bahia Sem Fome, sob a coordenação do Governo do Estado. A Biofábrica já havia orientado o início da preparação da área, bem como elaborou um plano de ação, doado ao Conjunto Penal de Itabuna, contendo as etapas a serem executadas, observando os cuidados agroecológicos a serem aplicados.

O diretor presidente da Biofábrica, Valdemir José dos Santos, avalia ser importante para a Biofábrica, enquanto Organização Social produtora de mudas certificadas, estar atenta às demandas da sociedade organizada, dos entes públicos e governamentais que buscam a efetivação do combate à insegurança alimentar. “Fazemos isso sem descuidar da responsabilidade ambiental e social, já que os beneficiários finais, o público a ser atendido pelo programa Bahia Sem Fome, merece o melhor que podemos ofertar”, observou Valdemir dos Santos.

A doação foi formalizada durante encontro nesta quarta-feira (16), em Itabuna, com a participação do diretor-presidente da Biofábrica, Valdemir José dos Santos, do secretário de Agricultura e Meio-Ambiente de Itabuna, Moacir Smith Lima, e do diretor-adjunto do Conjunto Penal de Itabuna, Bruno Pitanga. Também participaram o diretor-administrativo da Biofábrica, Flávio Barreto, e o gerente de Associativismo e Cooperativismo da Seagrima, Miranildo Góes.

Alice tinha relacionamento com um dos homens mortos no Conjunto Penal de Itabuna
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A Polícia Civil investiga se o assassinato de uma jovem em Coaraci está relacionado com o ataque que deixou dois mortos e um ferido no Conjunto Penal de Itabuna. Alice dos Anjos Santos, de 22 anos, foi morta a tiros no Bairro Bela Vista, na noite de sábado (12), por uma quadrilha. Os bandidos abordaram a vítima na Rua Dois, ela correu e entrou em uma casa, mas foi alcançada e baleada várias vezes.

Segundo informações, Alice tinha um relacionamento com Alex Nogueira dos Santos, um dos dois homens assassinados na unidade prisional de Itabuna, também no sábado (12). A outra vítima foi identificada como Alessandro Costa da Silva. Os crimes no presídio foram cometidos com armas brancas de fabricação artesanal. As execuções teriam sido motivadas por uma disputa pelo comando do pátio da detenção (relembre).

Um terceiro detento foi atacado no mesmo dia, mas sobreviveu. Rafael Batista Viana precisou de atendimento médico e foi levado para o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães. Após receber alta, ele foi reconduzido ao presídio.

Detentos são encontrados mortos na unidade prisional || Foto Reprodução
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O Conjunto Penal de Itabuna registrou dois assassinatos neste sábado (12). Os detentos, identificados como Alex Nogueira dos Santos e Alessandro Costa da Silva, foram encontrados mortos hoje de manhã. Um terceiro homem, que não teve a identidade divulgada, foi ferido e levado para o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães.

Ainda não há detalhes sobre as circunstâncias dos homicídios. O PIMENTA tentou contato com a direção da unidade, mas as cinco chamadas para o telefone institucional não foram atendidas.

As mortes ocorreram depois de uma confusão no Anexo 3. O conflito foi iniciado por causa da disputa pela liderança do pátio do conjunto penal. Um dos mortos teria perdido a liderança ao ser transferido para o presídio de Irecê, mas retornou para o de Itabuna por decisão judicial. Ao tentar reassumir a liderança dos demais detentos, mas não obteve êxito.

Na confusão de hoje, os internos foram atacados com golpes de arma branca, mas a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) não detalhou exatamente quais foram essas armas. As medidas de segurança no Conjunto Penal de Itabuna foram reforçadas. O detento levado para o hospital tem o quadro estável. Atualizado às 17h40min para acréscimo de informações.

Internos do Conjunto Penal de Itabuna conquistam vaga em curso superior || Foto Divulgação
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Os detentos aprovados para ingresso em cursos ofertados pela Universidade Federal do Sul (UFSB), via Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e que ainda estão legalmente impedidos de sair do Conjunto Penal de Itabuna para frequentar as aulas, terão ensino remoto. Os internos com restrições contarão com sala climatizada, meios tecnológicos adequados e terão aulas com mediação pedagógica fornecida pela unidade. No total, 28 reeducandos foram aprovados.

