Vários artistas sul-baianos vão participar do Canto de Reconstrução, no dia 23
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Artistas sul-baianos se uniram à mobilização para reerguer o Centro de Triagem de Itabuna e promovem, ainda neste mês, o show beneficente Canto de Reconstrução, no Centro de Cultura Adonias Filho.

O show beneficente Canto de Reconstrução foi idealizado pelo jornalista Daniel Thame e tem dirição do produtor cultural Rafael Gama. Contará com a participação dos cantores Marcelo Ganem, Jaffet Ornellas e Zenon Moreira e dos poetas Gabriel Xavier, Leila Oliveira, Aldo Bastos e Carmen Camuso, a partir das 19h do dia 23.

Os ingressos custam R$ 10 e podem ser adquiridos na bilheteria do local.

INCÊNDIO

Toda a renda será revertida para a Associação dos Agentes Ambientais e Catadores de Recicláveis de Itabuna (Aacrri), que é composta por cerca de 60 famílias que dependem da Central de Triagem para o seu sustento.

O Centro de Triagem foi durante atingido por um incêndio que destruiu parte de sua estrutura, equipamentos e cerca de 200 toneladas de material reciclável prontas para comercialização.

Durante o show, serão exibidas imagens do projeto Recicla Itabuna e do programa Mãos que Reciclam, da Defensoria Pública do Estado da Bahia. Esses projetos transformaram antigos catadores do lixão em agentes ambientais, valorizando a coleta seletiva e proporcionando condições dignas de trabalho.

EMPRESAS SOLIDÁRIAS

Além da venda em bilheteria, empresários da região poderão adquirir uma carga de ingressos para seus colaboradores. Empresas como Biosanear, CVR Costa do Cacau, Shopping Jequitibá, Buriti e Drogaria Velanes já sinalizaram apoio ao evento. “O ‘Canto da Reconstrução’ será um grande ato de solidariedade e, ao mesmo tempo, a celebração da arte, nesses tempos de renascimento da cultura grapiúna”, afirma Rafael Gama.

Na charge de Marcos Maurício, o encontro imaginário de Galdino e Nega Pataxó
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Quando eu cantei essa música num encontro de povos indígenas em Brasília, em 2023, não imaginei que era uma premonição.

 

Daniel Thame

“Como esquecer daquela madrugada gelada em Brasília? Eu estava numa terra estranha, cercada de gente estranha, uns homens bem vestidos, que se diziam autoridades, mas, eu sabia, aqueles sorrisos todos eram falsos, porque eles prometiam demarcar terras que eram nossas e que foram invadidas por fazendeiros, mas assim que a gente voltava para o sul da Bahia, eles até esqueciam que a gente esteve lá.

As nossas terras em Pau Brasil e Itaju do Colônia tinham sido doadas a fazendeiros em troca de apoio político e o governador da Bahia naquela época que eu fui a Brasilia era dono de tudo, acho que até da Justiça. E nada de sair a demarcação.

Mas a gente era de luta, uma força que vinha dos nossos ancestrais e que eu sabia, iria ser mantida pelos nossos descendentes.

O que eu não sabia é que a maldade dos homens poderia ser tão grande, e olha que ao longo dos séculos nós sempre sofremos com a maldade daqueles que invadiram as nossas terras e tentaram matar a nossa identidade.

Como eu disse, fazia muito frio naquela madrugada em Brasília e eu estava dormindo na rua, porque a gente não tinha dinheiro nem pra pagar hotel, quando, de repente, eu senti um calor no corpo, achei que alguma alma boa tinha me oferecido um cobertor.

Mas não era um cobertor, era fogo. Isso mesmo, quatro meninos ricos, para se divertir, haviam ateado fogo no meu corpo. Eu senti uma dor imensa, até ver a lua se tingir de vermelho e aí eu não senti mais nada.

Quando meu espírito chegou aqui no ybaca, eu sabia que a nossa luta não iria parar.

De certa forma, minhas chamas seriam o fogo da esperança de que a gente pudesse produzir e viver em paz nas terras que, por direito, eram nossas”.

Índio pataxó Galdino de Jesus, queimado vivo no dia 19 de abril de 1997.

´Eu sou guerreira, mas meu trabalho é pra combater, eu entrego meu peito à lança, nossa batalha temos que vencer’.

“Quando eu cantei essa música num encontro de povos indígenas em Brasília, em 2023, não imaginei que era uma premonição.

A gente avançou muito nos últimos anos. Conseguimos a demarcação de várias áreas, nosso irmãos tupinambás hoje têm suas terras ainda que vivam sofrendo ameaças, mas mesmo assim é preciso lutar, porque existem muitas áreas indígenas que são ocupadas irregularmente pelos fazendeiros.

Dizem que o Brasil nasceu aqui no sul da Bahia em 1500. Às vezes, penso que quando o tal de Brasil nasceu o nosso povo começou a morrer.

E que só não fomos dizimados porque somos forjados na luta, não temos medo da batalha e porque nossa causa é justa.

Quando meu irmão Cacique Nailton Pataxó me chamou pra gente retomar uma área que, por direito, é nossa, lá perto do imenso Rio Pardo, eu aceitei, porque nunca fugi da luta e como eu mesmo já contei aqui, não tenho medo das lanças.

Eu só não esperava nem contava com as balas.

A brutalidade dos homens não tem mesmo limite. Em vez do diálogo, eles dispararam tiros.

