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O óleo lubrificante tem funções específicas dentro de um motor, além de ser um item fundamental na longevidade de um propulsor, ele também carrega alguns mitos que precisamos evitar a disseminação.

AS QUATRO FUNÇÕES DO ÓLEO

LUBRIFICAÇÃO

Essa é a função primária. Por ação de trabalho, duas superfícies sólidas em movimento, uma contra a outra, sofrerão desgaste. Mas, com o uso do lubrificante adequado, ele se transforma numa película fina, e por meio dela há uma redução desse atrito. Isso faz com que os componentes durem por mais tempo.

REFRIGERAÇÃO

Nos motores a combustão interna, há o aquecimento das peças, e estas, em contato com o óleo, também aumentam a sua temperatura. Porém, ao passar pelo sistema de arrefecimento dele, ajuda a refrigerar e manter a temperatura dentro do propulsor.

LIMPEZA

As peças que estão em atrito geram partículas microscópicas, e estas são suspensas através do lubrificante, evitando que se acumulem na “zona de trabalho”. 

VEDAÇÃO

Pelo fato de o óleo ocupar o seu espaço dentro de um propulsor, ele acaba por evitar que entre sujeira. Então, ele se torna uma vedação.

O óleo precisa ser trocado periodicamente, de acordo com as recomendações do fabricante de cada veículo. Ao longo do tempo e do seu uso, ele vai perdendo a sua viscosidade e aderência com o calor do motor, tornando-o ineficiente.

Cada fabricante de veículo possui uma recomendação quanto ao tempo e/ou quilometragem para efetuar a troca e qual o tipo de óleo deve ser utilizado. Também há indicação da troca do filtro junto ao lubrificante. É ideal trocar sempre juntos para obter a melhor qualidade do óleo circulando no propulsor.

Um motor com falta de lubrificante ou com baixa viscosidade causa maior atrito, ocasionando o desgaste e até mesmo o seu travamento.

Um mito muito comum é que, com o passar do tempo, o carro vai colecionando “anos de vida”, e os vendedores de autopeças, mecânicos e os próprios donos de veículos queiram trocar o tipo de lubrificante recomendado pelo fabricante do motor. E isso está completamente errado.

Todo lubrificante tem a sua especificidade e variação de viscosidade – esta última é vista na própria embalagem do óleo. Por exemplo: 0w-20, 5w-30 e 20w-50. O primeiro número é a referência da viscosidade do lubrificante no momento da partida do motor, e o segundo, é a representação durante o funcionamento.

Quanto menor for a viscosidade, significa que há maior fluidez. Ou seja, o óleo percorre todo o sistema mais rapidamente – e isso dá maior vida útil. Mas não pense que, por isso, você deverá colocar um lubrificante menos viscoso no seu carro. Lembre-se que deverá ser colocado o indicado de fábrica, e esta informação constará no manual do seu veículo, e também, poderá ser solicitado na concessionária, através do número de chassi.

O lubrificante, enquanto na embalagem, não tem validade. Porém, ao ser colocado no motor, ele entra em contato com agentes contaminantes, e isso faz com que ele passe a valer por 6 meses. Então, o correto é trocá-lo ao atingir o km de uso recomendado pela fábrica ou ao atingir os 180 dias.

Fique sempre atento às revisões periódicas. Isso trará benefícios para o seu bolso – e, principalmente, para o seu veículo.

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´CAR. A coluna é publicada às sextas-feiras.

Operação da PRF começa na quinta-feira
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A Polícia Rodoviária Federal na Bahia inicia, na quinta-feira (1º), a “Operação Semana Santa” 2021. Com quatro dias de ação especial, que será encerrada às 23h59min de domingo (4), policiais rodoviários federais reforçarão trechos estratégicos nos mais de 10 mil quilômetros de malha viária que cortam o estado.

