Davidson lamenta saída do PP e ressalta peso eleitoral de Lula e Rui || Lara Curcino/Metropress
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Presidente estadual do PCdoB e titular da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães reconhece, na saída do PP da base aliada, uma “perda importante” no seio do governo para a disputa eleitoral de 2022. “É perda importante, mas não significa que está determinado o resultado da eleição”, disse ele, ressaltando que o vice-governador João Leão acompanhava o grupo há bastante tempo.

O rompimento, analisa o dirigente e secretário estadual, aumenta o desafio da base para a disputa em outubro. O grupo governista vai para a eleição com um candidato desconhecido de grande parte do eleitorado, o secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Mas Davidson lembra o papel da militância e do comportamento do governo e dos aliados nos próximos meses para reverter perdas e agregar apoios.

“[O rompimento] cria grau de dificuldade maior, mas nós temos que ir para campo. Temos governo bem avaliado, a força do presidente Lula na Bahia… Vamos pra frente, com militância política e as forças em torno do governo”, afirmou em entrevista ao PIMENTA. Davidson enfatiza a avaliação do governo de Rui como importante para a disputa. “É um grande instrumento para ganharmos a eleição na Bahia, assim como a força do próprio presidente Lula”, acrescenta.

PASSOS PARA ATRAIR NOVOS ALIADOS

Didático, o professor universitário fala dos passos para seduzir possíveis novos aliados. Nos bastidores, comenta-se da possibilidade de atração do MDB e retorno do PDT. “Tudo é construção. Agora, [o importante] é o comportamento que vamos ter no sentido de formatar uma coordenação política que represente os diversos pensamentos e possa agregar mais forças, porque o processo político ainda está em curso”, completa.

O secretário e professor universitário diz que as discussões para as eleições deste ano foram antecipadas. “Geralmente é em junho, começo de julho que se define o processo eleitoral. Nós estamos com processo bastante antecipado. Tem muita água para rolar ainda”, disse ele em Almadina, onde acompanhava o governador Rui Costa.

Rui afirma que futuro político depende de decisão coletiva
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Na tarde desta quinta-feira (17), em Terra Nova, o governador Rui Costa (PT) foi perguntado sobre o seu futuro político e afirmou que não vê problema em continuar no governo até o final do mandato, o que significaria abrir mão de tentar vaga no legislativo nas eleições deste ano.

Porém, não descartou a possibilidade de seguir outro caminho, se isso for demandado pelo grupo político que integra. Segundo Rui, essa será uma decisão coletiva.

“Eu não tomo decisão – nem de um jeito nem de outro, nem para ser candidato nem para deixar de ser candidato – apenas considerando um voo solo de uma carreira solo. Eu não sou assim. Nunca fiz política assim. Não acredito em que faz política assim”, declarou.

ESPECULAÇÕES

A fala do governador pareceu responder especulações a respeito da reunião que teve, na última terça-feira (15), com o ex-presidente Lula e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PP). Correram notícias de que Rui teria manifestado o desejo de se candidatar ao Senado.

Duas fontes que acompanham as movimentações partidárias em Salvador disseram ao PIMENTA que Rui está mesmo inclinado a disputar a única vaga para a Câmara Alta.

Nesse caso, a cabeça da chapa para o Palácio de Ondina seria Otto, que, até aqui, tem reafirmado a intenção de ser reeleito senador. Ao vice-governador João Leão (PP), caberia assumir o governo do estado em abril e indicar o vice da majoritária governista.

Para refutar o cenário hipotético acima, logo após a reunião de terça-feira (15), Jaques Wagner apressou-se em anunciar que ainda é pré-candidato a governador.

NÃO NOS CONVIDARAM

Ontem (16), o secretário de Emprego, Trabalho, Renda e Esporte da Bahia, Davidson Magalhães (PCdoB), pôs em questão a continuidade da pré-candidatura de Wagner, conforme declaração ao programa O Tabuleiro, da Ilhéus FM.