Muitos tiros. E naquela explosão de violência, em meio aos gritos de medo, só lembro de uma coisa me atingindo, uma dor no corpo e o sol se tingindo de vermelho de sangue.

E me lembro que quando meu espírito chegou aqui no ybaca o companheiro Galdino veio me receber.

Lá embaixo, na terra, nesse solo que pra nós é sagrado, eu sei que nem o fogo nem as balas vão calar a nossa voz.

Porque nós somos e seremos semente e sempre vamos germinar em cada indígena e em cada pessoa que ainda consegue se indignar e combater as injustiças”.

Maria de Fátima Muniz, Nega Pataxó, foi assassinada no dia 21 de janeiro de 2024 por um grupo de fazendeiros em Potiraguá, centro-sul da Bahia.

Daniel Thame é escritor e jornalista.

Daniel Thame apresenta O gato que tinha 3 nomes no Festival da Primavera
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O jornalista e escritor Daniel Thame lança, neste domingo (17), às 16h, seu primeiro livro infantil, O gato que tinha 3 nomes, durante a Feira Literária, uma das atrações do Festival da Primavera Ilhéus, no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, localizado na Avenida Soares Lopes. O livro conta a história de um gato que, de tão apaixonado pelo chocolate do sul da Bahia, acaba virando ou sendo confundido com uma deliciosa barra do produto de origem.

Editado pela Via Litterarum, o livro tem ilustrações fantásticas da artista e produtora cultural Juraci Masiero Pozzobon. “A obra celebra a família, o amor aos animais e a conservação da natureza, numa linguagem típica do universo infantil e vai encantar crianças de todas as idades”, afirma Daniel Thame.

A inspiração veio do gato adotado pela família do próprio autor, que é chamado por três nomes diferentes e, com sua personalidade forte, tornou-se o verdadeiro dono da casa. “Procurei trabalhar valores que são importantes na formação das crianças e também fazer um livro em que as crianças vão se divertir, com ilustrações que destacam o universo do cacau, do chocolate e da Mata Atlântica, três marcas do sul da Bahia”, acrescenta o autor.

A obra já está à venda e pode ser adquirida por e-mail (danielthame@gmail.com) ou telefone/WhatsApp (73) 9 9981-7482.

OUTRAS OBRAS

Daniel Thame também é autor dos livros Vassoura, série de contos sobre os impactos da vassoura de bruxa no sul da Bahia; A Mulher do Lobisomem, contos sobre o universo feminino; “Jorge100anosAmado”, que apresenta releituras dos romances do escritor grapiúna; e Manual de Baixo Ajuda, como transformar sua autoestima em anã, contraponto bem-humorado e politicamente incorreto dos manuais de autoajuda.

Daniel Thame e Rafael Gama durante a entrevista no estúdio da TVi
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A edição desta quinta-feira (17) do Via Litterarum Encontros em Prosa e Verso traz entrevista com o jornalista, blogueiro, escritor e multimídia Daniel Thame. Apresentado pelo professor Rafael Gama, o programa vai ao ar às 22h30min, na TVi. Leve e descontraída, a entrevista traz posicionamento político e cultural e, nela, Rafael e Daniel conversam sobre a literatura e suas repercussões sociais.

Autor dos livros Jorge100anosAmado-Tributo a um eterno Menino Grapiúna; Vassoura, a história que Jorge Amado não viveu para contar; A Mulher do Lobisomem, que explora as diversas facetas do universo feminino; Manual de Baixa Ajuda, crítica bem humorada aos manuais de autoajuda; e O Gato que tinha 3 nomes, obra infantil que destaca a paixão pelos animais, a conservação na natureza e o chocolate produzido em Ilhéus.

Estas e outras entrevistas do Via Litterarum Encontros em Prosa e Versos podem ser acompanhadas na TVi em suas multiplataformas.

O jornalista Cláudio Rodrigues fala da sua relação com a sul-baiana Itabuna || Foto Arquivo Pessoal
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Quando eu tivesse com meus vinte e poucos anos, eu queria desembarcar novamente em Itabuna, me apaixonar por essa cidade e sua gente. E, se eu nascesse de novo e pudesse escolher, escolheria viver tudo isso novamente.

 

Cláudio Rodrigues || aclaudiors@gmail.com

E assim se passaram três décadas.

Quando desembarquei no Terminal Rodoviário de Itabuna, no dia 30 de dezembro de 1992, acompanhado da amiga/irmã e futura comadre Madalena de Jesus, estávamos iniciando uma aventura nas Terras do Sem Fim, sob o comando do mestre José Carlos Teixeira.

O desafio era modernizar a Comunicação Social do governo do então prefeito Geraldo Simões. Meu projeto pessoal era ficar seis meses na cidade-mãe de Amado Jorge.

Logo na chegada, descobri que havia uma colônia feirense enraizada em Itabuna composta pelo professor Tustão Andrade, o designer Paulo Fumaça e o saudoso gerente-comercial do Correio da Bahia para a região Sul, Robson Nascimento. Descobri que feirense e mato são quase iguais, pois brota em todo canto.

Eis que o tempo foi passando, o ciclo de amigos no governo – nos veículos de comunicação e fora desses meios – foi aumentando e a gente se apegando a essa terra. A cada 15 dias, pegava a BR-101 rumo a Feira, a fim de encontrar a então amada namorada.

Depois de fazer algumas contas, chegamos à conclusão de que era melhor juntar as escovas e constituir família. Pense numa escolha acertada!

