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A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) definiu data e horário de entrega do título de Doutor Honoris Causa ao compositor e rapper Mano Brown, dos Racionais MC´s. Será na próxima quarta-feira (1º), a partir das 17h, no Teatro Municipal Candinha Doria, em Itabuna, no sul da Bahia. De acordo com a instituição, o evento será aberto ao público.

A UFSB decidiu pela concessão do título a Pedro Paulo Soares Pereira, Mano Brown, durante reunião do Conselho Universitário em 16 de agosto deste ano (reveja aqui), a partir de proposta feita pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex).

CELEBRAÇÃO

Mano Brown é dos nomes consagrados da cena nacional do hip hop. Segundo a instituição, a homenagem busca “celebrar a importância do gênero musical como forma de expressão da população negra periférica”.

No roteiro da solenidade da próxima quarta, ocorrerá uma apresentação cultural de abertura, seguida da solenidade, uma exibição de documentário e a apresentação cultural de encerramento. A homenagem também integra as comemorações dos 10 anos de criação da UFSB.

À época da aprovação pelo Consu da Universidade, a reitora Joana Guimarães assim se manifestou sobre a concessão do título:

– A titulação aprovada, por unanimidade, pelo Conselho Universitário da UFSB, reflete a importância dada pela nossa comunidade ao trabalho desenvolvido pelo Mano Brown, na arte, na cultura e especialmente na interlocução com jovens negros e negras de periferia, que veem na sua música uma forma de expressão que lhes dá voz, quando a sociedade lhes nega.

Evento em Itacaré ganha curadoria do Instituto Capim Santo || Foto Andrade
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Celebração de aromas, sabores, sons e cultura, a 10ª edição do Festival Gastronômico de Itacaré, no finalzinho de novembro e início de dezembro, terá um ingrediente especial na estratégia de consolidação como produto turístico e de apelo nacional. O evento deverá ter, a partir deste ano, a curadoria de uma das principais grifes da gastronomia nacional, o Instituto Capim Santo.

O interesse da instituição foi confirmado ao PIMENTA, há pouco, pelo secretário de Turismo de Itacaré, Marcos Japu. O evento começará em 30 de novembro e vai até 2 de dezembro, Dia do Samba, data que será marcada com show de um grande nome da música nacional.

Representantes do município e do Instituto Capim Santo se reuniram na manhã desta quarta-feira (11), em Itacaré. Além da curadoria, os atrativos e atrações do evento serão estrelas das redes sociais do Capim Santo no período do evento, caso se confirme a parceria. “Pela proposta, toda comunicação vai ser partilhada”, afirma o secretário Marcos Japu ao lado de Maurício Pessoa, do Instituto e nome reconhecido nacionalmente por comandar grandes eventos na área cultural.

Festival reúne o melhor da gastronomia em Itacaré || Foto Divulgação

SALTO DE QUALIDADE

A chegada do Instituto Capim Santo, diz o secretário, vai além da curadoria do evento. “Representa um salto de qualidade nos 10 anos do Festival e traz uma tranquilidade para essa parte técnica”, diz Marcos, acrescentando o papel desenvolvido pelo Instituto, em Itacaré, na formação de profissionais. “Pessoas simples, quilombolas, hoje são referências na gastronomia”.

O Instituto, braço da rede de restaurantes Capim Santo, trará sua expertise e, por meio de exposição em suas mídias, ajudará a consolidar o Festival como um dos produtos turísticos de Itacaré com expressão nacional. “O Capim Santo é instituto com grande relevância na gastronomia nacional”, reforça Marcelo Dias, diretor de Promoções Turísticas da Secretaria de Turismo de Itacaré. “Estamos muito felizes e empolgados com a possibilidade”, completa.

PROGRAMAÇÃO

A programação do Festival Gastronômico de Itacaré começará em 30 de novembro com um cortejo cultural reunindo a Banda Didá e a atração local Dedo de Moça, além da presença de autoridades nacionais e estaduais e do prefeito Antônio de Anízio. O encerramento, no dia 2 de dezembro, terá uma grande expressão do samba nacional.