Os internos que possuem autorização para cursar presencialmente, sairão da unidade às 18h e retornarão às 23h. Os detentos obtiveram aprovação na última seleção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e estão ingressando no ensino superior graças a política institucional da UFSB que destina vagas supranumerárias para internos ou egressos do Sistema prisional.

A vaga para pessoas em privação de liberdade na UFSB surgiu como política em 2021, durante o processo de revisão da sua Resolução de Ações Afirmativas. Desde sua aprovação, o documento indicou que a universidade reservaria, anualmente, a partir dali, uma vaga de cada um de seus cursos para esse segmento e deveria ser aplicada nos processos seletivos de ingresso, tanto no SISU como por meio do edital dos Colégios Universitários.

No primeiro processo seletivo, em 2022, cinco estudantes foram matriculados. Contudo, na seleção mais recente, a aprovação aumentou significativamente, graças ao trabalho voltado para a educação dos internos na Unidade Prisional de Itabuna. Neste ano, 28 novos universitários obtiveram sucesso na aprovação por meio da educação obtida, em sua maioria, dentro da unidade. Os novos estudantes, sem restrição de saída, estão distribuídos em todas as Unidades Acadêmicas da UFSB em Itabuna.

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Reitora Joana Guimarães fala a novos alunos da UFSB || Divulgação
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O sistema penal e a universidade pública ocupam lugares opostos na estrutura do Estado, mas compartilham os efeitos disciplinadores, em sentido amplo. Tanto é assim que, como política de linguagem, as instituições penais abandonaram o uso de expressões estigmatizantes, a exemplo de presidiário, e passaram a utilizar o termo reeducando. A substituição reflete outra perspectiva sobre o Direito Penal, que passa a ter enfatizado seu caráter ressocializador. No Conjunto Penal de Itabuna, essa mudança ganhou marco histórico, nesta terça-feira (30), com a primeira aula dos 28 reeducandos que ingressaram na Universidade Federal do Sul da Bahia (USFB).

A aula inaugural, realizada pela Internet, teve a participação de representantes do Ministério Público, da OAB e da Secretaria Municipal de Educação. O secretário José Antônio Maia Gonçalves, da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, deu as boas-vindas aos calouros, com um vídeo gravado especialmente para o momento. A reitora Joana Guimarães também enviou mensagem aos estudantes.

Já a promotora de Justiça Cleide Ramos, do Ministério Público do Estado da Bahia, emocionada, dimensionou o feito dos novos alunos da UFSB. “Vocês estão fazendo história e são exemplo para todo o sistema penitenciário do país. É uma grande alegria, mas também uma enorme responsabilidade, porque sabemos que existe uma sociedade que ainda não aceita essa evolução. Portanto, a melhor resposta a se dar é fazer o melhor”, aconselhou.

SUPORTE

Os reeducandos autorizados a frequentar as aulas presencialmente sairão do Conjunto Penal às 18h e retornarão às 23h. Segundo a Socializa, cogestora da unidade, a empresa vai assegurar transporte, roupa, lanche e material didático aos estudantes. Já os que ainda não podem deixar o presídio, terão aula em formato remoto.

O diretor do Conjunto Penal de Itabuna, Bernardo Cerqueira Dutra, explica que os alunos da modalidade online terão o material didático armazenado em dispositivos eletrônicos sem acesso à Internet, os chamados Kindle. “Não há privilégio, não há quebra de regime de cumprimento de pena. O que há é um grande esforço para cumprir o princípio constitucional da universalidade da Educação como dever do Estado – e direito de todos”, concluiu.