Posso assegurar que essa água mágica do Cachoeira (fornecida pela Emasa), o vento que sopra na gente e a areia do chão de Itabuna são como visgo da jaca e a nódoa de caju: colam na gente e não saem de jeito algum.

Itabuna me possibilitou constituir uma bela família. Mas, não foi só isso. Essa terra encantadora também me deu alguns amigos-irmãos, a exemplo de Luiz Conceição e Daniel Thame (hoje meus compadres), Ramiro e Ricardo Aquino, Devinho Samuel, Lula Viana, Jackson Primo, Ricardinho Ribeiro, Reinaldo Jovita, Josiel e Norma Nunes, Fernand Milcent, Heitor Abijaude e César Sena.

Além desses irmãos, vieram uma legião de amigos aos quais amo e prezo. A exemplo do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que nesse mês completaria 110 anos de nascimento, posso afirmar que sou um catingueiro feliz.

Se eu nascesse de novo, queria ser o mesmo Cláudio. Se eu nascesse de novo e pudesse escolher, mais do que eu sou não queria ser. Eu queria nascer em Feira de Santana, a Terra de Lucas. Eu queria ser filho de dona Peu, neto de Adelino e Silvina, marido de Maria Martha, pai de Héctor, Heitor e Antônio Neto, e genro de Inês Borges e Antônio Mendes.

Quando eu tivesse com meus vinte e poucos anos, eu queria desembarcar novamente em Itabuna, me apaixonar por essa cidade e sua gente. E, se eu nascesse de novo e pudesse escolher, escolheria viver tudo isso novamente.

Cláudio Rodrigues é jornalista e assessor de Comunicação da Emasa.

Leléu e sua camisa revelando uma paixão, o Flamengo
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Hoje Itabuna e o Beco do Fuxico estão de luto com a morte precoce de Claudionor Menezes de Andrade, que será sempre lembrado pelos amigos ou simples conhecidos, os que o viram crescer, jogar futebol amador, participar da vida ativa de Itabuna.

 

Walmir Rosário

Assim era Leléu: irreverente, contagiante, apaixonado pelo futebol e pelo Flamengo, das bebidas, do Carnaval. Esse comportamento não chamaria a atenção, não fosse pelo seu modo extravagante de viver a mil por hora. Menos quando estava sóbrio, ocasião em que se dedicava ao afazeres domésticos e o trabalho, com muita responsabilidade para quem cuidava das contas a pagar de outras pessoas.

De longe era fácil conhecer o seu estado físico e emocional. Se abstêmio, calmo, cumprimentando todos que passavam com muita distinção, conversando em voz baixa e pasta na mão para cumprir sua tarefa profissional. Foi por muito tempo o homem de confiança do ilustre advogado Victor Midlej, responsável pelo recebimento das contas e os pagamentos em banco, mesmo em tempos de internet.

Se chumbado, envernizado, o seu cumprimento era excêntrico, mirabolante. Assim que avistava um conhecido, um amigo, de longe gritava: “Olha aí que ruma de pesos mortos”. Destilava mais alguns impropérios do seu refinado vocabulário e contava a todos os motivos da euforia, que iria desde a vitória do Flamengo, até o mais simples motivo para uma comemoração em alto estilo.

Para tanto não importava a data, bastava não ter compromissos profissionais. E o seu local de chegada era sempre o Beco do Fuxico, nas três dimensões: Baixo, médio e alto, visitando todos os bares, barbearias, alfaiatarias e lojas. Antes de entrar, em alto som se anunciava: “Pesos mortos”. Alguns o convidavam para tomar mais uma cachaça e ele prontamente aceitava e também se servia da cerveja, sem a menor cerimônia.

Nos carnavais todos se admiravam da sua resistência e muitos não sabiam se ele embebedava uma só vez e continuava, ou se a cada soneca recuperava o ânimo e começava tudo de novo. Devidamente fantasiado – muitas das vezes de roupas femininas – nem mesmo importava se toleravam seus beijos e abraços. O bom mesmo era comemorar, e no Beco do Fuxico.

Fora dos seus dias de festa, como já disse, vivia uma vida normal. Os que pouco ou não o conheciam ficavam em dúvida quais papeis ele representava, se o de Leléu ou de Claudionor Menezes de Andrade. Eram personagens completamente distintos e um não interferia no outro, o que o tornava uma figura folclórica, quando revestido Leléu, e um cidadão, trabalhador comum nos momentos de Claudionor.

Leléu e toda a sua irreverência nos carnavais e lavagens do Beco do Fuxico

Querido por todos, seu aniversário era comemorado no Alto Beco do Fuxico a cada fim de semana mais próximo dos dias 6 a 9 de outubro. No dia 6 o aniversariante era o proprietário do bar Artigos para Beber, José Eduardo Gomes; e no dia 9 o advogado Pedro Carlos Nunes de Almeida (Pepê) e o próprio Leléu. Mais tarde se juntaram o produtor de eventos Alex Alves (6) e o agrônomo Paulo Fernando Nunes da Cruz (Polenga), dia 19.

Ao fundar a desabusada Academia de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc., (Alambique), o jornalista Daniel Thame, nomeou Leléu para o cargo de Diretor para Assuntos Meiotísticos, com posse formal no Alto Beco do Fuxico. Certa data, ao sair de casa para participar de uma pretensa reunião da Academia – no Alto Beco do Fuxico – tentou atravessar o canal do Lava-pés em plena enchente e foi arrastado de uma ponte a outra, saindo das águas com a maior naturalidade do mundo.

