A vida dupla da "Gatinha da Cracolàndia"
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Presa, na quinta-feira (22), por tráfico de drogas na Cracolândia, ponto famoso de concentração de usuários na região central de São Paulo, Lorraine Romero Bauer, de 19 anos, conhecida como “Gatinha da Cracolândia”, aparentava levar uma rotina normal para uma garota de classe média paulistana – fora do submundo das drogas.

Ela mora com a mãe, corretora de imóveis, o irmão e a filha de 10 meses em um condomínio fechado em Barueri, na Grande São Paulo. Desde o começo deste ano estava matriculada na faculdade de Direito de uma universidade privada paulistana.

Lorraine também tentava a carreira como modelo e, 2019, chegou a fazer contato com a agência de modelos com sede em São Paulo e filial no Rio de Janeiro. Ela chegou a trabalhar como garota propaganda de uma marca de roupas de Alphaville. Desde outubro de 2020, ela se tornou mãe de uma menina e passou a postar vídeos nas redes sociais sobre os desafios da maternidade.

ENVOLVIMENTO COM PESSOAS ERRADAS

De acordo com seu irmão, Lorruam Bauer, Lorraine “se envolveu com pessoas erradas”. “Agora ela vai pagar pelo que fez. A família de maneira alguma vai passar a mão na cabeça dela”, disse o irmão em sua página no Instagram antes de fazer o pedido para reduzir a exposição da irmã nos veículos de imprensa.

Lorraine já havia sido detida com maconha, crack e cocaína no fim de junho na cracolândia, região conhecida pela concentração de usuários de drogas no centro de São Paulo. Na ocasião, ela cumpriu a pena em prisão domiciliar e tinha permissão para sair de casa apenas para consultas médicas.

Nesta quinta, a Polícia Civil de São Paulo prendeu Lorraine sob a acusação de vender e distribuir drogas nas barracas montadas na Cracolândia. O mandado de prisão foi baseado em imagens de Lorraine circulando no fluxo, como é chamada a concentração de usuários de drogas na cracolândia. A advogada de defesa nega as acusações. Do  Metrópoles.

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JAIRO 3X4 COLORJairo Araújo

Experiências que estão sendo adotadas por José Mujica e Fernando Haddad representam  uma mudança substancial na forma  de combate às drogas e, por consequência, aos efeitos da  violência.

A percepção que parte da sociedade tem em relação à violência é contraditória. É de conhecimento da maioria das pessoas que as razões da violência, em parte, estão relacionadas ao tráfico e o consumo de drogas, além dos problemas sociais ainda presentes nos quatro cantos do país.  Mas os meios que são comumente utilizados no combate à violência tem se constituído num retumbante fracasso.
As práticas para o enfrentamento da violência tem sido as mesmas de sempre: a polícia mata e prende, tanto drogas quanto os traficantes, como forma de diminuir a circulação dos entorpecentes. Por outro lado, os bandidos se matam na tentativa de controlar os territórios do tráfico, a produção e a comercialização das drogas.
Ainda temos a violência advinda dos assassinatos em virtude de dívidas com os donos do pedaço. A organização do tráfico é impiedosa: deve e não paga, o caminho é a morte! Neste círculo vicioso, os índices de assassinatos só aumentam.  É necessário rever os métodos utilizados para combater o tráfico.
Neste sentido, experiências que estão sendo adotadas por José Mujica, presidente do Uruguai, que legalizou o  uso da maconha, e Fernando Haddad, prefeito de São Paulo,  com o projeto Braços Abertos, que visa oferecer oportunidades aos dependentes e usuários de crack,  representam  uma mudança substancial na forma  de combate às drogas e, por consequência, aos efeitos da  violência.
No caso do Uruguai, o Estado passa a assumir e controlar todo o ciclo de produção e comercialização da cannabis, permitindo ao usuário comprar em pontos definidos a quantia estabelecida para seu consumo. Em São Paulo, para os dependentes de crack estão sendo oferecidas moradias em hotéis da região conhecida como Cracolândia, trabalho remunerado na varrição das ruas e três refeições diárias, além de cursos profissionalizantes.
Estas ações podem não resolver o problema da violência de forma definitiva, mas são alternativas que deveriam ser observadas pelas diversas esferas de governo.
Quanto à contradição da sociedade que mencionei no início deste texto, me assusta ver pessoas comemorarem quando um bandido é assassinado ou em expressões como “bandido bom,  é bandido morto”. Enquanto existirem seres humanos morrendo em virtude da escalada da violência, a sociedade continuará sendo vítima da mesma forma.  Portanto, o ideal será quando não existir bandido morrendo, pois teremos uma sociedade de paz.
Jairo Araújo é vereador de Itabuna pelo PCdoB.