A abertura, explicam Maurício Pessoa e Marcos Japu, seguirá o mote do empoderamento feminino, com a Dedo de Moça e Banda Didá. Além do melhor sabor da terra, o festival, antecipa o secretário, terá dinâmicas de outras edições, com manifestações culturais, Feira da Agricultura Familiar e a Feira do Artesanato. “O interesse do Instituto em enviar a proposta é de extrema importância para o evento e para Itacaré. É instituição de envergadura, respeitada no Brasil e no mundo, e já com serviço social relevante no município”, finaliza Japu.

Prefeito Moacyr Leite Júnior fala no encerramento do Festival
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O prefeito de Uruçuca, Moacyr Leite Júnior (UB), prestigiou, no sábado (30), o encerramento do sexto Festival de Arte e Gastronomia de Serra Grande. Segundo ele, a iniciativa é resultado da luta de vários segmentos da comunidade. “É a sexta edição do Festival, apesar das dificuldades, da falta de recursos, mas buscando parcerias importantes, trazer esse apoio para realizar o evento”, comentou.

A repercussão do Festival ultrapassou as divisas da Bahia e chegou a diversas partes do País, afirmou o prefeito. “Foi um sucesso, estão todos de parabéns”, acrescentou, dirigindo-se aos organizadores.

A gestão municipal apoiou o evento. “A Prefeitura é parceira, fomos buscar o apoio do Sebrae, através do diretor Franklin e do presidente do Conselho [Deliberativo Estadual do Sebrae], Dr. Humberto Miranda; Sindicato dos Produtores Rurais de Uruçuca; e do Senar”.

“Agradeço a toda comunidade de Serra Grande e aos empresários, que participaram do evento de grande importância para Serra, para Uruçuca”, concluiu o mandatário.

Roteiros de turismo ativo une esportes à imersão na cultura regional || Fotos Elo Bike & Trips
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Caía a tarde quando a silhueta de ciclistas apareceu, em contraluz, aproximando-se lentamente da Ponta do Mutá, em Barra Grande, no litoral sul da Bahia. Esgotados, desabaram na areia em frente ao famoso Camping Lagosta Azul, onde turistas aguardavam o pôr do sol. Era o verão de 2006, às vésperas da virada do ano, a Península de Maraú estava lotada. Os aventureiros tinham saído de Ilhéus e pedalado mais de 120 km em dois dias. Um deles foi derrubado por uma insolação e precisou de 48h para se recuperar. Mesmo para jovens saudáveis, foi um perrengue daqueles.

A viagem de bicicleta de Ilhéus à Península de Maraú é uma das rotas de passeio da Elo Bike & Trips. Criada em 2019, em Serra Grande, distrito de Uruçuca, a agência promove o cicloturismo no sul da Bahia. “Nosso olhar para o turismo não é local, é regional”, explica ao PIMENTA Juliano Borghi de Mendonça, 40, fundador da empresa. Ao contrário daquele grupo de amigos ilheenses que se aventurou sem planejamento, as viagens da Elo têm outra pegada, mais contemplativa e confortável, assegura o empresário. “Sem perrengue”.

Juliano Borghi: “vi uma história a ser contada”

A Rota Península de Maraú leva oito dias, considerando a chegada e saída para quem não mora no sul do estado e desembarca no Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, por exemplo. A primeira parada é em Serra Grande e a dormida, em Itacaré. O segundo dia começa com a travessia de balsa na foz do Rio de Contas, seguida por visita guiada à Ecovila Piracanga, com direito a café da manhã. A jornada continua nas piscinas naturais do Cassange. “É uma viagem com calma, cada dia uma atividade”, diz o anfitrião da Elo. A última parada é em Barra Grande.

O ritmo das atividades não exige histórico de atleta, mas, a rota na Península de Maraú é um parque de diversões para quem gosta de esporte. “Tem bike, rafting, mergulho, caminhada, canoa havaiana. É uma viagem multiesportiva para pessoas que não são atletas. As pessoas olham para esse tipo de viagem e pensam que vão pedalar o tempo inteiro. Não, é o contrário. A gente pedala, no máximo, 30 km por dia”, conta Juliano.