Mas hoje Itabuna e o Beco do Fuxico estão de luto com a morte precoce de Claudionor Menezes de Andrade, que será sempre lembrado pelos amigos ou simples conhecidos, os que o viram crescer, jogar futebol amador, participar da vida ativa de Itabuna. Também não o esquecerão os que o viam chegar ao beco com suas estrambóticas fantasias, devidamente alegre e biritado, irradiando alegria, sempre gritando. “vai…pesos mortos!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Caboco Alencar suspendeu as aulas e retorna no pós-eleições || Foto Walmir Rosário
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Um dos alunos repetentes do ABC da Noite, Daniel Thame, se deu por satisfeito e disse que, felizmente, do males o menor, pois dessa vez é por pouco tempo.

 

Walmir Rosário

Do presidente da Academia de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc., (Alambique), o jornalista Daniel Thame, recebo a fatídica informação. Foi difícil acreditar, mas constatei que era verdade. Após a reabertura do ABC da Noite, recebida com festa em grandioso estilo, a diretoria resolveu dar mais um tempo e cerrar suas duas portas até passar as eleições de 2 de outubro.

A notícia pegou todos de surpresa, já que o professor Caboclo Alencar e sua inseparável companheira, dona Neusa, deliberaram, em sessão extraordinária, a suspensão da prestação dos serviços etílicos na sua sede, no Beco do Fuxico. Mas como não existe nada ruim que não possa piorar, como garante em sua tese o tal de Murphy, num conceito que se transformou em lei sem que fosse aprovada por parlamento algum.

Esse já é o segundo choque sentido pelos boêmios itabunenses, que ficaram órfãos das deliciosas batidas do Caboclo Alencar durante esses anos em que a pandemia resolveu assolar o Brasil e o mundo. A primeira decepção sentida foi a drástica redução nos dias de funcionamento, que caiu do tradicional segunda a sábado, em dois expedientes, e que passaria apenas aos sábados.

Pois bem, se não bastassem os torturantes 30 meses em que esteve fechado, o primeiro decreto editado pelo Caboclo Alencar e dona Neusa, restringiu a abertura, em desconformidade à placa de bronze afixada na parede proclama os horários de abertura e fechamento do régio expediente: De segunda a sexta-feira: das 11 às 12h30min e das 17 às 19 horas; aos sábados, das 11 às 12h30min; sem expediente aos domingos.

Agora, conforme acertado, o horário de sábado foi ampliado em duas horas, mas nada que compense os dois expedientes diários no decorrer das segundas às sextas-feiras, quando centenas de repetentes e aderentes se reuniram no ponto mais tradicional do Beco do Fuxico, em Itabuna. Nos dias removidos da tabela de funcionamento, que os alunos busquem novas escolas próximas para continuar os estudos etílicos.

Um dos alunos repetentes do ABC da Noite, Daniel Thame, se deu por satisfeito e disse que, felizmente, do males o menor, pois dessa vez é por pouco tempo. Além do mais, fez questão de ressaltar que o ABC da Noite volta a funcionar após as eleições, sempre aos sábados. A finalidade seria preservar o espaço mais democrático de Itabuna, onde o que deve prevalecer são os sabores das magistrais batidas que só Alencar sabe fazer.

Na qualidade de aluno repetente de anos e anos, que nem dá para contar nos dedos, eu já disse por aqui que senti bastante não ter participado da cerimônia de reabertura do ABC da Noite, oportunidade para rever o Caboclo Alencar, dona Neusa e o sem-número de colegas e amigos. E esse reencontro seria regado às maravilhosas batidas recém-saídas da linha de produção, com preferência para o sabor gengibre.

Ausente estava, como acabei de citar, portanto não presenciei a festa de reabertura, o que sei por ouvir dizer dos colegas presentes, embora como repórter deveria ter ido mais a fundo nas informações, checando o contraditório, o que não fiz. Só me resta penitenciar e faço questão de pedir a devida vênia e o costumeiro perdão, por não ter ido a fundo das questões temporãs e que devem prevalecer os princípios da democracia.

Com a sapiência do casal e a experiência do Caboclo Alencar nos 60 anos de funcionamento do ABC da Noite e os 91 anos de salutar existência, mesmo contrariado pelo fechamento, comemoro a decisão, por demais acertada. Sei, por convivência, e não por ouvir dizer, que o bar é uma extensão do lar (não ligue para a chula trova), ambiente onde todos discutem e mesmo que não cheguem a qualquer conclusão se abraçam na despedida.

Chocado fiquei pelo decreto do novo fechamento – temporário, como quer o confrade Daniel Thame –, por ter me deslocado de Canavieiras a Itabuna, para conhecer o ABC da Noite pós pandemia. Dei com a cara na porta, fechada, como reclamou anos passados o também saudoso aluno repetente Tyrone Perrucho, a aparecer num dia em que o Caboclo resolveu não dar expediente por 30 dias.

Irei me redimir da falta da Confraria d’O Berimbau, sábado passado no MC Vita, e prometerei comparecer noutra efeméride de reabertura assim que passar as eleições. Como sempre, prometo me comportar como um frequentador de botequim bom de debate, discutindo com os parceiros da mesma mesa e me intrometendo nas outras, como manda o manual de boas maneiras de um aluno repetente do ABC da Noite.

E sob as bênçãos do Caboclo e dona Neusa.