Hoje (17), em nota à imprensa, Davidson esclareceu que falava apenas da dificuldade de o mesmo partido ocupar duas das três posições da chapa majoritária. “Em momento nenhum foi falado da impossibilidade de candidaturas. É bom deixar claro que quem atribui essa afirmativa a mim ou ao PCdoB tem o objetivo claro de criar intriga, pois temos nas relações políticas com o senador Jaques Wagner um grande apreço”.

Na mesma nota, Davidson afirmou que o PCdoB não participou de nenhum articulação sobre a majoritária na Bahia.

Brasil tem saldo de quase 2 milhões de empregos no acumulado do ano
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A Bahia fechou 2021 com 133.779 novos postos de trabalho e liderou a geração de empregos no Nordeste, seguido por Pernambuco e Ceará, com 89.697 e 81.460 novos postos, respectivamente. O saldo baiano representou aumento de 7,99% em relação ao total de vínculos celetistas do início do ano passado.

De janeiro a dezembro de 2021, o Nordeste e o Brasil acumulam saldos de 474.578 e de 2.730.597 de empregos formais, respectivamente.

Os dados desta publicação são do Ministério do Trabalho e Previdência e foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan).

“CRESCENTE RECUPERAÇÃO”

O vice-governador e secretário de Planejamento João Leão (PP) avaliou o resultado de forma positiva. “O ano de 2021 não foi um ano fácil e, assim como a todo o mundo, nos trouxe muitos desafios, mas iniciamos um novo ano com a sensação de estarmos em crescente recuperação. Eu acredito que esse número reflete isto”.

Já o titular da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães, atribui o desempenho do estado aos investimentos da gestão estadual em infraestrutura. “Em conjunto, os números confirmam a tendência de recuperação das atividades produtivas na Bahia, com a geração de postos de trabalho em todos os principais segmentos econômicos, resultado da atração de investimentos e também por conta das obras de grande porte realizadas pelo governo do estado”.

Jairo Araújo é eleito presidente da Federação dos Comerciários || Foto Divulgação
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O ex-vereador Jairo Araújo acaba de ser eleito presidente da Federação dos Comerciários da Bahia (FEC-BA). A escolha ocorreu neste sábado (29). Jairo comandará a instituição pelos próximos quatro anos. O ano de 2022, disse ele, será de grandes desafios e de unidade dos trabalhadores.

– Temos que eleger deputados, senadores, governador e um presidente sintonizados com os interesses do povo brasileiro. A FEC estará firme nas lutas gerais organizadas pelas centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo – disse Araújo.

O dirigente também destacou desafios internos e da categoria. “Vamos intensificar a organização dos comerciários no estado e unificar nossa luta; garantir a democracia interna, com respeito a todas as forças políticas que compõe a FEC, e lançar campanha pela revogação da reforma trabalhista, entre outras ações”, pontuou.

DEFESA DO SINDICALISMO

Ex-presidente da federação, Reginaldo Oliveira, fez um balanço da gestão. “Em um quadro de ataques ao movimento sindical e de pandemia, conseguimos realizar algo, como reafirmar a luta da categoria no estado e em defesa do sindicalismo classista. Firmamos parceria com a Federação dos Metalúrgicos para compartilhar a sede e articulamos diálogos com outras forças políticas para construir a unidade da luta da categoria no estado. Com certeza, essa nova gestão fará um bom trabalho”, enfatizou.

Participando do encontro pelo Zoom, o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães, destacou a importância das entidades sindicais. “Estamos vivendo uma grande regressão no mundo do trabalho, com vários direitos históricos eliminados e o aumento da precarização do trabalho humano. Confiamos que a FEC e o movimento sindical vão jogar papel na mobilização das categorias para barrar esses retrocesso”, afirmou.

Ex-deputada Kelly Magalhães morreu aos 52 anos, vítima de câncer
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A ex-vereadora de Barreiras e ex-deputada estadual baiana Kelly Magalhães (PCdoB) faleceu neste domingo (23), aos 52 anos, vítima de câncer, em Salvador. A notícia foi confirmada pelo presidente estadual do partido, Davidson Magalhães, em nota. Kelly enfrentava câncer há vários anos, segundo o dirigente.

Antes de eleita deputada estadual em 2010, Kelly foi vereadora e presidente da Câmara Municipal de Barreiras, comerciária e assessora do Sindicato dos Bancários da Bahia. Ela tinha formação em Letras pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e coordenou o Diretório Central dos Estudantes (DCE) do campus Barreiras da universidade estadual.