ROTA DO CACAU

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 Eu vi que tinha uma história muito interessante para ser contada, que é essa história do cacau e do chocolate, que pouca gente conhece no Brasil. Contar isso através de vivências ativas, pedalando, é perfeito.

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A Elo também formatou a Rota do Cacau, de sete dias. “O roteiro começa em Ilhéus. A gente dorme uma noite, as pessoas conhecem a história de Jorge Amado, da cidade, e fazem uma visita guiada ao Centro Histórico”, detalha. A parada seguinte é em Serra Grande, com três dias de visita a fazendas de cacau do entorno, antes de seguir para Itacaré.

Turistas visitam fazenda de cacau no sul da Bahia

O grupo viaja com estrutura de apoio, hospedagem em hotéis e bicicletas fornecidas pela agência. É um mergulho na cultura que, durante um século e meio, foi o principal segmento econômico da formação social do sul da Bahia.

“Eu vi que tinha uma história muito interessante para ser contada, que é essa história do cacau e do chocolate, que pouca gente conhece no Brasil. Contar isso através de vivências ativas, pedalando, é muito incrível, diferente, é perfeito, na real”, resume Juliano, recordando a ideia que deu origem à Elo.

PONTE

Cassange é um dos paraísos na Rota Maraú, que vai de Ilhéus a Barra Grande

Nascido na cidade de São Paulo, Juliano Borghi de Mendonça mora em Serra Grande desde 2013. Formado em Geografia e mestre em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável, já percorreu diversos países da América Latina de bicicleta. Na Elo Bike & Trips, uniu a formação acadêmica e a paixão pelo ciclismo em um empreendimento integrado à vocação territorial do sul da Bahia, com seu reduto da Mata Atlântica, que abriga as riquezas, contradições e identidades da civilização cacaueira.

Com as viagens, a agência aciona uma rede de prestadores de serviço e fornecedores da região. Segundo Juliano, seu trabalho não almeja protagonismo nos destinos turísticos.

– A gente só está no papel de facilitador, de ponte, porque em cada fazenda, em cada projeto que a gente vai, tem os anfitriões locais. Estou há dez anos na Bahia, mas sou paulistano. Estou só fazendo a ponte, recebendo as pessoas, fazendo essa articulação. Mas, quando a gente chega nas fazendas, quem recebe são os trabalhadores, os proprietários. São eles que contam as histórias.

Turista observa paisagem em Serra Grande || Fotos Elo Bike & Trips

A Elo Bike & Trips ganhou mais duas anfitriãs, que organizarão viagens de experiência para pessoas que não pedalam. Um roteiro vai se concentrar em cultura e cacau e outro em imersões na natureza, com práticas de meditação e rodas de conversa com as erveiras, mulheres com saberes tradicionais sobre as diferentes formas de uso da flora regional.

“Vai ter visita à Ecovila de Piracanga, uma série de atividades para as pessoas se conectarem com elas mesmas e também conhecerem a verdadeira identidade do sul da Bahia”, antecipa Juliano. Mas essa é outra história.

Luan Argollo interpreta Bruno na novela Elas por Elas || Divulgação/TV Globo
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O ator ilheense Luan Argollo, de 26 anos, é o Bruno do remake da novela Elas por Elas, que estreou nesta semana na TV Globo, na faixa das 18h. a história traz Mariana Santos no papel de Natália, que forma o time de protagonistas da trama ao lado de Lara (Deborah Secco), Taís (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli) e Carol (Karine Teles).

Lázaro Ramos e Luan Argollo nos bastidores da Globo || Foto Instagram/Reprodução

“Estou emocionado de ver tanto talento junto e estar fazendo parte dessa novelaça que é Elas por Elas. (No vídeo, podem ver que a gente grita quando olha o elenco na tela) É de emocionar, vocês não podem perder. Não percam!”, escreveu Luan, em uma rede social, às vésperas da estreia da nova atração. Um dos craques do elenco é o também baiano Lázaro Ramos, que interpreta o detetive Mário Fofoca.