Walmir Rosário é radialista, jornalista, advogado e aluno “repetente” do ABC da Noite.

Caboco Alencar na reestreia do ABC da Noite, no último sábado: dia 8 tem mais || Foto Daniel Thame
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Depois de um “tira-gosto” no último sábado (17), os amantes do bom papo e dos encontros e reencontros no ABC da Noite, no Beco do Fuxico, em Itabuna, poderá voltar a degustar das melhores batidas deste mundo em 8 de outubro. É um fechamento temporário do ponto de encontro de Caboco Alencar, depois de 30 meses de pandemia.

– Felizmente, dessa vez é por pouco tempo. O ABC da Noite volta a funcionar após as eleições, sempre aos sábados. A decisão foi tomada pelo Caboco Alencar e sua inseparável companheira, dona Neusa, com o objetivo de evitar dissabores nestes tempos sombrios – afirma o jornalista Daniel Thame, memorialista e beberialista do ABC.

Afinal, no espaço mais democrático de Itabuna, o que deve – e vai – prevalecer são os sabores das magistrais batidas que só Alencar sabe fazer.

ABC da Noite reabre as portas no próximo sábado, às 10h || Foto Daniel Thame
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Depois de dois anos e meio fechado por causa da pandemia, o ABC da Noite, um dos pontos mais tradicionais de Itabuna, reabre suas portas neste sábado (17), às 10h, com a presença do Caboco Alencar e suas batidas antológicas, entre elas a de pitanga, de sabor inigualável, preparada especialmente para os repetentes do ABC da Noite e demais visitantes extemporâneos.

Localizado no Beco do Fuxico, referência da boemia itabunense, o ABC da Noite é ponto de encontro de pessoas que se congraçam em torno de batidas cuja receita é mantida a sete chaves, embaladas pela sabedoria do Caboco Alencar, que, aos 90 anos de idade, se mantém em plena forma.

O mestre Caboco Alencar ladeado por dois dos seus mais reconhecidos repetentes, os jornalistas Daniel Thame e Walmir Rosário

Durante a pandemia, Alencar trabalhou em regime de ´batida office´, comercializando a produção em casa, o que em nada se compara com saborear a maravilha etílica no balcão ou na calçada do ABC da Noite, prédio tombado pelo Patrimônio Histórico de Itabuna, com todo o mobiliário e bebiliário incluídos.

A reabertura do ABC da Noite terá show com Nonato Teles, nobilíssimo repetente do Caboco e cantor dos melhores. Devido à expectativa criada em torno de tão aguardado momento, o Beco do Fuxico será fechado ao tráfego de veículos das 10h30min às 13h, no trecho entre a Rua Duque de Caxias e a Avenida do Cinquentenário.

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Itajuípe e o universo da gastronomia sul-baiana acordaram mais tristes neste sábado (13). Um infarto fulminante tirou a vida de Francisco Galvão de Almeida, carinhosamente chamado pelos seus clientes de Kito ou Seu Kito.

Kito estava em casa, quando sofreu o infarto, informa o filho Luiz, “Luizinho”, companheiro de todos os dias na jornada de atendimento aos clientes.

O Bar do Kito, em Sequeiro Grande, à margem da rodovia que liga Itajuípe a Coaraci, era parada obrigatória para um almoço farto, acompanhado de uma cerveja ou um “refri”, seguido sempre por uma deliciosa sobremesa e prosa das boas com o próprio Kito e Luizinho.

Francisco Galvão de Almeida, ou simplesmente Kito, tinha 72 anos. Ele deixa três filhos – Luizinho, Viviane e Lili -, uma legião de amigos e clientes. Era dos chefes de cozinha mais famosos do sul da Bahia e reconhecido desde os tempos do Chão de Estrelas, na década de 80, nem Itabuna.

VELÓRIO

O corpo de Seu Kito está sendo velado no SAF de Itajuípe, na região central da cidade. O enterro será no cemitério local, às 16h deste sábado.

HOMENAGENS

Amigos e clientes do Bar do Kito lamentam a partida do mestre da arte de cozinhar e servir. “Lembro dele não apenas pela comida excelente, mas pela forma carinhosa como sempre atendia as pessoas”, afirma o publicitário e amigo Gilvan Rodrigues, responsável por apresentar as maravilhas gastronômicas de Kito a uma infinidade de amigos. “Gilvan me apresentou a Kito, dono do restaurante em que se devia comer de joelhos. O céu terá cardápio especial”, afirma o jornalista e escritor Daniel Thame.

“Soube agora também da notícia.  Lamentável. Gente boa, Kito”, escreveu Marcos Vinícius Sousa, Japu, secretário de Administração de Itacaré e filho de Itajuípe. A comida e o atendimento fizeram com que muitos dos seus clientes se tornassem amigos de Kito e da família. “Sempre tivemos atendimento de excelência de Seu Kito, do filho. Era mais que dono de um restaurante. Parava para ouvir o cliente e conversar. Era o padrão excelência Kito de ser e de atender”, afirma Raimundo Leal, que confessa. “A gente abusava na resenha com seu Kito. Era sempre um ótimo papo, ótimo atendimento e ótima comida”, afirma.

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Na viagem de avião, Ferreirinha foi me contando-repetindo todas as suas peripécias sexuais, a ponto de eu me perguntar se ele teria coragem de dizer tudo aquilo no programa.