“A morte de Kelly é uma grande perda para os democratas e todos os que lutam por uma sociedade mais justa e fraterna. O PCdoB-Bahia lamenta profundamente a perda de nossa combativa companheira de tantas lutas e presta solidariedade aos familiares e amigos”, escreveu Davidson Magalhães.

A ex-deputada e presidente da Câmara de Barreiras por duas vezes deixa esposo e dois filhos.

HOMENAGENS

Além do dirigente do PCdoB, políticos como o senador Jaques Wagner e o deputado estadual e ex-colega de parlamento Rosemberg Pinto, ambos do PT, prestaram homenagem à ex-deputada, liderança política no oeste baiano. Rosemberg escreveu no Twitter que Kelly “muito contribuiu para a construção dessa nova Bahia”. E completou: “Perdemos uma guerreira””.

Evento acontecerá nos próximos dias 21, 22 e 23
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A Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) promoverá a 23ª edição da Feira de Economia Solidária da Bahia, no município de Prado, nos próximos dias 21, 22 e 23. As atividades ocorrerão sempre das 16h às 23h, na Praça da Matriz, Centro, com a participação de empreendimentos assistidos pelo Centro Público de Economia Solidária (Cesol) Costa do Descobrimento.

Além de apresentação de artistas regionais para atrair o público nos três dias, os empreendimentos econômicos solidários irão expor e comercializar itens alimentícios, artesanatos e manualidades.

De acordo com o titular da Setre, Davidson Magalhães, o Governo da Bahia investirá R$ 2 milhões para promover 100 edições da Feira de Economia Solidária da Bahia até o final de 2022.

“O município de Prado foi um dos afetados pelo grande volume de chuvas na região. Antes mesmo dessa fatalidade acontecer, já estava em nossa programação realizar o evento para movimentar a economia local. A Feira de Economia Solidária é um instrumento de geração de renda para a população da cidade, especialmente neste momento complicado”, acrescentou o secretário.

Linha de crédito auxilia empresas prejudicadas por enchentes, explica Davidson Magalhães
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A Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), por meio da Desenbahia, liberou R$ 2,5 milhões em crédito emergencial para comerciantes e pequenos e microempresários de Itabuna prejudicados pela enchente do Natal passado. Os interessados devem procurar a unidade do SineBahia, que funciona no SAC do Shopping Jequitibá.

“Na Bahia, já foram liberados mais de R$ 6,3 milhões. É uma iniciativa que visa amparar os empreendedores que sofreram com os estragos causados pela chuva, por meio da oferta de crédito sem burocracia para que eles retomem seus negócios”, declara o titular da Setre, Davidson Magalhães.

Cerca de 175 contratos já estão em análise no município. A ação oferece um crédito subsidiado, sem juros – para empréstimos de até R$ 150 mil -, com parcelamento em até 48 meses, incluindo carência de até 12 meses para pagamento da primeira parcela.

Além de Itabuna, o benéfico atende os demais municípios em situação de emergência por conta das fortes chuvas que atingiram o estado da Bahia.

Davidson, ao centro, anunciou o envio de 1,5 mil cestas básicas
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Dirigentes da Bahiagás e da Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Renda e Esportes (Setre) anunciaram, nesta segunda-feira (27), a doação de 1,5 mil cestas básicas para atender famílias atingidas pelas chuvas em Itabuna, no sul da Bahia.

O anúncio foi feito durante encontro do secretário estadual do Trabalho, Emprego e Renda e Esportes, Davidson Magalhães, e do assessor especial da Presidência da Bahiagás, ex-vereador Wenceslau Júnior, com o prefeito Augusto Castro e a secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza, Andrea Castro.

Quase metade do total de cestas básicas, 700, chegam a Itabuna ainda hoje. Outras 300 até a próxima sexta-feira (31), segundo Davidson Magalhães, titular da Setre. A Bahiagás doará 500 cestas básicas, com entrega prevista para até a próxima semana.