Thereza Falcão e Alessandro Marson assinam a adaptação do sucesso de 1982 escrito por Cassiano Gabus Mendes (1927-1993). Com a novela, a Globo deixa de lado o padrão dos últimos anos para o horário das 18h, que focava em histórias de época. Dirigida por Amora Mautner, Elas por Elas investe na estética contemporânea e no humor. A recepção do público na primeira semana tem sido positiva.

Exposição pode ser visitada no Shopping Jequitibá até sexta (29)
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A Exposição Fotográfica UFSB 10 anos – Uma Jornada de Conquistas narra os principais capítulos dos dez anos de história da Universidade Federal do Sul da Bahia. As visitas ao acervo foram abertas segunda-feira (25), no Shopping Jequitibá, em Itabuna.

A coletânea é exposta em três seções. A seção 1, A História, traz fotografias da cerimônia de fundação, eventos acadêmicos, culturais e esportivos, formaturas, congressos, festivais e competições. Já a segunda, Vivências na UFSB, apresenta registros de atividades acadêmicas; enquanto a terceira, UFSB e Comunidade, retrata projetos de extensão.

Com formato itinerante, a exposição permanece em Itabuna até sexta-feira (29). De 2 a 6 de outubro será a vez do Campus Jorge Amado, em Ilhéus. A programação seguirá nos campi Sosígenes Costa, em Porto Seguro, de 16 a 20 de outubro; e Paulo Freire, em Teixeira de Freitas, de 23 a 27 do mesmo mês.

Luiz Caldas e Carlinhos Brown confirmados no Axé Cola na Manu, em dezembro
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No comecinho de dezembro, o primeiro Axé Cola na Manu vai sacudir o sul da Bahia com Carlinhos Brown e Luiz Caldas. A festa de celebração do verão e do axé music terá ainda na grade atrações regionais que serão anunciadas durante o lançamento da festa, segundo Manu Berbert.

Com uma pausa nos grandes eventos desde o final de 2021, para se dedicar ao Casarão, Manu relembra como tudo começou:

– O primeiro Arraiá Cola Na Manu aconteceu para um grupo de amigos e foi tomando corpo ao longo dos anos. Já passaram por nossa grade de atrações nomes como Dorgival Dantas e Lordão. A partir daí, fomos criando também novas estruturas, como o Cola Na Manu Show Square, que trouxe a Timbalada e Jau, e o Cola Na Manu no Comando, com Harmonia do Samba. Agora, chegou o momento de uma festa dedicada às nossas raízes culturais, com o axé de Carlinhos Brown e Luiz Caldas – relembra Manu.

O Axé Cola Na Manu tem a assinatura de Manu Berbert e de Milena Leão, da Carambola Produções, e a promessa é de festa com uma grande estrutura. “Estamos preparando um grande evento, como Itabuna e região merecem. Lounges vips, que proporcionarão conforto ao público, cenários inovadores, que criarão memórias afetivas com a festa, e tecnologia de ponta em diversos setores, proporcionando segurança e acesso ao que há de mais moderno em eventos no país”, adiantou Milena.

O Axé Cola Na Manu será no dia 9 de dezembro, na área verde do Parque de Exposições Antônio Setenta, em Itabuna. O lançamento oficial e início das vendas dos ingressos serão ainda em setembro.

Ilhéus Moto Praia agita sul da Bahia no feriadão || Foto PMI
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A semana mal começou, mas os motores já estão aquecidos para a segunda edição do Ilhéus Moto Praia, que promete agitar a Princesa do Sul a partir desta quinta-feira (7), sexta (8) e sábado (9). Na programação, atrações musicais, food trucks e outros espaços gastronômicos, área de camping  e estandes com produtos relacionados ao universo do motociclismo.

O evento tem o apoio da Prefeitura de Ilhéus e integra o calendário turístico da cidade. As atividades vão se concentrar na Avenida Soares Lopes. Os organizadores esperam atrair mais de mil motociclistas de todo o Brasil.