Falso dentista é preso mais uma vez || Foto PC
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O falso dentista e ex-estudante de odontologia Paulo Henrico Almeida de Melo Santos, o Kico Cigano, 41 anos, foi preso mais uma vez. Condenado a um ano e oito meses em regime semiaberto pela Justiça Federal, ele acabou detido, nesta quinta-feira (12), ao desembarcar no Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus. O falso dentista era considerado foragido desde 2021 e foi levado para o Conjunto Penal de Itabuna.

Paulo Henrico é acusado de causar lesões em mais de 20 pessoas. Uma das vitimas teve nove dentes extraídos de uma só vez e até hoje sofre dores causadas pela conduta inadequada do falso dentista. Foi constatado que as extrações não eram necessárias, e que o homem nunca tinha concluído o curso de odontologia. Na época dos crimes, ele era estudante, segundo investigações da Polícia Civil.

Paulo Henrico foi preso pela primeira vez no dia 30 de setembro de 2019. Em 2020 conseguiu habeas corpus para responder ao processo em liberdade. Acabou preso novamente naquele mesmo ano, mas foi solto e nunca mais  encontrado. Foi preso hoje. Além desses crimes, ele é acusado de estelionato.

Marcos Vinícius Gouveia (à direita) é acusado de matar taxista em Itabuna|| Foto Divulgação
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Um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do taxista José Raimundo Honorato, de 69 anos, no bairro São Roque, em Itabuna, já está detido no conjunto penal no município do sul da Bahia. Marcos Vinícius Gouveia, de 18 anos, foi preso junto com o comparsa Ítalo França, minutos após registro de um assalto contra um taxista em Ilhéus, na quarta-feira (26), no bairro do Malhado.

De acordo com o titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Itabuna, Miguel Cicerelli, Marcos Vinícius foi identificado por meio de imagens de câmeras de segurança e reconhecido por testemunhas que viram o acusado com comparsas solicitando uma corrida do terminal rodoviário de Itabuna para o Condomínio Habitacional Pedro Fontes, no bairro São Roque. O crime ocorreu no dia 6 deste mês.

O delegado Miguel Cicerelli informou que, após o crime em Itabuna, o acusado fugiu para a região de Gandu. Cicerelli afirmou ter pedida a prisão do suspeito pelo crime de latrocínio, que é roubo seguido de morte. Os bandidos levaram o veículo, além de dispararem contra o taxista.

O policial disse ainda que Marcos Vinícius é suspeito de cometer outros crimes na região no sul da Bahia. “O Marcos Vinícius tem 18 anos. Apesar de ser jovem, ele vem praticando vários roubos à mão armada aqui em Itabuna, Ilhéus e outros municípios da região. Ele é uma pessoa de alta periculosidade, que agride as vítimas de forma gratuita”, assegurou. Ele está detido no Conjunto Penal de Itabuna.

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Projeto baiano de remição de pena por meio da leitura, desenvolvido no Conjunto Penal de Itabuna, está concorrendo ao Prêmio Innovare edição 2022. O MP Educa Relere – Remição, Letramento e Reintegração atende, atualmente, 20 educandos e tem o objetivo de proporcionar acesso a informações e discussões temáticas que possam contribuir para o processo reintegrador das pessoas encarceradas, fortalecer o processo educacional dos internos e estimular a construção da cidadania, a educação em direitos humanos, uma concepção feminista de mundo e a resolução pacífica de conflitos.

O Relere oferece aos participantes oficinas de cidadania e fomenta a leitura de livros pré-selecionados. O projeto recebeu a visita de consultores do Instituto Innovare na última semana. Um dos diferenciais do projeto do Ministério Público baiano é a conjugação do uso de dispositivos Kindle com as oficinas de cidadania, que são estruturadas em três módulos de estudos abordando as temáticas de gênero/patriarcado, relações étnico-raciais e cultura de paz. A metodologia empregada e a seleção bibliográfica virtual e impressa reúnem desde títulos literários a reflexões sociológicas e obras de comunicação não-violenta e justiça restaurativa.