 

Daniel Thame

No início da década de 90, então no vigor dos seus 80 anos, Ferreirinha ficou mundialmente conhecido após se casar com a estudante Iolanda, nos seus tenros 15 anos. Foi tema de reportagens em jornais de todo o planeta e concedeu uma entrevista antológica no programa Jô Onze e Meia, no SBT, onde foi triunfalmente apresentado por Jô Soares como o “Garanhão de Itabuna”.

A entrevista com Jô, que levou seu monumental talento para a eternidade, foi acertada após o envio de um exemplar do Jornal A Região por Manoel Leal à produção do programa. O jornal, à época vivendo seu auge, foi o responsável pela divulgação inicial da insólita união.

Como Ferreirinha, já passando os 80 anos e com Yolanda batendo o pé e se negando a acompanhar o esposo, coube a este jornalista (então editor de A Região), levá-lo a São Paulo.

Antes de viajar, Leal comprou uma camisa florida (estilo Jorge Amado) para usar no programa e orientou que se Jô Soares perguntasse o segredo da propalada potência sexual, a reposta era: “muito suco de cacau”.

Na viagem de avião, Ferreirinha foi me contando-repetindo todas as suas peripécias sexuais, a ponto de eu me perguntar se ele teria coragem de dizer tudo aquilo no programa.

Disse e levou Jô Soares e a plateia (composta majoritariamente por estudantes) às gargalhadas, imitando o famoso gesto da posição “receba, galinha”, a sua preferida, antes das núpcias com Yolanda, bem entendido.

Diante de um Jô Soares surpreso com tanta desenvoltura e todos os presentes à gravação encantados com aquele senhor com jeito de menino sapeca, Ferreirinha confirmou que o segredo de levar a jovem esposa à exaustão a ponto de que era ela e não ele quem pedia para parar os arrufos na cama, era mesmo o tal suco de cacau.

Foi o suficiente para Jô Soares pedir: “atenção meus amigos do sul da Bahia, me mandem vários pacotes de suco de cacau!”

Por obra e graça (coloca graça nisso!) de Jô Soares, Ferreirinha ficou conhecido como “O Garanhão de Itabuna”, título do qual se orgulhava e procurava manter, sempre se vangloriando de seus “dotes garanhísticos”, até falecer (lúcido e bem humorado), aos 99 anos, cercado pelo amor de Iolanda do dos familiares.

A entrevista foi um sucesso tão estrondoso que foi repetida entre as melhores do ano. Ferreirinha só não pode usar a camisa amadiana, porque como o voo atrasou, fomos levados diretamente para o estúdio. Durante a entrevista (sem imaginar que a gravação já estava valendo), Ferreirinha dizia a um Jô atônito que precisava vestir a camisa que Leal lhe deu.

Manoel Leal, Ferreirinha, Jô Soares. Deus deixa o céu mais habitável. E esse planetinha tão judiado pelo homo (sic) sapiens cada vez mais pobre de personagens dessa dimensão.

Daniel Thame é jornalista e escritor.

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Dedé do Amendoim é, ao lado do Caboco Alencar, um dos personagens mais fascinantes da boemia itabunense, com histórias que dariam um livro.

 

Daniel Thame

Após 46 anos percorrendo os bares de Itabuna com sua inseparável bicicleta, vendendo amendoim e ovo de codorna, Dorival Higino da Silva, também conhecido como Dedé do Amendoim ou, por motivos óbvios, Tesão, pendurou as chuteiras e os pedais em 2016.

Com oito filhos criados graças à sua labuta incansável, ele decidiu que era hora de parar, curtir a família e torcer/sofrer com o Vasco da Gama, seu time de coração.

Como Pelé, deixou sucessores na labuta para ganhar honestamente o suado pão de cada dia, mas não substitutos, porque Dedé é dessas figuras que merecem o adjetivo “insubstituível”.

Dedé do Amendoim é, ao lado do Caboco Alencar, que teve que fechar o ABC da Noite por conta da pandemia, mas ensaia uma reabertura gradual e segura, um dos personagens mais fascinantes da boemia itabunense, com histórias que dariam um livro.

Uma delas, ocorrida em meados dos anos 90, dá bem a dimensão do estilo Dedé. Vendia ele seus amendoins e seus ovos de codorna no Katiquero, vestindo com orgulho uma camisa do PT, quando um desses babacas que infelizmente poluem os bares perpetrou:

-Tira a essa camisa horrível que eu compro tudo…

Ao que Dedé respondeu na lata:

-Pois pra gente como você eu prefiro não vender nada…

E seguiu em frente, com sua bicicleta e sua dignidade.

Em tempo 1: Dedé recolheu-se em sua residência no bairro de Fátima, vitimado por grave enfermidade. Com as complicações clínicas agravadas, Dedé do Amendoim, faleceu na madrugada deste sábado.

Dedé foi vender seus ovos de codorna e seus amendoins lá no céu (fico aqui imaginando uma orgia angelical dados os efeitos propagados do amendoim).

Tomara que tenha deixado seu exemplo de dignidade aqui na Terra mesmo. Estamos precisando muito.

Em tempo 2: O Katiquero reabriu com outro nome e outro proprietário . Ou seja, não reabriu…

Em tempo 3: O corpo de Dedé do Amendoim está sendo velado na Funerária Paulo Preto, na Rua Antônio Muniz, em Itabuna. O enterro está marcado para as 10h deste domingo (10), no Cemitério Campo Santo, em Itabuna.

Daniel Thame é jornalista e amigo de Dedé do Amendoim.