Na quinta, Feriado da Independência, a música será por conta das bandas MCA, Acid Kiss, Astrogildos e Rock Nibs. Na sexta, sobem ao palco Pier 5, Instituto Dissonante e Diana Marinho. A última noite de shows, no sábado, terá os grupos Classic Rock, Imunidade Charlie Brown, Carbono 14 e Bob Jeff.  As três noites também vão ser embaladas por DJs da região.

Governo do Estado investiu quase R$ 6 milhões no Centro de Cultura Adonias Filho || Foto Mateus Pereira
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O Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna, foi reinaugurado, neste sábado (2), após investimento de R$ 5,7 milhões em obra de modernização. O espaço cultural, que homenageia o escritor nascido em Itajuípe, no sul da Bahia, agora conta com sistemas modernos de elétrica e climatização, novos telhados e forros, nova pintura, esquadrias e pavimentação.

O centro teve reformada ainda a estrutura cênica e técnica. Além disso, o Governo do Estado realizou obras de melhoria no paisagismo na área externa e investiu para adequar o espaço às normas mais atuais de acessibilidade e de segurança.

Noite de festa em Itabuna. A espera acabou || Foto Mateus Pereira

O Centro de Cultura conta com uma sala de espetáculos com 297 poltronas e seis lugares para cadeirantes, além de camarins e banheiros; três salas multiuso que comportam ensaios, oficinas, workshops e pequenos eventos para até 110 pessoas; um foyer/galeria para exposições, audições musicais e recepções; um anfiteatro na área externa que comporta até 2 mil pessoas; além de dois anexos e um coreto.

O governador Jerônimo Rodrigues ressaltou a importância do investimento para propagar as linguagens artísticas da Bahia. “Tudo o que estamos fazendo tem que estar linkado com o projeto municipal e com o projeto regional. Esse é um espaço de produção, de geração e, naturalmente, de aperfeiçoamento de cultura”, afirmou Rodrigues.

EXPOSIÇÃO SOBRE ADONIAS

Ainda em Itabuna, o governador visitou a exposição da vida e obra de Adonias Filho, que preserva o acervo do escritor que dá nome ao espaço, na Sala Zélia Lessa. Adonias Filho foi um dos principais nomes da literatura brasileira do século XX. Autor de obras como Os Servos da Morte, Corpo Vivo e Memórias de Lázaro.

A ocupação cultural durante a reabertura do Centro de Cultura registrou as diversas linguagens artísticas e culturais da Bahia, incluindo a realização de feira de economia solidária. Entre as atrações da noite, destacam-se as apresentações da cantora Alinne Rosa; da Orquestra de Câmara Opus, com o maestro Pablo Shaul e Davidson Viana; de dança de salão; de teatro; de samba de roda, maculelê e capoeira; além de exposições de Sebastião Salgado e sobre a vida e obra de Adonias Filho.

“Aqui se formaram gerações de compositores, teatrólogos, artistas, pintores. O Centro de Cultura já era bonito, ficou maravilhoso. Muitíssimo obrigado por tanta dedicação, tanto respeito e dignidade que a cultura recebe nesse momento”, destacou o cantor Marcelo Ganem, um dos que se apresentaram durante a reinauguração.

Augusto, ao centro, anuncia reabertura de café-teatro e programa de arte
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O Café Teatro Zélia Lessa, no Centro, deverá ser reaberto até o final de setembro, segundo anúncio do prefeito Augusto Castro (PSD) nesta sexta-feira (1º). O espaço cultural está fechado há mais de três anos. Na manhã de hoje, o prefeito se reuniu com parte do secretariado.

O anúncio é publicizado pouco menos de 24 horas antes da reabertura do Centro de Cultura Adonias Filho (CCAF) pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) às 18h30min deste sábado (2). “Nossa gestão tem um compromisso com o povo da cultura, que há muito tempo não via seus espaços revitalizados”, afirmou. Para reabertura do Zélia Lessa, equipamentos cênicos foram adquiridos pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC).