Para a promotoria, a motivação do projeto vai ao encontro da função social da pena e da educação como força motriz de transformação social. Os participantes, explica ela, estabelecem vínculos de relacionalidade essenciais para a compreensão das causas dos conflitos, assunção de autorresponsabilidade pelos danos causados, empatia e reparação do dano mediante a transformação do conflito em uma experiência enriquecedora para a vida em comunidade. A cada 12 horas de participação nas oficinas, o preso tem um dia de pena abatido, e, a cada livro lido com resenha produzida por mês, a pena é reduzida em quatro dias.

PARTICIPAÇÃO

Outro benefício já constatado pela promotora de Justiça foi o despertar do interesse dos participantes do projeto pelos estudos. Desde o início do Relere, conforme o MP, foi constatado um aumento no número de matriculados na escola. Atualmente, o Conjunto Penal conta com 898 pessoas encarceradas, sendo que 526 delas estão matriculados na educação formal. Destes, 311 participam de projetos de remição da pena pela leitura. Além disso, 354 estão inscritos no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), informa a promotora Cleide Ramos.

A promotora destaca ainda que oito educandos foram aprovados no último Enem e cinco no Sisu com vagas para a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) pelo sistema de cotas, os quais aguardam decisão judicial para frequentarem a universidade.

A educanda J.R.S relata que o Relere despertou nela a autovalorização, o respeito a si e ao próximo e contribuiu com o desenvolvimento da sua comunicação e socialização. “Aprendi a administrar os meus pensamentos e meus valores, a conviver, a dar valor as minhas palavras”, afirma ela. Já F.S.P destaca o prazer em participar do projeto. “Tenho uma mente muito atrasada e o Relere mexe com a mente, abre pra questões de gênero, patriarcado e feminismo”, disse ele agradecendo a oportunidade.

APOIO À REINSERÇÃO

A promotora Cleide Ramos ressalta ainda que o projeto também tem como proposta ser porta de saída do sistema prisional. “As pessoas precisam de apoio para não retornarem às atividades ilícitas”, frisa ela, explicando que o Relere visa formar uma equipe multidisciplinar para estreitar relações com o sistema de garantias de direito (assistência social, previdência, educação e trabalho), de forma que os participantes sejam inseridos em programas sociais e de inclusão produtiva.

Ela assinala que existe um estigma que opera sobre a população carcerária que os acompanha o resto da vida. “Eles são tachados de presidiários e isso dificulta tanto a inserção dos mesmos em atividades de trabalho lícito quanto o retorno ao meio social não marginalizado”, lamenta, frisando que essa população acaba sendo submetida a um processo contínuo de violação de direitos.

O Relere é realizado em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e a empresa Socializa Soluções em Gestão; e tem o apoio institucional da Unidade de Monitoramento da Execução da Pena (Umep) e do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública e Defesa Social (Ceosp) do MP; da Câmara Municipal, que cedeu uma servidora para a orientação pedagógica do projeto; e da direção do Conjunto Penal de Itabuna. Ele concorre ao Prêmio Innovare, que tem como objetivo identificar, divulgar e difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil.

Atualmente na fase 4, os consultores realizam visitas aos locais onde os projetos implementados por operadores do Direito estão sendo executados. Na terça-feira, dia 5, o consultor do Innovare Bruno Magalhães Costa visitou o Projeto, sendo recepcionado pelo diretor do Conjunto Penal de Itabuna, Alecsandro Andrade Leal; pela promotora de Justiça Cleide Ramos; gerente da Empresa de cogestão Socializa, Yuri Damasceno; assistente de Promotoria Eduardo Passos e pela coordenadora Pedagógica do Projeto, Elisangela Pereira.

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A exposição da Feira Junina do Shopping Jequitibá tem produtos feitos por aprendizes do curso de artesanato do Conjunto Penal de Itabuna. O evento começou no início de junho e seguirá até esta quinta-feira (30).

A oficina de artesanato é um dos cursos profissionalizantes que a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) oferece aos reeducandos, por meio da Socializa, cogestora da unidade penitenciária. Na feira, as obras são comercializadas em troca de leite em pó. O alimento arrecadado com o escambo será doado à unidade do sul da Bahia do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GAAC).