CURSOS PROFISSIONALIZANTES

A Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda e Esportes (Setre) também assegurou outra ajuda à Prefeitura de Itabuna por meio de cursos de capacitação para os jovens afetados pelas inundações.

“Nós vamos disponibilizar 1.000 vagas em cursos de qualificação online e ainda com o pagamento de uma bolsa no valor de R$ 240,00, em duas etapas: no início e ao final”, adiantou o secretário Davidson Magalhães, informando que em janeiro os cursos já estarão disponíveis.

Itabuna tem mais de mil famílias desalojadas ou desabrigadas pelas chuvas, segundo a secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza, Andrea Castro, que agradeceu ao titular da Setre e ao presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza, a quem endereçou seu agradecimento. O número de desabrigados pode aumentar, porque o cadastro ainda não foi concluído, de acordo com a secretária.

Wenceslau relembra luta por criação da Uesc: "tivemos a visão contrária de Antônio Carlos Magalhães"
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Thiago Dias

A Lei Estadual 6.344/1991, que criou a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), completará 30 anos na próxima segunda-feira (6). Na última quinta (2), a Câmara de Vereadores de Ilhéus celebrou o marco histórico com sessão especial requerida pelo vereador Cláudio Magalhães (PCdoB). O PIMENTA cobriu a cerimônia e, com esta matéria, inicia série sobre a “maior invenção da civilização grapiúna” – para usar palavras do reitor Alessandro Fernandes de Santana.

Presente na sessão, o professor de Direito Wenceslau Júnior, ex-vice-prefeito e ex-vereador de Itabuna, apresentou ao PIMENTA seu ponto de vista sobre a história da qual fez parte como liderança estudantil. Ele foi o único presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) que exerceu o mandato nas duas instituições, primeiro na Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi) e, depois da estadualização, na Uesc.

FOGUEIRA DE CARNÊS

Quadro orgânico do Partido Comunista do Brasil, Wenceslau Augusto dos Santos Júnior, 51, relembra que a década de 1980 foi marcada pela ascensão neoliberal. Na presidência de José Sarney (1985-1990), os acordos MEC-USAID ainda pressionavam o Brasil a adotar um modelo de privatização do ensino superior, sob a influência política norte-americana. Na sigla em inglês, USAID significa Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.

Como quase tudo no sul da Bahia, a história da Uesc é atravessada pela saga do cacau. A família Nabuco, que doou o terreno onde o Campus Soane Nazaré seria erguido, foi grande produtora do fruto de ouro. A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) chegou a cobrir 70% dos custos da Fespi, conta Wenceslau. “Os outros 30% eram custeados pelas mensalidades”. Além disso, a universidade herdou o patrimônio do Instituto de Cacau da Bahia (ICB), extinto em 1992.

A crise da lavoura cacaueira descambou no fim do financiamento. “A Ceplac perdeu muito recurso e não tinha mais como bancar a universidade. Qual foi a solução encontrada por quem dirigia a universidade na época? Aumentar a mensalidade. O aumento foi de 300%. Mesmo que quisessem, os estudantes não tinham condições de pagar. Isso foi em 1987, por aí”, recorda Wenceslau. Indignados com o arrocho, os alunos fizeram uma fogueira com os carnês da mensalidade. “E, a partir daí, começou essa luta”.

Cláudio Magalhães, o ex-reitor Joaquim Bastos, a ex-reitora Renée Albagli e o reitor Alessandro Fernandes || Fotos PIMENTA

TODA LUTA TEM, PELO MENOS, DOIS LADOS

É quase impossível encontrar alguém que tenha sido contra a fundação da Uesc ou, ao menos, que tenha coragem de dizê-lo. Mas, se pessoas travaram uma luta, significa que a estadualização enfrentou resistência. De quem? “Na Bahia, nós tivemos a visão contrária do então governador Antônio Carlos Magalhães”, respondeu Wenceslau Júnior.

Para o comunista, ACM somebte sancionou a Lei 6.344/1991 quando a pressão popular tornou-se irresistível. Já o antecessor de ACM agira diferente. “Quando cheguei, ainda era Fespi, mas já era gratuita, porque [o então governador] Waldir Pires garantiu a gratuidade em 1988 e fez constar na Constituição do Estado da Bahia, a Constituição de 1989, que iria criar a Universidade Estadual de Santa Cruz”, relembra.