De acordo com a PRF, serão priorizadas ações voltadas à segurança viária, prevenção e redução da gravidade dos acidentes de trânsito e à garantia da mobilidade nas rodovias do país. A estratégia é garantir aos usuários a segurança viária, o conforto e a fluidez do trânsito.

Historicamente, o período do feriado prolongado da Semana Santa é marcado pelo aumento do fluxo de veículos e usuários circulando pelas rodovias federais para os mais diversos destinos e o uso abusivo de álcool é uma das principais preocupações do Órgão.

ALERTA DA PRF

A PRF alerta que dirigir sob influência de álcool é uma infração gravíssima punida com detenção, de seis meses a três anos, multa de R$ 2.934,70, sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

O valor da multa dobra se o caso for de reincidência nos últimos doze meses. Se o índice verificado no ‘bafômetro’ for superior a 0,33mg/l, o condutor será encaminhado à delegacia para responder criminalmente.

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Médico José Bandeira Neto apela para que pacientes não abandonem tratamento
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Há 10 anos na equipe do Centro de Radioterapia da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (SCMI) e formado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) do Rio de Janeiro, o médico radioncologista José Bandeira Neto recomenda que as pessoas não interrompam o tratamento contra o câncer por medo do novo coronavírus. 

Confira a entrevista a seguir:

Com medo de ser infectada, muita gente abandonou o tratamento na radioterapia. Quais medidas foram adotadas para evitar a transmissão da doença entre pacientes?

José Bandeira Neto – Antes mesmo da chegada da pandemia na nossa região, reforçamos todas as medidas de segurança, com a triagem e separação dos pacientes suspeitos para o novo coronavírus. Temos dois espaços para o atendimento inicial, sendo que um deles é para entrada de paciente com os sintomas gripais. Essa medida foi implantada em março, com a separação dos fluxos desde a entrada, com a instalação de toldos na área externa. Lá, sempre mantendo o distanciamento, fazemos a aferição de temperatura e anamnese (entrevista com os pacientes).

Muitas pessoas passaram pela triagem?

No período de 18 de março a 13 de maio, por exemplo, foram realizadas 3.062 consultas de triagem, sendo 19% oriundos de Itabuna e 81% de outros municípios. Do total de analisados nesse período 70 apresentavam algum sintoma do novo coronavírus, mas nenhum deu positivo. Tivemos de fazer uma avaliação bem criteriosa, porque o paciente em tratamento contra o câncer, às vezes, apresenta sintomas parecidos com os da Covid-19. Do total de monitorados, apenas uma pessoa foi encaminhada para a Vigilância Epidemiológica de Itabuna. Ele fez teste e deu negativo.

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Tivemos de fazer uma avaliação bem criteriosa, porque o paciente em tratamento contra o câncer, às vezes, apresenta sintomas parecidos com os da Covid-19.

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Esse processo de triagem foi mantido?

Sim. Mantivemos esse trabalho cuidadoso de triagem e encontramos, até o momento, um paciente que está internado e testou positivo para Covid-19. Como preveem os protocolos, ele foi colocado em isolamento e o tratamento dele na unidade foi temporariamente suspenso após análise do caso e tipo tumoral pela equipe.

E os cuidados internos para evitar a transmissão da doença?

Reduzimos a quantidade de reuniões presenciais, reorganizamos a quantidade de colaboradores em alguns espaços coletivos, como o café. A orientação é que apenas uma pessoa se dirija ao local por vez, porque é um momento que ela precisa retirar a máscara para fazer as refeições, tomar café ou água. A nossa recomendação é: se tirar a máscara, fique em local isolado, sem a presença de outras pessoas, em casos de ambientes fechados. Não é recomendado que duas ou mais pessoas façam refeições juntas porque o risco de transmissão do vírus aumenta.

O medo tem causado o afastamento de muita gente do serviço de saúde. Isso ocorreu aqui na unidade?