Café Teatro Zélia Lessa deve ser reaberto em setembro || Foto Arquivo

Ainda durante a reunião, o prefeito prometeu ativar o Programa de Arte e Cultura nos bairros, com oferta de workshops abrangendo diversas manifestações artísticas. Monitores serão contratados para a execução do programa nos bairros. “[É] uma maneira simples de levar cultura e cidadania à nossa população”, disse Augusto sinalizando uma mudança na área da cultura em seu governo, antes focado em realização de eventos.

CCAF é reaberto após reforma || Foto Gov/BA
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O governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, reinauguram o Centro de Cultura Adonias Filho (CCAF), às 18h30min do próximo sábado (2). O espaço cultural estava em reforma desde o primeiro semestre do ano passado e será entregue após obras de R$ 3,6 milhões.

A reabertura do CCAF havia sido anunciada para maio passado e foi novamente adiada. O espaço ganha poltronas acolchoadas novas, iluminação cênica e ar-condicionado central, além de substituição do telhado e instalações elétricas e hidráulicas e pintura.

Novo livro do mestre Walmir Rosário já pode ser adquirido em formato digital (eBook)
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Os grandes craques que vi jogar – nos estádios e campos de futebol de Itabuna e Canavieiras é o mais novo livro do radialista e jornalista Walmir Rosário. Editada pela Ojuobá Projetos de Comunicação, a obra traça o perfil dos craques das antigas que tinham verdadeiro domínio da bola. O autor expressa, em cada crônica, o verdadeiro sentimento desses jogadores amadores ao jogar por suas esquipes e as seleções de suas cidades.

Bastava envergar o manto sagrado para que esses craques se superassem das deficiências dos antiquados treinamentos físicos e táticos das equipes do interior e entrassem em campo com a finalidade de ganhar o jogo. Com essa sequência de vitórias, chegavam os tão sonhados títulos nos campeonatos municipais e intermunicipais, façanha conseguida pela Seleção de Itabuna ao conquistar o hexacampeonato baiano intermunicipal.

Essa brilhante conquista teve como protagonistas, praticamente, os mesmos jogadores, de 1957 a 1965, com um intervalo de três anos sem a disputa do campeonato (1958, 1959 e 1960), retomado em 1961. A base da seleção vinha dos clubes amadores itabunenses Janízaros, Fluminense, Grêmio, Flamengo, Botafogo, Bahia e Corinthians, verdadeiras fábricas de craques.

TRANSIÇÃO

O livro também aborda a transição do futebol amador para o profissional, com a criação do Itabuna Esporte Clube, conhecido com o slogan Meu Time de Fé. O Itabuna brilhou no Campeonato Baiano de profissionais, com equipes competitivas; no início, formadas pelos craques amadores. Mais tarde, mesclada com profissionais vindos do sul do país.

O foco da obra é mostrar a trajetória de cada um desses craques, como iniciaram e foram descobertos nos campinhos de baba e seguiram carreira amadora, muitos deles chegando ao profissionalismo. O espetáculo rolava solto aos domingos, no velho campo da Desportiva, em Itabuna, para a satisfação dos torcedores, que enchiam o estádio para torcer pelos seus times.

PAIXÃO

A paixão pelo futebol era tamanha que, em Itabuna, surgiu o primeiro Colégio de Futebol Grapiúna, criado pelo vascaíno Demosthenes Propício de Carvalho, cirurgião dentista que influenciou na formação de caráter e na arte de jogar futebol dos futuros craques. Dessa escolinha saíram grandes jogadores amadores e profissionais, a exemplo de Perivaldo, que atuou em grandes clubes e até na Seleção Brasileira.

Algumas crônicas são dedicadas a fatos pitoresco do futebol do interior, como o dia em que o Botafogo itabunense entrou em campo no segundo tempo sem o goleiro Romualdo Cunha, que ficou no vestiário tirando um cochilo. Somente após 15 minutos sua ausência foi notada por um torcedor. Esse era o mesmo Botafogo dos meios campistas Pedrinha e Mundeco, considerados superiores a Pelé e Coutinho, quando o assunto era a tabelinha.