Wenceslau Júnior atribui a Davidson Magalhães, secretário de Trabalho, Renda e Esporte da Bahia e presidente estadual do PCdoB, a leitura política que definiu a estadualização como objetivo do movimento popular. Na época, outra corrente defendia a federalização, mas, segundo o professor de Direito da Uesc, essa era uma perspectiva até ingênua diante da conjuntura histórica.

No auge da luta pela estadualização da Fespi, Davidson era vereador de Itabuna, o ex-deputado federal Haroldo Lima (1939-2021) representava a Bahia no Congresso e o professor Luiz Nova era deputado estadual. Conforme Wenceslau, esses três mandatos do PCdoB deram suporte ao movimento, mas o processo político foi capitaneado pelos estudantes, especialmente os comunistas da Viração, corrente estudantil do partido.

“O movimento docente foi importante, participou, fez greve, assim como os servidores, mas a condução da luta foi do movimento estudantil. Essa vitória foi do movimento estudantil da Uesc, que dirigiu de forma ampla e radical, como dizia Haroldo Lima. Era uma luta radicalizada, mas ampla. Ou seja, quem defendia a bandeira tinha voz e espaço. Como lhe disse, até deputados do PFL acabaram vindo participar, prefeitos de todos os partidos. Enfim, o movimento estudantil teve essa capacidade de dirigir com a radicalidade necessária e com a amplitude também necessária para que essa fosse uma luta da região”.

Em Paris, Davidson Magalhães destaca importância do CVT Cacau para o sul da Bahia
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O secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Davidson Magalhães, está entusiasmado com a retomada do Salon Du Chocolat em Xangai a partir de 2022. Ele integrou a comitiva baiana na edição parisiense do evento, que começou na última quinta (28) e acabou nesta segunda-feira (1º). Entrevistado pelo jornalista Daniel Thame, que produziu conteúdos exclusivos para o PIMENTA em Paris, Davidson Magalhães apontou os desafios para o chocolate sul-baiano conquistar o mercado chinês.

Para o secretário, estado deve assumir seu papel de indutor econômico, em parceria com os cacauicultores, para o sul da Bahia atingir a escala de produção para atender a maior população do planeta – a China tem mais de 1,4 bilhão de habitantes.

– Nós precisamos preparar a região do ponto de vista da própria produção, do aumento da produção, da qualidade, da agilidade do negócio e da eficiência no empreendedorismo – explicou Davidson Magalhães, destacando o trabalho em conjunto com as pastas estaduais de Agricultura, de Turismo e de Desenvolvimento Rural.

CENTRO VOCACIONAL TECNOLÓGICO DO CACAU

Programa da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), o Centro Vocacional Tecnológico do Cacau, inaugurado em outubro de 2020, atende 250 agricultores familiares, assentados da reforma agrária e quilombolas de 26 municípios da região cacaueira.

Segundo Davidson, a unidade recebeu investimento de R$ 1 milhão e permite que os agricultores superem a limitação histórica da produção apenas das amêndoas de cacau, avançando para a fabricação do chocolate com certificação de origem do sul da Bahia. Atualmente, cerca de 100 marcas ostentam a indicação geográfica como diferencial para a abertura de novos mercados.

Economista e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Davidson Magalhães não perdeu a oportunidade de fustigar a ortodoxia liberal. “O estado não pode se ausentar da atividade econômica. Aliás, o mundo está demonstrando nessa crise da pandemia que, cada vez mais, o estado é um agente extremamente protagonista da atividade econômica e nós precisamos ter um estado empreendedor na região, articulado com a iniciativa privada, para que a gente possa dar um salto de qualidade na nossa produção, na nossa produtividade e na qualidade dos nossos produtos”, concluiu o secretário.

Davidson Magalhães é reeleito presidente do PCdoB da Bahia
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O itabunense Davidson Magalhães foi reeleito presidente do PCdoB da Bahia, neste domingo (3), no encerramento da Conferência Estadual do partido, em Salvador. Professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e secretário estadual de Trabalho, Emprego e Renda, Davidson foi reeleito pelos delegados e delegadas municipais, que também elegeram 119 nomes que vão compor o novo Comitê Estadual para o biênio 2021/2023.