Aqui, na radioterapia, assim como tem ocorrido em todo o país, tivemos uma redução significativa no número de pacientes no serviço de oncologia. Em 16 de março, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica aventou a possibilidade de suspensão das cirurgias eletivas e até interrupção das cirurgias oncológicas de menor gravidade. Mas eles recomendaram que a agenda de cirurgias não fosse interrompida para os tumores biológicos mais agressivos, como de pâncreas, fígado, colo do útero, vias biliares, estômago, ovário, reto e pulmão.

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia e de Cirurgia Oncológica, mais de 50 mil pacientes deixaram de ter diagnóstico de câncer nos últimos quatro meses por causa da pandemia do novo coronavírus.

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Tem informações sobre a quantidade de atendimento?

Aqui, no Centro de Radioterapia, houve queda no movimento no período de março a maio. Foram 75 atendimentos em março, contra 73 no mesmo mês do ano passado. Em abril houve uma redução em torno de 30%, baixando de 97 para 67. Em maio, a queda foi de 63%, caindo de 110 para 41 atendimentos.

Por que ocorreu essa queda?

Acredito que essa redução está muito aliada à dificuldade de o paciente realizar exames, consultas e fazer biópsia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia e de Cirurgia Oncológica, mais de 50 mil pacientes deixaram de ter diagnóstico de câncer nos últimos quatro meses por causa da pandemia do novo coronavírus.

Isso retarda todo o processo de tratamento, não é mesmo, doutor?

Essa falta de diagnóstico e tratamento da doença fará com que essas pessoas cheguem às unidades com os tumores em fase mais avançada. Podem ocorrer até casos de pacientes que eram operáveis, que não poderão mais ser submetidos ao procedimento de cirurgia por causa do avanço da doença. O número de pessoas precisando de atendimento vai aumentar, neste semestre, e teremos uma maior demanda de pacientes já em estágio mais avançado da doença.

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O fluxo por consulta ainda está um pouco menor na comparação com o mesmo período do ano passado, mas já notamos um crescimento no movimento.

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A manutenção do tratamento é muito importante nessa época de pandemia?

É muito importante que os pacientes com o diagnóstico confirmado por biópsia se esforcem para ter o atendimento, porque os serviços não pararam exatamente porque são essenciais e podem salvar vidas. Nesse mês de julho já observamos um retorno de pacientes, com aumento na demanda. O fluxo por consulta ainda está um pouco menor na comparação com o mesmo período do ano passado, mas já notamos um crescimento no movimento. As pessoas que precisam de atendimento não podem esperar essa pandemia acabar. Confira outros trechos da entrevista em leia mais, abaixo.

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Cresce o número de famílias que cuidam dos idosos
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Mais brasileiros tiveram que cuidar de seus parentes idosos, em 2019, grupo considerado atualmente o mais vulnerável à Covid-19. O número de familiares que se dedicavam a cuidados de indivíduos de 60 anos ou mais saltou de 3,7 milhões em 2016 para 5,1 milhões em 2019, contingente que representa 10,5%(1,5% a mais que 2016) dos 49,1 milhões de pessoas que realizavam cuidados de moradores no ano passado.

Ao mesmo tempo, diminuiu a quantidade de pessoas cuidando de crianças até 5 anos. Entre 2018 e 2019, o percentual de pessoas que cuidam de crianças teve queda de 1,5% na faixa de 0 a 5 anos.

“Esses dados podem significar que menos pessoas estão tendo filhos, estão tendo filhos mais tarde ou têm maior acesso a creches. Também pode sinalizar o envelhecimento da população”, explica Alessandra Scalioni Brito, analista do IBGE.

As informações são do suplemento Outras Formas de Trabalho, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD-C 2019), que levantou dados sobre cuidados de pessoas (crianças, idosos, enfermos ou pessoas com necessidades especiais), afazeres domésticos, produção para o próprio consumo e trabalho voluntário.