CRAQUES DE CANAVIEIRAS

O leitor conhecerá, em outras crônicas, dois dos grandes craques que se formaram em Canavieiras, no sul da Bahia: Bené Canavieira (sem o s final) e Boinha Cavaquinho, que jogaram um futebol de gente grande. Canavieira passou pelo Botafogo Carioca nos tempos de Garricha, Didi, Nilton Santos, além de outras equipes. Já Boinha Cavaquinho era centroavante goleador, jogava bem nas onze posições, do gol à ponta-esquerda.

O livro “Os grandes craques que vi jogar – nos estádios e campos de futebol de Itabuna e Canavieiras” foi editado pela Ojuobá Projetos de Comunicação, com design gráfico, editoração e capa de Tasso Filho e Vitória Giovanini. A obra está disponível em eBook, na Amazon. Para assinantes do serviço Kindle Ilimitado, a leitura é gratuita. Quem não tem assinatura pode adquirir a coletânea por R$ 24,00. Acesse aqui.

Deputado representará a Assembleia Legislativa no CEC || Foto Divulgação
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Representando o assento da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba), o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) é o novo membro do Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC-BA). A nomeação está publicada na edição desta quarta-feira (16) do Diário Oficial do Estado.

Titular da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Público do Legislativo baiano, desde o primeiro mandato (2011), o parlamentar defende a cultura como fomentadora da economia, aliada a manutenção dos saberes tradicionais e em sintonia com o que há de novo.

– Sigo pautando a cultura na centralidade das políticas públicas, atrelada ao desenvolvimento econômico para que os “fazedores de cultura” tenham com a sustentabilidade financeira mais estímulos para disseminar e criar manifestações culturais. Afinal, a cultura não vive apenas de aplausos – disse o parlamentar.

A cultura, assinala, é tema rico e transversal que dialoga com o turismo, a educação e a nossa identidade. “Temos diversas potencialidades como os blocos afro, afoxés e de samba; a presença da capoeira nas escolas públicas, a valorização das filarmônicas, do audiovisual, dos festivais, de cultura popular e periférica”, argumentou o novo suplente do CEC-BA, Rosemberg Pinto.

Universidade aprovou título a Mano Brown nesta quarta-feira (16)
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Mano Brown carrega uma aliteração em seu nome, Pedro Paulo Soares Pereira. É sonoro, como se Dona Ana tivesse batizado o filho predestinando-o a buscar sentido pra vida no som das palavras, feito um envio de destino. Nascido na cidade de São Paulo, em 1973, ele se tornou o líder dos Racionais MC’s, maior expressão da cultura popular, negra e periférica do Brasil nos últimos trinta anos. Hoje (16), teve a obra musical e a trajetória reconhecidas com a aprovação do título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

A proposta do título foi iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. A reitora Joana Angélica Guimarães falou sobre o significado da homenagem. “A titulação aprovada, por unanimidade, pelo Conselho Universitário da UFSB, reflete a importância dada pela nossa comunidade ao trabalho desenvolvido pelo Mano Brown, na arte, na cultura e especialmente na interlocução com jovens negros e negras de periferia, que veem na sua música uma forma de expressão que lhes dá voz, quando a sociedade lhes nega”.

“A POSSIBILIDADE DO SONHO DIANTE DA MISÉRIA”

Os Racionais MC’s lançaram suas primeiras músicas, Pânico na Zona Sul e Tempos Difíceis, em 1988, na coletânea Consciência Black, do selo Zimbabwe Records. A primeira fase da banda foi marcada por letras diretas, em tom de denúncia, retratando a dureza e os perigos da vida nas margens da capital paulista. A repetição dessa realidade nas periferias de todo o País foi o elemento de identificação nacional das músicas do grupo, que lançaria seu segundo álbum, Raio X Brasil, em 1993. É dele a música Homem na Estrada, com sample de Ela Partiu, do disco Tim Maia Racional, Vol. 1, de onde veio a inspiração para o nome da banda de rap.

Segundo o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFSB, Richard Santos, a justificativa do título ultrapassa a grandeza do artista e de sua liderança. “É algo que aponta para a importância do que o Hip Hop nos tem legado ao longo dos anos, a identidade das periferias e a possibilidade do sonho diante de tanta miséria e sufocamento”, resume.