Após o anúncio do resultado, Davidson agradeceu à militância comunista pela confiança e afirmou que é com muita honra que reassume a presidência do PCdoB na Bahia, definida por ele como “a seção mais forte do país, uma seção que teve como marca importante a presença de Haroldo Lima”. Davidson também fez menção a Péricles de Souza.

Davidson falou de desafios no centenário do PCdoB em 2022, quando o eleitorado do país deve retornar às urnas para escolha de deputados estaduais e federais, senadores, governadores e novo presidente do País. “É preciso confirmar o Partido como uma das referências políticas do país na consolidação da democracia e na luta pela retomada do Brasil para os brasileiros e pela derrota da onda neofascista representada por Bolsonaro”.

WAGNER

O presidente do PCdoB-BA também enfatizou, no evento, a participação protagonista do partido no novo momento político do estado, a partir da eleição do ex-governador Jaques Wagner (PT). “O PCdoB tem dado uma contribuição quer na militância política, quer no governo, com secretários e dirigentes de estatais. É a nossa contribuição também para o povo baiano”, afirmou.

O resultado da eleição do novo Comitê Estadual do PCdoB-BA teve a marca da diversidade, segundo a sua direção, e representou avanço na participação de mulheres, que passou de 36%, no último biênio, para 45%, em uma tentativa de alcançar a paridade de gênero. Na gestão cessante, dos 101 integrantes, 37 eram mulheres; no novo, são 54, entre os 120 novos membros eleitos.

Davidson diz que carlismo governou "de costas" para o sul da Bahia
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Acompanhando o governador Rui Costa em eventos de inaugurações e lançamento de editais de obras em Camacan, no sul da Bahia, nesta quinta-feira (16), o secretário do Trabalho, Emprego e Renda, Davidson Magalhães, mencionou o legado de 15 ano de gestões do PT na Bahia. Ele ainda fez críticas ao carlismo, hoje personificado em ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e pré-candidato ao governo baiano, por, segundo ele, ter virado as costas para o sul da Bahia no período em que comandou o estado.

O secretário disse que as grandes obras de infraestrutura tocadas na região saíram do papel em gestões anteriores ou depois dos governos do grupo de Antônio Carlos Magalhães, avô do ex-deputado e ex-prefeito de Salvador.

– ACM Neto e o carlismo devem muito ao sul da Bahia. Antônio Carlos Magalhaes fez sua base política a partir daqui [da região]. Só que não deu o retorno que o sul da Bahia precisava e merecia. Daqui, levaram voto e governavam de costas para o sul da Bahia – criticou em entrevista ao PIMENTA.

Davidson diz que a realidade da região mudou nos últimos 15 anos, com as gestões de Jaques Wagner e Rui Costa, e enumerou obras tocadas pela dupla petista, a exemplo da nova ponte ligando o centro de Ilhéus à zona sul do município e a barragem de Itapé, que beneficia Itabuna, dentre outras ações. “No período carlista, nós ficamos completamente abandonados, principalmente no período de maior crise do sul da Bahia, o da vassoura-de-bruxa [década de 90]“, disse.

POLÊMICA NA BASE GOVERNISTA EM ITABUNA

O secretário também abordou a polêmica envolvendo o vice-prefeito de Itabuna, Enderson Guinho, que se filiou ao DEM e anunciou apoio a ACM Neto, apesar de o prefeito Augusto Castro (PSD) ser da base aliada do governador Rui Costa. “Aí não é um problema nosso a ser administrado. O vice já era desse outro campo [carlista]. Ele não fez nada mais nada menos do que vestir a camisa dele. Mas o sul da Bahia vai cobrar essa coerência sobre o tanto que o governo Rui Costa tem dado a Itabuna”, disse Davidson.

Wenceslau Júnior, Rogério Lemos e Davidson em ato de filiação em Maraú
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O agricultor familiar Rogério Lemos filiou-se ao PCdoB e deverá disputar vaga à Assembleia Legislativa baiana em 2022. O ato de filiação ocorreu em Maraú, onde concorreu à prefeitura e obteve 40,31% dos votos em 2020. O evento teve a participação do presidente estadual da legenda, Davidson Magalhães, além do também dirigente Wenceslau Júnior.