NORTE E NORDESTE

A pesquisa aponta que o percentual de pessoas que cuidam de idosos no total de pessoas que exercem cuidados é maior em estados do Nordeste, como Rio Grande do Norte (15,2%), primeiro no ranking nacional, Maranhão (12,3%), Ceará (11,9), Paraíba (11,7%), Piauí (11,3%), Bahia (11,3%) e da região Norte, como Tocantins (11,5%) e Amazonas (11,4%). Outros destaques no Sudeste e Sul são o Rio de Janeiro (12,3%) e o Rio Grande do Sul (10,7%), que concentram as maiores proporções de idosos na população.

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Pediatras ensinam como proteger as crianças de acidentes || Foto Valter Campanato
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Medidas simples podem evitar muitos acidentes domésticos. Este é o assunto do novo documento elaborado pelo Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para auxiliar pais e responsáveis a identificar potenciais sinais de risco que cercam crianças e adolescentes no ambiente doméstico.

Divulgada em função do atual período de quarentena vivenciado no País, a publicação destaca a importância de se estabelecer ações preventivas de acordo com a capacidade física e mental de cada faixa etária.

Segundo o SBP, atualmente, os acidentes representam a principal causa de óbitos de crianças de um a 14 anos no Brasil. Todos os anos, cerca de 3,6 mil indivíduos nesse grupo etário morrem, sendo os principais fatores os atropelamentos e afogamentos. Além disso, outras 111 mil são hospitalizadas no País, mais da metade por quedas e queimaduras. Na maioria das vezes, os acidentes acontecem no local de moradia ou no entorno.

Por isso, a SBP destaca a importância de preparar o ambiente em que vivem crianças e adolescentes, de modo que haja a possibilidade de sua exploração e descoberta, mas sem riscos para a saúde e integridade da população infantojuvenil. Acesse aqui a íntegra do documento.

ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO

O documento ressalta também a importância de entender as diferentes etapas de desenvolvimento para, assim, adotar as medidas de proteção antes que o trauma ocorra. Para crianças menores, as estratégias de proteção podem ser passivas, isto é, utilizando componentes de segurança instalados em locais de risco, como os portões para impedir acesso às escadas.

Já para as crianças maiores e adolescentes, são necessárias também as medidas ativas, como o uso de colete salva-vidas em atividades aquáticas; utilização de equipamentos de segurança adequados ao andar de bicicleta e skate; entre outros.

Do nascimento até o quarto mês de vida, o bebê é totalmente dependente do adulto e, no geral, os acidentes estão associados a algum descuido ou distração do responsável. “O uso cada vez maior do celular e outras telas pelos adultos tem sido causa de muita desatenção e, em consequência, de muitos acidentes, pois essas distrações deixam o bebê totalmente desprotegido”, pontuam os especialistas. Veja as recomendações clicando em leia mais.

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Bahia investiga 20 casos suspeitos de coronavírus
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Subiu para 132 o número de casos suspeitos de coronavírus monitorados pelo Ministério da Saúde no Brasil. Os dados foram repassados pelas Secretarias Estaduais de Saúde até esta quinta-feira (27) e demonstram o aumento da sensibilidade da vigilância da rede pública de saúde devido à inclusão de 15 países, além da China, que apresentam transmissão ativa do coronavírus. No total, 16 estados informaram o Ministério da Saúde sobre os casos suspeitos.

Com esta mudança, os critérios para a definição de caso suspeito enquadram agora, as pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar e tiveram passagem pela Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China, nos últimos 14 dias.

De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento, 60 casos suspeitos de coronavírus já foram descartados em todo o Brasil, que permanece apenas com o registro de um caso confirmado da doença no estado de São Paulo.

Para evitar a proliferação do vírus, a recomendação é que o brasileiro adote medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

Todas as notificações de casos suspeitos no país foram recebidas, avaliadas e discutidas com especialistas do Ministério da Saúde, caso a caso, junto com as autoridades de saúde dos estados e municípios. Esses descartes aconteceram principalmente por causa do resultado positivo para outros vírus respiratórios.