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Gilvan Rodrigues

Pastor presidente da Igreja Batista Teosópolis de Itabuna (IBT), Geraldo Meireles comemora 57 anos neste sábado (30). É uma existência com admirável obra e ações sociais reconhecidas até no exterior à frente da igreja, uma das mais tradicionais de Itabuna, e que é destacada por líderes regionais e amigos.

Era final de dezembro do ano passado, quando Geraldo Meireles liderou o trabalho de socorro às vítimas das enchentes do ano passado, a maior dos últimos 50 anos no município. A igreja atuou na produção e distribuição de cerca de 20 mil refeições às vítimas da enchente.

Também em parceria com a Coelba, distribuiu um total de 200 geladeiras de baixo consumo. Por meio de doações, promoveu a distribuição de kits que incluiu a compra de colchões e fogões e para o lar aos atingidos pelas chuvas. Centenas de cestas básicas foram distribuídas.

PATRIMÔNIO DO SUL DA BAHIA

Jornalista com cerca de 30 anos de atuação na imprensa regional e nacional e com conhecimento histórico de ações sociais, Daniel Thame diz “Geraldo Meireles é um patrimônio do sul da Bahia, que vem dando continuidade ao trabalho desenvolvido pelo pastor Hélio Lourenço, um grande homem que deixou sua história marcada em Itabuna”.

O pastor e ceplaqueano fortaleceu as ações sociais da IBT, criou o Projeto Morar Melhor, que consiste na reforma e construção de moradias para os mais humildes, ampliou o programa de segurança alimentar, com a distribuição de cestas básicas, e fortaleceu o projeto Cabra Macho, de realização gratuita de exames para detecção de câncer de próstata, reconhecido como o maior do Brasil.

Meireles modernizou o acampamento Teosópolis, localizado em Ilhéus, com a instalação de estação fotovoltaica. Amigo de Geraldo Meireles há 30 anos, o comerciante Edilson Melo não esconde a admiração pela figura humana e líder religioso. “Geraldo Meireles é um cidadão que se não existisse teria que ser inventado. É mais que um amigo, é um irmão, sou grato a Deus por ter a amizade dele”, comentou.

IBT distribuiu mais de 18 mil refeições na enchente de Itabuna com ajuda de voluntários

SERVIDOR EXEMPLAR 

Gilberto Alves Santana, servidor público federal da Ceplac há 41 anos, conta que conhece Meireles há 30 anos e o considera um excelente servidor e amigo. “É gente muito boa. Trabalhei sob a coordenação dele nos encontros de casais da Teosópolis e atuo sob a chefia dele, na Ceplac, há 15 anos. Está sempre pautado no bom senso”, ressalta.

Para o servidor da Ceplac, ex-prefeito e ex-deputado Geraldo Simões, o pastor Geraldo Meireles é um dos grandes homens de Itabuna. “Geraldo é um homem de Deus, escolheu seu caminho. Está à frente de uma igreja muito respeitada. Aliás, quero deixar registrado o trabalho desenvolvido pelos irmãos da Teosópolis durante as enchentes do ano passado. Um grande abraço a meu amigo e meu colega Geraldo Meireles”, pontuou.

FAMÍLIA

Amigo de Geraldo Meireles há 33 anos, Alpeno Rocha, que é aposentado do Banco do Brasil e primeiro vice-presidente da Teosópolis, fala da felicidade pelo aniversário e a celebração pelos 57 anos da liderança religiosa. “Tivemos a oportunidade de vê-lo crescer na fé e no conhecimento do Senhor ao longo dos últimos 33 três anos, tempo de nossa amizade. Sempre foi um homem de testemunho cristão ilibado, esposo e pai exemplar, muito inteligente e um administrador por excelência”.

E completa: “Por todas essas e outras qualidades, nunca tivemos dúvidas de que exerceria um pastoreio eficaz, como tem sido, à frente da Igreja Batista Teosópolis. Nesta data o parabenizamos, suplicando ao Pai que multiplique os seus anos de vida com saúde, paz e prosperidade. Parabéns ao amigo Pastor Geraldo pelo seu aniversário!”

PAUTADO NO BOM SENSO

Professora de Meireles no Seminário Batista Grapiúna e da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Janete Ruiz de Macedo conhece o pastor há muitos anos, desde os tempos em que montaram um grupo para conhecer o encontro de casais em João Pessoa, na Paraíba, hoje realizado com êxito em Itabuna.

“Ele foi meu professor e aluno ao mesmo tempo. Me ensinou informática nos tempos do DOS e meu aluno no seminário”, relembra. “Sei do seu testemunho de vida, um cristão verdadeiramente fiel, um homem estudioso. Uma pessoa ótima, muito perspicaz, sabe ouvir e aconselhar”, ressaltou a educadora.

ESCOLHIDO POR DEUS

Esposa de Pastor Hélio Lourenço, Cida Lourenço também fala, com alegria, do aniversariante. “Meireles é uma pessoa escolhida por Deus para estes tempos da Teosópolis. Gosto da sua sabedoria, da sua simplicidade. Sempre admirei sua inteligência, seu senso de humor, sua dedicação, sua visão do reino de Deus”, pontuou

Para o prefeito de Itabuna, Augusto Castro, a data do aniversário é especial não só para o pastor Geraldo Meireles, mas também para toda a comunidade Batista, seus amigos e familiares. ”O pastor Geraldo Meireles é um patrimônio de nossa cidade. Em nome de toda nossa gente, congratulamos nesse dia, que marca mais um ano de vida para esse servo de Deus”, afirmou Augusto Castro.