Segundo Wenceslau, Rogério Lemos terá a missão de representar o PCdoB no baixo-sul baiano e teve o nome cogitado à Assembleia Legislativa pela direção estadual do partido. “Rogério é um jovem líder comprometido com o desenvolvimento social de Maraú e do Baixo Sul. Ele está completamente sintonizado com a política do nosso partido, pois a sua atuação política sempre foi em defesa dos que mais precisam.”, afirmou Wenceslau Junior.

Com a tendência do presidente estadual e secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães, permanecer no cargo no governo baiano, cresce a possibilidade do ex-vereador e ex-vice-prefeito de Itabuna Wenceslau Júnior disputar vaga à Câmara Federal em dobradinha com Rogério.

Em 2010 Wenceslau surpreendeu ao alcançar 31.832 votos para deputado estadual, ocupando a primeira suplência, Rogério tem demonstrado uma grande força política em Maraú. Caso as pré-candidaturas se consolidem, Wenceslau e Rogério deverão formar dobradinha no baixo-sul.

– Estou muito feliz em ser acolhido pelo PCdoB. Fui muito bem recebido por Davidson, Wenceslau e toda a militância, vou trabalhar duro para retribuir a confiança em mim depositada – afirmou Rogério.

O presidente estadual do PCdoB, Davidson Magalhães, lembrou da força do filiado e do compromisso em 2022. “A filiação de Rogério compõe o esforço partidário para derrotar o retrocesso do atual governo federal e manter o estado da Bahia no caminho certo”, disse Davidson.

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O Governo da Bahia, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), realiza pré-inscrições de prestadores de serviços de Itabuna, no sul da Bahia, interessados em participar do Contrate.Ba, programa estadual de intermediação de mão de obra autônoma. Os trabalhadores devem realizar o cadastro até 4 de maio, no site do projeto, e aguardar o contato para as próximas etapas de inscrição.

O programa aproxima clientes e profissionais referenciados no mercado, através de site e aplicativo para celular. Os serviços estão distribuídos em dez categorias: Assistência Técnica; Aulas Particulares; Autos; Construção, Manutenção e Reforma; Consultoria; Design e Tecnologia; Eventos; Moda e Beleza; Saúde; e Serviços domésticos.

“Para os trabalhadores autônomos, o Contrate.Ba significa incremento da renda, com a ampliação da carteira de clientes e otimização da rotina de trabalho. Quem precisa contratar encontra no programa benefícios como agilidade no agendamento, segurança e até mesmo economia, uma vez que é possível comparar preços e negociar valores”, destaca o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães.

Podem se cadastrar profissionais de diversas áreas, a exemplo de técnicos de manutenção de eletrodomésticos, personal trainers, pintores, web designers; fotógrafos, maquiadores, diaristas, eletricistas, enfermeiros. Antes de ingressar na plataforma, todos eles passarão por análise de documentos e treinamento comportamental para exercício da atividade com eficiência e responsabilidade.

Lançado em 2018, o Contrate.Ba já está em funcionamento nos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Juazeiro, Vitória da Conquista e Jequié, tendo intermediado aproximadamente 94 mil serviços desde sua implantação.

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O estado de saúde do ex-deputado federal Haroldo Lima (PCdoB), internado com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Aliança, em Salvador, sofreu agravamento nesta sexta-feira (19). A equipe médica decidiu intubá-lo para que ele respire com a ajuda de ventilação mecânica. O secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Davidson Magalhães, correligionário de Haroldo no PCdoB, confirmou a informação ao PIMENTA.

Nascido em família tradicional de Caetité, Haroldo Lima tem 81 anos. Destacou-se na política nacional como membro da Ação Popular, movimento revolucionário contra a ditadura instaurada pelo Golpe de 1964. Em 1976, foi preso e torturado pelo regime.

Elegeu-se deputado federal pelo PMDB em 1982. Foi deputado da Constituinte de 1988, representando o PCdoB/BA. Entre 2005 e 2011, comandou a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).