Danilo Santana é acusado de ser líder do esquema de pirâmide financeira
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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro negou habeas corpus a Kelliane Santana, esposa de Danilo Santana, criador da D9 Clube de Empreendedores, apontada como pirâmide financeira de bitcoins. Os dois estão foragidos e são acusados de ocultação de bens e associação criminosa.

Segundo a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA), a D9 Clube funcionava estritamente como uma pirâmide financeira, modelo comercial ilegal no qual os acusados incentivavam as vítimas a se associarem e investirem valores com a promessa de rendimentos de 33% ao mês. Com a expansão da base, aqueles que estavam no topo da pirâmide rapidamente obtiveram lucros.

Entretanto, quando o recrutamento de novos participantes parou, os pagamentos aos investidores foram suspensos; as contas da empresa, zeradas; e o líder, Danilo, saiu do país. De acordo com o MP-BA, mais de R$ 200 milhões foram movimentados.

PRISÃO PREVENTIVA

A prisão preventiva do casal foi ordenada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A defesa da mulher argumentou ao STJ que não teria sido indicado nenhum ato concreto praticado por ela para justificar a prisão, não havendo descrição da suposta conduta delitiva de forma individualizada e fundamentada.

O ministro Nefi Cordeiro, relator do pedido, explicou que, mesmo sendo excepcional, a prisão cautelar antes do trânsito em julgado da sentença condenatória é legal quando baseada em elementos concretos, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP).

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Danilo da D9 negocia delação premiada na Justiça baiana

O líder do maior esquema de pirâmide financeira do Brasil nos últimos anos, o itabunense Danilo Santana, da D9, negocia delação premiada com a Justiça em Itabuna, segundo reportagem assinada pelo jornalista baiano Flávio Costa, do UOL. A matéria é o principal destaque de hoje do portal, que aborda a extensão do golpe e as investigações da polícia e do Ministério Público na Bahia e no Rio Grande do Sul.
A delação premiada foi negociada com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e espera que os termos do acordo sejam homologados pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Itabuna, Murilo Staut. Os termos são mantidos em sigilo.
O esquema de pirâmide financeira lesou milhares de pessoas em vários estados do Brasil, além da Argentina e do Paraguai (confira aqui). A estimativa é de que o prejuízo para pessoas atraídas pelo lucro fácil em “apostas esportivas” tenha chegado a R$ 200 milhões somente no Brasil, conforme apurações que correm tanto na Bahia como em terras gaúchas.

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Danilo e Isaac são alvos de investigação da Polícia Civil || Reprodução
Danilo e Isaac são alvos de investigação da Polícia Civil || Reprodução

Acusados de prejuízo de mais de R$ 200 milhões, os criadores dos negócios de apostas esportivas virtuais D9 Empreendimentos e Tips Club, Danilo Santana e Isaac Albuquerque, podem ser presos a qualquer momento. Os pedidos foram feitos pela Polícia Civil à Justiça.

Delegado à frente das investigações, Humberto Matos disse ao G1 que”depende da justiça determinar ou não” a prisão preventiva dos homens apontados como líderes do esquema. Danilo e Isaac estão desaparecidos e com os bens bloqueados. Em um vídeo postado na internet, o criador da D9 aparecia supostamente em Dubai.

Após reportagem do Fantástico (Rede Globo) do último domingo, o número de queixas contra os criadores do esquema de pirâmide financeira aumentou ainda mais, de acordo com a polícia. Disparou também o número de vítimas que ligam para a delegacia em busca de orientação, segundo Matos. O esquema se espalhou por outros estados do Norte, Nordeste e Sudeste do País.

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Danilo Santana diz ter sido alvo de extorsão || Foto Reprodução
Danilo Santana diz ter sido alvo de extorsão || Foto Reprodução
Vestindo camisa da Seleção Brasileira, Danilo Santana divulgou vídeo no qual afirma ter sido vítima de tentativa de extorsão. Ele é o dono da D9, empresa alvo da Operação Gizé, da Polícia Civil, em Itabuna, na semana passada. A D9 é acusada de causar prejuízos que podem chegar a R$ 200 milhões por meio de esquema de pirâmide financeira. Danilo não diz quem tentou extorqui-lo.

Alvo da investigação, Danilo diz que a operação foi usada de forma tendenciosa “por algumas pessoas”. O vídeo não faz menção a nomes de pessoas, o que pode ser encarado como tentativa de “acalmar” os ânimos das vítimas. Desde o ano passado, investidores reclamavam que não estavam conseguindo sacar o prometido “retorno” financeiro.

Diz ele:

– A verdade virá à tona. Tentaram me extorquir, mas não deu certo. Foram tentar pelas vias legais – disse ele, ressaltando não ter havido ordem de prisão. “Isso não acontece”, completou, tentando passar segurança aos investidores do que a polícia chamou de “pirâmide financeira invertida”.

O vídeo foi feito fora do Brasil, segundo assume o próprio Santana. “Eu acredito no Brasil. Não estou no Brasil por questão de proteção, mas acredito no Brasil e em minha cidade, Itabuna”, afirmou. “Estão acontecendo algumas coisas que estão soando arbitrárias”, acrescentou, sem apontar quais. Confira o vídeo na íntegra.

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Polícia apreendeu carros de luxo, jet ski, documentos e computadores na sede da D9 e em apartamentos.
Polícia apreendeu carros de luxo, jet ski, documentos e computadores na sede da D9 e em apartamentos.

As polícias civil e militar cumpriram vários mandados de busca e apreensão em Itabuna contra o esquema de pirâmide financeira. O esquema, de acordo com a polícia, foi montado pela empresa D9, com sede na Rua Ruffo Galvão, região central do município sul-baiano.

Carros de luxo e jet ski já foram apreendidos e levados para o pátio do Complexo Policial de Itabuna no cumprimento de nove mandados, após denúncias de golpe prestadas ontem (2) na Delegacia de Polícia Civil. Delegados informam que as investigações já ocorriam há vários meses.

A D9 vendia o esquema de pirâmide como se fosse marketing multinível. Era, como investiga a polícia, uma tentativa de evitar que fosse identificada como pirâmide, que é crime contra economia popular e tributário, além de ser considerado lavagem de dinheiro.

O delegado André Aragão, coordenador regional da Polícia Civil, preside as investigações. Atualizado às 11h39min