Já a secretária de Saúde de Itabuna, Lívia Mendes Aguiar, afirma que as palavras do pastor Meireles é um alento à alma e ao coração. “O pastor Geraldo Meireles têm as palavras certas para cada momento. No dia de seu aniversário, espero que suas palavras adentre nos corações de todos, principalmente nos chefes de estado e que a paz prevaleça sobre as guerras”, afirmou Lívia.

Geladeiras foram distribuídas a famílias afetadas em ações da IBT e parceria com empresas

MAIS DE 3 DÉCADAS DE SERVIÇO PÚBLICO

Servidor público federal desde os 19 anos de idade, Geraldo Meireles foi diretor financeiro da Secretaria da Agricultura do Estado da Bahia e ocupou o mesmo cargo na secretaria de Saúde de Itabuna na gestão de Paulo Bicalho no governo de Geraldo Simões. Congrega na Igreja Batista Teosópolis desde os 18 anos de idade, onde implantou os Pequenos Grupos e a Rede Ministerial nos três anos como auxiliar leigo do Pastor Hélio Lourenço, no período de 1999 a 2002.

Há três anos assumiu a titularidade na Igreja Batista Teosópolis, substituindo o pastor Genilson Souto. Também atua há mais de 15 anos como professor do Seminário Teológico Batista do Nordeste, formando pastores para cumprir a obra missionária.

Em Paris, Davidson Magalhães destaca importância do CVT Cacau para o sul da Bahia
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O secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Davidson Magalhães, está entusiasmado com a retomada do Salon Du Chocolat em Xangai a partir de 2022. Ele integrou a comitiva baiana na edição parisiense do evento, que começou na última quinta (28) e acabou nesta segunda-feira (1º). Entrevistado pelo jornalista Daniel Thame, que produziu conteúdos exclusivos para o PIMENTA em Paris, Davidson Magalhães apontou os desafios para o chocolate sul-baiano conquistar o mercado chinês.

Para o secretário, estado deve assumir seu papel de indutor econômico, em parceria com os cacauicultores, para o sul da Bahia atingir a escala de produção para atender a maior população do planeta – a China tem mais de 1,4 bilhão de habitantes.

– Nós precisamos preparar a região do ponto de vista da própria produção, do aumento da produção, da qualidade, da agilidade do negócio e da eficiência no empreendedorismo – explicou Davidson Magalhães, destacando o trabalho em conjunto com as pastas estaduais de Agricultura, de Turismo e de Desenvolvimento Rural.

CENTRO VOCACIONAL TECNOLÓGICO DO CACAU

Programa da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), o Centro Vocacional Tecnológico do Cacau, inaugurado em outubro de 2020, atende 250 agricultores familiares, assentados da reforma agrária e quilombolas de 26 municípios da região cacaueira.

Segundo Davidson, a unidade recebeu investimento de R$ 1 milhão e permite que os agricultores superem a limitação histórica da produção apenas das amêndoas de cacau, avançando para a fabricação do chocolate com certificação de origem do sul da Bahia. Atualmente, cerca de 100 marcas ostentam a indicação geográfica como diferencial para a abertura de novos mercados.

Economista e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Davidson Magalhães não perdeu a oportunidade de fustigar a ortodoxia liberal. “O estado não pode se ausentar da atividade econômica. Aliás, o mundo está demonstrando nessa crise da pandemia que, cada vez mais, o estado é um agente extremamente protagonista da atividade econômica e nós precisamos ter um estado empreendedor na região, articulado com a iniciativa privada, para que a gente possa dar um salto de qualidade na nossa produção, na nossa produtividade e na qualidade dos nossos produtos”, concluiu o secretário.

Marco Lessa coordena estande de expositores brasileiros no Salão do Chocolate de Paris
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O Salão do Chocolate de Paris é uma grande vitrine para o chocolate e outros produtos brasileiros na Europa, avalia o empresário Marco Lessa, que coordena o estande do Brasil no evento. Para ele, trata-se de um espaço privilegiado para aumentar a inserção dos chocolates finos da Bahia no mercado europeu.

“Nós temos as melhores amêndoas e agora estamos produzindo chocolate de alta qualidade, com embalagens bem elaboradas. O grande desafio é a comercialização, daí a importância de marcar presença no Salon, onde são fechados vários negócios”, argumenta Lessa.

Fundador da ChOr, fabricante de chocolates de alta qualidade, Marco Lessa organiza três dos maiores eventos da cadeia produtiva do cacau, o Chocolat Bahia, em Ilhéus, o Chocolat São Paulo e o Chocolat Amazônia.

MARAVILHAS DE DOBRAR A LÍNGUA

Chocolates brasileiros expostos no evento parisiense || Fotos Daniel Thame

O jornalista Daniel Thame cobre o evento, que reúne 105 expositores de 30 países e seguirá até a próxima segunda-feira (1º). Segundo ele, outros produtos baianos fazem sucesso na exposição, a exemplo dos cafés finos, biscoitos de tapioca, açúcar mascavo e geleias. Boa parte dos produtos baianos foram produzidos por cooperativas da agricultura familiar, que recebem incentivos do Bahia Produtiva, programa do Governo do Estado.

Na visita ao estande brasileiro, a francesa Gillyns Déborah experimentou barras de chocolate com 55% e 77% de cacau na sua composição. E dobrou a língua para resumir a experiência numa palavra: “Merveilleux”.