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marco-lessa-festival-do-chocolateMarco Lessa

Quem diria…de cenário de romances como Gabriela, Cravo e Canela a um tenebroso cenário de filme de terror.

Desde que o gênero terror surgiu no cinema, existem zumbis, mortos-vivos, múmias e outras assombrações de mentirinha.
Como em muitos casos a vida imita a arte, estamos vivendo em Ilhéus, como noutras cidades brasileiras, iguais aos moradores de zumbilândia, ou melhor, zumbilhéus.

A concentração de jovens usuários de crack, maltrapilhos, imundos, mal cheirosos, violentos, bêbados, descontrolados, inconvenientes, lamentavelmente esquecidos pela sociedade, deve ser a maior do sul da Bahia.

Dormem pelas ruas, em portas de lojas, calçadas, roubam, furtam, assaltam a mão armada com facas e objetos cortantes, amedrontam e ameaçam moradores e turistas, afugentam clientes dos estabelecimentos.

Os nossos zumbis não morreram e ressuscitaram meia-boca.

São vítimas de um sistema também zumbi, que finge estar vivo, mas não ampara os que realmente precisam.

Há não muito tempo um dos zumbis, dos mais perigosos, apareceu morto. De vez, morto.

Provavelmente outros terão o mesmo destino, ou por conflitos entre eles na briga por espaço para ‘guardarem vagas e carros’, ou pela própria droga.

Ou de alguma outra forma impensável, mas não impossível.

zumbis articleAntes de sermos uma cidade turística, somos uma cidade de cidadãos e cidadãs trabalhadores e de bem.

Não é justo nos sujeitarmos e submetermos a ameaças desses pobres coitados, que apesar de pobres, coitados e doentes, não têm tal direito.

Chegou a hora do governo municipal tomar uma providência e construir programas para acabar com a zumbilândia de Ilhéus. E não apenas para o verão.

Os problemas herdados e causados já são muitos, mas não podemos ficar de braços cruzados.

Senão, aos poucos, estaremos num cenário de filme de terror: escuridão, lixo, buracos e medo de sair às ruas por conta dos marginais tradicionais e dos zumbis do crack.

Quem diria…de cenário de romances como Gabriela, Cravo e Canela a um tenebroso cenário de filme de terror.

Se não mudarmos logo esse enredo, reescrevermos essa história, não chegaremos a um final tão feliz.

E aê…tem uma moedinha aí, seo nacib?

Marco Lessa é publicitário, empresário e presidente da Associação de Turismo de Ilhéus (Atil). Artigo postado originalmente no Facebook.

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O prédio onde funcionou por muito tempo o fórum trabalhista em Itabuna, na Barão do Rio Branco, foi abandonado e transformado em ponto de prostituição e venda de drogas – até foi chamado de ‘cracolândia’. Pertencente à União, o imóvel pode ter um novo destino.

O prefeito Capitão Azevedo (DEM) ordenou à sua equipe que estude a possibilidade de implantar, no local, uma unidade de pronto-atendimento infantil (mini-hospital).

Se a ideia sair do papel, ponto para o capitão.