VIRADA

Mano Browm tem ao seu lado os mesmos companheiros de 35 anos atrás, KL Jay, Ice Blue e Edi Rock. É casado há três décadas com a advogada Eliane Dias, com quem teve os filhos Domênica e Jorge – nomes escolhidos em homenagem a Jorge Ben, ídolo de Brown. Eliane gerencia a carreira dos Racionais, que venderam mais de 1,5 milhão de cópias de Sobrevivendo no Inferno, de 1997. O disco foi o auge do adensamento da obra da banda, como na música Diário de Um Detento, retrato do Massacre do Carandiru.

O sexto álbum de estúdio só viria ao mundo em 27 de outubro de 2002, o domingo em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito para seu primeiro mandato presidencial. Coincidência ou não, Brown nunca escondeu a simpatia nutrida pelo petista.  Nada Como Um Dia Após O Outro Dia marcou uma virada estética e discursiva na música dos Racionais. O tom combativo ainda está ali, mas embalado e diversificado por novos ritmos e temas, no esforço da arte para capturar e moldar o espírito do tempo.

O movimento de abertura criativa de Mano Brown alcançou novo patamar com seu primeiro disco solo, Boogie Naipe, de 2016. Com o balanço e as referências dos bailes negros dos anos 1980, é um acerto de contas do artista com sua persona romântica e um prato cheio para quem gosta de ritmos dançantes. A primeira faixa convida: Sinta-se Bem Com Boogie Naipe.

A aprovação do título faz parte das comemorações dos 10 anos de fundação da Universidade Federal do Sul da Bahia. Caso Brown aceite a homenagem, a sessão solene deverá ocorrer em novembro, o mês da Consciência Negra.

Após viagem, ciclistas se reúnem diante do Santuário da Lapa
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Após sete dias na estrada, os doze ciclistas que saíram de Ilhéus com destino a Bom Jesus da Lapa chegaram hoje (4) ao Santuário encravado no sertão baiano. Essa é a 34ª edição da Ciclo Romaria. A primeira foi em 1989. O desafio deste ano ainda teve uma incursão na Chapada Diamantina. O passeio acrescentou 200 quilômetros ao percurso tradicional, de 670 quilômetros.

Além dos veteranos, a viagem contou com estreantes. É o caso da ciclista Val, agente de trânsito de Ilhéus. “É um desafio muito grande. Chega roca aqui, perdi a voz. Teve frio, teve calor. Passamos por várias paisagens. Foi muito bom. E agora é ver tudo aqui, conhecer a Lapa”, disse a romeira ao PIMENTA, em mensagem de áudio.

Val e Érica são as representantes femininas do grupo

Fábio Santana, de Eunápolis, admite que sentiu o peso da aventura. “Foi difícil, porque eu não estava treinando, mas cheguei e estou aqui. A emoção é tão grande que a gente não tem nem palavras nessa hora”. Já o ilheense Marcos Botelho ficou impressionado com a mudança do clima e da paisagem ao longo do caminho. “É incrível, uma experiência única”, resumiu.

Confira, no vídeo abaixo, o momento da chegada.

EMOÇÃO E FÉ

Reunidos diante do Santuário da Lapa, os ciclorromeiros deram as mãos e compartilharam o que sentiam ao final da jornada. “Primeiro, eu gostaria de agradecer ao nosso pai, Tupã, e aos encantados, que nos guiaram até aqui, nos protegeram, preservaram as nossas vidas”, disse a professora de dança Érica Souza, referindo-se a divindades indígenas. “[Quero] agradecer o companheirismo de vocês. Esse pedal foi de superação pra mim”, completou, emocionada.

Colaborador do PIMENTA na cobertura da Romaria, o historiador e advogado Júlio Gomes comentou o momento de reflexão religiosa no final da jornada. “Após a chegada na Esplanada, fizemos nossa oração de agradecimento e fé viva, sem limites de religião, porque dirigida diretamente ao Altíssimo, Àquele que escuta a todos sem nenhum tipo de discriminação, porque tem a todos como filhos e filhas”, concluiu.