O diretor da unidade, Alcsandro Andrade Leal, explica que, tradicionalmente, os aprendizes participam das feiras juninas e natalinas, que voltaram a ser promovidas após as restrições do período agudo da pandemia.

“Além dessa participação na Feira Junina do Jequitibá, iremos retomar, com a parceria do shopping, nossa Feira de Artesanato, aí, sim, com um estande ainda maior”, antecipa o diretor. A data do próximo evento ainda será divulgada.

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Investigadores da Delegacia Territorial (DT) de Santa Luzia, no sul da Bahia, cumpriram, nesta terça-feira (21), mandado de prisão contra um homem, de 48 anos, acusado de estuprar a neta, de oito anos. A prisão temporária do suspeito, que não teve o nome divulgado, foi decretada recentemente pela justiça.

Expedida pela Vara Crime de Camacan, a ordem judicial foi cumprida no distrito de Betânia. “Recebemos informações de que os abusos ocorreram em duas ocasiões e há cerca de duas semanas”, informou o delegado Renato Fernandes Ribeiro, que apura o crime.

O delegado explicou que a polícia está ouvindo testemunhas e coletando mais informações, com o objetivo de elucidar o caso. Ele acrescentou que solicitará acompanhamento para vítima pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras). O suspeito foi encaminhado para o Conjunto Penal de Itabuna, onde permanece à disposição da justiça.

Foragido do sistema prisional é detido com revólver no Condomínio Morada do Porto || Foto 70ª CIPM
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Um homem foragido do Conjunto Penal de Itabuna foi preso na manhã desta terça-feira (15), em Ilhéus, por policiais militares. Segundo a 70ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), por volta das 5h30min, o fugitivo tentou correr da viatura policial quando a avistou no Condomínio Morada do Porto, na zona oeste da cidade.

Alcançado e preso pelos policiais, o homem estava com um revólver calibre 38 e munições. Ele e a arma aprendida foram levados para a sede da 7ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), no centro de Ilhéus.

Apartamento onde criança estava foi completamente destruído no sábado
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A Justiça converteu, nesta segunda-feira (14), de temporária para preventiva a prisão da mãe da criança de dois anos que morreu num incêndio em um apartamento, na Travessa São Francisco, no bairro de Fátima, em Itabuna. A mãe da menina será levada para o Conjunto Penal nesta terça-feira (15).

A mulher teve a prisão preventiva decretada depois de passar por uma audiência de custódia no fórum local. A justiça acatou pedido da Polícia Civil, que afirma que a mãe deixou a criança sozinha no imóvel, que foi completamente destruído pelo fogo. A criança, Scarlete Dafne Santos Pereira ainda foi socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos.

O incêndio no apartamento ocorreu na tarde de sábado (12). Um dos vizinhos chegou ao imóvel no primeiro andar, mas não teria percebido que havia uma criança no local.

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Homens foram localizados em Ilhéus por equipes da 69ª CIPM
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Equipes da 69ª Companhia Independente da Polícia Militar prenderam em Ilhéus dois homens que fugiram do Conjunto Penal de Itabuna. A primeira prisão ocorreu por volta das 7h desta segunda-feira (18), na rua Laranjeira, no bairro Ilhéus II. Durante patrulhamento, os policiais avistaram o suspeito, que utiliza tornozeleira eletrônica, caminhando pela localidade. Alvo de mandado de prisão, ele tentou fugir, mas foi alcançado.

Horas depois, por volta das 20h30min, os policiais abordavam veículos e pararam um carro modelo Uno. Após consulta, constataram que o condutor também havia fugido do Sistema Prisional de Itabuna. Além do veículo, um revólver calibre 38 foi apreendido com o fugitivo. Os nomes dos recapturados não foram divulgados pela polícia.

“Os dois tiveram direito à saída temporária do Conjunto Penal de Itabuna e não retornaram. Eles integram organizações criminosas rivais. A Polícia Militar, por meio de ações preventivas, seguirá garantindo a ordem pública”, enfatizou o comandante da unidade, major Cláudio Lopes.

Os fugitivos foram encaminhados para a 7ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior, em Ilhéus.